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O que vi...
Acredito que no artigo “Em defesa da família tentacular temos a melhor expressão do
que seja isso, embora não tenha sido feito com esse propósito. As relações familiares
atuais estão mais “fraternas” que “hierarquicamente impostoas”, a sociedade mudou, a
escola mudou, precisa estar mais democrática e mais participativa, mais próxima, mais
afetivamente conectada.
Acredito que seja o melhor caminho a seguir.
No entanto, o que pode estar por detrás deste processo de gestão participativa?
O termo gestão vem do “mercado”, o que denota para o que veio. Temo que essa atitude
aparentemente de abrir a escola à participação da comunidade, carregue em seu âmago,
o total abandono da escola pública pelo poder público, como foi constatado no Estado
do Paraná na gestão Lerner, evidenciado no trabalho de Almeida (2006), por exemplo.
A participação é necessária e fundamental por todos os envolvidos, SEM que isso
signifique a redução do papel do Estado. É dever da Família e do Estado! A escola,
enquanto dever do Estado, comprometido com a qualidade do Ensino, precisa fazer o
seu papel adequadamente. Fornecendo os subsídios e aportes necessários para a
instituição escolar, desde as condições estruturais até as condições humanas, garantindo
não só acesso, mas permanência, qualidade e gratuidade pra TODOS.
Se a educação é uma preocupação de fato – inclusive é o ponto que mais é tocado nas
propagandas eleitorais por todos os partidos, de direita e esquerda – por que é que o
recurso destinado à educação não é proporcional à preocupação? Por que no Estado
mais rico da nação, o recurso é tão escasso quanto nas demais regiões? Deve haver algo
“escondido” neste percurso...
Por outro lado, é fundamental que a escola propicie o contato entre familiares,
professores e gestores, com a colaboração destes, tanto para gerir recursos, quanto para
o planejamento da aprendizagem em parceria. È fundamental, ainda, que, não apenas
familiares, mas também os próprios alunos (através de representantes ou não) façam
parte da composição do conselho, já que a condição necessária para a aprendizagem é a
responsabilidade do aprendiz, que começa com a sua participação nas definições dos
rumos que a escola irá tomar.