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Mônica Gusmão
Direito Empresarial
Prof. Mônica Gusmão
Rio,01/09/03.
lucro lucro
Art. 982. “Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem
por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro (art. 967);
e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade
por ações; e, simples, a cooperativa”.
*Diferença entre mercantil e civil era a possibilidade de falência. A mercantil era sujeita
a falência e a civil era sujeita a insolvência.
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*a maior discussão dessa teoria é admitir a falência da sociedade civil desde que
preenchidos os requisitos do empresário.
Art. 983. “A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados
nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um
desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.
Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de
participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o
exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo
determinado tipo”.
*a tese majoritária é que a empresa não tem personalidade jurídica, logo, é objeto de
direito, ao invés de sujeito de direitos.
Art. 969. “O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à
jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também
inscrevê-la, com a prova da inscrição originária”.
*eventualmente a associação e a fundação pode dar lucro, mas se isso ocorrer eles tem
que reinvestir os lucros e as sociedades podem dividi-los entre os sócios.
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*as antigas sociedade civis podem ser empresária ou simples dependendo se a atividade
econômica é organizada ou não.
*não houve a unificação entre o Direito Comercial e o Direito Civil pois continua
havendo distinção entre falência e insolvência. Porém já existe um projeto de lei que
termina com isso.
= Situações (exemplos):
2) O mesmo medico que contratou a secretaria e a faxineira. Porém este ampliou seu
consultório e comprou aparelhos de Raio-X e contratou técnicos em RX e
fisioterapeuta. Neste caso, agora, a atividade meio não depende mais só dele, passou a
ser uma sociedade econômica organizada. Sendo assim um Empresário Individual,
pois ele não se associou a outras pessoas, ele contratou pessoas.
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*antes do nCC o hospital era sociedade civil, agora é sociedade empresária pois a
atividade econômica é organizada.
Hospital Hospital
Sociedade Sociedade
Civil Empresária
nCC art 2031
PJ
Art. 2.031. “As associações, sociedades e fundações, constituídas na forma das leis
anteriores, terão o prazo de um ano para se adaptarem às disposições deste Código, a
partir de sua vigência; igual prazo é concedido aos empresários”.
*se não fizer as adaptações ele não perde a personalidade jurídica pelo ato jurídico
perfeito e pelo direito adquirido. Porém existe uma corrente que entende que perde e se
transforma em sociedade irregular.
*o art 2031 tem preceito de sanção. Defendendo a tese majoritária que depende de
regulamentação.
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*o entendimento de que não precisa regularizar deixa dúvida quanto a concordata. Pois
pela lei ela poderia falir, mas não poderia se beneficiar com a concordata, pois para isso
ela tem que ser sociedade regular e registrada no órgão competente.
Empresário Individual
*empresário individual é pessoa física e sociedade tem que ter no mínimo dois sócios.
*na prática as pessoas fraudam a constituição da sociedade, sendo desta forma passível
de Desconsideração da Personalidade Jurídica, pois é uma sociedade aparente.
Ltda
99,99% 0,001%
empresário individual
de fato
Empresário Individual
Pessoal estabelecimento
(art 1142CC)
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*para o empresário individual ser regular ele terá que abrir uma firma junto ao Registro
Civil de Pessoa Jurídica declarando os seus bens pessoais e o estabelecimento.
Para a corrente majoritária (predominante no MP) o patrimônio do empresário
individual é único e indivisível existindo uma confusão patrimonial. Desta forma, pode
ser um bem pessoal atingido numa execução antes do estabelecimento.
Já outra corrente entende que existe a separação dos patrimônios, tendo a execução que
alcançar primeiros o estabelecimento antes dos bens pessoais (Fran Martins).
Art. 972. “Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da
capacidade civil e não forem legalmente impedidos”.
=Bibliografia
- Sergio Campinho
- Fabio Ulhoa
- Valdo Fazio Jr.
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Rio, 08/09/03
1a Corrente) É a corrente tradicional, e entende que só pode falir com 18 anos, pois é o
que esta previsto na lei especial a qual deverá prevalecer (prevalece a determinação da
lei de falência em relação a lei geral) e não pode ser sujeito passivo de crime, pois é
inimputável. Defendida por Fábio Ulhoa, Rubens Requião e Fran Martins
*Campinho entende que o art 3, II da lei de falência foi revogado pelo CC. Defende que
este artigo não tem mais aplicabilidade por causa do CC, onde 18 anos não é mais
menor.
Mônica entende que não pois a lei geral, não pode revogar a especifica e trata-se
apenas de uma adequação da lei ao CC, pois agora com 18 anos não é mais menor, pelo
CC 18 anos é maior.
*o segundo argumento da corrente moderna é que o menor não comete crime mas
comete ato infracional, sendo punido com medida sócio educativa, com aplicação do
ECA
Outro argumento é proibindo sua falência esta prejudicando o menor pois ele não
poderá se beneficiar da concordata suspensiva, que é um benefício legal.
Remissão: CC art 972 sublinha “pleno gozo da capacidade civil” c/c art 3, II da LF e art
5 CC.
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A lei não veda a participação dos impedidos como sócios de sociedades, não
admitindo porém que exerçam suas administração e assumam responsabilidade
ilimitada (sociedade em nome coletivo).
*art 973 – se um magistrado, por exemplo, exercer sociedade individual de fato ele
responde por seus atos, incidindo em falência, sendo esta presumidamente fraudulenta.
empresário individual – PF
interdição
interdito – ex-empresário
*em regra o interdito não pode exercer atividade empresária pois é necessária a plena
capacidade civil.
*a lei excepcionalmente permite a continuação da empresa pelo interdito que antes tinha
capacidade plena. A lei excepciona a regra com fundamento no Principio da
Preservação da Empresa.
*o interdito não pode ser considerado empresário pois ele não tem capacidade plena,
sendo chamado por alguns de ex-empresário.
*os atos são praticados pelo representante, porém ele não é o empresário pois ele age
em nome de terceiros. Isso se torna importante pois se fosse considerado empresário
teria sua responsabilidade ilimitada o que dificultaria muito a existência de alguém que
concordasse em representar outra em uma sociedade individual.
*Desta forma, tem-se uma empresa sem a presença do empresário, não cabendo a
falência.
*o representante pode ter sua responsabilidade invocada quando ele agir de má-fé,
fraude.
Remissão: art 974 caput, sublinha representante c/c 932 incisos I e II e 942 único –
hipóteses que a lei confere responsabilidade aos representantes.
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*isso não ocorre automaticamente, tem que ter autorização judicial e se o juiz verificar
que a continuação da empresa não esta sendo benéfica pode revogar.
empresário individual – PF
Continuação da Empresa
*o menor não pode ser empresário pois não tem capacidade, mas a lei permite a
continuação da empresa – Princípio da Continuação da Empresa.
*o empresário casado tem sua responsabilidade limitada a sua meação (art 3 da lei
4121/62)
Meação
Art 3da lei 4121/62
*isso não ocorre quando se provar que com a dívida inadimplida houve beneficio para a
família.
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STJ 251
Ex. Ao invés de pagar os impostos compra uma casa para a família
*antes da súmula o fisco entrava com execução para provar e o cônjuge tinha que entrar
com embargos e execução de pré-executividade.
*a banca da Magistratura não admite a exceção da pré-executividade, pois ela não está
positivada sendo uma construção doutrinária que incentiva o mal pagador.
*CC art 978 – pode alienar ou gravar sem vênia conjugal pois integra o patrimônio da
empresa.
*quando o empresário individual tem um imóvel antes da empresa, esse imóvel não
responde perante os credores.
Remissão: art 978 sublinha “empresário casado”c/c art 3 da 4121/62 c/c súmula 251
STJ)
Sociedades
Sociedades espécies
Simples
*segundo o CC a natureza jurídica dos atos constitutivos tem por base a teoria
contratualista.
*antes do nCC existiam cinco correntes para definir a natureza jurídica dos atos
constitutivos.
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Remissão: art 981 envolve o S e exceções nos: art 206, I, decreto lei 6404/76; art 1033,
IV CC; art 251 do dec. 6404/76, art 5, II §3 do dec. 200/67 c/c 77 § 3 Constituição
Estadual do Rio de Janeiro.
dissolução
até a próxima assembléia geral do ano seguinte
*o acionista 2 tem que encontrar outro acionista até a próxima assembléia geral do ano
seguinte. Tendo o acionista responsabilidade limitada durante o prazo.
*art 1033, IV CC
Ltda
responsabilidade limitada responsabilidade ilimitada
1 2
prazo de recomposição societária sociedade irregular
180 dias
*antes do CC quando as Ltda eram regidas pelo 3708/19 existia uma resolução da Junta
Comercial que previa o prazo de 1 ano.
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Cia
vinculo
acionista Sociedade Subsidiária Integral
sociedade
brasileira
*a sociedade subsidiária integral tem que ser uma S/A, porém o sócio pode ser qualquer
tipo societário.
1 2
PJ
3 4
Remissão: art 981 sublinhar “serviços” ≠art 7 da lei 6404/76, do art 1055 § do CC e art
1090 CC
*a lei obriga que o lucro seja repartido sob pena de nulidade da cláusula que impeça a
partilha
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Rio, 15/09/03.
*as sociedades podem ter como natureza jurídica a sociedade de pessoas (elementos
essencial sócio/pessoa) e sociedade de capital (elementos essencial capital). Existe
affectio societatis em ambos os casos sendo que na Capital leva-se em conta o capital
que cada sócio representa.
Personalidade Jurídica:
*em prova da PGE não citar qual é a majoritária e qual é a minoritária, simplesmente
citar as duas correntes.
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*a lei faculta ao rural o registro, se não registrar será sociedade simples e se registrar
será sociedade empresária. O rural só passa a ser empresário depois de arquivados seus
atos constitutivos. É facultativo quando a principal atividade é rural.
*Controvérsias:
RCPJ
*para requerer sua falência o credor terá que provar que exerce atividade de sociedade
empresária, sendo esta irregular por não ter registrado no local certo.
Hospital
10 anos
Soc. Civil Soc. Empresária
↓ ↓
RCPJ art 2031 CC JC
↓
Personalidade 1 ano para
Jurídica adaptações
CC/16
*mesmo depois desse um ano a personalidade jurídica se mantém.
*porém, não se sabe qual a sanção para a não adaptação pois o art 2031 é um preceito
sem sanção necessitando de regulamentação.
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*antes do CC:
no CC/16 quando a sociedade limitada fosse irregular e contraísse divida maior que seu
patrimônio haveria responsabilidade ilimitada e solidária, podendo ser cobrado dos
sócios ou da sociedade. O que gerava uma confusão patrimonial.
*nCC:
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*o credor primeiro tem que exaurir os bens da sociedade e do sócio que contratou, só o
remanescente pode ser cobrado dos outros.
*para o credor a nova visão do CC não foi benéfica, pois mitigou a confusão
patrimonial.
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Rio, 22/09/03.
Remissão: art 986 c/c art 8, III do dec 7661/45; art 9, III, a do dec 7661/45; art 140 e art
990
*a sociedade em comum tem que cobrar seus credores com base no art 12 inciso VII
CPC, o qual confere legitimidade ativa e passiva para as sociedades que não tem
personalidade jurídica.
*Controvérsia:
1a corrente) Tese majoritária, é o art 9, III, a do dec em virtude da especialidade da lei
2a Corrente) entende que o art 12, VII CPC revogou o art 9, III, a do decreto, tendo pois
legitimidade
Efeitos da Personalidade:
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Remissão: art 1166 § único – sublinha “lei especial” c/c lei 8934/94 e dec 1800/96 ≠ da
lei 9279/96
*o nCC em seu art 1163 adotou uma conjugação das duas correntes anteriores quando
ocorrer a coexistência. O caput proíbe a existência de sociedade com o mesmo nome
quando a atividade for a mesma e no § único prevê que sendo atividade diversa deve
inserir um nome que a distinga.
*se uma sociedade registra seu nome só no RJ outras sociedades podem usa-lo em
outros Estados.
Firma individual
*nome empresarial coletiva
denominação
2 patrimônios distintos
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Sociedade Confusão
Comum Patrimonial Mitigada
*ato ultra vires – ato viola o objeto social (art 1015 § único, III)
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Maior = clássica
Menor
*Controvérsia:
1a Corrente) entende pelo descabimento da aplicação da teoria em sede de execução sem
que o sócio tenha sofrido uma prévia ação com objetivo de comprovação dos
pressupostos ensejadores da teoria (majoritária)
2a Corrente) Admite a aplicação da teoria em sede de execução sem que haja ofensa ao
Princípio do Contraditório (pois em tese ele teria os embargos para se defender) com
fundamento na Economia Processual e da Celeridade.
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Rio, 29/09/03.
= Teorias:
fraude
- Maior abuso do direito (?)
confusão patrimonial
desvio de finalidade
execução
↓
1 2 3 sócio 2
credor ↓
desconsideração
da personalidade jurídica
fraude
*na menor basta o credor não ter o credito satisfeito que ele pode invocar a teoria
menor.
*Ex:
Patrimônio:300,00
1 2 3 Cobra do Sócio: 200,00
500,00
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*pela teoria menor esses pressupostos não teriam que ser comprovados.
*art 28
Falência ou Insolvência
↓
má administração = subjetiva
↓
teoria tem que se provar a culpa, a fraude para depois
responsabilizar o sócio
*em caso de falência se for relação de consumo aplica-se o art 28 do CDC, nos outros
casos aplica-se o art 6 do decreto 7661/45
*tanto o art 28 do CDC como o art 6 do decreto 7661/45 se aplica em relação ao sócio
administrador; se não for administrador aplica-se a teoria maior para que seu patrimônio
seja atingido.
*para alguns autores o art 28 §5 CDC deve ter interpretação objetiva, não tendo que
respeitar os pressupostos (teoria menor), para outros ela seria teoria maior tendo que
respeitar os pressupostos.
*tem mais aplicação em direito de família, porém é mais usado nos Tribunais do Rio
Grande do Sul
*Ex.
1 2 3
cônjuge
o sócio 3, casado com X, transfere todos os seus bens para a sociedade a fim de esvaziar
o seu patrimônio para não ter que pagar alimentos ao cônjuge.
X intenta ação contra o sócio (devedor) e na ação, julgada pelo juiz de família, pede a
desconsideração da personalidade jurídica da sociedade para responsabilizar a própria
pessoa jurídica. O juiz competente é o juiz que esta julgando a ação (juiz de família).
