Correria Egoística? … Enfim vivemos…. Debita-se fazer, afirmamo-nos lei Personalidades fortes? Matriarcado? Manias imperiais, hábito zangado? Espelha-se a arte: _ ”Sou eu que sei!”
Imperativa guarida ao tempo
E este, que não tem tento Vai beliscando frágil ser Corpinho forte, perfeito Adiante, fica sem jeito E começa a querer doer!
Este mistério, lentamente, domina
Revolta, anseia, mas qual morfina! O império está a desmoronar-se Não vá esta nova criança lixar-se _Eh malta, aqui estou, como é que é? Eu ordeno e rezo, com muita fé … Eu durmo, mas digo que não Todos ficam em confusão Digo que me dói o peito Ao hospital me levam direito _ Eu não quero estas dores Levem-me a muitos doutores Quero ser nova outra vez Meu ego não se satisfez
_ Doutores, eu não consigo respirar
Na cama não me posso virar Ai que arranjei uma boa Feita molho, dores à toa Passagem mistério
Hospital, local triste, causa fria
Horas de espera, quem diria! Doentes a monte, gemem, queixam Suas moléstias trocam, dispersam Estou ansiosa, mas bem instalada Numa cadeira de rodas, sentada Empurrada, nesta embrulhada
Gabinetes médicos, na hora do jantar!
Há gritos de dor, famílias a reclamar Eu? Continuo forte e aqui espero, sem refilar!
Já fiz radiografia ao peito
Para verem meu defeito A médica me veio dizer: _ São uns ossinhos a doer _ Oh, eu pensei estar partida, Pois estou toda dorida Também não oiço doutora! _ Eu entendo os seus gemidos _ Leva aqui uns comprimidos. E vai ver como melhora
Por vezes, na vida
Que nos vai de fugida Esquecemo-nos de pensar Que esta passagem Tem uma paragem Sem ter, volta a dar! … Desta passagem, só as acções ficam Os bens e os males que se praticam…