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CONQUISTANDO

CIDADES
PARA CRISTO

FRANCISCO NICOLAU

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As citações são extraídas da tradução de João Ferreira de
Almeida, VERSÃO REVISADA de acordo com os melhores Textos
em Hebraico e Grego da JUERP/Imprensa Bíblica Brasileira.

Revisão: Clícia Maria Tavares de Moraes Oliveira (1ª edição)


Élida Krauspenhar (2ª edição) – 1995
Direitos Reservados ao Autor
Capa: Cláudio J. Barbisan
Pr. Isac de Souza

Pedidos:
MINISTÉRIO FRANCISCO NICOLAU
Caixa Postal 711 – Tel.: (0192) 51-8526
Campinas – SP – CEP 13001-970

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As minas jóias preciosas:
Minha esposa Vanda; minhas filhas Andréa, Cristiane,
Juliana, Raquel e o caçula Samuel.

também dedico esta obra


a meu irmão e amigo
Marco Aurélio Romeu Soares,
por sua visão e dedicação
a este Ministério.

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Agradeço:

* A Pra. Valnice Milhomens, minha mãe no Mover do Espírito; meu


ministério é marcado “antes” e “depois” do encontro com Valnice.
Tenho sido abençoado por Deus através de sua vida.

* A Dra. Neuza Itioka, exemplo vivo de humildade, instrumento de


Deus para conduzir nosso ministério a outra dimensão.

* A Irmã Clícia Maria T.M. Oliveira, pela revisão e sugestões


preciosas que foram inseridas nesta obra.

* A minha filha Andréa Nicolau pelas horas intermináveis na


preparação dos textos.

* A todos aqueles que contribuíram de uma maneira ou de outra


para que esta obra viesse a existir.

... E AO NOSSO ÚNICO DEUS,


VERDADEIRO MERECEDOR
DE TODAS AS HONRAS E GLÓRIAS
A MINHA GRATIDÃO

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ÍNDICE:
Dedicatória ...................................................................................05
Agradecimentos ...........................................................................07
Prefácio .........................................................................................11
Introdução ....................................................................................17
CAPÍTULO UM:
O que é e o Porque da Guerra Espiritual .......................................19
CAPÍTULO DOIS:
Os Níveis de Guerra ......................................................................23
CAPÍTULO TRÊS:
Guerra Espiritual em Nível Estratégico:
Conquistando Cidades para Cristo ................................................27
CAPÍTULO QUATRO:
Fechando as brechas para fazer a Guerra ......................................49
CAPÍTULO CINCO:
Recursos Financeiros para se fazer Guerra Espiritual ...................63
CAPÍTULO SEIS:
A Unidade do Corpo para a Guerra Espiritual ..............................79
CAPÍTULO SETE:
Os Conquistadores de Cidades ......................................................85
CAPÍTULO OITO:
Jerusalém, o Último Desafio .........................................................91

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PREFÁCIO

Entreguei-me a Cristo aos doze anos de idade,


ouvindo uma pregação do Evangelho em praça pública. Aos
trinta anos me senti chamado para o exercício do ministério
pastoral. Nesta época já era casado e pai de quatro filhas e
incentivado pela minha esposa ingressei logo num seminário.
Paralelamente a isso, fui convidado pelo meu pastor a dirigir
uma congregação que, pouco tempo depois, foi organizada
em igreja.
Tudo caminhava muito bem. Deus ia abrindo as
portas de uma maneira maravilhosa, confirmando assim Sua
Palavra a nosso respeito. As coisas foram acontecendo bem
depressa. Fui ordenado ao ministério da Palavra em 1983,
quando cursava o terceiro ano do seminário e atuava em
várias áreas de liderança, inclusive como presidente de
associação e, a nível estadual e nacional, participava das
convenções com muita alegria. Sempre me relacionei muito
bem com os pastores e líderes de nossa denominação,
sendo respeitador e sendo respeitado até os dias de hoje,
graças a Deus. Em janeiro de 1988, fui conduzido por Deus
a assumir o pastorado de uma igreja na linda cidade de

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Valinhos, interior do estado de São Paulo. Os detalhes desta
transferência foram tão interessantes que não deixaram
dúvidas a respeito da direção de Deus para as nossas vidas,
família e igreja. Pouco tempo em que estava na cidade tive
outra grande alegria da parte de Deus, fui convidado
pelo diretor de uma Faculdade Teológica em Campinas,
cidade vizinha, a lecionar na cadeira de História do
Cristianismo.
Tudo continuava indo às mil maravilhas, mas eu
sentia que faltava algo; a igreja era muito boa, amava o seu
pastor e não media esforços para demonstrar este amor. De
minha parte sentia que precisava dar mais ainda à igreja
como retribuição por aquele amor demonstrado. Foi quando
decidi estudar Filosofia para melhor servir à causa, mas isto
não resolveu, pelo contrário, em certo sentido piorou. Nesta
época frequentava nossa igreja uma irmã de outra
denominação, também de linha tradicional, cuja igreja era
na capital e ocasionalmente nos visitava. Esta irmã sempre
me perguntava se eu conhecia Valnice Milhomens Coelho e
sua obra,e logo em seguida me oferecia suas fitas de estudo.
Todavia eu sempre escapava daquele assunto de uma forma
ou de outra. Quando vi,na televisão,as chamadas anunciando
um programa que seria de estudos ministrados por Valnice,
fiquei curioso e assisti uma parte do primeiro, mas com
muitas reservas. Confesso que fiquei impressionado com a
profundidade da Palavra. No domingo seguinte aparece na
igreja novamente a irmã oferecendo as fitas, e desta vez
aceitei para ser gentil com ela;o que aconteceu daí em diante
só Deus pode explicar. Minha vida deu uma guinada
tremenda; as escamas de meus olhos foram caindo uma a

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uma. Minha esposa passou também por uma experiência
tremenda; ela que sempre fora ultratradicional, fechada
completamente a obra do Espírito Santo. Deus trabalhou em
nossos corações e nos corações de nossos filhos.
O que aconteceu depois foi muito interessante. A
princípio a irmã oferecia as fitas, agora acontecia o contrário,
eu procurava a irmã escondido pedindo mais estudos e ela,
claro, sempre conseguia mais. Estes acontecimentos
começaram a ocorrer a partir de julho de 1989, e eu ainda
tinha muitas dúvidas em meu coração. Cria nos dons, nos
milagres para os nossos dias, mas precisava de mais
respostas a algumas indagações. Neste tempo tanto minha
esposa como eu, não sentíamos de compartilhar com a
igreja as novas descobertas, pois pensávamos, a princípio
que aqueles estudos eram somente para líderes e também
porque não sabíamos muito a respeito. Apesar de crermos,
não tínhamos, ainda, passado pela experiência do Batismo
no Espírito Santo. Logo chegamos à conclusão que aquelas
novas que estávamos recebendo eram para todo o corpo de
Cristo e não para alguns privilegiados. E assim ia mantendo
as minhas convicções de não ensinar teoria, mas demonstrar
na prática, pois precisava de mais orientações, mas onde
conseguí-las? Com meus colegas pastores, nem pensar;
com outros pastores de denominações carismáticas também
não me sentia encorajado. Veio então a idéia de falar com
Valnice, e cinco meses depois, numa suíte do Hotel San
Michel em São Paulo, Deus fez algo maravilhoso: minha
esposa e eu fomos batizados no Espírito Santo, e eu, com a
evidência de línguas. Nesta época, a igreja sabia que não
éramos mais os mesmos. Havia algo muito bom nas nossas

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reuniões, eram mais alegres, os cultos eram muito mais
concorridos, até durante a semana o povo enchia a igreja.
Reuni a família e disse-lhes que teria que contar a
igreja a respeito de nossas experiências; falei dos riscos, mas
não poderíamos nos calar diante de algo tão maravilhoso
de Deus para o Seu povo. A família concordou e marcamos
a data do testemunho. Quando chegou o dia, num domingo
pela manhã, após a escola dominical, despedimos os visi-
tantes e passei à igreja todos os fatos, deixando-a na
liberdade de escolher entre a nossa permanência ou não à
frente do ministério. Foi algo tremendo o que aconteceu;
todos opinaram, falaram dos temores, das dúvidas, mas,
queriam aprender e pediam a nossa permanência. Neste
tempo pedi a Deus que não deixasse a igreja se dividir, e
apenas uma família de três pessoas deixou a igreja. O ano de
1990 foi muito abençoado, mesmo com muitas lutas, mas
com a ajuda de Deus,bastante estudo da Palavra e paciência,
toda a igreja entrou no Mover do Espírito Santo de Deus
naqueles dias. Nossa igreja passou a ser procurada por
irmãos de outras denominações e também (por irmãos) de
nossa denominação. A princípio eu gostava muito daquilo e
dizia sempre: O lema de nossa denominação é “A BÍBLIA É
A NOSSA ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA”, portanto não
preciso deixá-la, porque mais do que nunca para nós, agora,
a Bíblia seria de verdade a nossa única regra de fé e prática;
não precisaríamos mais fazer malabarismos teológicos para
explicar os milagres de Deus, não precisaríamos forçar a
exegese para dizer que os dons eram só para o tempo dos
apóstolos, que alguns textos não se encontravam “nos
melhores originais”, etc. Mas, logo Deus falou ao meu

