Você está na página 1de 6

Relatório de aprendizado

Curso: Assessoria Digital


Evoluindo do Release para a Web 2.0
Escola de Comunicação do Comunique-se

Rute Faria

Belo Horizonte

Janeiro – 2011
Técnicas para aprimoramento do trabalho de assessoria

O professor, Rodrigo Capella, iniciou o curso indicando um livro que,


segundo ele, é essencial para quem trabalha com comunicação “A Pele da
Cultura, de Derrick de Kerckhove”; ele também falou sobre o envio de
releases por e-mail e deu instruções/dicas para aperfeiçoar esse trabalho. Nos
parágrafos a seguir veremos algumas dessas dicas.

Uma delas se refere ao envio de releases por e-mails. O interessante é


que sempre se coloque no assunto o nome do jornalista que vai recebê-lo,
(ex.: a_c_José_Luís). Dessa forma (personalizada) o jornalista sente mais
vontade a abri-lo e verificar seu conteúdo.

Também foi recomendado o uso da personalização das mensagens. A


recomendação é que sempre se use – no corpo do e-mail, antes do release –
o nome do jornalista com um pequeno texto explicativo sobre o conteúdo que
seguirá abaixo, sempre verificando – cordialmente – a possibilidade de sua
publicação. Afinal, o clima das redações é intenso e o jornalista pode se sentir
ofendido ao receber um e-mail „seco‟, impessoal podendo interpretá-lo até
mesmo como uma forma grosseira e impositiva. Da mesma forma, disparos
de e-mails causam má impressão, principalmente quando colegas de redação
recebem o mesmo conteúdo, ou – como não é difícil de acontecer nesses
casos – uma mesma pessoa recebe o release três, quatro vezes. Isso causa
irritação no receptor e degradação da imagem de seu assessorado.

Algumas ações essenciais para promover maior relevância aos seus


textos e fazer com que eles apareçam em destaque nas buscas da web:

Uso de hiperlink: principalmente nos nomes dos porta-vozes e


naquelas palavras que não são necessariamente conhecidas por
todos. Esses hiperlinks devem direcionar o leitor a outras páginas
da web, como por exemplo, a Wikipédia (para explicação de um
determinado termo) ou para o currículo do entrevistado que tem
sua fala destacada no release. Se não for para o currículo, o
direcionamento pode ser feito para o perfil do entrevistado em
outras redes como Linkedin, MeAdiciona, Twitter, Facebook, etc..
Claro que é altamente recomendado que esse uso seja analisado
em cada situação, observando os atores que participam do
texto, os receptores da mensagem, enfim uma série de fatores;
Negritar palavras chaves: não só em releases, mas em posts do
blog. Contribui para o aumento de relevância do texto nas
pesquisas realizadas. O Google dá preferência para publicações
que sinalizem (através de negritos e hiperlinks) o tema abordado
no texto. Assim, com maior relevância, os usuários do buscador
encontrarão com facilidade o seu release e posts na web e o
nome da sua marca/cliente aparecerá cada vez mais em
destaque.
Edição da URL: auxilia bastante para que o Google considere
seu texto mais relevante. Isso também falicita as buscas.
Verifique se o provedor do blog que você utiliza permite edições
na URL da página.
Palavras chave no título do e-mail e/ou do texto: Também
auxiliam nas buscas e são essenciais para definir o tema
abordado no texto.

Para não carregar o e-mail com fotos e vídeos pesados – afinal, nem
todos os provedores oferecem a mesma capacidade para recebimento de
mensagens – e não correr o risco de ter seu release excluído ou até mesmo
não enviado ao destinatário é recomendado à utilização de páginas como o
Flickr onde deverão ser publicadas diversas opções de imagens e filmes que
a assessoria disponibilizará ao jornalista. Assim é possível colocar no e-mail
apenas o link que direciona a essas fotos/vídeos, deixando-o mais leve.

Na confecção do release, três ou quatro parágrafos são suficientes,


sempre seguindo a ordem:

1) lead (explicação e detalhes do assunto/conceito);


2) declaração dos representantes;
3) declaração dos representantes;
4) conclusão - fechamento.

Isso facilita a leitura e sintetiza o texto dando mais possibilidades de


publicação/leitura.

O texto bem produzido, com palavras de fácil compreensão e que


utilize elementos para facilitar a leitura é fundamental. Revisar uma, duas três
vezes é extremamente necessário para que o leitor não se depare com erros
ortográficos e/ou de digitação, e, por isso, considere-o inferior. A qualidade do
seu texto é que vai determinar sua credibilidade.

O uso de tags (palavras chaves) também contribui para a valorização


do seu texto nas pesquisas. Assim, ao enviar um texto para um jornalista, ou,
ao escrever para um blog, não se esqueça de acrescentar de três a cinco
tags par facilitar nas buscas.

Para saber qual palavra chave é mais procurada pelos internautas uma
boa ferramenta é o Google Trends. Através dele é possível descobrir quais os
termos mais buscados na web e, portanto, qual termo você deve utilizar em
seu texto.