Busca-se responsabilizar a própria sociedade comprovando a transferência fraudulenta
do patrimônio. Com a aplicação desse instituto há uma economia e celeridade
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*não tem sido muito usada em nossos tribunais, mais poderia ser utilizada em qualquer
caso que o sócio transferisse bens para a sociedade para não responder perante os seus
credores.
Sociedade Simples
*art 997 e segs c/c 982 e 983; 966 § único; art 16 da 8906/94
Conceito:
*quando a nova lei de falência for aprovada acaba as distinções entre falência e
insolvência.
*art 983
*a simples adoção do tipo Ltda não a torna empresária, porém será regida pelos
dispositivos da Ltda – art 1052 e segs
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*a sociedade simples vai ser regida pelos dispositivos do tipo que escolher.
1a Corrente) para essa corrente a sociedade seria a forma preponderante sobre o objeto.
Bastando a adoção da forma S/A que a sociedade simples se descaracteriza
transformando-se em empresária
*se a sociedade simples não exerce uma empresa ela não poderia adotar o tipo S/A pois
essa prevê uma empresa.
*quando não adotar m tipo especifico será regido pelas próprias regras das sociedades
simples (art 997 e segs)
*alguns autores (como Tavares Borba e Fabio Ulhoa) entendem que a não adoção de um
tipo especifico equivale a adoção do tipo simples.
2o) não adoção de tipo especifico: o contrato tem que determinar a responsabilidade dos
sócios, podendo ser:
a) responsabilidade limitada
b) responsabilidade ilimitada e subsidiaria
c) responsabilidade ilimitada e solidária.
1a Corrente) limitada – o fundamento é o próprio art 997, VIII, pois o artigo prevê que
os sócios devem estabelecer se terão ou não responsabilidade subsidiaria, e nesse caso,
já que omitiu é sinal que não terão, tendo responsabilidade limitada – Corrente
Minoritária
2a Corrente) ilimitada e subsidiaria – art 1023 e 1024, pois, como a lei determina que
essa é uma cláusula contratual necessário, desta forma, quando os sócios não fixaram a
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responsabilidade no contrato houve violação da lei, violaram o art 997, VII – Corrente
Majoritária.
O outro fundamento é que o art 1023 e 1024 tem uma presunção de subsidiariedade.
*a responsabilidade ilimitada e solidária não pode ser utilizada no caso de omissão pois,
a solidariedade decorre da lei.
*antes era regida pelo decreto 3708/19, onde era denominada “Sociedade por Quotas de
Responsabilidade Limitada”. Esse decreto foi revogado tacitamente pelo art 1052 que
passou a denominar “Sociedade Limitada”.
*enunciado 65
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Rio, 06/10/03.
Capital Social
Ltda
Capital Social = 90
1 2 3
30 30 30
*subscrição ≠ integralização
*a teoria tradicional entende o capital social como medida de garantia dos credores.
Isso porque quando o credor vai contratar com essa sociedade ele já sabe que ela tem
um determinado capital social, representando esse um mínimo de garantia para esse
credor. Dessa teoria decorrem dois princípios:
1) intangibilidade do capital social
2) realidade do capital social
*aumento do capital social nos termos do art 1081 CC – Para que o capital social seja
aumentado é essencial integralização de todo o capital social. Do contrário, ou seja, se
pelo menos um não integralizar o capital não poderá ser aumentado.
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*hoje em dia para alterar o capital social tem que ter mais de ¾ do capital social (voto
dos sócios que possuem as quotas)
*o CC não determina um valor (uma parcela) mínimo que precisa ser integralizado.
*a lei de S/A exige a integralização de pelo menos 10% se esta se der em dinheiro.
*quando se dá um bem imóvel para integralização do capital, este dever ser previamente
avaliado. O CC porém não determinou que essa avaliação tenha que ser feita por peritos
ou por empresa especializado (como foi feito na lei das S/A), sendo esta avaliação feita
pelos sócios.
*essa avaliação sendo feita pelos sócios gera uma grande chance de ocorrência de
fraude, pois pode ocorrer a superavaliação, levando a sociedade a ter um capital
ilusório.
*na lei de S/A exige-se que a avaliação seja feita por 3 peritos ou empresa
especializada.
*quando a lei das sociedades limitadas determina que a avaliação deve ser feita pelos
sócios isso poder gerar uma superavaliação do imóvel o que geraria um esvaziamento
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*nesse caso o credor pode cobrar de todos os sócios de forma solidária, sendo permitido
cobrar destes a diferença entre o valor fixado e o valor real do imóvel.
*isso não gera uma punição, pois o única coisa que se obriga é pagar o valor real do
imóvel, e isso no prazo de 5 anos.
*quando esta variação do valor for algo mínimo, ou seja, que não demonstre má-fé essa
teoria não se aplica. Ex. o valor real é 30 e avaliaram em 25.
*a Teoria Moderna entende que a garantia dos credores não esta no capital social e sim
o patrimônio da sociedade, pois a sociedade pode ter um capital social baixo e ter um
patrimônio elevado. O patrimônio, porém, intangível, pelo contrário ele oscila, dilata,
isso ocorre para permitir a elevação e até a redução do patrimônio. Se o capital
garantisse o credor ele só teria direito àquele valor mínimo declarado inicialmente pelos
sócios. O capital social na verdade não é garantia, é apenas o valor com o qual a
sociedade começa a sua atividade.
*art 1052 – para entender esse artigo é necessário dividi-lo, entendendo-se que existe a
responsabilidade do sócio perante a sociedade e a responsabilidade do sócio perante os
credores.
sócio - sociedade
*responsabilidade
sócio – credores
*em relação à sociedade não há solidariedade entre os sócios, cada um responde por sua
parte.
*o sócio de não integraliza a sua parcela do capital social denomina-se sócio remido.
Em relação ao sócio remido a sociedade tem direito a cobrar dele a divida, não podendo
executar os outros sócios.
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*antes de demandar qualquer um dos sócios o credor deve demandar contra a sociedade,
e subsidiariamente pode cobrar o remanescente do crédito.
*o valor a ser demandado dos sócios é apenas o que falta a integralizar, não pode cobrar
do sócio mais que esse valor. Se um dos sócios faltou integralizar 20, esse é o máximo
que pode ser exigido dos sócios.
*quando o capital esta totalmente integralizado o credor não tem direito a demandar
contra os sócios, a não ser que seja comprovada a fraude.
*se o capital estiver integralizado e a sociedade não tiver como pagar sua dívida, o
credor ficará sem receber.
Isso também ocorre quando não esta integralizado e o valor a ser demandado dos sócio
for superior ao valor que falta integralizar.
*quem tem legitimidade ativa para propor a ação de integralização do valor que faltar a
ser integralizado é:
- o credor em sede de execução
- na falência da sociedade: o sindico da massa falida – art 50 do decreto
7661/45
- liquidação da sociedade: o liquidante – art 1103, V do CC
*se a sociedade incidir em falência nem os credores são legitimados, mas caso haja
inércia do sindico da massa esse pode ser responsabilizado e destituído.
*há controvérsias quanto se o MP pode ajuizar ação revogatória no caso acima, porém a
lei não confere legitimidade ativa ao MP, a lei, primeiro, confere legitimidade exclusiva
ao sindico e depois concorrente com os credores.
A quem sustente, porém, que o MP pode.
Remissão: art 1052 sublinha “solidariamente” e c/c art 50 do decreto 7661/45 e art
1103, inciso V do CC.
*art 1053 – se houver uma omissão no contrato social de uma Ltda o primeiro
dispositivo que deve ser aplicado são as próprias regras das sociedades limitadas (CC
art 1052 e segs).
Se a omissão persistir a regra é a aplicação dos dispositivos das sociedades simples (art
1053). A lei no § único prevê a aplicação direta da lei 6404/76 caso haja clausula
contratual expressa.
A maioria da doutrina entende que houve retrocesso, pois mesmo no CC entrar em vigor
o decreto 3708/19 já previa que na omissão do decreto já se ia direto para a lei de S/A; e
pela regra do CC primeiro tem que ir às regras de uma sociedade simples, que nem se
quer é empresaria, e só podendo aplicar a lei 6404/76 se o contrato permitir.
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Omissão
Omissão
regra clausula contratual expressa
art 1053 §único
*o CC prevê a cisão, mas não faz nenhum tipo de regulamentação sobre o assunto, em
nenhum artigo ele regula esse instituto, apenas citou no título. Não regula se nesse caso
utiliza-se a lei 6404/76 no que for compatível, sem que seja afetada a natureza da
sociedade.
*alguns autores entendem que sempre que o CC for omisso em matéria societária se
aplicará subsidiariamente a lei 6404/76.
*na sociedade limitada o conselho fiscal não é obrigatório, enquanto que nas sociedades
anônimas é obrigatório. Quando houver omissões vai-se para a regra das S/A no que
não contrariar as sociedades limitadas. Essa questão do conselho fiscal contrariaria a
sociedade limitada, pois não se pode tornar o conselho fiscal um órgão obrigatório.
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*sociedade B tem uma cláusula contratual determinando a livre cessão de quotas. Neste
caso a natureza jurídica seria de Capital.
*não se tem como definir a natureza jurídica das sociedades limitadas, se ela é de
pessoas ou de capital, vai depender do contrato social e por isso a tese majoritária
entende que a sua natureza jurídica é mista, híbrida, pois em algumas hipóteses ela pode
ser de capital ou de pessoas.
*Sobre o tema, antes do CC, havia controvérsia, porém o CC acabou com a controvérsia
em seu art 1057. Esse artigo acabou com a controvérsia mas tornou complicado o
entendimento.
*art 1057 – o sócio pode vender, até mesmo, a totalidade de suas quotas para um único
sócio, independente da autorização dos outros. Só não sendo isso possível se existir
expressa determinação em uma das cláusulas contratuais.
*normalmente os contratos sociais vêm determinando que se o sócio quiser alienar suas
quotas ele tem que dar direito de preferência na proporção de cada um.
*a lei prevê “ou a estranho” porém isso se é possível se não tiver oposição de mais de ¼
do capital social. O sócio pode vender suas quotas a um terceiro estranho se 25%, pelo
menos, dos sócios não se opuserem a tal ato.
Essa cessão vai ter eficácia a partir do registro, do arquivamento. E, para que esse
contrato seja arquivado todos os sócios anuentes vão ter que subscrever o contrato de
cessão, sendo necessário um quorum de no mínimo 75% do capital social.
Desta forma não basta que não haja oposição de 25%, pois todo o restante tem que
assinar, sendo na verdade, o quorum de 75%.
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Ltda
1 2 3 3o
sem oposição de ¼ (25%) do capital social
30 30 30
*é permitido a cessão de cotas não integralizadas à terceiros, porém que se obrigava por
esse pagamento? Nesse caso se terá um antes e um depois CC.
Ltda
1 2 3 integralizado = 20
deve = 10
30 30 30
*antes do CC aplicava-se a regra do art 108 da lei 6404/76, esse artigo estipulava que
havia uma solidariedade entre cedente e cessionário pela parte a ser integralizada pelo
prazo de 2 anos. A sociedade poderia cobrar a integralização do cessionário e/ou
cedente..
*CC art 1003 § único – há uma responsabilidade solidária pelo prazo de 2 anos perante
a sociedade e os credores (terceiros), sendo esse prazo contado a partir da averbação da
cessão na junta.
*o CC prevê o prazo de 2 anos, mas a lei fiscal prevê 5 anos e a previdenciária 10 anos.
*prevalece a corrente que entende que se aplica cada prazo de acordo com o caso, por
ser lei especial.
*o CC, na cessão, dificultou a situação do cedente, pois ele não, mas se limita a parte a
ser integralizada, ele também assume uma responsabilidade perante os credores de até
dois anos.
Remissão: art 1003 § único sublinha “2 anos” ≠ art 174 CTN e art 46 da 8212/91
32
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 13/10/03.
a) modificação do contrato
b) fusão
c) incorporação
*o sócio que não concordar com alguma dessas deliberações pode se retirar da
sociedade.
*só se denomina sócio dissidente o sócio que se retira nas hipóteses do art 1077
*o sócio dissidente permanece responsável pelo prazo de dois anos após a averbação da
saída – art 1032 CC. Mesmo o sócio exercendo seu direito de retirada por não concordar
com alguma das matérias elencadas no 1077 ele ainda continua tendo responsabilidade
por dois anos.
*o rol do art 1077 é taxativo pelo Princípio da Preservação da Empresa, uma vez que
com a retirada a sociedade que arca com o ônus com a liquidação.
*lei 6404/76 art 137 §3: admite a ratificação e a reconsideração da decisão sempre que
houver o risco da empresa com fundamento no Principio da Preservação da Empresa.
Então, numa sociedade anônima, se os sócios deliberassem por uma fusão, e a sociedade
chegasse a conclusão que o direito de retirada iria colocar em risco a sua própria
atividade, poderia haver uma deliberação numa assembléia especial reconsiderando
aquela decisão que motivou o direito de liberdade.
*Sendo o Código Civil omisso sobre o tema, defende-se (Mônica Gusmão) a aplicação
do art 137 §3 da lei das S/A quando da hipótese do direito de retirada. Fundamentos:
princípio da preservação da empresa e função social do contrato.
33
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*nas sociedades com prazo indeterminado a lei exige que haja a notificação prévia dos
demais sócios com antecedência mínima de 60 dias.
*aplica-se o art 1032, ou seja, permanece responsável pelo prazo de dois anos após a
averbação da saída.
*existe controvérsia sobre o que seria a justa causa. Majoritariamente entende-se que a
simples quebra da affectio societatis pode configurar justa causa.
Não pode é ser alegado um motivo fútil, banal, tem que ser algo que justifique a sua
saída, de modo a impossibilitar a continuação da sociedade
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Exclusão do Sócio
Capital Social = 90
1 2 3 integralizado: 10
deve: 20
30 30 30
*art 1004 – cria a regra da mora ex persona; hipótese em que só se caracterizará a partir
da notificação prévia pela sociedade para pagamento do valor devido nos 30 dias
subseqüentes.
*Controvérsia: o contrato social prevê expressamente a mora ex ré, essa norma é valida?
*na última hipótese vai haver uma redução do percentual daquele sócio, sendo o resto
adquirido pelos outros sócios que terão que integralizar o valor. Ou será reduzido o
valor do capital social – Princípio da Realidade do Capital Social.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*a aquisição das quotas por terceiros vai depender da natureza da sociedade, se for
sociedade de pessoas não poderá; se for de capital for; e se houver omissão dependerá
do quorum de ¾ concordando com a entrada desse terceiro.
