Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
Figura 01
Regra 1
Identificar a variável que provoca a maioria dos distúrbios, ou seja, aquela que mais
atrapalha a variável principal.
Regra 2
O loop escravo ou secundário deve possuir uma constante de tempo pequena. É
interessante, mas não essencial, que a constante de tempo do loop secundário seja
pelo menos 3 vezes menor que a constante de tempo do loop primário ou mestre.
Como o próprio nome determina, temos neste tipo de controle uma razão entre 2
variáveis.
Vimos que o controle cascata é somente um método que melhora o controle de uma
variável, controle de relação ou razão satisfaz uma necessidade especifica no
processo entre 2 grandezas tais como na figura 03. O sinal do extrator de raiz
quadrada é dividido ou multiplicado por um fator manual ou automaticamente. O sinal
de saída do divisor ou multiplicador será o set-point do controlador de vazão do fluído
secundário, o qual atuará diretamente na válvula de controle.
Caso a variável controlada deva ser limitada em um valor máximo ou mínimo, ou caso
o número de variáveis controladas exceda o número de variáveis manipuladas, o
controle a ser utilizado deverá ser o controle seletivo.
Um exemplo de controle seletivo está mostrado na figura 04. Esta malha foi
estruturada visando consumir-se gás combustível em função da demanda e, ao
mesmo tempo, controlar-se a pressão deste gás, de acordo com o ponto de ajuste
colocado no controlador de pressão de gás (PIC).
Nesta malha, o seletor de sinal baixo (PY) recebe os sinais de demanda proveniente
da malha de controle de combustão e o sinal do controlador de pressão do gás
combustível (PIC) seleciona o menor dos sinais e envia como ponto de ajuste do
controlador de vazão de gás combustível (FIC).
Neste sistema de controle são utilizados dois relés seletores, sendo um seletor de sinal
baixo e outro seletor de sinal alto. A utilização destes relés permite se operar com
baixos valores de excesso de ar, sem que ocorram problemas de combustão, pois
estes seletores não permitem que o excesso de ar caia baixo do valor ajustado, tanto
no caso de aumento como no caso de diminuição de carga de caldeira.
Na figura 06 pode-se ver este tipo de controle aplicado a dois trocadores em série. O
processo se utiliza deste recurso para aquecer um produto cuja vazão sofre muita
variação.
Quando tivermos com vazão baixa basta apenas um trocador de calor para aquecer o
produto e quando tivermos com vazões altas teremos a necessidade de utilizarmos
dois trocadores de calor.
Suponhamos que do ponto de vista de segurança, as válvulas devem fechar em caso
de falta de ar, teremos então o controlador de ação reversa (ao aumentar a
temperatura, diminui o sinal de saída). Se a vazão do produto é baixa atuará a válvula
de vapor V-1 porque teremos o sinal de saída do controlador compreendido entre 0% e
50% (3 à 9 PSI). A medida que aumenta a vazão, o controlador de temperatura
aumenta o seu sinal de saída, até quando tivermos o sinal maior que 50% (9 PSI) a
válvula V-1 permanecerá totalmente aberta, teremos então o primeiro trocador de calor
trabalhando no máximo de seu rendimento, e teremos a válvula V-2 começando a abrir
e iniciando o funcionamento do segundo trocador de calor. Quando tivermos o máximo
de vazão determinada teremos as duas válvulas totalmente abertas e os dois
trocadores de calor trabalhando no máximo de sua potência.
Normalmente na passagem de uma condição limite para outra teremos uma faixa
morta de aproximadamente 5%, sendo que o valor desta faixa varia com a sua
aplicação.
Este tipo de malha de controle não é muito utilizado em caldeiras, porém é muito
utilizado em outras partes do processo, principalmente em indústrias petroquímicas.
Um controle utilizando realimentação negativa, por definição, requer que exista uma
diferença entre o ponto de ajuste e a variável controlada (ou seja, exista erro) para que
a ação de controle possa atuar. Neste tipo de controle, só haverá correção enquanto
existir erro: no momento em que o erro desaparecer a correção cessará.
O controle antecipativo mede uma ou mais variáveis de entrada (no caso vazão e/ou
temperatura de entrada do fluído a ser aquecido), prediz seu efeito no processo e atua
diretamente sobre a variável manipulada, como forma de manter a variável controlada
no valor desejado.
Figura 07 - Controle Antecipativo ou Feedforward Puro
Na figura 07, tem-se um controle antecipativo puro. Neste caso, só se mede a vazão
do fluído a ser aquecido, pois se supôs que somente esta variável está variando. O
computador analógico FY recebe uma referência externa (temperatura desejada na
saída do trocador) e o sinal de vazão do fluído a ser aquecido; calcula quanto vapor
deve ser adicionado ao processo em função da equação f (x) e atua diretamente na
válvula de vapor. A vazão de vapor será corrigida antes que a temperatura varie em
função das variações na vazão do fluido a ser aquecido, ou seja, há uma antecipação
da correção. Vê-se pela figura, que no controle antecipativo a variável controlada não é
medida nem utilizada no cálculo efetuado pelo computador analógico FY.
Consequentemente, para que o sistema possa funcionar adequadamente, o
computador analógico deverá simular exatamente a equação do processo que
relaciona a vazão de entrada do fluído a ser aquecido com a temperatura de saída do
trocador; ou seja, o controle antecipativo puro só irá funcionar corretamente se forem
consideradas as características estáticas e dinâmicas do processo, as perdas de
energia para o ambiente, as influências da pressão do vapor e a temperatura de
entrada do fluído a ser aquecido irão causar na variável controlada e se não existirem
atrasos e/ou histerese na medição e na correção.
Destas observações conclui-se facilmente, que o controle antecipativo puro não irá
funcionar na prática. Em aplicações de controle de processos industriais, o que se faz
é unir o controle utilizando realimentação negativa com o controle antecipativo.
A utilização desta malha permite que a temperatura na saída do trocador seja mantida
de forma estável, mesmo quando ocorram variações na vazão do fluido a ser
aquecido. Uma das maiores aplicações deste tipo de malha de controle é no controle
de nível de caldeiras como veremos à seguir.
Quando uma pessoa está dirigindo pela estrada e encontra uma curva a
aproximadamente um quilômetro à frente, em geral ela espera até chegar à curva para
virar o volante.
Desta forma, se as constantes de tempo para estes dois pares de entrada/saída são
diferentes, pode-se usar circuito de antecipação/atraso também conhecido como
Lead/Lag. O circuito Lead/lag fornece a compensação dinâmica necessária para
controlar as diferenças entre as constantes de tempo e pode ser ajustado ou
sintonizado para satisfazer as necessidades do processo. Se a constante de tempo
associada com as mudanças na variável manipulada for menor do que uma constante
de tempo no distúrbio, então a ação da variável manipulada deve ser atrasada para
poder coincidir com o efeito do distúrbio, isto é, o controle precisa de um atraso (Lag).
Se a constante de tempo da variável manipulada for maior do que a constante de
tempo da variável de distúrbio, então a ação da variável manipulada precisa ser
acelerada ou acentuada, isto é, o controle precisa de uma ação de antecipação (Lead).