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coração e compreendi que a obra não era minha, e apesar
do respeito e admiração pela minha denominação, achei
melhor deixar a Faculdade Teológica, e o fiz com muita
tristeza, mas com a consciência tranquila. Também pedi meu
desligamento da Ordem dos Pastores, decisão esta que foi
apoiada e acompanhada pela igreja. Esta decisão nos deixou
em paz; todos os irmãos sabiam de nossa posição e estavam
livres para nos procurarem ou não. Na época eu era muito
procurado por pastores e ex-alunos sequiosos em saberem
sobre a obra do Espírito Santo e muitos saíam de nossa casa
orando em línguas. E, assim, o Espírito foi dirigindo cada
passo em cada questão que surgia nesta nova fase.
Mas, Deus tinha mais para a minha vida e algo novo iria
acontecer e agora na área de Guerra Espiritual. Em Janeiro
de 1991, fui a um congresso na Missão Antioquia ouvir o Dr.
Kjell Sjoberg, falar sobre conquista de cidades. Fiquei im-
pressionado, nunca pensei sobre aquilo que ouvia. Tudo era
muito novo para mim. Voltando à igreja, apliquei-me em
estudar a respeito de Guerra Espiritual e em especial a
conquista de cidades. No retiro de carnaval de 1991 reuni a
igreja num acampamento, demos o estudo e Deus operou
maravilhas naqueles dias e dali em diante começamos a nos
aprofundar neste assunto. Por sua vez éramos sempre
convidados a falar sobre conquista de cidades. Em outubro
recebi um convite para ir à Argentina participar de dois
seminários para líderes e o assunto seria “Guerra Espiritual”;
também ali Deus operou tremendamente; providenciando os
recursos para a viagem, inscrição, hospedagem e acima
de tudo fazendo-me conhecer sua obra na Argentina, os
ministérios e obreiros que militavam nesta área há algum

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tempo como o Dr.Peter Wagner, Cindy Jacobs, Jane Hansen,
Carlos Annacondia, Omar Cabrera, Edgardo Silvoso, Hector
Giménez e tantos outros servos do Deus Altíssimo.
Na Argentina vivi muitos momentos tremendos com
Deus. Eram tantas as experiências, os convites se multipli-
cando, que entendemos que Deus estava modificando nosso
ministério.
Deus tem confirmado a obra a cada dia, muitas portas
estão sendo abertas tanto para aprendermos como para
compartilharmos o que o Senhor nos tem mostrado; somos
convidados a falar em várias denominações e estamos
cientes que não é por nossa causa, mas, por Sua vontade,
Sua misericórdia, pela urgência, pela proximidade da volta
de Seu Filho, e acima de tudo por causa de Sua grande
misericórdia é que Ele usa vasos pequenos e falhos, para
que fique bem claro a todos que TODA HONRA E TODA A
GLÓRIA É DEVIDA SOMENTE A DEUS.

FRANCISCO NICOLAU

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INTRODUÇÃO
Estamos entrando num período decisivo da história
da Igreja. O mundo vive transformações em todos os senti-
dos e sabemos que tudo isto tem a ver com acontecimentos
espirituais, “início das dores” (Mateus 24:8). Muito embora
não haja dúvida que Deus está no controle de todas as
coisas, cremos que por ocasião do arrebatamento vai
acontecer a conjunção de várias vontades: a de Deus, a
nossa e a do Mundo. Para Deus Pai, chegou a hora do
casamento de Seu Filho; para Jesus, o noivo,chegou a hora
do de Suas Bodas; para o Espírito, amigo do Noivo, a hora da
festa e para a Noiva, a Igreja, o momento da partida! Nem um
minuto a mais, o mundo não nos suportará e nós também já
teremos completado nossa tarefa. Aleluia!
Este período já começou. Os sinais que vemos em
todo o mundo nos mostram de uma maneira clara e equilibra-
da que estamos entrando nos “dias” da vinda de Cristo; por
este motivo sabemos que este tempo vai diferir de toda a
história da Igreja. Todas as eras de Pentecostes até hoje
tiveram a sua importância; toda a obra do Espírito Santo foi
importante porque ela conduzia a um fim planejado por

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Deus, mas o nosso tempo nos reserva algo de extraordiná-
rio: somos a geração da figueira, somos a geração do
arrebatamento e por isso veremos os tremendos sinais e
operações de Deus, tendo por objetivo:

A MAIOR COLHEITA DE ALMAS


DE TODA A HISTÓRIA DA IGREJA !!!

Não somos a Igreja Primitiva como muitos gostariam que


fôssemos, mas, somos uma Igreja Apostólica (funda-
mento dos Apóstolos), católica (Universal), prodigiosa (si-
nais e prodígios do Espírito Santo), avivada (com poder do
alto), missionária (obediente à Grande Comissão), ousada
(que entra em todas as portas que Jesus abriu), fiel (guarda
a Palavra), e madura (conhecendo os mistérios de Deus),
PRONTA PARA O CASAMENTO.
Aleluia !!!
Viver neste período é algo maravilhoso para o crente
cheio do Espírito Santo, mas também há um preço a ser
pago. Tempo de maravilhas, tempo de sinais, operações,
milagres, mas também tempo de confusão, dores, opres-
sões terríveis das trevas, uma atuação muito forte do espírito
de engano. Este tempo é “...PARA OS CONSAGRADOS,
OS VALENTES DO SENHOR...” (Is. 13:3).

É tempo de Guerra Espiritual!!!

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CAPÍTULO UM

O QUE É E O PORQUE
DA GUERRA ESPIRITUAL

Guerra Espiritual é hoje uma linguagem universal,


todos os crentes já ouviram pelo menos uma vez este termo,
não é um modismo de evangelismo e missões. Guerra
Espiritual é uma situação de vida real do crente, que começa
no momento do nosso nascimento (individualmente falan-
do), não importa se cremos ou não, se gostamos ou não,
estamos em Guerra Espiritual. Esta luta contra as trevas,
envolve todos os crentes seja qual for seu dom e vocação;
fazer evangelismo é fazer guerra contra as trevas, é tirar da
cegueira espiritual os cativos de Satanás (II Cor. 4:4). Esta
guerra começou no céu, com a rebelião de Lúcifer, e Deus
permite-nos participarmos dela aqui na Terra até aquele dia,

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quando Cristo Jesus porá fim definitivo a todas as operações
de Satanás.
É muito importante sabermos que GUERRA ESPIRI-
TUAL NÃO É UM FIM EM SI MESMO, mas UM MEIO PARA
ATINGIRMOS DETERMINADOS OBJETIVOS: a salvação de
almas e a vida plena do Espírito santo e, portanto vitoriosa
para todos os crentes, direitos estes conquistados por Cristo
e outorgados à Igreja. Satanás tem como objetivo impedir
que Deus seja glorificado, ao prender uma alma cativa ou
fazer com que o crente não saiba de seus direitos e viva uma
vida de miséria. Para mudar esta situação precisamos fazer
Guerra Espiritual, porque segundo Jesus, “... e, desde os
dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é tomado
à força, e os violentos o tomam de assalto...” (Mat. 11:12).
Também é importante sabermos que as guerras não são
nossas, mas, do Senhor: “Contando que Me sejas filho
valoroso, e guerreies as Guerras do Senhor” (I Sam. 18:17).
Participamos delas, mas elas não nos pertencem, são do
Senhor. Ele é Homem de Guerra, seu nome é JEOVÁ-
SHABAOTH, o Senhor dos Exércitos, Aleluia!
Satanás conhece muito bem as escrituras, sabe qual
será o seu fim, o seu destino eterno. Ele age ainda hoje,
apesar de derrotado por Jesus Cristo, por permissão de
Deus e isto tem um tempo. Sabemos que Deus permite sua
atuação maligna com um propósito de amor para conosco.
Fechar os olhos para o mal que nos cerca, não nos colocará
à margem da luta, pelo contrário, entraremos no rol dos
“cativos” e “destruídos”:
“portanto o Meu povo é levado cativo por falta de
entendimento” (Is. 5:13). “O Meu povo está sendo destruído
porque lhe falta o conhecimento” (Os. 4:6).
O mal é real, palpável, audível, visível, está em todos

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os lugares, longe e perto e muitas vezes bem perto, quando
não em nós mesmos, por isso a nossa luta é uma luta sem
tréguas. Vemos as operações satânicas em todos os meios
de comunicação, na educação, no governo, nas famílias, nas
seitas, na religião e até na igreja (aqui, igreja como congre-
gação local, na Igreja de Jesus só há trigo e não joio).
Precisamos conhecer suas estratégias e vilezas para mudar-
mos a situação das coisas.
Precisamos aprender tudo sobre Guerra Espiritual.
Não para exaltar as obras do Diabo,pelo contrário para
neutralizá-las “... para que Satanás não leve vantagem sobre
nós. Porque não ignoramos as suas maquinações...” (II Cor.
2:10b e 11).
O crente desta geração precisa mudar de mentalida-
de. Chega de pensarmos e vivermos como ovelhinhas des-
mamadas, como filhinhos desamparados, pedras nos sapa-
tos dos pastores, empecilhos para o progresso da obra,
sempre chorões, sempre reclamando, sempre correndo
atrás de novidades, sempre aprendendo, mas nunca colo-
cando em prática. Esta é a ÉPOCA DOS GUERREIROS DO
SENHOR. Jesus virá buscar uma Igreja madura, preparada.
Somos filhos sim, ovelhas de Seu pasto; mas crescidos,
maduros, treinados, preparados para produzirmos frutos
para a vida eterna.
Estamos em Guerra Espiritual. Isto é uma realidade.
Há um testemunho interior dentro de nós confirman-
do no espírito e na alma duas realidades:
1º) A Convocação de Deus (Som da Trombeta);
(Joel 2:11-1)
2º) A realidade da Guerra (Alarido da Guerra);
(Jer. 4:19)

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Deus está levantando um exército de consagrados
para realizar esta tarefa.
Há uma agitação muito grande no mundo neste
momento presente, e o que estamos vendo e ouvindo são
apenas reflexos de uma realidade que ocorre no mundo
espiritual.
Todo plano de Deus na terra só poderá ser realizado
através de Sua Igreja. Portanto chegou o momento de
deixarmos de lado a preguiça, a omissão, o desinteresse e
assumirmos a posição de “FILHOS VALOROSOS” e em
nome de Jesus, “GUERREAREMOS AS GUERRAS DO
SENHOR”, conosco vai JEOVÁ-SHABAOTH!