*se os outros sócios não quiserem ou não puderem adquirir as quotas do remisso; e se
não puder ou não conseguir que um terceiro adquira a sociedade tem que reduzir o
capital social – Princípio da Realidade do Capital Social.
*antes do Código Civil o art 8 do decreto previa que os requisitos para que a sociedade
pudesse adquirir suas próprias quotas eram: aquisição se desse com lucro ou reservas
sem ofensa ao capital social e aprovação dos sócios.
Muitos confundiam, pois no momento que a sociedade adquiria suas próprias quotas
essas quotas ficavam em tesouraria (no balanço da sociedade) – sem direito a lucros e a
voto; e não a sociedade se transforma sócia de si mesma. O objeto da sociedade em
adquirir suas próprias quotas era manter seu capital social e posteriormente vendar para
os próprios sócios ou para terceiros, se a sociedade permitisse.
*a lei da S/A admite essa compra das quotas pela própria sociedade.
*é a maioria dos sócios, e não do capital social, ou seja, é uma maioria numérica e não
percentual.
36
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*quem vai valorar se a falta é grave é o juiz. Se o juiz entender que não houve falta
grave o sócio pode requerer indenização.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 20/10/03
*em regra é o empresário que incidir em falência, é a falência do sócio desde que este
além de sócio seja um empresário.
Ltda
1 2 3 empresário
30 30 30
falência
*só é possível à falência do sócio quando este for empresário, seja individual, seja
pessoa jurídica. O sócio incide em falência na sua atividade empresária.
*ao ser decretada a falência haverá a liquidação das suas quotas e esse quantum vai para
a massa falida
Remissão: sublinha “sócio declarado falido”c/c art 966 controvérsia 748 CPC
*o art 966 conceitua empresário e o art 748 CPC fala da insolvência civil. A tese
majoritária é do art 966
*essa exclusão não precisa ser motivada, a própria sentença declarando a falência já
exclui o sócio de pleno direito.
*a única hipótese em que a lei admite a falência do sócio é quando ele for empresário.
*alguns autores sustentam que também se houver declaração de sua insolvência civil,
isso seria uma causa de exclusão de pleno direito
38
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Ltda
pessoal
1 2 3 credor
30 30 30 execução
↓
penhora das quotas
↓
liquidação das quotas
↓
quantum
*a regra é que se o sócio 3 contrair uma obrigação pessoal com o credor X. Com o
inadimplemento dessa obrigação X vai demandar contra o sócio 3. Então, estando a
ação em fase de execução, o art 1026 § único permite:
a) execução recai sobre os lucros do sócio devedor
b) liquidação das quotas do sócio devedor
c) o sócio que teve suas quotas liquidadas será excluído
*o credor requerendo que a execução recai sobre os lucros que o devedor tenha na
sociedade não causa a exclusão do sócio
*o juiz na execução vai determinar a penhora das quotas com objetivo de liquidação das
quotas, sendo o quantum apurado pago diretamente ao credor.
*a penhora que o art 1026 permite é do objetivo das quotas do sócio devedor serem
liquidadas e o quantum apurado ser pago ao credor.
*a sociedade oferecerá suas quotas aos outros sócios ou reduzirá seu capital social.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*pelo entendimento jurisprudencial e doutrinário essa tese continua valendo, sendo este
o entendimento predominante, apesar da lei ser omissa quanto ao assunto.
Ltda
pessoal
1 2 3 ↓ credor
penhora
30 30 30 ↓
arrematação
↓
↓ 3o
ingresso
*o art 591 do CPC determina que os devedores respondem perante o credor com todos
os bens presentes e futuros.
40
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*uma outra forma de proteger a natureza de pessoas era que quanto a sociedade não
pudesse ou não quisesse remir a execução os sócios na arrematação tinham o direito de
preferência.
*se a sociedade não exercessem esses dois direitos (direito de remir e direito de
preferência) a ela conferidos, as quotas seriam arrematada, porém esse terceiro não teria
o direito de ingresso na sociedade, havendo a liquidação da quota do sócio devedor.
*o STJ não admitia o ingresso desse terceiro na sociedade, mas conferia o direito de
postular a liquidação da quota do sócio devedor.
*art 1026, caput – não autoriza a entrada do novo sócio, autoriza a utilização da tese do
STJ
*o STJ em tese não admite a entrada do terceiro, mas se os sócios deliberarem ele pode
ingressar.
*o art 1026 ele tem que ser aplicado para as sociedades simples; para as sociedades
limitadas aplica-se o entendimento do STJ onde excepcionalmente o terceiro pode
ingressar se os sócios admitirem, em razão desse “pode” que é uma norma cogente, uma
norma dispositiva.
*no art 1026 o juiz só penhora as quotas com objetivo de liquidar, não pode ter uma
leitura literal para se chegar a arrematação.
6) art 1085 CC
Requisitos:
- quorum de maioria dos sócios representativos de mais da metade do capital
social
- risco da continuidade da empresa
- ato de inegável gravidade
- alteração do contrato social
- prevista no contrato a exclusão por justa causa
- reunião ou assembléia especialmente convocada para esse fim
- ciente o acusado em tempo hábil
41
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*o acusado tem que comparecer na Assembléia para exercer o direito de defesa. Mas na
prática isso não adianta muito, pois antes da Assembléia, normalmente, já está decidido
a sua retirada, mas esse é um requisito imposto por lei.
*não pode ser alegada na motivação a quebra da affectio societatis, pois nem sempre
esta enseja a prática de ato de inegável gravidade. Isso é entendimento pacifico.
O pedido de exclusão não pode ser motivado com a quebra da affectio societatis.
2) o sócio que se retira ou é excluído tem direito à liquidação de suas quotas. O contrato
social, em regra, deve determinar o critério de liquidação, e na omissão art 1031
*de acordo com o 1031 do CC se o contrato social for omisso a liquidação vai ser com
base na situação patrimonial da sociedade, que representa o ativo menos o passivo e o
valor apurado é dividido pelo número de quotas do sócio.
Balanço especialmente levantado é o levantado na época da saída do sócio, pela retirada
ou pela exclusão.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*o art 1142 define o que é estabelecimento, que é todo aquele conjunto de bens.
*o CC admite que o administrador constitua um mandatário; porém este não pode ter
poderes genéricos.
*art 1060 – o administrador pode ser designado no próprio contrato social ou em ato
separado.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*esse ato separado não representa uma alteração, pois elege-se o administrador e
arquiva este ao no órgão competente.
*se o administrador for nomeado no próprio contrato social, para sua destituição, é
necessário quorum especial pois representa alteração do contrato.
Remissão: art 1060 – 1062 §2; enunciado 66 CJF; art 997, VI; art 146 da 6404/76
*Requisitos do 1061:
- previsão contratual expressa
- observância do quorum. A lei prevê duas opções de quorum para alteração:
integralização – 2/3 e não integralização – totalidade.
2a Corrente – Admissibilidade
*Exceções:
*Requisitos:
- restrição de poderes
- registro no órgão competente
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Ltda
1 2 3
30 30 30
administração
conjunta
↓
título de crédito
*o art 1015 § único, inciso I não recepcionou a teoria da aparência. Basta a sociedade
dar publicidade de seus atos que um terceiro não pode ignorar
Remissão: sublinha “inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade” c/c art 1154
§ único.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 03/11/03.
Ltda
1 2 3
Adm
↓
restrição de
poderes
A sociedade nesse caso não tem o contrato social arquivado, tendo, assim,
responsabilidade pelos atos do sócio, salvo se conseguir provar que o terceiro tinha
conhecimento da limitação do sócio – Teoria da Aparência.
Isso ocorre pela má-fé do credor que tinha conhecimento da limitação.
*ato ultra vires é previsto expressamente, sendo este o ato que extrapola, viola o objeto
social.
*Ex: livraria em que o sócio compra uma frota de 30 veículos, pois nesse caso violou o
objeto social.
*a maioria dos autores entendem que a Teoria da Aparência não foi adotada, pois basta
a sociedade provar que violou o objeto da sociedade.
*tendo o contrato social arquivado na junta comercial, dando assim publicidade ao ato
constitutivo, se o sócio administrador violar o objeto pela adoção da Teoria Ultra Vires
a sociedade no se obriga – art 1154 § único.
*a maioria dos autores entendem que não foi adotado a Teoria da Aparência, bastando a
comprovação do Ato Ultra Vires para que a sociedade não se responsabilize.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Deliberação de Sócio
*art 1071 – todas as hipóteses dependem de deliberação dos sócios, sendo esta
deliberação feita através de reunião ou assembléia (art 1072)
*se essas formalidades não forem cumpridas a assembléia será nula, salvo a exceção
prevista no art 1072 §2.
*o art 1071 determina que devem ser tomadas as decisões através de deliberações, salvo
exceção prevista no art 1072 §3
*pode ser instalada uma assembléia sem que a deliberação seja aprovada.
*art 1063 §1
Destituição de Administrador
1a Corrente) art 1071, III c/c 1076, II – quorum de mais da ½ do capital social –
Corrente Majoritária.
2a Corrente) Sergio Campinho – ele entende que seria tratar iguais de forma desigual,
pois como também é sócio não seria justo diferenciar se foi nomeado no contrato social
ou em ato separado, aplicando-se também a regra do art 1063 §1
47
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
4a Hipótese) administrador é terceiro nomeado em ato separado – art 1071, III c/c art
1076, II – quorum de mais da ½ do capital social.
*o sócio pode ser representado por outro sócio ou por advogado - art 1074 §1
*art 1074 §2 – ex. art 1078, I tem que haver assembléia anual para tomas as contas do
administrador, nao podendo o sócio que for administrador votar, se isso acontecer a
assembléia será nula. Para essa hipótese os autores têm duas soluções:
1a) art 166, VII – é nulo porque a lei expressamente previu a proibição, porém a lei fala
em negócio jurídico, o que se enquadra no caso por ser um ato jurídico. Porém Silvio
Capanema entende que o CC por várias vezes se confundiu com o negócio jurídico e o
ato jurídico. Em várias hipóteses o CC falou em negócio jurídico quando queria se
referir ao ato jurídico em sentido estrito, sendo, por isso, aplicado o art 166, VII ao caso
em tela.
2a) Aplicação analógica do art 115 §§1 e 4 da lei 6404/76, onde esta previsto o voto
conflitante, previsto o conceito e a sanção.
Remissão: art 1074 §2 c/c art 166, VII controversia art 115 §§1 e 4 da lei 6404/76
Art 166, sublinha “negócio jurídico” c/c art 1074 §2
Dissolução da Sociedade
1a Hipótese: art 1033 – todas as hipóteses previstas nos incisos são dissolução de pleno
direito, onde não é necessário intentar ação para dissolver a sociedade.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*a falência implica na dissolução mais não necessariamente na extinção, pois ela pode
requerer a concordata suspensiva.
*o responsável pela liquidação é o liquidante que pode ser administrador ou não – art
1102 §1
*deveres do liquidante
*a arrecadação dos bens sociais tem como objetivo a satisfação dos credores.
- Inciso V – o liquidante tem o dever de exigir dos sócios o que faltar a ser
integralizado no capital social.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*art 1103 § único – a lei obriga a inclusão da expressão “em liquidação” no seu nome
para dar publicidade a terceiros da sua situação.
*art 1106 – tem que ser respeitada a ordem de preferência dos credores, como ocorre na
falência.
O crédito será pago proporcionalmente, não podendo credores da mesma ordem de
preferência receber enquanto o outro não recebe nada.
*ocorre a antecipação das dívidas vincendas com o respectivo desconto – art 1106
*art 1106 § único – se a sociedade tiver o ativo maior que o passivo, o liquidante pode
realizar o pagamento integral.
Existindo dúvidas quanto as dívidas vincendas, se elas serão pagas integralmente ou
serão rateadas.
Nenhum autor trata do assunto.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 10/11/03.
*art 1107
*art 1108
*para que a sociedade seja extinta é necessária a baixa dos seus atos constitutivos no
órgão competente
Remissão: art 1109 c/c 1103, inciso IV c/c 207 da lei 6404/76
Credor – R$ 300,00
1 2 3
80 60 30
Se após a partilha aparecer um credor que não teve seu credito satisfeito ele poderá
requerer dos sócios até o valor que cada sócio recebeu na partilha
Não há solidariedade entre os devedores, não tendo os sócios direito de regresso contra
os demais.
O credor também pode propor ação de indenização contra o liquidante.
51
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*há quem defenda que pode ser aplicada a parte final do art 218 da lei 6404 (direito de
regresso), pois caso contrário haveria o enriquecimento sem causa.
Títulos de Crédito
Atributos
1) Executoriedade
*autorizam a propositura da ação de execução (ou ação cambial) – art 585, inciso I CPC
2) Circulabilidade
*o título de crédito é emitido para circular, podendo ser a ordem ou não a ordem.
3) Negociabilidade
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Ex: Duplicata
A________________B
↓ ↓
emitente sacado
↓ ↓
credor devedor
↓
empresário
*as hipóteses em que o credor pode negociar o titulo para receber seu crédito são:
a) instituição financeira – nesse caso o credor recebe parcialmente seu crédito, mas é
vantagem para o credor pois recebe antecipado e para o banco pois paga um valor
inferior ao que irá receber.
Se o sacado não cumprir com a obrigação, nessa opção de desconto bancário, a
instituição financeira tem direito de regresso contra o emitente caso a obrigação não seja
satisfeita.
b) factoring
Ex: Duplicata
A________________B
↓ ↓
emitente sacado
(faturizado)
↓
faturizador
*a tese majoritária não admite a ação de regresso no caso de factoring, isso porque o
factoring é um contrato de risco. Ficando o prejuízo por conta do faturizador caso o
sacado não cumpra sua obrigação.
53
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Conceito
Princípios
Cartularidade
Duplicata
A________________B
↓ ↓
emitente sacado
↓ ↓
credor devedor
devolução
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
se o sacado retém indevidamente o título, a lei cria a figura do protesto por indicação,
onde o credor vai ao cartório apontar o título para que o sacado seja intimado a devolve-
lo.
Caso o devedor não devolva o cartório emite certidão de protesto que dará base a ação
cambial.
*a jurisprudência entende que em caso de perda do título o credor deverá intentar ação
de anulação de título, sentença essa que dará base a ação cambial.
Isso ocorre pois entende que a apresentação de copia pode gerar fraude, pois pode ter
ocorrido a circulação e quem não esta mais em posse do título pode via a executa-lo.
