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Recomeçar é preciso...

   © Letícia Thompson

Não sei dizer se a vida nos cansa ou se nós é que nos sentimos
fadigados às vezes da existência. Nos repetimos sempre. Ou
quase. E nos lamentamos desse dia-a-dia onde nos
levantamos, trabalhamos, regressamos e descansamos para
no dia seguinte recomeçarmos.

Mas é essa a vida e muitos não aceitariam mudança nenhuma


se a oportunidade lhes fosse oferta. Ter que recomeçar
alguma coisa abala muita gente, pois mesmo a vida
corriqueira e imutável causa segurança. Conhece-se os
caminhos, os atalhos, os desvios, as curvas a serem evitadas.

A consciência de ter que recomeçar é que nos faz sofrer,


duvidar, temer. Medimos nossa capacidade e com bastante
freqüência... nossa incapacidade! Se não medirmos nada,
avançaremos como as crianças avançam nos primeiros passos,
titubeantes, mas orgulhosos.

A mente humana é um poderoso instrumento. Ela condiciona,


impõe, impede, impele, comanda... mas nem sempre no bom
sentido. Ela sente, ressente, guarda as impressões e as
marcas que a vida vai fazendo ao longo dos anos.  E se
pensamos em recomeçar alguma coisa, ela acende a luz
vermelha em sinal de atenção. Assim é que muitos paralisam-
se e não fazem nada. Acomodam-se.

Porém, a vida nos impõe recomeços a cada instante e os


seguimos com 
naturalidade, fazemos nossa parte. Somos condicionados e
nem nos questionamos.

Me pergunto então por que não nos condicionamos a viver


coisas novas, experimentar nem que seja por uma vez ousar.
Se é nossa mente que nos comanda e que somos donos de
nós, por que não pegarmos as rédeas, o comando?

A vida desabrocha por todos os cantos e precisamos vivê-la.


Mas bem vivê-la. Deus nos criou para sermos felizes, não para
passarmos os dias perdidos em lamentos sem tomar atitudes.

Avança!

Recomeçar é preciso quando o que temos já não nos satisfaz.


E recomeçar é sempre possível quando colocamos de lado as
dúvidas, pois perdedor na vida não é quem tentou e não
conseguiu, mas sim aquele que abandonou a coragem e
perdeu a fé.

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