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11 DE SETEMBRO DE

2001
INFORMAÇÃO IMPORTANTE

O texto que se segue é uma reprodução escrita, com


pequenas adaptações e esclarecimentos, do programa exibido
pela Rádio e Televisão de Portugal, “2001 – 11 de Setembro”
integrado na série “50 Anos 50 Notícias”, de 2007.

Como tal, cumpre-me esclarecer que toda a informação


constante deste documento foi apresentada pela citada estação
de televisão portuguesa, aquando da exibição do documentário
referido.

Resta-me recordar, em último lugar, que no ano de 2007 a


Rádio e Televisão de Portugal celebrou o seu quinquagésimo
aniversário.
11 DE SETEMBRO DE 2001

«Tenho uma notícia de última hora. Acaba de nos chegar e


podemos fazê-la acompanhar de imagens que nos chegam via
CNN. Um avião comercial colidiu com uma das torres do World
Trade Center.» (Andrea Neves, pivot do “Jornal da Tarde” da RTP,
em 11 de Setembro de 2001).

2001, 11 de Setembro. Às 9 horas e 2 minutos, dezasseis


minutos depois do primeiro, um segundo avião colide com a
outra torre do World Trade Center. Já não há dúvidas: o que
começou por ser um acidente é, na verdade, um atentado! Pela
primeira vez na História, os Estados Unidos sofrem um ataque
em larga escala, dentro das suas fronteiras.

(Pedro Bicudo, jornalista) “As pessoas ficaram perfeitamente


desorientadas, ninguém estava minimamente preparado para
uma eventualidade daquela natureza. Os Estados Unidos viveram
um período de Guerra Fria alargado, de dezenas de anos, a
América preparou-se para um ataque eventual, mas nada com
aquela natureza, nada que fizesse antever a utilização de aviões
comerciais como mísseis humanos. E a América, de facto, reagiu
da maneira mais natural, mais humana possível: em choque!”

Nas torres “feridas de morte”, há ainda pessoas que esperam


ajuda e comunicam com o exterior. O presidente George W.
Bush, de visita a uma escola, perdeu a fala. Tinham-no informado
do atentado.

Trinta e cinco minutos depois do segundo atentado de Nova


Iorque, é a vez de um terceiro avião se despenhar em
Washington. O alvo é, agora, o “coração” do aparelho militar
norte-americano: uma das alas do Pentágono é destruída.

(Pedro Bicudo) “A capital do país mais poderoso do Mundo


não tinha um Plano de Emergência. Quando os ataques
aconteceram, as pessoas entraram em pânico, saíram para as
ruas, a Polícia não sabia o que fazer, para onde dirigir as pessoas,
os militares saíram para as ruas também a tentar controlar a
situação. Houve uma desorientação total.”

Vinte e seis minutos depois do ataque ao Pentágono, um


outro avião assaltado despenha-se na Pensilvânia. O quarto
avião cai em zona não habitada. Mas, entretanto, quatro
minutos depois, a tragédia de Nova Iorque atinge proporções
devastadoras: uma das torres do World Trade Center
desmorona-se. Quem não conseguiu fugir do edifício, vai morrer
com ele.

(Olga Pereira) “Nunca vou perder esta imagem das pessoas a


saltar e as torres a caírem… Foi tudo um horror!”

Depois da primeira, caem a segunda torre e outros edifícios


vizinhos.

(Pedro Bicudo) “Em Nova Iorque, o drama era muito maior. As


vidas que se perderam eram em número muito mais elevado. E,
depois, o ver desaparecer um edifício que era símbolo de Nova
Iorque ou, aliás, dois (duas torres) … ver desaparecer essas torres
e ter um mundo de escombros foi uma circunstância de choque,
de incredulidade. E, depois, toda aquela zona estava coberta de
restos de cimento, havia uma fuligem de cor de cimento que
cobria tudo, de maneira que parecia um filme de Spielberg,
parecia surreal! Os cheiros, a destruição em toda a volta...
Porque não foram só as duas torres que caíram, houve outros
edifícios que caíram, havia edifícios a arder ainda quando lá
cheguei.”

O rescaldo é altamente traumático! Há milhares de mortos e


desaparecidos, as buscas duram vários dias. O balanço final
afirma que morreram 2973 vítimas dos ataques e 19 assaltantes
dos aviões. A Casa Branca faz uma exigência ao Mundo:

(George W. Bush, presidente dos EUA em 2001) «Todos os


países, em todas as regiões, têm de tomar uma decisão: ou estão
connosco ou estão com os terroristas.»

Quando fala dos terroristas, Bush refere-se a Osama Bin


Laden. O milionário saudita e antigo aliado dos Estados Unidos
foi o organizador dos atentados de 11 de Setembro. A caça a Bin
Laden é o argumento da Casa Branca para invadir o
Afeganistão…

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