Literalidade
Remissão: art 887 sublinha “direito literal” = art 13, 29 e 31 do dec 57663/66
*se o aval for dado num contrato que faz menção ao título ele é considerado anexo ao
título.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 17/11/03
Formalismo
intrínsecos
*requisitos
extrínsecos
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Autonomia
2a Corrente) entende que não há subdivisão, sendo estes três princípios autônomos.
Remissão: art 887 c/c 13 da lei 7357/85 e art 32, alínea 2 do decreto 57663/66
Ex. A – B – C – D – E – F
↓ ↓
menor portador
a existência de vicio em uma das relações não gera obrigação em todas as relações.
*no exemplo acima o portador não poderia cobrar de D, pois quanto a ele a relação é
nula
*se o avalista garantir obrigação de menor ele ficará obrigado com a execução – art 32
alínea 2 da LUG
Abstração
* A_nota promissória__B
↓ ↓
emitente curso
↓
devedor
aluno(a)
*a principal característica dos títulos abstratos é que a causa debendi não é definida por
lei
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*em regra o emitente não pode alegar qualquer falha na prestação de serviço para não
pagar o título.
*se houver endosso não pode ser alegado deficiência da causa debendi.
58
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 27/11/03
*a exceção ao princípio da abstração é o pro solvendo, onde pode ser discutida a causa
debendi
*o título pro soluto desvincula a causa debendi do título, caso o devedor não pague o
credor tem que executar.
*no pro soluto a quitação vai sendo dada a cada título pago
no pro solvendo a quitação só se dá no final do contrato
*na omissão contratual os títulos são presumidamente pro solvendo, para que o título
adquira natureza pro soluto há necessidade de previsão contratual expressa.
*Ex: num contrato de locação estava previsto que o locatário teria que pagar o aluguel
todo mês com cheque. Em determinado mês tal cheque voltou por falta de fundos,
podendo, nesse caso, o credor requerer a rescisão do contrato, pois este, já que não tem
previsão, é considerado pro solvente. Porém, nada obsta que o credor execute o título.
59
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*quando há o endosso a causa debendi não pode ser oposta em relação ao terceiro, pois
após o endosso o título adquire abstração.
3a Corrente) Luiz Emidio – pode haver o endosso, mas se o título tiver a vinculação
expressa em seu texto pode ser oposta a causa debendi em relação ao terceiro pois este
teve ciência inequívoca da vinculação.
Se o portador tiver ciência inequívoca da vinculação do titulo ao contrato a causa
debendi pode ser oposta a ele.
Se o portador não tiver conhecimento da vinculação, não pode ser oposta a causa
debendi.
*A__coação__B – C – D – E
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Remissão: art 887 CC – art 17 do dec 57663/66; art 51 do dec 244/1908; art 906 CC
Princípio da Causalidade
Características:
1) ordem de pagamento – existem três figuras, que são: alguém que dá a ordem contra
outro em favor de terceiro
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Exemplos:
A B
A____favor_____B
↓ ↓
emitente credor
↓
devedor
banco
A favor B
↓ ↓
emitente credor
↓
devedor
*é ordem de pagamento, pois o emitente esta dando ordem contra o banco para que
pague o credor.
d) Duplicata
A____contra_____B
↓ ↓
emitente sacado
↓ ↓
credor devedor
62
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
63
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio 01/12/03.
*quando o menor empresário tem 16 anos ele é empresário, exerce atividade empresária
*quando é menor cotista ele não exerce atividade empresária, havendo controvérsias:
*na hipótese do art 974 não há a figura do empresário, tendo que haver autorização
judicial para continuação da empresa.
II – Quanto a Circulação
Em regra os títulos não podem ser emitidos ao portador, sob pena de vício de
forma, salvo o cheque até determinada importância.
64
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Letra de Câmbio
Disciplina Legal
*em caso de contradição entre lei especial e CC prevalece a lei especial, pois estas
foram recepcionadas pelo CC.
Desta forma, o CC será usado nos casos de omissões e nos títulos atípicos. Ex. títulos
escriturais.
*há controvérsia quanto se a LUG teria revogado a lei interna (decreto 2044/08)
*LUG:
- anexo I – própria lei – art 1/78
- anexo II – reservas – art 1/23
- protocolo
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*a tese majoritária entende que o decreto 2044/08 não foi revogado pela LUG, podendo
ser aplicado nas seguintes hipóteses:
3) se tanto a LUG como a lei interna prevêem a mesma matéria usa-se a LUG
Natureza Jurídica
A B
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
2) a ordem do sacador
Ex: contrato de locação, onde os locadores emitiu uma letra de câmbio em favor de si
próprio.
Nesse caso o locador é também o beneficiário, ocorrendo a confusão das figuras
3) sobre o sacador
Aceite
A ____contra______ B ______favor______ C
↓ ↓ ↓
emitente/ sacado tomador
sacador ↓
aceitante
emissão: 15/03
vencimento: 15/12
67
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*o sacador não é obrigado a aceitar uma vez que a divida é com o emitente
*o não aceite pode gerar a antecipação do vencimento, pois esta é uma faculdade do
beneficiário, e desta forma, só vai haver se o beneficiário quiser exercer esse direito.
*se não houver o aceite o emitente se torna o principal devedor, havendo a necessidade
de protesto
68
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 08/12/03.
1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6 – 7 – avalistas
| | | | | | |
A – B – C – D – E – F – G –H
*quando B aceita o título ele se torna o obrigado principal e para ser cobrado não
precisa de protesto.
*qualquer outro dos envolvidos na relação podem ser cobrados, mas necessita de
protesto
*se o sacado não aceitar não haverá o obrigado direto, só o principal devedor, e nesse
caso precisa de protesto.
Aceite
69
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*art 21 – o título pode ser apresentado para aceite, em regra, até o dia anterior ao
vencimento. Pois, o dia do vencimento é para pagar
O aceite, em regra, pode ser dado até o vencimento do título (art 21 LUG)
admitindo-se uma segunda apresentação no dia seguinte ao da primeira a requerimento
do sacado (“prazo de respiro”)
*se o título não conter cláusula determinando a data do aceite, o título pode ser
apresentado a qualquer momento. Até mesmo no dia da emissão.
*Luiz Emidio entende que pode haver o vencimento antecipado em relação a totalidade
da divida.
Aceite Modificativo
*o aceite modificativo é aquele em que o sacado altera alguma cláusula do título para
depois dar o aceite, por exemplo, alterar a data de vencimento.
*em relação ao portador essa modificação representa uma recusa ao aceite, cabendo
desta forma, vencimento antecipado do título. Cabendo ação de execução em relação
aos co-obrigados.
70
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*art 26 alínea 2
*o aceitante, no caso de modificar a data, ele só se obriga nessa data, onde poderá ser
cobrado pelo portador ou por qualquer outro co-obrigado em ação de regresso.
*o portador não poderá cobrar do aceitante antes da data posta no título no momento do
aceite, ele só poderá ser cobrado a partir desta data.
*aceite modificativo:
- portador = recusa do aceite
- sacado = aceitante nos termos do aceite
*em relação ao aceitante não precisa de protesto, pois ele é o obrigado principal.
*quando o título não contem cláusula informando a data do aceito isso geraria a
possibilidade de ser apresentado a qualquer momento e com isso uma instabilidade para
os co-obrigados, pois poderiam ser cobrados a qualquer momento. Existem dois modos
de retardar/proibir o vencimento antecipado:
71
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*quando o título contem a cláusula não aceitável na data do vencimento o portador deve
apresentar o título ao sacado para que pague. Se pagar se encerra a relação cambial.
Se não pagar pode propor ação cambial contra qualquer outro co-obrigado.
*Regra:
- obrigado direto ou aceitante – dispensa do protesto
- co-obrigados – emitente/endossante/avalista – necessita de protesto.
Espécies de Vencimento
*art 33
1) A vista
*esse vencimento é indeterminado, pois não se sabe quando o portador vai apresentar ao
sacado para que pague.
*art 34
Emissão: 15/02
Vencimento: 180 dias após a data
↓
da emissão
3) em dia certo
emissão: 15/02
vencimento: 15/12
*vencimento determinado.
72
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
OBS: no vencimento a vista pode conter cláusula fixando data para apresentação. E,
nesse caso, o prazo de 1 ano é contado a partir dessa data.
emissão: 15/02
vencimento: 180 dias após a vista
↓
apresentação para aceite
aceite – 15/04
vencimento 15/04 + 180 dias
b) recusa do aceite
aceite – 15/04
recusa – protesto + 180 dias
↓
comprovação da recusa do aceite
*vencimento indeterminado, pois não se sabe quando o título será apresentado para
aceite.
*o titulo deve ser apresentado para aceite no prazo de 1 ano. A inobservância desse
prazo gera a perda da executoriedade em face dos co-obrigados.
Remissão: art 33 alínea b sublinha “a certo termo a vista” c/c art 23 e 22 alínea 2
*o emitente não pode incluir cláusula não aceitável pois nesse caso não haveria
vencimento.
Observações:
73
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 15/12/03
Endosso
Conceito
Natureza Jurídica
*os títulos nominais podem circular através de endosso (à ordem) ou cessão (não à
ordem)
*todo título de credito pode circular por endosso, salvo se tiver a cláusula não à ordem.
Tipos de Endosso
Endosso em Branco
Obrigação Cambial
74
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Endosso em Preto
Endosso Próprio
Características:
*o CC tem artigo dispondo o inverso do art 15, porém o art da LUG deve prevalecer
*o art 914 CC não se aplica por forca do art 903 CC, que recepcionou as leis especiais.
*o art 914 CC só é aplicado quando o título não for regido por lei especial.
Ex: títulos escriturais (art 889 §3)
*a lei permite que o endossante se reserve o direito de não ter nenhuma obrigação,
desde que isso esteja expresso.
Exclusão
*com a cláusula sem garantia o endossante não pode sofrer ação cambial e nem de
regresso.
75
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*a intenção dessa cláusula é evitar que o título seja transferido mediante endosso.
Não é correto afirmar que o objetivo é proibir a circulação, pois pode ser transferido por
cessão.
1a Hipótese:
cláusula
A–B–C–D–E–F
↓
portador
2a Hipótese:
cláusula
A–B–C–D–E–F–G
endosso
*se F descumpre a cláusula e endossa para G, este pode propor ação contra F, mas
nunca contra E.
*nesta hipótese não há garantia as pessoas a quem o título for posteriormente endossado
3a Hipótese:
cláusula
A–B–C–D–E–F–G-H
endosso ↓
portador
4a Hipótese:
76
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
cláusula
A–B–C–D–E–F–G
cessão
*o cedente não se obriga, não cabendo execução em face de F. Mas cabe execução em
face de E
*na cessão pode ser oposta as exceções pessoais (oponibilidade das exceções).
Endosso Impróprio
Características:
Espécies
Endosso Mandato
*art 18
endosso mandato
A–B–C–D–E–F
↓ ↓
endossante endossatário
↓ ↓
mandante mandatário
*o mandatário pode apresentar o título para aceite, protesto e propor ação cambial
*F não pode fazer um endosso próprio, pois não tem a titularidade do crédito, mas pode
fazer um novo endosso-mandato.
77
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
mandato
exceções pessoais
*se F propor ação contra C este só pode opor exceções pessoais em relação a E
*art 17 LUG
*se o mandatário falecer o endosso mandato não se extingue. Desta forma, se tiver um
segundo endosso mandato este não se extingue.
1a Corrente) aplicação da alínea 3, do art 18 da LUG por ser uma lei especial.
2a Corrente) Luis Emídio – houve erro de tradução da LUG, e onde esta escrito
mandatário deve-se ler mandante.
*entende-se que o art 917 §2 do CC serve para ratificar o entendimento de Luis Emidio
Endosso Caução
mútuo
A–B–C–D–E–F–G
↓ ↓
endossante banco (instituição financeira)
(credor) ↓
↓ portador
mutuário
78
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*o banco não pode fazer endosso próprio e nem caução, só pode haver endosso
mandato; pois nos primeiros casos seria necessário a titularidade do crédito – art 19,
alínea 1 parte final
endosso caução
A–B–C–D–E–F–G
↓
portador
*o portador pode exercer os direitos inerentes ao crédito (aceite, protesto, ação cambial)
*se o portador propor ação cambial ele tem direito a reter a propriedade do título até o
cumprimento da obrigação.
*o endossatário age em nome próprio defendendo direito próprio ou alheio e nesse caso
só pode opor exceções pessoais em relação a F
79
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 05/01/04
Endosso Caução
Instituto típico do direito cambial Forma de transferência de direitos em geral
– art 386 e segs
Não pode ser parcial, sob pena de nulidade Pode ser parcial
Não admite condição, sob pena desta ser Admite-se a subordinação a uma condição
reputada como não escrita
Se materializa no próprio título ou num Por instrumento público ou particular
anexo – art 13 da LUG
O endosso confere direitos autônomos em Confere direitos derivados, caso em que a
razão do princípio da autonomia. nulidade ocorrida em uma das obrigações
afetará as demais
O endossante, em regra, assume obrigação Em regra, o cedente não se obriga pela
cambial, salvo cláusula em contrário – art solvência do devedor, salvo cláusula
15 da LUG contratual em contrário.
OBS: o cedente só se obriga perante o
cessionário pela existência do crédito
cedido
Vigora o princípio da inoponibilidade das Vigora o princípio da oponibilidade das
exceções, salvo má-fé do portador do título exceções.
– art 17 da LUG
*art 11 alínea 3
retorno
*A – B – C – D – E – C
↓ ↓
sacado portador
80
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emitente
↑ retorno
*A – B – C – D – E – B
↓ ↓
sacado sacado
↓
credor
↓
portador
*se retornar ao sacado ele passa a ser o credor do título. A lei permite que o título
retorne a ele.
retorno
*A – B – C – D – E – C – F
reendosso
*no reendosso é necessário que o signatário seja uma pessoa nova na relação cambial.
Se for entre pessoas que já faziam parte da relação cambial é retorno.
*se houver endosse retorno para o sacado e este reendossar, ele assume obrigação
cambial, se tornando um co-obrigado
se já for aceitante, as posições se sobrepõe.