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CAPÍTULO DOIS

OS NÍVEIS DA GUERRA
(Efésios 6:12)

A Guerra Espiritual é travada em vários níveis; é algo


ainda muito complexo para se classificar. Satanás é um
estrategista, muda constantemente suas táticas e o Espírito
Santo de Deus por sua vez também nos dá ensinos novos e
maneiras adequadas para enfrentarmos o inimigo de nossas
almas. Louvamos a Deus pela Sua maneira maravilhosa de
operar nesses dias; temos aprendido muito das artimanhas
do inimigo através de pessoas que tem se rendido a Jesus
Cristo e que foram anteriormente, espíritas, macumbeiras,
chefes de terreiros, satanistas, esposas de Satanás, etc.
Esses irmãos queridos têm sido de grande ajuda e instru-
mentos de Deus para nos trazerem preciosas revelações
para operarmos nestes últimos dias. Por isso não é conveni-
ente apresentarmos uma classificação final, também porque
nem saberíamos como fazê-la, mas, apresentamos o que
temos visto, e as maneiras como Deus tem operado em
vários Ministérios.

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Segundo Peter Wagner há três níveis de Guerra
Espiritual. 1

1) Guerra Espiritual em Nível de Solo;


2) Guerra Espiritual em Nível de Ocultismo;
3) Guerra Espiritual em Nível estratégico.
Não nos deteremos em detalhes sobre os dois primei-
ros níveis,já que o assunto deste livro é sobre o terceiro,ainda
que ao fazermos Guerra Espiritual, num certo sentido,
estamos envolvidos com todos os níveis, pelo fato de não ser
possível separar um do outro.

1º) Guerra espiritual: Nivel SOLO OU TÉRREO

Este ministério é o de libertação, expulsão de demô-


nios; é o mais comum, é o que mais vemos no nosso dia a
dia. Jesus enviou Seus discípulos com esta missão
(Mc.16:17), e eles operaram tanto no Ministério terreno de
Jesus como também no início da Igreja Primitiva cumprindo
esta sua obrigação. Para nós, é o primeiro combate do
crente, é o primeiro confronto real com as obras das trevas.
Cremos que a maioria dos crentes já passou por esta
experiência, de expulsar demônios. Este assunto é muito
bem conhecido e também muito importante, por isso cremos
que Deus tem levantado tantos ministérios nesta área.
Outro fator importante é que, para este tipo de Ministé-
rio, não há muita oposição, os crentes de várias confissões
o aceitam sem maiores problemas, por isso há um grande
progresso nesta área.
1
NOTA :
Wagner, C. Peter Oração de Guerra, Editora Unilit
1992, págs. 16, 17 e 18

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2º) Guerra Espiritual: Nível OCULTISMO

Este trabalho já é mais delicado pela dificuldade que


muitos têm em aceitar este Ministério.
Neste nível compreende-se: maldições hereditárias,
consagrações satânicas, envolvimento com sociedades se-
cretas, seitas orientais, satanismo (que está em voga), bru-
xarias, e a Nova Era.
A onda ocultista está forte em todo o mundo, livros são
editados, encontros e seminários são realizados com ampla
divulgação e participação de personalidades da sociedade,
etc. Todo este assunto é muito bem abordado por Mark
Bubeck no seu livro “Reavivamento Satânico” 2
A grande dificuldade para os ministérios que estão
envolvidos com ocultismo é a resistência que muitos pasto-
res fazem, primeiro por desconhecerem o assunto e segun-
do com medo dos extremismos (o que é compreensível). E
para além disso a onda ocultista é muito forte, pois durante
o dia inteiro somos bombardeados com convites,
informações, sugestões, com relação à alimentação, florais,
cristais, duendes, bruxas, meditações, pelos meios de co-
municação, médicos, dentistas, professores, etc.
Em suma, dentro desta onda de ocultismo que é uma
operação demoníaca, os ministérios levantados por Deus
para atuarem nesta área estão encontrando dificuldades
para ministrarem o ensino e a libertação daqueles que estão
ligados e presos a esses enganos. É preciso que o exército
de intercessores levante um clamor por um despertamento
da Igreja para este tipo de trabalho.
2
NOTA:
BUBECK, MARK I. – O Reavivamento Satânico –
Edições Vida Nova, 1993

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3º) Guerra Espiritual: Nível ESTRATÉGICO

Esta batalha é travada contra os principados, potesta-


des, príncipes do mundo, hostes espirituais (Ef.: 6:12).
A guerra espiritual a nível estratégico é a guerra frontal
contra altas hierarquias satânicas.
Como iremos estudar no próximo capítulo, Satanás
tem um exército bem treinado e distribuído de tal maneira a
fazer toda oposição possível contra os santos do Altíssimo.
Um exército treinado operando a favor do Diabo, com com-
panhias em cada cidade, oficiais debaixo de comandos
superiores, e operando toda forma de mal, causando
acidentes,violências físicas, sexuais, uso de drogas,divórcios,
crimes, orgias, adultérios, subornos, corrupção, mentiras,
doenças, alterações climáticas, enganos, heresias, satanis-
mos, bruxarias, sociedades secretas, exploração, roubos,
angústias, tristezas, preguiças, maldições, pobreza, soberba,
orgulho, inveja, racismo, sectarismo, distúrbios, revoltas,
rebeliões, divisões, guerras, suicídios, sacrifícios de animais,
sacrifícios humanos, possessões, influências a líderes de
ensino, autoridades, etc.
Poderíamos exemplificar com detalhes cada uma das
operações acima citadas, mas cremos que não é preciso,
pois todos estamos bem cientes e vendo como o diabo atua
de diversas maneiras nas cidades.
Este é o nível Estratégico. É claro que não é tão fácil
distinguir onde termina um nível e começa outro; o que
ocorre na verdade é que os três estão intimamente relacio-
nados como já dissemos no início do capítulo.
As cidades precisam ser conquistadas para Cristo. No
próximo capítulo falaremos melhor sobre este assunto.

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CAPÍTULO TRÊS

GUERRA ESPIRITUAL EM
NÍVEL ESTRATÉGICO:
CONQUISTANDO CIDADES PARA CRISTO

“Depois disto, designou o Senhor, outros setenta, e os


enviou adiante de Si, de dois em dois, a todas as CIDADES
e lugares onde Ele havia de ir.
E dizia-lhes: Na verdade, a seara é grande, mas os
trabalhadores são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara,
que mande trabalhadores para a Sua seara.
Ide; eis que vos envio como cordeiros no meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem alparcas; e a nin-
guém saudeis pelo caminho.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: Paz
seja com esta casa.
E se ali houver um filho da paz, repousará sobre ele a
vossa paz; e se não, voltará para vós.

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Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que eles
tiverem; pois digno é o trabalhador do seu salário. Não andeis
de casa em casa.
Também em qualquer CIDADE em que entrardes, e vos
receberem, comei do que puserem diante de vós.
Curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: É
chegado a vós o reino de Deus.
Mas em qualquer CIDADE que entrardes, e vos não
receberem, saindo pelas ruas, dizei:
Até o pó da vossa CIDADE, que se pegou aos pés,
sacudimos contra vós. Contudo sabei isto: que o reino de
Deus é chegado.
Digo-vos que naquele dia haverá menos rigor para
Sodoma do que para aquela CIDADE.
Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro
e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em vós se
operaram, há muito, sentadas em silício e em cinza, elas se
teriam arrependido.
Contudo, para Tiro e Sidom haverá menos rigor no juízo
do que para vós,
- E tu, Cafarnaum, porventura serás elevada até o céu?
Até o Hades descerás.
Quem vos ouve, a Mim Me ouve; e quem vos rejeita, a
Mim Me rejeita; e quem a Mim Me rejeita, rejeita Aquele que
Me enviou.
Voltaram depois os setenta com alegria, dizendo: Se-
nhor, em Teu nome, até os demônios se nos submetem
Respondeu-lhes Ele: Eu via Satanás, como raio, cair do
céu.
Eis que vos dei autoridade para pisar serpentes e
escorpiões, e sobre todo poder do inimigo, e nada vos fará
dano algum...”
(Luc. 10:1-19)
(*: GRIFOS DO AUTOR)

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Lúcifer foi criado perfeito por Deus, colocado numa
posição de grande responsabilidade e autoridade, cuidava
dos louvores e da adoração do Altíssimo, tinha acesso à
presença de Deus, tinha comunhão com o Pai, era o sinete
da criação.ATÉ O DIA EM QUE SE ACHOU INIQUIDADE EM
SEU CORAÇÃO. Como criatura racional, perfeita, tinha livre
vontade e precisaria ser testado, e quando chegou o mo-
mento do teste, foi reprovado. Foi expulso do Céu com uma
terça parte de anjos de diversas hierarquias. Na sua rebelião
trouxe consigo para a perdição eterna, anjos, príncipes,
outrora fiéis a Deus, mas que foram seduzidos e enganados
e agora todos destinados a uma eternidade de sofrimento
no lago de fogo, agem (por permissão de Deus) aqui na
Terra, até o momento do banimento eterno.
Desde o dia em que Lúcifer pensou em “subir”,
começou a sua queda; foi expulso do céu e hoje habita nos
ares; na tribulação possuirá o Anticristo e estará na Terra,
será aprisionado no fim da Grande Tribulação, lançado no
abismo e no fim do milênio será solto por curto período de
tempo e depois lançado definitivamente no Lago de Fogo.
Esta é a sua trajetória descendente, e neste exato momento
desta trajetória, quis Deus em Sua infinita sabedoria que o
enfrentássemos vitoriosamente para retomarmos o que en-
tregamos no Édem na pessoa de nossos pais.
Jesus Cristo já venceu Satanás. Com Sua morte e
ressurreição “despojou os principados e potestades, e os
exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz”
(Col. 2:15); com Sua vitória nos fez também vencedores, mas
para usufruirmos agora desta vitória, Ele nos forja CON-
QUISTADORES, conquistadores de cidades da mesma
maneira como o povo judeu recebeu de Deus a “Terra
Prometida”, lançando para fora da terra todos os inimigos.