Exemplo:

Clique aqui para analisar a pesquisa entre as palavras “andar” e


“caminhar”

Nesse exemplo, podemos observar que a palavra „andar‟ é bem


mais procurada nos buscadores e por isso tem mais relevância e
deve ser utilizada nos textos que escrevemos para a web.

Para analisar as palavras mais utilizadas no Twitter, o site que mais se


aproxima do Google Trends é o Tweetvolume.

Antes de escrever um post sobre determinado assunto é interessante


utilizar o Google Blogs para fazer uma pesquisa dos assuntos mais
relacionados na web. Assim é possível saber as principais buscas dos
usuários e também o que seus concorrentes estão escrevendo em seus blogs.

Além do release tradicional, o vídeo release – muito utilizado no exterior


– coloca o porta voz da empresa/ marca/ produto em contato direto com o
público ou apenas dá vida as palavras do texto para ilustrar o conceito. O
vídeo release não exclui o texto padrão que é essencial em qualquer um dos
casos. A recomendação é de que esses vídeos sejam curtos, de 30
segundos no máximo.

Da mesma forma o Podcast pode ser uma boa opção para estreitar o
relacionamento com os leitores do seu blog. Os Podcasts são pequenos
trechos de narração discorrendo sobre um determinado tema, muito parecido
com programas radiofônicos.

O assessor bem relacionado

O Assessor deve estar sempre disponível. Sem medo de divulgar seus


contatos, MSN, blog, celular, telefone fixo. Afinal, onde já se viu um assessor
de comunicação incomunicável? A dica é fazer um cadastro no site
MeAdiciona onde é possível gerenciar centralizar todos os seus contatos na
rede.

O que vai ser dito a seguir pode parecer meio óbvio, mas o palestrante
Robson Abreu nos alertou sobre a necessidade de um bom relacionamento
entre o assessor, os jornalistas e enfim, entre sua rede de contatos é que
determina o sucesso de seu trabalho.
Bom senso é fundamental, por isso, não envie um release e ligue logo a
seguir para perguntar se a pessoa o recebeu. Espere um tempo, descubra em
quais horários essa pessoa está menos atarefada, enfim, seja discreto.

Mais do que enviar releases e pedir para publicar a matéria, o assessor


deve compreender o ritmo das agências e se colocar à disposição para
contribuir também. Quem está do outro lado não gosta de simplesmente
receber pedidos dos assessores. Pelo contrário, gostam de saber em que
podem contar com o assessor – quando precisarem de uma fonte para uma
matéria, por exemplo. Gostam de conversar sobre assuntos que não sejam
importantes apenas para o assessor. Gostam de receber feedbacks positivos
sobre o trabalho que realizam. Enfim, um almoço, um telefonema (extra -
trabalho) um e-mail – se colocando à disposição, para o que o jornalista
precisar– fazem muito bem ao relacionamento entre assessor/imprensa.

Também é pertinente realizar pesquisas de opinião sobre a assessoria


periodicamente. Assim o assessor pode avaliar os pontos positivos e
negativos para cada vez mais aprimorar seu trabalho. Relacionamento é a
chave para um trabalho reconhecido.

O assessor e as redes sociais

Quem trabalha enviando material para mídias digitais (sites, blogs,


redes de relacionamento) deve estar sempre por dentro das novidades no
mundo 2.0. Afinal, é sua função do „assessor digital‟ utilizar tais ferramentas
adequadamente para que o trabalho final seja positivo e produtivo. Seguem
algumas dicas:

MSN / Skype
Ideal para marcar almoços e reuniões com os jornalistas.
Recomenda-se o uso da linguagem culta, sem abreviações e/ou
emotions. Além disso, é de extrema importância perguntar -
antes de começar a conversa – se a pessoa pode falar. O status
da pessoa na rede não significa necessariamente seu status na
„vida real‟.

Facebook
A Fan Page é uma opção disponibilizada dentro do Facebook
para que as empresas e organizações criem perfis comerciais e
compartilhem links, artigos, fotos e vídeos com o seu público.
Esse tipo de perfil oferece a opção „curtir‟ para que seus
seguidores demonstrem admiração por sua marca/empresa. O
que soa muito positivo na rede e no mercado.

Twitter
Fazer com que todos os canais de comunicação da agência
estejam alinhados é fundamental. Por exemplo, é possível
transformar o release em pílulas adaptadas para o Twitter e
Facebook. Assim, a mensagem não fica cansativa e o público
compreende o conceito.

Google Alerts
Um grande parceiro do assessor. Ao fazer uma inscrição no
Google Alerts você passa a receber em sua caixa de e-mails
todo o conteúdo publicado na web, sobre determinado assunto
que escolher. Ótimo para clippagens na web e também para
obter feedbacks rápidos.

Aplicativos para Twitter


São vários. Cada um com uma função diferente. Alguns para
medir a relevância do seu perfil (Tweetlevel), outros para
verificar.

Concluo esse pequeno relatório com o sentimento de que compartilhar


conhecimento é fundamental para quem deseja se aperfeiçoar cada vez mais
naquilo que faz. Espero ter contribuído de alguma forma.

Atenciosamente,

Rute Faria

Você também pode gostar