*art 20 da LUG
*letra de câmbio:
endosso póstumo
A–B–C–D–E–F
↓ ↓
aceitante portador
↓
obrigado Vencimento: 15/10
direto Endosso: 20/10
F tem direito de ação em face de B, pois este é o obrigado direito, o que dispensa
protesto
81
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
O título deveria ser protestado no dia 16/10 e por isso tem efeito de cessão e com isso o
cedente (E) não se obriga
Os demais co-obrigados só podem ser executados se E tivesse protestado o título.
endosso póstumo
*A – B – C – D – E – F
Vencimento: 15/10
Endosso: 16/10
*O efeito depende se o título foi ou não protestado, se for feito antes do protesto tem
efeito de endosso; se for depois de cessão.
endosso póstumo
*A – B – C – D – E – F
Vencimento: 15/10
Endosso: 17/10
Observações:
82
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Aval
*art 30 da LUG
Aval Fiança
Garantia típica do direito cambial Garantia das obrigações em geral
Garantia autônoma – princípio da Garantia acessória
autonomia – art 32 alínea 2 da LUG
Garantia objetiva, garante o valor contido Garantia subjetiva, pois garante o próprio
no título afiançado.
Não existe beneficio de ordem, e sim Tem beneficio de ordem, salvo renúncia
solidariedade – art 47 LUG expressa
*o CC não admite o aval parcial, mas prevalece LUG por força do art 903 do CC.
Remissão: art 30 sublinha “em parte” c/c art 897 §único (riscar) c/c 903 CC
*o § único do art 897se aplica aos títulos não regidos por lei especial.
Ex: títulos escriturais.
Local do Aval
*pelo princípio da literalidade o aval tem que ser dado no próprio título, admitindo-se
que seja dado em anexo.
*art 31
83
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Tipos de Aval
Remissão: art 31 alinea 4 LUG = art 77 LUG = art 30 § único da 7357/85 ≠ art 12 da
5474/68
X – avalista
↑
*A – B – C – D – E – F
↓
menor
*o STJ tem entendido que se o título for emitido por coação o avalista pode alegar o
vício quando for executado.
Existe corrente tradicional que não admite em razão do princípio da autonomia.
OBS: Capanema entende que se o título for emitido em razão de um jogo tolerado não
se pode opor em sede de embargos ser uma obrigação natural. Após a corporificação da
dívida a obrigação deixa de ser natural e passa a ser exigível (posição dos civilistas).
84
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Outros entendem que podem ser alegados em fase de embargos a obrigação natural.
Direitos do Avalista
1 2 3 4 5
↑ ↑ ↑ ↑ ↑
*A – B – C – D – E – F
| ↓
anteriores portador
o avalista que pagar a obrigação tem direito de regresso em face do avalizado e todos os
anteriores.
Remissão: art 32 alínea 3 sublinha “contra os co-obrigados...da letra” c/c art 899 §1 CC
*o avalista que pagar pode cobrar do avalizado ou dos signatários anteriores e seus
avalistas. O sacado e seu avalista não podem ser cobrados
*na letra de câmbio o obrigado direto é sempre o aceitante. O obrigado direito não
necessita de protesto.
*se o sacado recusar o aceite ele não será o principal devedor, passando o emitente a ser
principal devedor. Contra o sacado não cabe ação.
Aval Antecipado
1
↑
*A – B – C – D – E – F
↓
sacado
↓
aceitante = OD
85
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Aval Simultâneo
*A – B – C – D – E – F
↓
1+2+3
*cada um dos avalistas podem ser cobrados por toda a obrigação pelo portador;
podendo cobrar também o todo do avalizado ou dos signatários anteriores.
Porém, em relação aos demais avalistas só pode cobrar o valor que corresponde a cada
um.
*há solidariedade entre os avalistas, porém entre eles é a solidariedade do direito civil.
Em relação aos demais é solidariedade do direito cambial
86
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Aval Sucessivo
*A – B – C – D – E – F → portador
↓
1←2←3
*o portador pode cobrar de qualquer um dos avalistas, pois no aval não há beneficio de
ordem
*o avalista que pagou pode cobrar do seu avalizado e de todos os signatários anteriores.
Protesto
Conceito
Tipos de Protesto
Remissão: art 44 alínea 3 c/c art 9 do anexo 2 c/c art 28 do dec 2044
87
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*não há prazo determinado podendo ser feito até o 1o dia antes do vencimento
*no dia do pagamento não pode mais, pois já seria protesto por falta de pagamento.
Importância do Protesto
*o protesto é necessário e não obrigatório se o credor desejar ele pode não protestar; é
um direito do portador assumir o risco de não poder intentar ação cambial.
sacado
↑
*A – B – C – D – E – F
↓ ↓
emitente portador
↓
cláusula Emissão: 15/01
sem protesto Vencimento: 15/06
88
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*A – B – C – D – E – F → portador
↓ ↓
aceitante endossante
↓
cláusula sem
protesto
*se a cláusula for inserida por um signatário só produz efeitos em relação ao signatário
que inseriu.
Nem mesmo o avalista de D sofre os efeitos da cláusula.
*no exemplo o portador só pode exercer o direito de ação sem protesto em face de B e
D
se B não tivesse aceitado e continuasse como sacado só caberia em relação a D
89
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 12/01/04
*art 40 §1 determina a nulidade do ato praticado pelo falido após decretada a falência,
podendo ser declarada a nulidade de oficio.
*o juiz na sentença pode decretar o efeito ex tunc no termo legal ou período suspenso –
art 14 § único, III da lei de falência
*o termo legal, quando a falência é requerida com base no art 1, deve ser a data do
primeiro protesto por falta de pagamento
4) Interrompe a prescrição
*súmula 513 STF – não esta mais em vigor por força do art 202, III CC
90
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*cancelamento judicial pode ser requerido com base, por exemplo, em vicio no título –
ação anulatória de titulo c/c cancelamento de protesto
*a sustação não pode ser extrajudicial, normalmente é requerida por ação cautelar
inominada, onde depois de sustado se requer a anulação do título.
Ação Cambial
Tipos de Ação Cambial
Remissão: art 43 do dec 57663 sublinha “endossante, sacado e outros co-obrigados” c/c
art 53
Art 53 sublinha “para se fazer o protesto por falta de aceite ou falta de
pagamento” e fazer seta para “o portador perdeu...”
Art 53 sublinha “outros obrigados” c/c art 30 e 11
*art 43
91
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*quando há o aceite parcial o portador pode cobrar antecipadamente o valor não aceito
Luiz Emidio entende que há o vencimento antecipado do valor do título.
*pela LUG as partes podem pactuar juros de até 6%, mas o Brasil fez reservas e esse
artigo.
*Controvérsia: o Brasil faz reservas ao percentual de 6%, desta forma há limite para os
juros moratórios?
1a Corrente) Carvalho e Guilherme Pena – não há limites, em razão da revogação do art
192 da CF
2a Corrente)há limite. O limite é o art 161 §1 do CTN onde prevê 1% ao mês.
OBS: O art 406 do CC não limite o percentual de juros moratórios fixados pelas partes
diferente do CC/16
1a Corrente: Em razão da EC/40 não há o que se falar, atualmente, na limitação dos
juros moratórios que podem exceder o antigo percentual de 12% ao ano (art 192 CF)
2a Corrente: limite dos juros moratórios deve observar o art 161 §1 do CTN c/c decreto
22.626/33 (lei da usura)
92
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
O art 406 do CC determina que devem ser fixados segundo a taxa que estiver em
vigor (SELIC) para o pagamento dos débitos tributários. O STJ, bem como o enunciado
20 CJF, não aplicam esta taxa em razão da instabilidade que geraria no mercado, visto
que, o percentual não é fixo e sim oscilante.
Remissão: art 406 CC c/c art 161 CTN e enunciado 20 CJF = STJ
Defesas do Executado
*a LUG é omissa
Remissão: sublinha “defesa fundada ... contra o autor” c/c art 17 da LUG
2) Vício de forma
OBS: A – B – C
apresentação
para aceite
↓
retenção indevida
do titulo
↓
art 31 § único dec 2044/08
art 886 CPC
93
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Remissão: art 24 c/c art 31 § único do dec e 886 do CPC controvérsia art 5, LXVII CF
1) Ação Moratória.
*a causa debendi pode ser trazida pelo devedor através de embargos a execução.
*nesse caso prova-se que se tem o título que não foi cobrado, o que geraria um
enriquecimento sem causa ao devedor
*há controvérsia quanto quem é o legitimado passivo (vale para as duas ações):
1a Corrente) todos os signatários do título, exceto o sacado.
Luis Emidio exclui os avalistas, pois o aval é típico do direito cambial e não há
enriquecimento sem causa para o avalista, salvo se o aval for oneroso.
2a corrente) aceitante ou emitente – art 48 – Corrente Majoritária
*na maioria das vezes a ação utilizada é a ação moratória, pois esta visa dar
executoriedade ao título.
94
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 19/01/04
Nota Promissória
*A ___favor___ B
↓ ↓
emitente credor
*na nota promissória o obrigado direto é o emitente e seu avalista, e os co-obrigados são
endossantes e avalistas
Cheque
*previsão legal: lei 7357/85
*A ___favor___ B
↓ ↓
emitente credor
95
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*art 32
*se o cheque ao ser apresentado ao banco for devolvido, tendo fundos, não cabe ação de
execução em face do banco. O credor poderia executar o emitente e este por sua vez
poderia propor ação de indenização em face do banco
*o banco pode ser sujeito de ação de indenização caso haja o descumprimento da ordem
dada
Espécies de Cheque
1) Cheque Administrativo
96
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*nesse caso o credor se dirige ao banco e pede que emita um cheque administrativo
*o emitente é o banco
*art 9, III
*se tiver mais de um endosso é motivo de devolução do cheque, o banco não paga
*o fundamento da segunda corrente é que o art 9, inciso III não fala da possibilidade do
credor originário transferir o cheque
* banco – A _endosso_ B
↓ ↓ ↓
emitente comprador vendedor
↓ ↓
OD co-obrigado
*no caso de ser o cheque administrativo emitido no nome do comprador e este endossar
ao vendedor cabe ação de execução em face do banco ou do comprador.
Se for emitido em nome do vendedor só cabe ação de execução em face do banco.
2) Cheque Visado
*art 7
97
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*o prazo que o dinheiro fica reservado é o prazo par apresentação (art 33) – 30 dias na
mesma praça e 60 dias em praça diferente
*se não apresentar no prazo legal o valor volta para a conta do emitente
*o credor pode apresentar após o prazo, mas não terá a garantia de estar o dinheiro
reservado
*se o cheque for apresentado dentro do prazo e não for pago não cabe ação de
execução, cabe apenas ação de indenização que pode ser proposta pelo devedor ou pelo
credor.
*o fato do banco dar visto no cheque não quer dizer que está aceitando a ordem de
pagamento
visto ≠ aceite
3) Cheque Cruzado
*art 44
*tem por objetivo evitar o saque do cheque na boca do caixa; o cheque cruzado tem que
ser depositado em conta
98
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*no geral o cheque pode ser depositado em qualquer banco onde o credor tenha conta;
não há indicação do banco de depósito.
*art 46
*se assemelha com o cruzamento, ambos não podem ser apresentados ao caixa, a
diferença é que neste não cabe endosso – diferenciação doutrinária
*a lei determina que deve ser posta a cláusula transversal, havendo divergência se tem
validade quando posta na horizontal ou no verso. Majoritariamente entende-se que sim.
*art 28 §único
Cheque Pós-Datado
*art 32 e § único
99
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
É cabível ação de execução com base em cheque pós datado não cabendo o
devedor alegar em sede de embargos a pós-datação para se eximir de sua
responsabilidade
*se o empresário não advertir previamente que não aceita cheque cabe dano moral pela
não aceitação
*quando se recusa a aceitar cheque por ter ligado para o tele-cheque e acusar uma
sustação cabe dano moral, pois é um direito do emitente sustar o cheque quando tem
motivo
100
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 26/01/04
Fundos Disponíveis
*art 171 §2, VI do CP tipifica como estelionato a emissão de cheque sem suficiente
provisão de fundos, enquanto que o §1 do art 4 prevê que a previsão de fundos deve ser
na data da apresentação.
Prazo de Apresentação
*art 33
*se o cheque for da mesma praça o prazo é de 30 dias e se for de praça diferente de 60
dias a contar a emissão.
*mesmo apresentando fora do prazo, se tiver fundos o banco tem que pagar
*exceção: art 47 §3
101
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Prazo Prescricional
*art 59 – 6 meses
*Controvérsia:
1a corrente) o prazo prescricional tem início na data de expiração do prazo de
apresentação.
Emissão: 10/01
Apresentação: 15/01
Prescrição: 10/01 = 30 dias + 6 meses
*corrente tradicional
2a Corrente) STJ
emissão: 10/01
apresentação: 15/01
prazo prescricional: 15/01 + 6 meses
*se o cheque for pós-datado e o credor apresentar antes a prescrição é contada da efetiva
apresentação do cheque
102
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*uma vez prescrita a ação de execução o credor pode se vale da ação monitória.
Assinatura Falsa
*art 39 § único
103
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*súmula 28 STF
104
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 02/02/04
*só quem pode valorar os motivos alegados é o juiz quando for proposta ação de
execução.
*a frustração indevida do pagamento gera sanção penal (art 171 §2, VI)
*na prática os bancos confundem os dois institutos e dão à revogação efeitos imediatos.
Duplicata
*previsão legal – lei 5474/68
*é um título causal, pois uma vez emitido a causa debendi continua presa ao título
Remissão: art 1 riscar “mercantil” e sublinhar “compra e venda” c/c art 481 e segs do
CC
105
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*o sacado é o devedor
Fatura ≠ Duplicata
*a fatura não é um título de crédito em razão do Princípio da Legalidade; não há lei que
lhe confira o status de título de crédito
*não é título executivo, para cobrar o crédito baseado numa fatura é através de ação
monitoria ou ação ordinária de cobrança
favor
LC
*Controvérsia: A ____contra___ B
↓ ↓
vendedor comprador
↓ ↓
credor devedor
106
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*uma nota promissória emitida pelo devedor para documentar sua dívida oriunda de
contrato de compra e venda mercantil tem executoriedade?
R: tem executoriedade uma vez que a vedação do art 2 dirige-se ao emitente do título.