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Esta é a tarefa da Igreja de Jesus: expulsar da Terra todos os
inimigos, destronar os principados, amarrar o valente e
lançar mão dos despojos, que são as almas preciosas a
Jesus Cristo.

I – CONQUISTAR CIDADES É TAREFA DO POVO DE


DEUS

Números 13

“Ao fim de quarenta dias voltaram de espiar a terra.


E, chegando, apresentaram-se a Moisés e a Arão, e a
toda a congregação dos filhos de Israel, no deserto de Parã,
em Cades; e deram-lhes notícias, a eles e a toda a congrega-
ção, e mostraram-lhes o fruto da terra.
E, dando conta a Moisés, disseram: Fomos à terra a que
nos enviaste. Ela,em verdade,mana leite e mel;e este é o seu
fruto.
Contudo o povo que habita nessa terra é poderoso, e as
cidades são fortificadas e mui grandes. Vimos também ali os
filhos de Anaque.
Os amalequitas habitam na terra do Negebe; os heteus,
os jebuseus e os amorreus habitam nas montanhas; e os
cananeus habitam junto do mar, e ao longo do rio Jordão.
Então Calebe, fazendo calar o povo perante Moisés,
disse: SUBAMOS ANIMOSAMENTE, E APODEREMO-NOS
DELA; PORQUE BEM PODEREMOS PREVALECER CONTRA
ELA.
Disseram, porém, os homens que subiram com ele:
Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais
forte do que nos.
Assim, perante os filhos de Israel, infamaram a terra que

31
haviam espiado, dizendo: A terra, pela qual passamos para
espiá-la, é terra que devora os seus habitantes; e todo o povo
que vimos nela são homens de grande estatura.
Também vimos ali os nefilins,isto é,os filhos de Anaque,
que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos
olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos
seus olhos...” (Num. 13:25-33) (Grifos do autor)

A Terra havia sido examinada pelos doze espias, e


agora eles apresentavam os relatórios. Duas versões foram
apresentadas: um relatório pessimista, com base apenas
nas condições humanas, que apesar de confirmar a Palavra
de Deus, analisa tudo com uma perspectiva humana. É um
relatório desanimador.
O outro relatório dado já mostra uma perspectiva
Divina; realmente a terra é a da promessa, é abençoada,
mana leite e mel, mas, é preciso expulsar os gigantes e,
realmente, eles são muitos e são fortes. Mas, se o Senhor
ordenou que a Terra fosse conquistada, Ele mesmo tomaria
as providências para que fossem vitoriosos e, o resultado
como conhecemos, é que os corajosos prevaleceram, foram
abençoados pela fidelidade, pela coragem, mas, principal-
mente PELA OBEDIÊNCIA (I Sam. 15:22). Aos outros restou
a derrota, ainda que também tivessem sido chamados um
dia, mas não completaram a carreira, e morreram prostrados
no deserto, como tem acontecido hoje com muitos servos de
Deus.

II - DEUS FEZ PROMESSAS DE DAR GRANDES


CIDADES AOS SEUS FILHOS

“Quando, pois, o Senhor teu Deus te introduzir na terra

32
que com juramento prometeu aos teus país, Abraão, Isaque e
Jacó, que te daria, com grande e boas cidades, que tu não
edificaste,
e casas cheias de todo o bem, as quais tu não encheste,
e poços cavados, que tu não cavaste, vinhas e olivais, que tu
não plantaste, e quando comeres e te fartares; ...”
(Deut. 6:10-11)

“Também naquele tempo lhe tomamos todas as cida-


des, e fizemos perecer a todos, homens, mulheres e
pequeninos, não deixando sobrevivente algum;
somente tomamos por presa o gado para nós, junta-
mente com o despojo das cidades que havíamos tomado.
Desde Aroer, que está à borda do vale do Arnom, e
desde a cidade que está no vale, até Gileade, nenhuma
cidade houve tão alta que de nós escapasse; tudo o Senhor
nosso Deus no-lo entregou.
Somente à terra dos amonitas não chegastes, nem a
parte alguma da borda do ribeiro de Jaboque, nem a cidade
alguma da região montanhosa, nem a coisa alguma que o
Senhor nosso Deus proibira...” (Deut. 2:34-37)

Deus fez promessas de dar grandes cidades que não


foram construídas pelo Seu povo.
Encontramos na Palavra que o povo foi obediente ao
tomar posse das cidades.
Encontramos em várias passagens do Velho Testa-
mento, ensinos, que são princípios sobre o CONQUISTAR
CIDADES.
Encontramos ensinos sobre Guerra Espiritual em
praticamente todos os livros da Bíblia, e sobre conquista de
cidades em vários deles.

33
Para que a vontade de Deus se cumpra numa cidade,
Ele precisa que Seu povo se coloque em posição de
conquistador. O servo de Cristo representa o próprio Cristo,
é o Seu embaixador, é a própria luz entrando e dissipando as
trevas. Não há mais como as trevas operarem com liberdade
quando um crente cheio do Espírito Santo chega com visão,
ousadia, coragem e desejo de implantar o Reino de Deus.
Abraão foi levantado por Deus para abençoar “todas
as cidades”; saiu de sua cidade e caminhou para outra
cidade escolhida por Deus. O povo de Deus recebeu a
promessa de habitar numa cidade que manava leite e mel,
mas, precisou conquistar a cidade. Todos tiveram que lutar,
não importando a idade, como é o exemplo de Calebe, que
lutou pela conquista de sua parte da cidade por mais de
“quarenta” anos (Josué 14:6-15).
Josué cujo nome tem a mesma raiz do nome de
Jesus, foi levantado por Deus para introduzir o povo na Terra
prometida, e era preciso conquistar a cidade.
Outro exemplo tremendo no Velho Testamento, com
relação à Guerra Espiritual e à Conquista de Cidades, é
encontrado no livro de Neemias. Também o profeta Jonas
literalmente marchou por toda a cidade e conquistou-a para
Deus.
A tarefa de Conquistar Cidades, não é para um grupo
apenas, é para todo o povo de Deus.
Encontramos em Juízes 3:1-2 a seguinte palavra:
“Estas são as nações que o Senhor deixou ficar para,
por meio delas, provar a Israel, a todos os que não haviam
experimentado nenhuma das guerras de Canaã;
tão somente para que as gerações dos filhos de Israel,
delas aprendessem a guerra, pelo menos, os que dantes não
tinham aprendido” (Juízes 3:1-2)

34
Nosso empenho por cidades resultará em galardões no
milênio. (Luc. 19:17-19).
Conquistar cidades é uma responsabilidade da igreja de
Jesus Cristo. Quando analisamos cada experiência de irmãos
que foram “transferidos” de uma cidade para outra, tendo
como motivo aparente o emprego, os estudos, etc.,
temos visto depois que aquela transferência fora algo prepa-
rado por Deus. O plano de Deus é perfeito, para Ele não
existe acaso, não existe coincidência, tudo é pré-determina-
do, Seu plano maravilhoso, tremendo. Muitas vezes não
compreendemos na hora, mas depois temos que glorifica-
Lo porque Ele é maravilhoso e tem o melhor para cada um
de Seus filhos.
Conquistar Cidades é preparar o caminho para a volta
de Jesus. É interessante notar que Jesus envia 70 discípulos
para anunciarem o Reino a todas as cidades e lugares; um
pouco antes, Jesus envia os doze às ovelhas perdidas da
casa de Israel (Mat.: 10:1-6), depois Ele envia 70. Sete na
Bíblia, fala da totalidade, de algo completo, de perfeição, é
conhecido como o número de Deus. Deus, fala das Nações,
portanto entendemos que os “setenta”, representam a
totalidade dos discípulos de Cristo, ou seja, a IGREJA,
levando a mensagem do Reino (A VINDA DO REI), à totalida-
de das Nações, UM EXÉRCITO DE CONQUISTADORES
DE CIDADES É LEVANTADO POR CRISTO, PARA ANUN-
CIAR SUA VOLTA GLORIOSA, Ele agora virá para todos.
ALELULIA!!!ELE ESTÁ NOS ENVIANDO PARA PREPARAR-
MOS A SUA VOLTA. Maranata!!!
Os sinais já se completaram, não há mais nada,
nenhuma profecia com relação ao arrebatamento, tudo já se
cumpriu desde que começou a última geração (a da figueira);
a volta de Jesus está bem próxima, basta olharmos para o

35
quadro que está sendo formado no mundo: a Comunidade
Comum Européia (CEE), tomando corpo forte a cada dia, o
retorno do povo judeu dos quatro cantos da Terra, o aviva-
mento que já está varrendo várias partes do mundo, a
unidade da Igreja que já começa a mostrar sinais visíveis, os
grandes planos que já estão sendo executados pela Igreja
em várias partes do mundo; tudo nos leva a crer que
participaremos da maior colheita de almas de toda a
história da Igreja. JESUS ESTÁ VOLTANDO! Ele envia
Seu exército para conquistar cidades para que Ele reine!
Nós entregaremos o Reino nas mãos do REI !!! (Jos. 1:3)

III - DEUS TEM PLANOS PARA AS CIDADES

Um dos grandes exemplos que encontramos entre


outros é a própria história de Jerusalém.
Em Jeremias capítulo 13, todo o texto nos fala de uma
futura restauração de Jerusalém, uma profecia maravilhosa
cheia de detalhes das providências divinas com relação à
futura restauração da cidade. Hoje, tanto tempo depois,
podemos contemplar com nossos olhos a veracidade das
promessas de Deus, Sua fidelidade é algo impressionante,
todos os detalhes cumpridos ao pé da letra.
Ainda com relação à Jerusalém, encontramos em
Ezequiel 16 e Isaías 52:1 e 2,Deus falando de Seu amor para
com Jerusalém; primeiro Deus mostra os seus pecados, o
pacto quebrado, etc. Ele abençoa a cidade por causa da Sua
Palavra:
“Contudo Eu me lembrarei do Meu pacto, que fiz
contigo nos dias da tua mocidade; estabelecerei contigo um
pacto eterno”. (Ez. 16:60).

