- Por que é que não me deixas depilar os teus 'ovinhos', pois assim
eu poderia fazer 'outras coisas' com eles.
Aquela frase foi igual a um sino na minha cabeça. Por alguns segundos
imaginei o que seriam 'outras coisas'. Respondi que não, que doeria
coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de
depilação e eu a imaginar as 'outras coisas', não tive argumentos para
negar e concordei.
Pegou nos meus ovinhos como quem pega em duas bolinhas de porcelana e
começou a espalhar a cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! O
Sr. 'tolas' já estava todo 'pimpão' como quem diz: 'Sou o próximo da
fila!'
Olhei para o plástico para ver se a pele do meu tin-tin não tinha
vindo agarrada. Ela disse-me que ainda restavam alguns pelinhos, e que
precisava repetir o processo. Respondi prontamente: Se depender de mim
eles vão ficar aí para a eternidade!
Segurei o Sr. Esquerdo e o Sr. Direito nas minhas respectivas mãos,
como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazónica em
extinção, e fui para a banheira. Sentia o coração bater nas
'pendurezas'.
Abri o chuveiro e foi a primeira vez na minha vida que molhei a salada
antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos deixando a água gelada
escorrer pelo meu corpo. Saí do banho, mas nestes momentos de dor
qualquer homem se torna num bebezinho: faz merda atrás de merda.
Peguei no meu gel pós barba com camomila 'que acalma a pele', besuntei
as mãos e passei nos 'tomates'.
Olhei para meu 'júnior', coitado, tão alegrezinho uns minutos atrás, e
agora estava tão pequeno que mais parecia o irmão gémeo de meu umbigo.
Ela pediu-me para ver como estavam. Eu disse-lhe para olhar mas com
meio metro de intervalo e sem tocar em nada, acrescentando que se lhe
der para rir ainda vai levar PORRADA!!
Vesti a t-shirt e fui dormir, sem cuecas. Naquele momento sexo para
mim nem para perpetuar a espécie humana.
Tentei vestir as boxers, mas nada feito. Procurei algumas mais macias
e nada. Vesti as calças mais largas que tenho e fui trabalhar sem nada
por baixo.