*o devedor pode emitir nota promissória, cheque ou letra de cambio em favor do credor,
contra ele próprio assumindo a divida
Remissão: art 2 sublinha “não sendo ... nenhuma outra espécie” c/c art 3, alínea 1,
decreto 57663/66
Sublinha “saque do devedor” “comprador” c/c art 3 alínea 2 e art 57 decreto
57663, art 1 da lei 7357/85
Espécies de Vencimento
*art 2, III
*a duplicata simulada é aquela que não tem uma causa debendi, não é causal
* A ________contra_________ B → ação
↓ ↓ ☺anulação do título
emitente sacado ☺cancelamento do protesto
↓ ☺indenização
credor
protesto
desconto
bancário
107
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Remessa da Duplicata
A _____________________ B
↓ ↓
emitente devedor
↓ ↓
credor sacado
devolução
*art 6 §§1 e 2
*o §2 prevê se for feita por mandatário (banco através do endosso mandato) o prazo de
10 dias a partir do momento em que o banco a recebeu
*aceitando ou não o sacado tem que devolver o título no prazo de 10 dias – art 7
108
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 09/02/04
Atitudes do Sacado
1) Aceite ordinário
- aceite é dado
- cabível execução sem protesto – art 15, I
*na duplicata, em regra, o aceite é obrigatório. Prevendo, porém, a lei hipóteses em que
o sacado pode recusar desde que de forma motivada.
*se o credor iniciar uma ação de execução o juiz extinguirá o processo sem julgamento
de mérito
*se o credor não concordar com a motivação ele tem que ajuizar uma ação de
conhecimento para provar que o motivo nao é legítimo.
*para que caiba execução na duplicata com recusa de aceite imotivada é necessário o
preenchimento dos requisitos contidos no art 15, III, a, b, c: protesto, comprovante de
entrega e recebimento da mercadoria.
*se faltar um dos requisitos a execução será extinta sem julgamento de mérito.
109
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Triplicata
*art 23
*a triplicata é uma cópia da duplicata, que só pode ser extraída no caso de perda ou
extravio
Fatura
↓
Duplicata
↓
Triplicata
↓
Perda ou extravio
Remissão: art 20 da lei 5474/68 riscar “empresa” c/c art 966 (empresário)
110
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*a fatura ou conta não pode ser endossada, pois não é título de crédito → Princípio da
Legalidade ou Tipicidade
Sociedade Anônima
*lei 6404/76
Conceito
*art 1
S/A Estatuto
CS = 90,00
CS = 90,00
1 2 3 nº de ações
VN = 1,00
30 30 30
90 ações
111
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*o preço de venda não precisa ser o preço de emissão, sendo esta diferença o ágio.
*quando o valor nominal vem expresso no estatuto denomina-se de ações com valor
nominal
*ação sem valor nominal é quando o estatuto não prevê expressamente o valor nominal.
Isso não significa que não tenha um valor nominal, apenas não está expresso.
*art 11
*o preço de emissão não pode ser inferior ao valor nominal quando este estiver expresso
no estatuto. Se fizer há nulidade do ato – art 13 §1
*quando não tiver expresso o valor nominal no estatuto pode o preço de emissão ser
inferior
*art 170
112
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 16/02/04
Falência
Caracterização
Art 1
*pela Teoria Tradicional uma vez comprovada a impontualidade, mesmo sendo o ativo
maior que o passivo deve-se decretar a falência
Remissão: sublinhar “obrigação líquida” c/c súmula 233, 247 e 258 STJ
OBS: nos contratos de fomento mercantil (factoring) o faturizador não pode exigir do
faturizado nenhum tipo de garantia em relação ao crédito transferido sob pena de
113
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
nulidade do título emitido pelo faturizado em razão de sua iliquidez. Hipótese diversa
ocorrida quando da transferência de determinado crédito com vício de origem cabendo,
nesta hipótese, a execução ou requerimento de falência do faturizado, nesta última
hipótese, se empresário.
*o título tem que originar ação executiva, podendo, desta forma, ser título judicial
(sentença) ou extrajudicial (NP, cheque, contrato, TAC)
*TAC (Termo de Ajuste de Conduta) tem força executiva, podendo ser requerido a
falência, com base neste, desde que protestado (protesto especial)
Art 2
Juízo Competente
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*a tese majoritária entende que o art 7 é competência absoluta, por ser critério
funcional.
115
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Rio, 26/02/04
(não assisti)
Princípios
1) Universalidade do Juízo
*é a vis attractiva
*massa falida
- bens
- direitos
- obrigações
3) Juízo competente
*art 7
116
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Características
1a) vencimento antecipada das dívidas do falido, bem como dos sócios com
responsabilidade solidária.
*art 25
*art 26
*exceções: art 26, caput – se o ativo bastar para o pagamento do passivo; art 26 § único
– os juros dos créditos com garantia real
Credor Hipotecário
juros
OBS: na prática o produto apurado em liquidação do bem do credor com garantia real
na satisfará os juros pactuados em razão da ordem de classificação dos créditos, salvo se
a massa falida comportar o pagamento.
117
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*art 24 – regra
*exceções: art 24 §1, 1a parte; art 24 §1, 2a parte; art 24 §2, I; art 24, §2, II; art 7º §3º
*se não houver a satisfação total do crédito, o credor se habilita na falência e sua
classificação será de credor quirografário
*súmula 44 TRF
*art 24 §2, I c/c art 187 CTN c/c súmula 44 TRF c/c art 4 do projeto
118
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*o melhor é entrar com uma ação trabalhista para ter reconhecido o seu direito como
empregado e fazer pedido de reserva quando não há o reconhecimento do vinculo.
*art 24, §2, II – credor que demandam quantia ilíquida, coisa certa e prestação ou
abstenção de fato (obrigação de fazer ou não fazer)
*massa falida – ação não regulada pela lei de falência (ex: ação de despejo) e quando
for autora ou litisconsorte ativo
*não há a suspensão quando for ação trabalhista, fiscal, etc., vai ser julgado pelo juízo
originário – projeto
OBS: não vai haver a suspensão para as ações não reguladas pela lei de falência e
quando for autora da ação.
Legitimidade Passiva
*a sociedade simples, em regra, não incide em falência e só incide se ela adotar a forma
de S/A que é muito controvertido.
119
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3o) menor
*art 3, II
120
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Rio, 01/03/04.
OBS: quem não incide em falência – art 12, d; 21, b da lei 6024/74
*sociedade simples, em regra, não incide em falência – art 977, salvo para alguns, se
adotar a forma de S/A
Legitimidade Ativa
*a súmula 190 permite a concordata preventiva desde que não tenha título protestado
121
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*pelo projeto o devedor só se pode valer da auto-falência se não tiver dívidas com o
fisco.
*os créditos inferiores a 40 salários mínimos tem que ser cobrados por ação de execução
*mesmo o crédito não estado vencido a lei confere legitimidade para que o credor
requeira falência.
A impontualidade tem que ser provada pelo protesto feito por outro credor, é o que se
denomina de protesto levado a efeito por terceiro – art 4 §1
*há controvérsia quanto se no caso do credor com crédito vincendo é com base no art 1
ou no art 2
122
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
2a corrente) a falência só pode ser requerida com base no art 2 da LF (atos de falência)
afim de impedir o recebimento de crédito vincendo
Remissão: art 9, inciso III “ainda que não vencido”c/c art 2 e 1 (controvérsia)
*art 4 §1
*projeto não permite o requerimento de falência por credor com credito vincendo.
*art 9, inciso III alínea a – o credor empresário tem que ser regular, ter personalidade
jurídica
*Anco Valle entende que a alínea a foi revogada pelo art 12, VII do CPC – posição
isolada
*credor
- empresário – regular
- não empresário – ex: sociedade simples
123
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 08/03/04
5) art 9, III, b
O credor com garantia real só tem legitimidade se renunciar ao seu direito real,
assumindo a condição de credor quirografário.
*se exige que renuncia, pois com ela poder-se-ia executar o direito
*existe controvérsia quanto se a renúncia tem que ser expressa ou se pode ser tácita
o STJ entende que o simples requerimento já faz presumir a renúncia (majoritária)
*para o PGJ (Penalva Santos) a renúncia tem que ser expressa sob pena de extinção do
processo sem julgamento de mérito.
*se o credor com garantia real se habilitar na falência, ele não perde a garantia.
Só perde quando requerer a falência
OBS: alienação fiduciária em garantia – previsão legal art 66 da lei 4728/65 c/c decreto-
lei 911/65
*na alienação fiduciária existe duas relações: uma contratual e outra de direito real
a contratual é título executivo extrajudicial.
O direito real oriundo da alienação fiduciária é a propriedade fiduciária (CC art 1362)
*o credor fiduciário tem legitimidade para requerer a falência, desde que renuncia o
direito de garantia e se torne credor quirografário.
*o fiduciante não pode vender o bem sobre o qual recai a alienação fiduciária, se fizer
configura estelionato (CP art 171)
*se comprovar a má-fé do terceiro que comprou o bem, este pode ser retomado
*súmula 92 do STJ
*existe uma corrente que entende que se a financeira souber que o bem foi alienado à
terceiro ela tem que propor ação de busca e apreensão para depois converter em ação de
124
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depósito. Outra corrente entende que pode propor direito ação de depósito pelo
Princípio da Economia Processual e da Celeridade Processual.
*se o terceiro estiver de boa-fé não cabe ação de busca e apreensão contra ele.
*Penalva Santos também não admite, mas fundamenta que ela tem legitimidade, mas
não é um pedido razoável – Princípio da Razoabilidade. Ele entende que o requerimento
da falência seria uma ofensa ao Princípio da Razoabilidade
*quando é pessoa jurídica quem tem que ser citado é a pessoa que tem poderes para
representar legalmente a sociedade
*quando uma pessoa diversa recebe a citação (sócio) a corrente majoritária entende que
é válida em razão da Teoria da Aparência.
125
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*o depósito elisivo deve ser feito dentro das 24hs para defesa
*na prática o depósito elisivo pode ser feito até a decretação da falência
Fundamentos: Princípio da Preservação da Empresa
*se o devedor depositar a quantia exata requerida pelo credor, sem correção monetária,
juros e honorários:
1a corrente) aplicação da súmula 29 STJ sob pena de decretação da falência
2a corrente) admite o deposito do valor real devido, podendo o acréscimo (súmula 29)
ser pago posteriormente. Fundamentos: Princípio da Preservação da Empresa
126
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Rio, 22/03/04.
*no projeto o depósito elisivo (art 85 §3) determina que deve ser depositado o valor que
o credor pretende receber, porém não inclui os valores da súmula 29 STJ (juros,
honorários)
*o art 11 disciplina o rito processual da falência com base no art 1; e o art 2 com base
no art 2.
127
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Sentença na Falência
*a sentença é conhecida como janeira, por causa do rei romano Janus que tinha duas
fases.
*art 40 §1 – se o falido praticar atos que interfiram na massa o ato será nulo, podendo
esta ser declarada de ofício independente de prejuízo.
*existe corrente mais moderna que entende que o juiz deve analisar o ato e só deve
anular se causar prejuízo.
*o juiz na sentença deve fixar o termo legal da falência (art 14 § único. III)
*a fixação do termo legal da sentença não é obrigatória, tem que ser fixada até o prazo
do art 22
OBS: no projeto o art 89, II determina que a sentença fixará o termo legal, sendo
obrigatório.
*o juízo pode retificar o termo legal – projeto art 89 §3 – até dois anos após a sentença.
128
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*no projeto o art 89, II o prazo foi aumentado para 90 dias a partir do marco; e os
marcos estão nas alíneas.
*a lei de falência não fala sobre o protesto cancelado, porém exige-se que não deve ser
aceito por falta de exigibilidade do título.
*na ineficácia do ato este é válido perante terceiros e ineficaz perante a massa
*a tese majoritária entende que o juiz não pode declarar ineficácia do ato de oficio,
sendo que ser requerido através de Ação Revocatória.
OBS: a tese majoritária não admite a decretação da ineficácia do ato de ofício pelo juiz
*projeto art 40 § único prevê que a ineficácia pode ser declarada de ofício pelo juiz
*o terceiro que estiver na relação ineficaz terá que se habilitar na falência para receber
seu crédito.
*os incisos I , II e III se referem ao termo legal, os demais não se referem mais a essa
expressa, entendendo alguns que são hipóteses de período suspeito
*não é pacifico a distinção entre período suspeito e termo legal; alguns não diferenciam
entendendo que a conseqüência é a mesma.
129
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*art 52 – ro taxativo
*Controvérsia:
1a) a ação revocatória se equipara a ação pauliana (art 158 CC)
2a) não se equipara a ação pauliana
Fundamentos:
- a ação revocatória é típica do direito falimentar
- enquanto a ação revocatória objetiva a decretação da ineficácia a ação
pauliana objetiva a anulação do ato
130
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Rio, 29/03/04.
*art 52, VII lei de falências – inscrição de direito real; transcrições da propriedade →
ineficácia desses atos se praticados após o seqüestro (art 12§4) ou após a sentença (art
14)
↓ sentença
30 dias antes =
venda de bem
imóvel dentro do
termo legal
↓
aça revocatória
pelo síndico
*art 52 – ineficácia objetiva dos atos praticados antes da falência, dentro do termo legal
ou período suspeito da falência.
*art 215 da lei 6015/73 – nulidade dos atos (registro) praticados dentro do termo legal
ou após a sentença
*desta forma, entende-se que houve revogação parcial, devendo-se entender nulidade
onde está ineficácia.
131
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*a tese majoritária entende que o MP tem legitimidade para propor ação revocatória.
*art 56 §2
Juízo Competente
*art 56
*quando a sentença tiver por fundamento a prática de atos de falência (art 2) o recurso
cabível é o agravo (art 17)
*existe corrente minoritária que não admite que seja interposto embargo e agravo com
base no princípio da unirrecorribilidade. Para essa corrente só é cabível embargos ou
agravo, não podem ser simultâneos.
132
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*o credor tem interesse de propor agravo retido quanto a fixação do termo legal, por
exemplo.
*terceiro prejudicado é, por exemplo, o sócio solidário, pois ele também é atingido com
a decretação da falência.
*art 19 §único – a falência pode ser requerida novamente com base em outro
fundamento.
Falência e Sócios
1 2 3 → responsabilidade ilimitada
(art 1023/1024 CC)
↓
sócio solidário
133
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*o juiz decreta a falência da sociedade e não dos sócios; os sócios não incidem em
falência.