36
Deus tem planos de paz para as cidades, Ele deseja
dar a elas um futuro e uma esperança (Jer. 29:11). Deus
distribui Seu exército estrategicamente nas cidades. Ele
mesmo na pessoa do Espírito Santo toca nos corações de
Seus filhos, e estes (os obedientes), se envolvem com a obra
missionária, deixam suas cidades que também são campos
missionários e vão para outras cidades falar do amor de
Jesus. Somente olhando do ponto de vista Divino é que
compreendemos “este manipular” de Deus; muitos são
chamados e deixam seus campos. O Pai sabe todas as
coisas, e sabemos que Sua visão é SALVAR O MUNDO
INTEIRO, Ele nos conhece, pois foi Ele mesmo que nos
formou, nos preparou, nos chamou, comissionou, e Ele
mesmo nos envia. Cabe a nós sermos obedientes.
Todas as cidades do mundo serão invadidas pelo
exército de Jesus Cristo. Deus ama as cidades e este amor
vai contagiar os nossos corações mais e mais, diz a Palavra:
“e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus
está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que
nos foi dado” (Romanos 5:5). Deus tem planos para todas as
cidades, não importa o nível de devassidão da mesma;
quanto mais pecaminosa, mais amor porque onde abunda o
pecado, superabunda a graça de Deus (Rom. 5:20).

IV - O INIMIGO TAMBÉM TEM PLANOS PARA AS


CIDADES

O plano do Diabo é construir tronos nas cidades,


estabelecendo domínio no governo e assumindo o controle
das cidades para que estas se rebelem contra Deus. Ele
coloca seus príncipes nestes tronos e executa um plano de
desgraça contra a criatura humana.

37
Os templos encontrados nas cidades e os ídolos são, na
realidade, morada de demônios.
Uma passagem bíblica mostra claramente que Sata-
nás tem tronos nas cidades:

“Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás:


mas reténs o Meu nome, e não negaste a Minha fé, mesmo
nos dias de Antipas, Minha fiel testemunha, o qual foi morto
entre vós, onde Satanás habita...” (Apoc. 2:13)

Satanás procura dominar os líderes das cidades, o


governo, autoridades em geral; traz para as cidades as
seitas, o engano através da religião, a mentira, enfim usa
todas as estratégias, para tomar o controle da cidade.
“O ladrão não veio, senão para roubar, matar e destruir”
(João 10:10).

A Palavra de Deus nos ensina que principados e


potestades, foram criados por Deus e depois da queda,
estes anjos caídos ainda mantém suas posições de autorida-
de (hierarquia) no reino das trevas (Col 1:13-17, Ef. 6:12,
Dan. 10:12-21).
Uma das tarefas do reino das trevas é construir tronos
para os anjos caídos.
Gênesis 10:8-12 mostra o início da rebelião no sentido
de contrariar a vontade de Deus; vemos ali o atual Iraque.
Ninrode foi um homem que se posicionou “contra
Deus”; o texto original fala que Ninrode foi um poderoso
caçador de almas.
Havia uma torre no centro de cada cidade dedicada
aos deuses Lua e Sol. Havia um só quarto na torre e uma só
cama e o rei se deitava na cama e recebia demônios,

38
mantendo com eles RELAÇÕES SEXUAIS. Para muitos isto
é impossível, mas agora temos ouvido tantos testemunhos
de servos de Deus que no passado foram servos de Satanás
e confirmaram estas tristes experiências em suas próprias
vidas antes do novo nascimento.
Um exemplo disto aconteceu anos atrás no Japão,
quanto o Imperador Akihito na última noite dos festejos de
sua coroação, ficou sozinho em um quarto e foi “visitado”
pela FILHA DO SOL, e ali segundo aquela cultura recebeu
“bênçãos” de prosperidade para o Japão.
Satanás procura possuir a autoridade para ter base
legal para operar no país, na cidade, nas famílias, etc.
Dois textos sagrados nos impressionam bastante: em
Jeremias 44:15-25, onde fala da RAINHA DO CÉU, e Isaías
34:1-4, que fala de Lilith e outros demônios.
Vemos que um mesmo demônio de uma determinada
hierarquia tem vários nomes, depende do lugar, e em vários
países ele se manifesta com um nome próprio.
O trono de Satanás na cidade é a base legal para ele
operar. Este trono, normalmente, é fundamentado em quatro
bases, que podem ser quatro grande religiões (como o
Japão por exemplo), ou duas religiões mais maçonaria e
prostíbulo, ou bem variado. Uma das tarefas da Igreja é pedir
revelação a Deus para “ver” onde está o trono de Satanás em
sua cidade. Outra característica também que temos encon-
trado em grandes cidades é que muitas vezes estes tronos
estão dentro de uma região “triangular”, onde os vértices são
também os pontos da base. É provável que na capital de São
Paulo o trono se encontre no Vale do Anhangabaú, dentro do
triângulo, (SÉ + SÃO BENTO + REPÚBLICA). Não podemos
confirmar ainda porque a revelação veio a alguns irmãos e
estamos orando, pedindo confirmação de Deus.

39
É preciso conhecer a história do lugar para se obter a
revelação onde Satanás firmou sua base para operar no
lugar. A história de São Paulo (capital) nos relata fatos
terríveis acontecidos dentro desse triângulo e principalmen-
te no “vale”. Outro exemplo tremendo é o do “Triângulo das
Bermudas”.

V – A MOTIVAÇÃO DE DEUS EM NÓS

“Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purifi-


cados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos
ídolos, vos purificarei.
Também vos darei um coração novo, e porei dentro de
vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de
pedra, e vos darei um coração de carne.
Ainda porei dentro de vós o Meu Espírito, e farei com
que andeis nos Meus estatutos, e guardeis as Minhas orde-
nanças, e as observeis”. (Ez. 36:25-27)

“Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de


Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e
olharão para Aquele a quem transpassaram, e O prantearão
como quem pranteia por seu filho único, e chorarão amarga-
mente por Ele, como se chora pelo primogênito”. (Zc. 12:10)

É preciso ter a visão de Deus, sentirmos o peso em


nossos corações da mesma maneira que Deus sente. A
nossa visão não pode ser “micro”, e sim “macro”. Precisamos
olhar o ponto de vista de Deus para a humanidade. Muitas
vezes, vemos as coisas acontecerem e não analisamos que,
por trás de cada acontecimento, há uma operação espiritual.
O que acontece no mundo físico, é o resultado do que

40
acontece no mundo espiritual; invisível sim, mas muito mais
real porque é eterno. Deus pretende mudar a história; Ele
pretende mudar a situação e começa mudando o nosso
coração, abrindo nossas visões, quebrando preconceitos e
idéias preconcebidas. O amor para com as almas perdidas, o
amor de Jesus Cristo nos impulsionará a enfrentarmos a
grande obra destes dias.

VI – PLANO PARA A CONQUISTA DE CIDADES

A – O QUE FAZER

É preciso dar o passo de fé, é preciso atravessar o


Jordão.
“Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo dei,
como Eu disse a Moisés”. (Jos. 1:3)
“Levantou-se, pois, Josué de madrugada e, partindo de
Sitim ele e todos os filhos de Israel, vieram ao Jordão; e
pousaram ali, antes de atravessá-lo.
E sucedeu, ao fim de três dias, que os oficiais passaram
pelo meio do arraial,
e ordenaram ao povo, dizendo, Quando virdes a arca do
pacto do Senhor vosso Deus sendo levada pelos levitas
sacerdotes, partireis vós também do vosso lugar,e a seguireis
(haja, contudo, entre vós e ela, uma distância de 2000 mil
côvados, e não vos chegueis a ela), para que saibais o
caminho pelo qual haveis de ir, porquanto por este caminho
nunca dantes passastes.
Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque
amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós.(Jos.3:1-5).

41
PASSOS A SEREM DADOS

1º - Envolver o maior número possível de igrejas. Este


trabalho não é de uma igreja local apenas, e sim do Corpo
de Cristo.

2º - Dependência total do Espírito Santo, busca sincera e


espera, pois Ele é quem trará novas revelações, tanto para
desmascarar o inimigo, como avisar a hora de agir. Acima de
tudo ELE NOS CAPACITARÁ PARA ESTE TIPO DE
TRABALHO.