Remissão: art 5 “não são atingidos pela falência da sociedade” c/c art 105 PL
Efeitos:
*a liquidação é posterior
*os bens dos sócios são arrecadados, mas só serão liquidados se necessários para pagar
os credores
*art 71
*os credores particulares dos sócios não se confundem com os credores sociais
2) antecipação dos vencimentos das dívidas particulares dos sócios solidários – art
25 da lei de falência
134
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Rio, 05/04/04
Solidariedade
*os credores sociais com a habilitação na massa dos sócios serão credores
quirografários
*em relação aos sócios não há massa falida e sim massa individual, pois a atual lei não
permite falência de pessoa física
o PL permite
135
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Remissão: art 14 § único, inciso I sublinha “diretores” c/c 143 da lei 6404/76
*a tese majoritária entende que quando a lei fala em diretores não se aplica aos
membros do conselho de administração.
*fases da falência:
- requerimento (art 1 e 2)
- sentença
- nomeação de síndico (art 59/69)
- arrecadação dos bens do falido e dos sócios solidários (art 63, III c/c 40 e 41)
*existe controvérsia quanto que tipo de bens podem ser arrecadados na falência:
1a corrente) Majoritária – entende que podem ser arrecadados bens corpóreos e
incorpóreos
2a corrente) Val Verde – entende que só pode os bens corpóreos
*o nome empresarial não pode ser objeto de alienação, salvo se quem comprar todo o
estabelecimento usar a expressão “sucessão de”
O nome não pode ser objeto de alienação, salvo o disposto no § único do art
1164 CC.
*CJF art 72
136
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A ___compra e venda__ B
↓ ↓
comprador devedor
↓ ↓
arrecadação credor
da coisa
A ___compra e venda__ B
↓ ↓
comprador devedor
↓ ↓
arrecadação credor
da coisa
↓
venda da coisa
137
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A ___venda a crédito__ B
↓ ↓
comprador vendedor
↓
falência entrega 15 dias antes do
↓ requerimento da falência
arrecadação
da coisa
↓
massa falida
*se houve a venda do bem, ou foi entregue há 30 dias, ou seja, não foi satisfeito um dos
pressupostos, o credor terá que se habilitar na falência.
*no pedido de restituição extraordinária não cabe restituição do valor, pois um dos
pressupostos é que o bem esteja na massa.
*se a coisa foi transformada ou consumida pelo próprio falido é cabível pedido de
restituição em dinheiro.
OBS: a súmula 495 STF autoriza o pedido de restituição em dinheiro na hipótese do art
76 §2, ainda que a coisa arrecadada tenha sido consumida ou transformada, desde que o
devedor não comprove a venda do bem a terceiros, caso em que não será cabível o
pedido de restituição e sim habilitação do crédito.
138
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139
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1 2 3
↓
arrecadação dos bens do sócio → indevida → bens arrecadados → posse do titular (3o)
↓
embargos de terceiros
*quando os bens estiverem na posse do falido, sem que este seja o titular é hipótese de
pedido de restituição.
140
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*art 28 PL
execução
↓
devedor
↓
posterior falência
art 24 – suspensão
*Mario Marques (suplente) entende que a execução se suspende para remessa para o
juízo falimentar → universalidade
Outra corrente entende que a execução se suspende para uma mera retificação do pólo
passivo → devedor = massa falida
*no caso em tela o STJ entendeu que deve haver suspensão da execução para retificação
do pólo passivo (art 7 §3)
*no caso em tela a execução será suspensa para retificar o pólo passivo e julgamento
dos embargos e, caso seja julgado procedente a execução será suspensa para que o
exeqüente se habilite na falência.
*se um credor interpor ação monitoria antes da decretação da falência está será suspensa
para remessa para juízo falimentar,para Mario Marques. E, para a segunda corrente, só
será suspensa para correção do pólo passivo e só se habilitará na falência quando já tiver
141
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
titulo certo e líquido, isso com base nos princípios da celeridade e da economia
processual.
Ação Monitória
↓
Devedor – réu
↓
falência
↓
art 24
*par a segunda corrente ação monitoria não deve ser remetida para o juiz da falência, se
habilitando, posteriormente, na falência.
*os doutrinadores entendem que apesar do PL prevê que os credores trabalhistas não se
sujeitam a rateio o juiz trabalhista deve remeter o produto de execução trabalhista ao
juízo falimentar, pois antes desse deve receber os reivindicantes de pedido de
restituição.
Execução trabalhista
↓
penhora
↓
arrematação
↓
produto
↓
juízo falimentar
142
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Remissão: art 82 §1 e art 15 §único sublinha “em original” c/c art 889 §3 do CC
controvérsia
143
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Rio, 26/04/04
Impugnação
*art 87 § único
*art 91 – a lei admite que o MP dê pareceres nas impugnações, não tendo legitimidade
para impugnar
*o crédito trabalhista não pode ser impugnado na vara falimentar, tendo que ser
impugnado através de ação rescisória na Justiça do Trabalho.
E, se ultrapassado o prazo para rescisória (2 anos) não é mais cabível nenhuma
impugnação (entendimento TST)
144
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*art 99 c/c 25 PL
*art 99 – estende o prazo de impugnação; sendo o seu nome técnico ação de revisão.
*exceção ao art 80
*os credores retardatários não têm direito aos rateios anteriormente distribuídos.
*PL art 16
1) acidente de trabalho
*art 7, XXVIII CF
Remissão: art 74 sublinha “falido” c/c art 59 (sindico), art 123 §1 (credores), art 3 da
CLT (empregados)
145
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Remissão: art 7 XXVIII CF c/c art 74 c/c art 124 §1, VI da lei de falências
*sempre que o acidente for posterior será encargo da massa, em razão do art 124 §1, VI
(pacífico)
*os créditos dos representantes comerciais autônomos estão no mesmo patamar dos
créditos trabalhistas – art 44 da lei 4886/65
*súmula 219 STJ – os créditos decorrentes de serviços prestados a massa falida, bem
como a remuneração do sindico estão no mesmo patamar dos créditos trabalhistas.
Remissão: súmula 219 SRJ sublinha “remuneração do sindico” ≠ art 124 §1, III
*pela lei a remuneração do sindico é um encargo da massa, mas pela súmula se equipara
aos créditos trabalhistas
*INSS:
- empregador → recolhimento direto
- empregado → repasse pelo empregador através do desconto salarial
*em relação ao INSS descontado pelo empregador e não repassado, tendo sido
arrecadado pela massa cabe pedido de restituição, sendo pago imediatamente
146
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*os tributos devidos após a decretação da falência também são considerados encargos
da massa –a rt 124 §1, V
*Questão:
Ltda – Falência
INSS
↓
1 2 3 ⇐ crédito → contribuições devidas pelo empregado
por não ter crédito suficiente, o INSS propôs execução fiscal em face dos sócios e se
habilitou na falência.
*art 1052 CC c/c art 50; art 1015; art 1016; art 1080; art 135, III CTN; e art 13 da lei
8620
*o art 13 da lei 8620 admite que havendo crédito fiscal os sócios respondem
solidariamente,
147
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 03/05/04
Remissão: art 58 da lei 6404/76 sublinha “ter garantia real” c/c art 102, I da lei de
falências
OBS:
S/A
1 2 3
*S/A aberta – aquela que tem seus valores mobiliários negociados no mercado
S/A fechada
ações
*valores mobiliários debêntures
bônus de subscrição
partes beneficiárias
5) Encargos da Massa
6) Dívidas da Massa
*os credores da massa não precisam se habilitar na falência por serem credores da
massa e não do falido.
Remissão: art 124 c/c 80 (riscar) → o art 80 não se aplica ao art 124
148
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*Controvérsia: art 23 § único, inciso III – multa fiscal moratória se inclui nesse inciso,
ou seja, pode ser cobrada na falência?
1a) Súmula 565 STF equipara a multa fiscal moratória a pena administrativa. Desta
forma, não pode ser cobrada na falência – Majoritária
2a) art 9 do DL 1893/81 determina que os créditos da fazenda nacional decorrentes de
multas ou penalidades pecuniárias aplicadas até a data da decretação da falência
constituem encargos da massa.Desta forma, as multas podem ser cobradas sendo
comparadas a encargos da massa
*a corrente majoritária entende que o art 9 do DL não foi recepcionado pela CF/88
Remissão: art 23 § único, inciso III c/c súmula 565 STF e art 9 DL 1893/81
*Controvérsia:
1a) os encargos e dívidas da massa prefere a qualquer outro crédito, a fim de viabilizar a
própria falência.
2a) Ocupam a 5a e 6a posições
Remissão: art 102, III c/c art 58 §1 da lei 6404/76 c/c art 24 da lei 8906/94
9) Créditos Quirografários
Remissão: art 58 da lei 6404/76 sublinha “não gozar de preferência” c/c art 02, IV §4
149
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*se o sócio tiver avalista da sociedade quanto a esse crédito ele será quirografário.
Liquidação
*art 114
*art 152 PL
150
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*excepcionalmente a lei admite a venda antecipada de bens – art 73 c/c art 119 §2
*Exceção: art 122 → nesses casos a deliberação quanto a liquidação não é feita pelo
síndico, e sim pelos credores que representem mais de ¼ do passivo.
Remissão: art 122 “modo de realização do ativo” c/c art 117 e 118
*forma especial de liquidação: art 123 – quem delibera são os credores que represente
2/3 dos créditos.
Encerramento da Falência
*art 132
*art 200 – disciplina o rito da falência sumária, ou seja, quando o passivo for inferior a
100 vezes o maior salário mínimo vigente
151
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*Controvérsia:
1a) a cobrança deve ser feita em juízo próprio bastando para tanto certidão do juízo
falimentar conforme o disposto no art 133
2a) suplente da banca – a execução prossegue ou se inicia no próprio juízo falimentar
Fundamentos: universalidade e indivisibilidade do juízo falimentar
152
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 17/05/2004
*art 134
*mesmo após o encerramento da falência o credor pode cobrar seu crédito, havendo
divergências qual seria o juízo competente, alguns acham que é o juízo de origem outros
que é o juízo da falência
*art 135, inciso I – tem que ser comprovado o pagamento total de suas obrigações
*quando o crédito for com garantia real o falido pode novar na falência.
*controvérsia:
1a) só se referem aos créditos quirografários – Majoritária
2a) se referem a todos os créditos
153
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*desta forma, na S/A só tem importância se um diretor for condenado por crime
falimentar
Remissão: art 135, III “sócio gerente” c/c art 138 caput e §1 da lei 6404/76
Remissão: art 138 §1 da lei 6404/76 “sendo a representação da cia privativa dos
diretores”
*o juiz não pode de ofício declarar a extinção das obrigações, o falido deve requerer
expressamente que seja declarada por sentença – Sentença de Extinção das Obrigações
do Falido – art 136 e 137
*o art 134 só vai ter aplicação quando o prazo restante após o encerramento for inferior
a 5 anos. Pois, caso contrário, se aplica o art 135, III o qual prevê um prazo
prescricional especial de 5 anos.
*se o falido não requerer a sentença de extinção das obrigações após o decurso de 5
anos do encerramento ele não poderá alegar em sede de defesa a prescrição do art 135,
III
Uma vez transcorrida a prescrição (art 134 e 135, inciso III e IV) ou verificadas
as demais hipóteses de extinção das obrigações do falido (art 135, inciso I e II) caberá o
requerimento de extinção de suas obrigações, hipótese em que deve ser declarada por
sentença.
Reabilitação do Falido
*art 138
154
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*se tiver praticado crime falimentar o falido terá que observar o disposto no art 197
*a corrente majoritária entende que aplica-se o art 197 por ser lei especial
*Controvérsia:
*se o credor requerer a falência e antes da sentença realizar transação extrajudicial e por
tal fato requerer suspensão do processo e decretação da falência caso o acordo não seja
cumprido:
Corrente Majoritária – extinção do processo sem julgamento de mérito uma vez que
descaracterizou a impontualidade
*TRF:
NP – Prescrição
________________________
A B
↓ ↓
dev cred
execução
155
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Rio, 24/05/04
Concordata
Conceito
Natureza Jurídica
Espécies
Concordata Preventiva
*art 176
Concordata Suspensiva
*art 177
Modalidades de Concordata
Concordata Remissória
156
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Concordata Mista
Concordata Mista
1) art 140, inciso I – empresário irregular, que tanto pode ser individual como
sociedade (em comum)
Remissão: inciso I c/c art 986 CC c/c art 158, I da lei de falência
*para o empresário requerer concordata preventiva ele tem que ter regularidade e
exercício de atividade empresária a mais de 2 anos.
1ª hipótese:
Hospital Hospital
↓ ↓
Sociedade Civil (atividade Sociedade Empresária
economicamente ↓
organizada) RPEM
↓ CC art 960 ↓
RCPJ art 2031 Registro após 6 meses
↓ ↓ (empresário)
personalidade jurídica 2 anos para adaptações
↓ às novas regras
10 anos
157
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*o empresário que não se adaptou não perde sua personalidade jurídica, por causa do
direito adquirido.
No entanto, não se regularizou, ao fazendo jus a concordata preventiva
*dentro desse prazo de 3 anos previsto pelo art 2031 a concordata preventiva pode ser
requerida, pois ainda não há irregularidade
*o empresário individual que tenha passivo quirografário inferior a 100x o maior salário
mínimo vigente = exceção.
*se não requerer a auto falência ele não pode se valer da concordata suspensiva
158
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Este entendimento está ultrapassado em razão da súmula 190 do STF que admite
que o devedor impetre diretamente concordata preventiva, mesmo na hipótese do não
pagamento de obrigação a mais de 30 dias, bastando para tanto que não tenha título
protestado.
1 2 3
↓
administrador → prática de crime
*o inciso III também se aplica a sociedade empresária em relação aos crimes contra a
economia popular
Remissão: “crime contra economia popular” c/c art 173 §5 CF c/c lei 8884/94
*se for gênero a vedação é tanto para concordata preventiva como suspensiva
159
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*se for espécie se requerer a preventiva pode depois requerer a concordata suspensiva, e
vice-versa
Remissão: inciso IV “igual favor” c/c art 156 e 177 sinal de controvérsia 156 ou 177
160
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Efeitos da Concordata
1) art 147
*o devedor apresentará uma lista nominal dos credores quirografários, não sendo
necessário que se habilitem
*o credor que não foi admitido no passivo da concordata (não se habilitou) também é
atingido pelos efeitos da concordata, pois mesmo após a concordata só poderá demandar
o percentual fixado na concordata – art 147 §1
*os credores excluídos podem posteriormente propor ação para cobrar o seu crédito no
percentual da concordata
*se o credor que não constava na lista e não for admitida a sua habilitação ele não se
sujeita aos efeitos da concordata
*os não quirografários não se sujeitam aos efeitos da concordata continuando com
direito de ação para cobrança de seus créditos na totalidade
*os credores posteriores não se sujeitam aos efeitos da concordata, podendo demandar
cobrando 100% do crédito
161
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
2) art 163
Remissão: art 163 sublinha “despacho ... preventiva” súmula 264 STJ
art 163 ≠ art 25
*art 161 §1, II – despacho de processamento → suspensão das ações e execuções dos
credores sujeitos aos efeitos da concordata (art 147)
*o credor que teve sua ação suspensa e trânsito em julgado posterior ao despacho de
processamento não se sujeita aos efeitos da concordata, pois é considerado um credor
posterior.
*se ele já tinha o título executivo antes do despacho de processamento ele se sujeitará
aos efeitos da concordata uma vez que é um credor anterior.
162
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Rio, 14/06/04
4) A concordata não determina a suspensão da fluência dos juros – art 163 §1º
5) Art 148
*se o concordatário não cumprir e a concordata foi rescindida o crédito será restaurado e
os credores poderão cobrar 100% de seus créditos.
(avalista) Execução
X
100%
↑
A B
↓ ↓
Emitente Credor
↓ quirografário
devedor 60%
↓ Habilitação
concordata
O avalista só tem direito de regresso quanto aos 60%, pois ele também é um credor
quirografário.
6) art 165
163
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*se não forem observadas as limitações do art 149 e do art 167 o efeito é a ineficácia do
ato perante a massa – art 149 § único
Cabe ao síndico Ação Revocatória
Rito Processual
Requerimento da Concordata
(Pressupostos – art 140; Requisitos da Inicial – art 159)
↓
Despacho de Processamento da Concordata
(súmula 264 STJ)
↓
Embargos ao pedido de concordata
(art 142; fundamentos – art 143; legitimidade – art 142 “credores”)
↓
sentença
Rescisão da Concordata
*art 150
164
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Cumprimento da Concordata
*art 155
Concordata Preventiva
*art 161 §1
165
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Concordata Suspensiva
*art 183 § único – o prazo para cumprimento se inicia com o trânsito em julgado da
sentença da concordata suspensiva
*inciso I do art 183 § único sublinha “encargos e dívidas da massa” c/c art 124
*a tese majoritária é que o artigo quando se refere a crédito com privilégio geral são
todos os créditos não quirografários (trabalhistas, fiscais, privilégio real, etc.)
*inciso II, § único, art 183 – a comprovação das quitações tem que ser feita em 30 dias
sob pena de reabertura da falência.
Sociedades Anônimas
*subscrição ≠ integralização
subscrição – promessa da pagamento
integralização – pagamento
*art 80, I
166
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Rio, 21/06/04
Objeto Social
*art 2, caput – critica-se a expressa “empresa com fim lucrativo”, pois a próprio
denominação empresa já pressupõe o lucro
Remissão: art 44, I e II (risca) – as associações e fundações por não terem fim lucrativo
não podem adotar a forma de S/A
*enunciado 57 CJF
*a sociedade simples pode adotar a forma de S/A (art 983), porém há controvérsia se
continua sendo sociedade simples ou se passa a ser sociedade empresária.
Nome Empresarial
*quem assina, se obriga pela firma coletiva é o administrador e/ou titular da firma
167
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Observações: Regras:
5) S/A → denominação
*o rol do art 2 da lei 6385/76 é exemplificativa, visto que a CVM tem poderes para criar
novos valores mobiliários.
*as sociedades criadas após a lei 10303/01 não podem emitir partes beneficiárias
168
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*nas S/A abertas os acionistas podem, por exemplo, negociar suas ações no mercado ou
diretamente com terceiros
*nas S/A fechadas os acionistas só podem negociar suas ações diretamente com
terceiros
*na Companhia aberta há uma maior intervenção estatal, que se materializa através da
CVM
*no entanto na sociedade de pessoas pode ter cláusula proibitiva da sessão de quotas, o
que não pode ocorrer numa S/A
*o que pode conter no estatuto de uma S/A é uma restrição da negociação das ações
Ex: direito de preferência
*as S/A são verdadeiras instituições, para quem defende essa corrente
*para essa corrente o interesse maior que deve ser defendido pelo controlador é o
interesse da própria companhia
Essa corrente exclui o interesse do acionista minoritário e da coletividade em geral
169
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
No entanto, a governança cooperativa já estava prevista na lei 6404/76 nos arts 116 §
único e art 154. o que não havia era mecanismos legais de aplicação.
*pode-se também alegar violação da função social o que seria um abuso do direito,
sendo este um ato ilícito, o que gera responsabilidade objetiva – enunciado 37 CJF
Companhia Aberta
Registro
Companhia Aberta
↓
Cancelamento do
registro da CVM
↓
companhia fechada
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 05/07/04
Remissão: art 4º §4º “ações em circulação no mercado” c/c art 4-A §2º
1 2 3
governança corporativa minoritários
↑
tutela dos minoritários
↑
oferta pública aos minoritários ← controlador → fechamento de capital
↓ ↓
compra das ações por preço justo cia aberta → fechada
↓
perda da liquidez das ações
*os critérios para fixação do preço justo são objetivos e estão previstos no art 4º §4º
*se um acionista com menos de 10% das ações não concordar com o preço justo eles
podem intentar ação judicial para revisão do preço justo fixado – Corrente Majoritária
Fundamento: inafastabilidade da apreciação judicial.
*nesta ação não se requer que o juiz fixe o preço justo e sim que reveja os critérios
adotados para que se realize perícia e fixa com a realização do contraditório o preço
justo.
*para o investidor quanto mais pulverizado o capital mais atraente fica as ações, isso
porque aumenta as chances de assumir o controle da S/A
171
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Capital Social
*o capital social não pode ser corrigido pela correção monetária – art 4 § único da ei
9249
*art 7
*tem que integralizar no mínimo 10% quando a integralização for feita em dinheiro
*quando for bem imóvel a lei dispensa a escritura pública para que seja incorporada a
cia – art 89 caput
*art 7 “bens” c/c art 89, art 98 §2º, art 156, inciso II §2º CF c/c art 36, inciso I do CTN
Avaliação de Bens
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
→ Aumento
*art 166, inciso I c/c art 5 § único c/c lei 9249 – não pode correção monetária
cia A
CS = 90
*art 168 §3 – opção de compra de ações – a cia pode deliberar que parte do aumento
seja destinado a seus administradores ou empregados, ou a pessoas naturais que prestem
serviços à cia ou à sociedade sob seu controle.
*os acionistas não podem se opor a essa opção se estiver prevista no estatuto.
*quem vai deliberar quantas ações serão oferecidas na opção de compra é a assembléia
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
S/A
CS = 90
+ 90 +
1 2 3 180
Lucro = 90
30 30 30
*art 170
CS = 90
÷ número de ações
90
VN = CS ÷ número
de ações
1,00
*a fixação dos critérios objetivos do art 170 §1º é uma tutela dos minoritários –
Governança Corporativa
Se houver a fixação aleatória os minoritários podem requerer tutela jurisdicional para
anular a venda do preço fixado.
*o critério do art 170, inciso III pode gerar uma diluição na participação societária, mas
ela não será injustificada.
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 19/07/04
(não assisti)
* “ou se julgado excessivo” c/c art 45, §6º, c/c art 107, §4º
Valores Mobiliários
1 – ações – frações do capital social que conferem ao seu titular direito de participação
Classificação:
art 15
a.1) ordinárias – conferem os direitos essenciais elencados por lei – art 109, art 15
“ordinária” c/c art 109, 110 e 120
Divisão – em classe – art 15 §1º c/c art 16 (divisão)
a.3) de fruição
*art 15 §2º - “sem direito a voto ... exercício desse direito” c/c art 111, caput
175
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*Vantagens:
b) art 17, inciso II – prioridade no reembolso do capital social – c/c art 215 – é cabível
quando da liquidação da cia.
*art 17 §1º - ação preferencial sem voto ou com voto restrito, admissibilidade da
negociação em mercado – atribuição de pelo menos uma da vantagens do art 17 §1º
(tutela do minoritário)
*art 116 - “pessoa jurídica” c/c art 243 §2 “grupo ... voto” c/c art 118, caput
176
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*o art 116, alínea b não se aplica a pessoa jurídica que para está só é exigido a alínea
“a” conforme o disposto no art 243
*art 254-A – oferta pública de ações (compra das ações dos minoritários) – oferta –
mínimo de 80% pago por ação ao controlador
*o acionista com ações preferenciais não são incluídos na oferta pública, exceção: a)
previsão estatutária; b) art 17 §1º, inciso III
*art 254-A – “oferta pública de aquisição das ações com direito a voto” c/c art 17 §1,
inciso III
177
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 26/07/04
*desestatização ≠ privatização
*art 20 c/c lei 8021/90 – essa lei extinguiu as ações endossáveis e ao portador
Limitações da Negociabilidade
2) Cias Abertas
Direito de Voto
*art 110
178
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O direito de voto não é um direito essencial, não estando elencado no art 109
uma vez que o estatuto poderá suprimir ou restringir este direito nas ações preferenciais.
*art 111 §1º - o titular de ação preferencial que não receber os dividendos por no
máximo três exercícios adquire o direito de voto até que seja pago. Tal aquisição não é
permanente, só perdura até que a cia cumpra sua obrigação de pagar dividendos.
Voto Abusivo
*o voto abusivo não pode ser anulado, o acionista é que responde por perdas e danos
Acordo de acionista
*art 118
179
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b) direito de preferência
c) exercício do direito a voto – poder de controle
*se o acordo não for arquivado a cia não se obriga a respeitar este acordo.
*se o acordo versar sobre matéria diversa não será oponível a sociedade, sendo apenas
aos signatários do mesmo.
*no acordo sobre o exercício do direito de voto todos acordam votar no mesmo sentido
para adquirir o controle
*art 118 §3º c/c art 585, inciso VII do CPC e art 632 e art 641 do CPC
*se o acionista signatário do acordo votar de forma diversa os outros podem propor
execução especifica do acordo, requerendo obrigação de fazer, onde a sentença
substituirá a vontade do acionista.
Cabe também perdas e danos.
180
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*art 118 §9 – se o signatário do acordo não comparece à assembléia ou fica omisso (não
vota) a parte prejudicada pode vota com as ações do signatário.
*art 109
181
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
Rio, 02/08/04
Direitos Essenciais do Acionista
*as principais hipóteses que permitem a retirada são art 136 c/c art 137
*inciso I ao IV ar 136
*liquidez da ação é quando a ação integrar índice oficial no mercado de valores → cia
aberta (alínea a, inciso II, art 137)
*dispersão no mercado é quando não há concentração de grande número das ações nas
mãos de um acionista.
Partes Beneficiárias
*art 46 – o titula de partes beneficiárias pode negociá-las, não no mercado, pois é cia
fechada
182
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*art 51 prevê assembléia especial de titular de partes beneficiárias e o §2º atribui a cada
parte um direito de voto em relação aquelas matérias restritas.
*art 48 §2º - permite que as partes beneficiarias sejam emitidas com ou sem cláusula de
conversibilidade em ações
*quando for emitida com cláusula de conversibilidade em ações os acionistas devem ter
direito de preferência.
Debêntures
*o aporte de capital tem natureza de mútuo, pois o debenturista capitaliza a cia e esta se
obriga em restituir o valor com os devidos acréscimos.
*art 52
*art 55 – vencimentos
*art 58 – espécies
183
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
exceção - §1
*deveres e atribuições:
art 68 §3 – o agente fiduciário tem legitimidade extraordinária, pois age em nome
próprio defendendo direito alheio.
*art 68 §3º, alínea c – o credor com garantia real para requerer a falência teria que
renunciar a sua garantia.
184
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*art 68 §3º alínea c c/c art 9, inciso III, alínea b da lei de falência.
Bônus de Subscrição
*na emissão do bônus de subscrição já deve ser fixado o preço de emissão das ações a
serem emitidas
Órgãos da Cia
Assembléia Geral
*art 121
*é órgão de deliberação
*competência para convocação: art 123 (regra geral) e § único (regras especiais)
Remissão: art 125 “ressalvadas as exceções previstas em lei” c/c art 135
185
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*art 129 “ressalvadas as exceções previstas em lei” c/c art 136 e art 129 §1
*espécies de assembléias – art 131 – Assembléia Geral Ordinária (art 132) e Assembléia
Geral Extraordinária (art 135)
186
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Rio, 16/08/04
*o conselho é órgão colegiado, sendo obrigatório nas cias abertas de capital autorizado e
cia de economia mista
*requisitos para o exercício do cargo – art 146 → em regra tem que ser acionista, salvo
o disposto no art 140 §único
Voto Múltiplo
*art 141 – o número de ações deve ser multiplicado pelo número de vagas no Conselho
Administrativo.
*o voto múltiplo é uma tutela do minoritário, uma vez que faz com que seja possível os
minoritários a elegerem um representante.
Remissão: art 141 = art 110 → o voto múltiplo não viola a regra de que cada ação
corresponde a um voto
Diretoria
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*art 155 §4º - insider trading – o administrador não pode se beneficiar de informações
sigilosas que só ele tem acesso.
*art 156
*art 157 §6º - disclosure – é a transparência de informações que deve existir numa cia
aberta
Conselho Fiscal
*art 165
Dissolução da Sociedade
Fases da Dissolução
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*nas sociedade regidas pelo CC a dissolução se dá por art 1033 c/c art 1044 CC
2) Liquidação
*formas de liquidação:
- ordinária – feita dentro da própria cia ou sociedade
- judicial – liquidante judicial – art 1037 CC c/c art 209 da lei 6404/76
- extra-ordinária – típica das instituições financeiras – lei 6024/73
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Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*em regra o liquidante não pode contrair novas obrigações, salvo o disposto no art 1105
§único.
Remissão: art 1103, inciso IV “ultimar os negócios da sociedade” ≠ art 1105 §único
*art 211 caput e §único – não admite que o liquidante contraia novas obrigações
*pagamento do passivo
CC – art 1106 – na liquidação também há ordem de preferência, sendo está a mesma da
falência. Ocorre a antecipação do vencimento das dívidas.
S/A – art 214
3) Partilha
4) Extinção da Sociedade
*CC: art 109 – a extinção se dá com a baixa dos atos no órgão competente
S/A: art 216 §1º c/c art 1109
*o art 216 §1o não se refere a baixa dos atos, mas é necessária
190
Direito Empresarial – Prof. Mônica Gusmão
*CC art 1110 – o credor tem que demandar individualmente o que cada um recebeu na
partilha e cabe ação de perdas e danos contra o liquidante.
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