3º - Colocar em prática imediatamente a visão, dentro do


possível. Não esperar que outros se levantem. Devemos
tomar a iniciativa de passarmos a visão a outros líderes,
pastores, e buscar de todas as maneiras colocar em prática
aquilo que o Espírito Santo nos revelou.

4º - É preciso sentir compaixão por crianças, órfãos, viúvas


e pobres. Precisamos servir na prática. O Espírito Santo
deseja restaurar a Igreja por completo e esta área também
está nos planos de Deus. Por muito tempo “jogamos” esta
tarefa para os católicos e espíritas.

5º - Criarmos planos ousados e mensuráveis, não basta


apenas lançarmos palavras do tipo: “MINHA CIDADE PARA
CRISTO”, e não se fazer nada; planos arrojados, alvos
mensuráveis, onde poderemos fazer uma avaliação dos
resultados. Deus honrará nossa fé e nossos alvos arrojados.

6º - Precisamos ir plantando, logo após arrancarmos


(Jer.1:10), à medida que vamos expulsando demônios,

42
tomando os despojos. Precisamos plantar a PALAVRA, firmar
bem as estacas, caso contrário o inimigo retomará o terreno
conquistado.

7º - Exercitarmos o amor – vencer o mal com o bem, (Rom.


12:20-21). Esta é uma das armas mais poderosas neste tipo
de guerra. Os inimigos não são as pessoas, e sim, Satanás
e seus demônios.
As bruxas, feiticeiras, presos, drogados, ladrões, são
alvos do amor de Cristo, eles não são inimigos, SÃO VÍTI-
MAS.

B – COMO FAZER

O que apresentaremos agora não é uma regra defini-


tiva, apenas um plano de trabalho inicial. Deus mesmo irá dar
as estratégias necessárias para os Seus soldados de acordo
com cada necessidade específica. Cada cidade tem uma
história diferente da outra; às vezes, uma experiência serve
a um grupo e não serve a outro;por isso pedimos a sabedoria
necessária, a dependência do Espírito Santo, e o estudo
diligente para colocar em prática este trabalho.

1º - TER SEMPRE EM MENTE O ALVO

a) – DESTRUIR O TRONO DO DIABO


(Ag. 2:21-22, Is. 47:1 e Apoc. 18:1-2)

É preciso destruir o trono de Satanás, para se tomar


posse da cidade, conquistando-a para Cristo.

43
b) – EVANGELISMO EM MASSA
(Multidões de almas salvas).

2º - PREPARAÇÃO

A.) FORTE TRABALHO DE INTERCESSÃO

a.1) Intercessão Antes (preparando);

a.2) Intercessão Durante (executando);

a.3) Intercessão Depois (consolidando os resultados).

Para a Guerra Espiritual em qualquer nível de comba-


te mas, especialmente no nível estratégico é preciso de
muita intercessão.
Deus tem levantado muitos ministérios de interces-
são no mundo e sabemos que é para a Guerra Espiritual.
INTERCESSÃO é a BASE, a PAREDE, e o TELHADO,
para não dizer que é o jardim, os muros, a calçada, etc.

“e busquei dentre eles um homem que levantasse o


muro, e se pusesse na brecha perante Mim por esta terra,
para que Eu não a destruísse,porém a ninguém achei”.
(Ezequiel 22:30)
“Pede-me e Eu te darei as nações por herança, e as
extremidades da Terra por possessão”. (Sal. 2:8)

A intercessão é uma das armas mais eficazes neste


tipo de trabalho.
Não vamos nos deter neste tópico, pois existem vários
estudos conceituados na área de intercessão.

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b) MARCHAS DE ORAÇÃO

“Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo dei,


como disse a Moisés”. (Jos. 1:3)
“Quão formosos sobre os montes são os pés do que
anuncia as boas-novas, que proclama a paz, que anuncia
coisas boas, que proclama a salvação, que diz a Sião: O teu
Deus reina!” (Is. 52:7)

3º - ESTRATÉGIA DE GUERRA

a) FAZER O MAPEAMENTO ESPIRITUAL DA CIDADE


(Ez. 4)

a.1) Alistar as áreas geográficas onde as trevas operam


com maior intensidade. Os espíritos territoriais reinam sobre
diversos setores. São base de Satanás na cidade: templos,
lojas maçônicas, terreiros, centros espíritas, clubes de jogos,
locais de sacrifícios, cemitérios, terrenos baldios, locais de
lixo, casas de prostituições, etc.

a.2) Cindy Jacobs, diretora do Ministério Generals of


Intercession nos EUA, e assessora na área de Intercessão
na Aglow International, usa o seguinte questionário:

1) Por que (como) sua cidade (Nação) foi fundada?


2) Quem foram os fundadores?
3) O que eles planejavam para esta(s) cidade(s)?
4) O que as pessoas dizem a respeito delas mesmas
(Orgulho)?

45
5) Que tipos de músicas as pessoas gostam?
6) Que tipo de arte há na cidade e onde está sendo exibida?
7) Onde foram construídos os edifícios? Alguns tem estátuas
na frente (sensualidade, etc.)?
8) Como é a arquitetura e o local dos prédios?
9) Como foi introduzido o evangelho na região?
10) Ensinaram apenas tradição? Ou coisas que amarram?
11) Que organizações secretas há na cidade?
12) Atributos da cidade? O que a cidade celebra? O nome da
cidade?
Cremos que esta lista pode ser aumentada:
13) A quem a cidade foi dedicada? (Santo/padroeiro)?
14) Comércio que predomina?
15) Há algum tipo de exploração? (profissional, sexual, no
solo, etc.)
16) Há algum tipo de proteção ilegal? (jogatina, corrupção,
plantação, extração ou venda de drogas, etc...)
17) Há muitos pobres, menores abandonados, viúvas,
bêbados, prostitutas, homossexuais?
18) É cidade turística? Que tipo de turismo? O que atrai?
19) ETC...

b) LUTAR DE TODAS AS MANEIRAS PELA UNIDADE DOS


PASTORES
Os pastores são os líderes da cidade, foram levanta-
dos por Deus, para liderarem o rebanho de Cristo, e como diz

46
Peter Wagner3 “eles são os porteiros espirituais da cida-
de”. É preciso assegurar a unidade espiritual dos pastores e
de outros líderes. (I Pe. 5:1-2; At. 20:17-38). Temos percor-
rido muitas cidades, falando sobre este assunto, e temos
visto como o Espírito Santo tem tocado nos corações dos
pastores e uma unidade tem sido estabelecida pelo próprio
Espírito Santo. Muitas “Ordens de Pastores” têm sido criadas
em várias cidades. É preciso investir em oração, paciência e
tempo. Sem unidade é praticamente impossível se fazer
Guerra Espiritual.
(no capítulo seis falaremos melhor sobre este assunto).

c) TER CONSCIÊNCIA PLENA E TRANSPARENTE QUE A


GUERRA ESPIRITUAL NÃO É TAREFA DE UMA
IGREJA OU DENOMINAÇÃO, E SIM DE TODO O
CORPO DE CRISTO.

Às vezes uma determinada Igreja local, já tem como


ministério específico a área de Guerra Espiritual a nível solo,
e poderá cair no erro de pensar que é mais capacitada que
as demais para este tipo de trabalho. Isto é um perigo MUITO
grande, é preciso ter muita sabedoria neste ponto, contando
com todo o corpo, não importando se são pentecostais,
tradicionais, históricos, etc. Esta obra é do CORPO DE
CRISTO. Se não houver sabedoria, iremos “espantar” os
irmãos que irão junto conosco realizar esta obra do Senhor.

d) PREPARAÇÃO ESPIRITUAL
Esta preparação precisa ser feita a nível pessoal e
coletivo.
3
Wagner, C. Peter Oração de Guerra, Editora Unilit 1992, pág. 161

47
Em Josué lemos: “Santificai-vos, porque amanhã farei
maravilhas no meio de vós”.
O arrependimento, o quebrantamento e a dependên-
cia do Espírito Santo, bem como a obediência à Palavra, são
armas infalíveis contra as ciladas de Satanás. Oração, jejum
e total consagração ao Senhor, devem fazer parte da vida
daqueles que estão envolvidos na Guerra Espiritual. (II
Crôn.7:14)

e) TRABALHAR COM UMA EQUIPE DE


INTERCESSORES CHAMADOS POR DEUS
PARA ESTE MINISTÉRIO

Nem todos são chamados para ser intercessores em


Guerra Espiritual em Nível estratégico. Muitas vezes a vitória
vai depender das revelações que estes irmãos irão nos
fornecer. Estes intercessores são verdadeiros “guerreiros” e
precisam ser honrados, e incentivados nesta tarefa tão
delicada.

O TRABALHO DOS INTERCESSORES

Damos a seguir um esboço de como fazer Guerra


Espiritual num determinado local.

1º - No local: Declarar o Senhorio de Cristo;

2º - Intercessão: Identificação com os pecados do local.


(Súplica por perdão. Ex.: Neemias, Daniel);

48
3º - Abençoar o Local: Orando – pelos - políticos,

- líderes,

- igreja;

4º - Guerra: Expulsar em nome de Jesus, os demônios


que predominam no local. (É preciso esta informação);

5º - Proclamar a vitória em Nome de Jesus e o controle do


Espírito Santo.

49
CAPÍTULO QUATRO

FECHANDO AS
BRECHAS PARA
FAZER A GUERRA
“Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo,
anda em derredor, rugindo como leão, e procurando quem
possa tragar” (I Pedro 5:8)

“Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe


deste mundo; e ele nada tem em Mim” (João 14:30)
(grifo do autor)

“Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha


no seu voar, assim a maldição sem causa não encontra
pouso”
(Provérbios 26:2)

50
Várias são as brechas que o inimigo usa para destrui-
ção.
Satanás anda “em redor” do crente procurando uma
base legal para entrar na vida deste e causar toda a sorte de
estragos.
O apóstolo Pedro em sua carta pede aos crentes que
vivam em constante estado de “alerta”; sabemos que o
nosso inimigo não descansa, já ouvimos muitas vezes a
ilustração cômica que Satanás só não tem um defeito: não é
preguiçoso. Até onde isto é verdade é questionável, porque
ele é o pai de todo o mal, de todo o pecado, e a preguiça é
também sua filha, mas encontramos um fundo de verdade,
porque sabemos que o Diabo leva a guerra a sério, muito
mais que os crentes de um modo geral. Biblicamente falando
ele precisa encontrar lugar na vida das pessoas para agir,
precisa encontrar permissão para entrar, aí está a nossa
responsabilidade de nos posicionarmos em vigilância cons-
tante.
No segundo texto citado no início deste capítulo,
Jesus se prepara para entregar Sua vida voluntariamente;
ninguém a tomaria de Suas mãos, não havia base para
Satanás matá-Lo, Ele não cometeu pecados portanto não
poderia morrer, por isso falou: “... ele nada tem em Mim...”.
A Bíblia diz que a maldição sem causa não encontra pouso, é
preciso então aprender bem depressa a fechar as brechas de
nossas vidas para que o Diabo não venha requerer direito
legal para atuar contra nossas vidas.
Com relação ao assunto “FECHAR BRECHAS”, preci-
samos enfocar dois aspectos importantes:

∗ BRECHAS: como indivíduo;


∗ BRECHAS: como igreja.

51
A – FECHANDO AS BRECHAS COMO INDIVÍDUOS

Nunca poderemos perder de vista que ao fazermos


Guerra Espiritual, estamos lutando ao mesmo tempo contra:
a carne, o mundo e contra Satanás. Ao fazermos guerra,
tanto a nível de solo, de ocultismo ou estratégico, estamos
lutando contra Satanás, suas hostes e contra o mundo que
está debaixo de sua influência. Assim precisamos saber
cuidar muito bem do problema da CARNE. O inimigo não
perde oportunidades; ele ataca de várias maneiras e usa
todos os métodos para procurar derrotar-nos. Portanto é
preciso também, diariamente, levar a carne sob disciplina.
“Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo a submissão,
para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a
ficar reprovado”. (I Cor.9:27)
Apesar de Paulo estar falando aqui do corpo físico, é
muito provável que esteja também falando de uma vida
espiritual disciplinada, como volta a falar em Filipenses 1:27:
“... vida digna do Evangelho de Cristo...”
A Bíblia nos garante que a carne já não tem mais
domínio sobre nós.
“Sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucifica-
do com Ele (Cristo), para que o corpo do pecado fosse
desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado” (Rom. 6:6).
A carne precisa ser crucificada e isto não se refere,
evidentemente ao corpo em si, pois o nosso corpo é templo
do Espírito Santo (I Cor. 3:16). Paulo fala de uma natureza
que quer assumir o controle de nossas vidas assim que Lhe
dermos a menor oportunidade. O único meio de não
andarmos na carne é andarmos no Espírito. Encontramos na carta

52
de Paulo aos Gálatas, uma listagem de obras da carne e o
oposto, ou seja, o fruto do Espírito.

“Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de


cumprir a cobiça da carne.
Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra
a carne; e estas se opõem um ao outro, para que não façais
o que quereis.
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo
da lei.
Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a
prostituição, a impureza, a lascívia,
a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os
ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos,
as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhan-
tes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos
preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino
de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a
longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade,
a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não
há lei.
E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com
as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espí-
rito” (Gal.5:16-25)

Ainda tratando deste assunto, Paulo em sua carta aos


Efésios, apresenta a santidade cristã como oposição aos
costumes do mundo, e isto tendo em consta que Paulo está
escrevendo uma carta sobre Guerra Espiritual, convém me-
ditarmos mais um pouco nestas exortações:

53
“Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não
mais andeis como andam os gentios, na vaidade da sua
mente,
Entenebrecidos no entendimento, separados da vida
de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu
coração;
Os quais, tendo-se tornado insensíveis, entregaram-se à
lascívia para cometerem com avidez toda sorte de impureza.
Mas vós não aprendestes assim a Cristo.
Se é que O ouvistes, e n`Ele fostes instruídos, conforme
é a verdade em Jesus.
a despojar-vos, quanto ao procedimento anterior, do
velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do
engano;
a vos renovar no espírito da vossa mente;
a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi
criado em verdadeira justiça e santidade.
Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade, cada um
com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros.
Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a
vossa ira;
nem deis lugar ao Diabo.
Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe,
fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha que
repartir com o que tem necessidade.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só
a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que
ministre graça ao que a ouvem.
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual
fostes selados para o dia da redenção.
Toda a amargura e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia
sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia.

54
Antes sede bondosos uns para com os outros, compas-
sivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus
vos perdoou em Cristo.” (Ef. 4:17-32)

Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados;


e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se
entregou a si mesmo por nós,como oferta e sacrifício a Deus,
em cheiro suave.
Mas a prostituição, e toda sorte de impureza ou cobiça,
nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos,
nem baixeza, nem conversa tola, nem gracejos inde-
centes, coisas essas que não convém; mas antes ações de
graças.
Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou
impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino
de Cristo e de Deus.
Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por
estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobedi-
ência.
Portanto não sejais participantes com eles;
Pois outrora éreis trevas,mas agora sois Luz no Senhor;
andai como filhos da luz
(pois o fruto da luz está em toda a bondade, e justiça e
verdade),
provando o que é agradável ao Senhor;
e não vos associeis às obras infrutuosas das trevas,
antes, porém, condenai-as;
porque as coisas feitas por eles em oculto, até o dizê-las
é vergonhoso.

55
Mas todas estas coisas, sendo condenadas, se
manifestam pela luz, pois tudo o que se manifesta é luz.
Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te
dentre os mortos, e Cristo te iluminará.
Portanto, vede diligentemente como andais, não como
néscios, mas como sábios,
usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são
maus.
Por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja
a vontade do Senhor.
E não vos embriagueis com vinho, no qual há devas-
sidão, mas enchei-vos do Espírito,
falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espi-
rituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,
sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome
de nosso Senhor Jesus Cristo,
sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.
(Ef.5:1-21)

Os soldados são treinados no quartel e enviados para


o campo de batalha, preparados para defenderem sua
pátria. Os soldados de Jesus Cristo têm também um
treinamento a ser feito. Cremos que isto é uma tarefa da
igreja local e tem muito a ver com a disposição do guerreiro;
antes de sair para enfrentar o inimigo, é preciso estar bem
preparado.
Não podemos atribuir ao inimigo nossas derrotas e
nossos fracassos; o segredo está dentro de nós mesmos,
em nossa própria vontade; obedecer ou desobedecer a

56
Deus, andar na carne em constante derrota ou vivermos uma
vida vitoriosa na dependência do Espírito Santo de Deus.
Pela fé e com disposição, façamos como Jesus,
quando o inimigo se aproximar: “Porque vem o príncipe
deste mundo, mas ele nada tem em Mim.” (João 14:30)

B – FECHANDO AS BRECHAS COMO IGREJA

Como corpo, o desafio é bem maior, são muitos os


desafios que a Igreja enfrenta para poder neutralizar as
forças das trevas nas cidades.
A igreja precisa cumprir sua missão de uma maneira
integral.
Deus tem levantado vários ministérios e cremos que
estes ministérios se completam e não são exclusivos, nem
portadores de toda a revelação. A Igreja como corpo tem
todos os dons e tem também em funcionamento, todos os
ministérios, mas como grupo local ou ministério específico,
não, um completa o outro, um vai aonde o outro não vai; e
assim Deus vai fazendo cumprir todo o Seu Conselho (Atos
20:27).
Muito embora nem todos os ministérios sejam para
todos, cremos que um em particular é para todos os crentes,
e por sua vez, responsabilidade de toda a Igreja local.
Evidentemente que uma pode ter mais ou menos responsa-
bilidades que outra, à critério de Deus e das oportunidades
que Ele mesmo prepara. Estamos falando com relação ao
“MINISTÉRIO DE SOCORRO AOS NECESSITADOS”.
Quando falamos de necessitados, estamos falando
particularmente dos pobre, viúvas e órfãos. Temos passado
muito tempo defendendo uma falácia satânica: “nossa pre-
ocupação é somente a vida eterna, por isso, não fazemos

57
nada com relação ao indivíduo carente”. Aí muitas vezes,
cometemos o desatino de encaminharmos as pessoas para
as casas de caridade católicas e espíritas, e ainda batemos
no peito como bons fariseus e dizemos: - “eles só querem
matar a forme; não querem nada com o evangelho”.
Nesta época de pré-arrebatamento, o Espírito Santo
está restaurando a Igreja, colocando todas as coisas nos
seus devidos lugares e uma delas é o trabalho bíblico de
socorro aos pobres, viúvas e órfãos.

Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz


como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão,
e à casa de Jacó os seus pecados.
Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber
os Meus caminhos; como se fossem um povo que praticasse
a justiça e não tivesse abandonado a ordenança do seu Deus,
pedem-me juízos retos, têm prazer em se chegar a Deus!,
Por que temos nós jejuado, dizem eles,e Tu não atentas
para isso? Por que temos afligido as nossas almas, e Tu não
o sabes? Eis que no dia em que jejuais, prosseguis nas
vossas empresas, e exigis que se façam todos os vossos trabalhos.
Eis que para contendas e rixas jejuais, e para ferirdes
com punho iníquo! Jejuando vós assim como hoje, a vossa
voz não se fará ouvir no alto.
Seria esse o jejum que Eu escolhi? o dia em que o
homem aflija a sua alma? Consiste porventura, em inclinar a
cabeça como junco e em estender debaixo de si saco e
cinza? chamarias tu isso jejum e dia aceitável ao Senhor?
Acaso não é este o jejum que escolhi? que soltes as
ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo?

58
Que deixes ir livres os oprimidos, e soltes as ataduras do jugo?
Porventura não é também que repartas o teu pão com
o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? que
vendo-o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?
Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura
apressadamente brotará; e a tua justiça irá adiante de ti; e a
glória do Senhor será a tua retaguarda.
Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e
Ele dirá: Eis-me aqui.
e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito;
então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será
como o meio dia.
O Senhor te guiará continuamente, e te fartará até em
lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um
jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca
falham.
E os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas;
e tu levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás
chamado reparador da brecha, e restaurador de veredas
para morar.
Se desviares do sábado o teu pé, e deixares de pros-
seguir nas tuas empresas no Meu santo dia; se ao sábado
chamares deleitoso, ao santo dia do Senhor, digno de honra;
se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem te
ocupando nas tuas empresas, nem falando palavras vãs;
então te deleitarás no Senhor, e Eu te farei cavalgar
sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu
pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse.
(Is. 58:1-4)

Esse texto sagrado é tremendo, fala de uma maneira


poderosa aos nossos corações. Fala das obras que fazemos

59
ao Senhor, mas que não têm valor algum, fala dos sacrifícios
que Ele não pediu, fala mais, e fala muito, fala o que Deus
deseja do Seu povo: “soltar ligaduras, desfazer ataduras
do jugo, deixar livre o oprimido, repartir o pão, recolher o
pobre, cobrir o nú!
Isaías apresenta todas as questões com relação
ao “trabalho” do Senhor, mas, o que vemos em muitos
lugares e sendo praticado por muitas pessoas é o Senhor
ausente deste trabalho. O profeta apresenta a vontade de
Deus, o sacrifício que Deus quer para então responder aos
clamores do povo e conceder a estes a vitória, e acima de
tudo, a Sua presença (a Glória do Senhor). O texto fala ainda
de conquistas, e classificando o obediente de REPARADOR
DE BRECHA (v. 12).
Para se fechar a brecha, é preciso se colocar em
prática este ensino.
Onde estão os pobres, as viúvas e os órfãos? – nas
cidades. E quem representa o Altíssimo nas cidades? A
IGREJA !!!
É muito importante obedecer à Palavra do Senhor. (I
Sam. 15:22)
Há muitas passagens na Bíblia, tanto no Velho como
no Novo Testamento, mostrando a preocupação de Deus
para com os pobres. Citaremos apenas algumas:

“Mas Deus livra o necessitado da espada da boca


deles, e da mão do poderoso. Assim há esperança para o
pobre; e a iniqüidade tapa a boca.” (Jó 4:15-16)
“Porquanto os pobres, sempre os tendes convosco; a
Mim, porém, nem sempre Me tendes” (Mat. 26:11)
“Zaqueu porém, levantando-se disse ao Senhor: Eis
aqui, Senhor, dou aos pobres, metade dos meus bens; e se

60
em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo
quadruplicado” (Luc. 19:8)

“recomendando-nos somente que nos lembrássemos


dos pobres; o que também procurei fazer com diligência”
(Gal.2:10)

“a religião pura e imaculada diante de nosso Deus e


Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e
guardar-se isento da corrupção do mundo.” (Tiago 1:27)

Ainda dentro deste quadro, queremos voltar os nos-


SOS olhos para o órfão e o menor abandonado, porque este
é um dos grandes males do nosso país e cremos que, fonte
de muitas maldições.
Satanás entrou nos lares para destruir com toda a sua
fúria, e ele tem colocado os pais contra os filhos e vice-versa.
Nesta sua fúria ele tem como objetivo, destruir uma geração,
a geração da última colheita, a geração que vai receber
Jesus.
Ele ataca os lares dos crentes, ele ataca moças
induzindo-as a pecar na área sexual, levando-as a terem
relações sexuais fora do casamento e em seguida, estimu-
lando-as a abortarem ou abandonarem seus filhos. O Diabo
está “investindo” muito nas crianças do mundo, e em
especial do Brasil, trazendo uma desgraça nunca vista.
Deus ama o menor abandonado. Ele tem levantado
muitos ministérios para atuar nesta área. Sabemos por
profecias, que Deus irá levantar um Grande Exército nos
últimos dias; todo ele formado por jovens. O Diabo tem
tentado frustrar este plano, mas, a Igreja de Cristo há de
impedir este domínio.

61
A situação em nosso país em relação aos órfãos e
menores abandonados é assustadora. Realmente é terrível,
e sabemos que isto é uma grande brecha que precisa ser
fechada pela Igreja de Cristo. Muitos ministérios têm se
levantado, mas ainda é pouco; precisamos encarar este
desafio de frente, temos fechado os olhos para esta realida-
de, pensando que pelo fato de não vermos o problema
ficaremos isentos diante de Deus. Engano. Poderemos até
enganar muita gente, mas duas pessoas NUNCA consegui-
remos enganar: o Diabo e Deus. O Diabo espera nossa
omissão, para agir impune, à vontade. Deus espera a nossa
CONSAGRAÇÃO para reverter esta situação.
Outro problema, ainda que menor, mas não deixa
também de apresentar uma certa gravidade, é o relaciona-
mento entre pais e filhos nestes dias, até mesmo no meio do
povo de Deus. Entre os incrédulos a coisa já fugiu do
controle, mas o mal já está entrando dentro das Igrejas. Os
filhos, por culpa dos pais, estão tomando o controle da
situação e com isso, quebrando os princípios da Palavra,
causando grandes guerras dentro de casa, e muitos lares
estão com relacionamentos quebrados: BRECHA PARA O
DIABO ENTRAR (Mal. 4:5-6).

Precisamos urgentemente fazer algo, e este algo é o


“converter” à Palavra, aos princípios de Deus para a família.
Tem acontecido, lamentavelmente, o inverso: ao invés de
sermos modelo para o mundo, ele é que tem influenciado
terrivelmente nossas famílias, entrando no nosso meio pela
televisão, vídeos, revistas, músicas profanas, etc.; pensa-
mos que estamos fazendo um bem para os nossos filhos,
mas na realidade os estamos entregando nas mãos de
Satanás, e quase sem oferecer resistências.

62
Muitos crentes são liberais e pensam que isto é ótimo,
dizem que não são fanáticos, não querem seus filhos “bito-
lados”, dizem que o tempo é outro, etc. Realmente o tempo
é outro “É TEMPO DE GUERRA”,e se não fizermos algo bem
depressa, o Diabo irá roubar a nossa BÊNÇÃO, nossa
HERANÇA, nossa SEMENTE (Sal. 127 e 128), e por
consequência, nossa paz e nossa comunhão com Deus;
ficaremos prostrados na beira do caminho, como soldados
que caem antes da guerra começar, inúteis, infelizes.

GUERREIROS DE CRISTO, REAGÍ !!!

TOCAI A TROMBETA EM SIÃO !!!

63
CAPÍTULO CINCO

RECURSOS FINANCEIROS
PARA SE FAZER
GUERRA ESPIRITUAL

Falar sobre finanças nestes dias é entrar em assunto


polêmico, onde se discute se Deus é dos pobres ou dos ricos,
se a “Teologia da Prosperidade” é bíblica ou não, e vai por
aí a fora.
Todo extremo é perigoso, e o que iremos tratar neste
capítulo é algo muito importante e equilibrado com relação
aos recursos de que precisaremos nestes dias de “guerra”.
A Palavra de Deus é rica em ensinos nesta área e se formos
sensíveis ao Espírito Santo, Ele, indubitavelmente, nos

64
conduzirá com sabedoria por caminhos seguros e nos levará
“à fonte de Suas riquezas”, e a obra não irá parar por falta de
dinheiro, porque quem nos chamou para a Guerra foi JEOVÁ-
SHABAOTH, o Senhor dos Exércitos, e Ele também JEOVÁ-
JIRÉ, o Deus que provê, portanto, mãos à obra, vamos em
busca do tesouro.
Antes de mais nada, queremos deixar como pano de
fundo para este capítulo a experiência do povo judeu quando
de sua saída do Egito. O povo estava saindo de um cativeiro
de mais de quatrocentos anos, depois de crises violentas
com o Faraó; humanamente falando seria impossível sair
com tantos recursos como foi o caso. No modo de falar
popular diríamos: “só o fato de sair, já seria grande lucro”,
mas o que ocorreu é que DEUS INTERVIU NA SITUAÇÃO
E AQUELE POVO SAIU RICO DO EGITO (Êx. 12:35-36). A
realidade é que precisamos de dinheiro e sem ele não é
possível se fazer nada de prático.A Igreja precisa de recursos
para entre outras coisas suprir as suas necessidades
missionárias; dar aos pobres, e socorrer Israel com seus
filhos; e Deus que é o Senhor da prata e do ouro vai
providenciar tudo o que precisamos.
O assunto RIQUEZA, é ainda muito mal entendido
pelos crentes, e a ignorância neste área só tem trazido
prejuízos para o corpo de Cristo. Mas, o Espírito Santo tem
trazido luz sobre muitas coisas a este respeito, e neste
capítulo, vamos tentar mostrar algumas verdades e princípios
bíblicos.

I – A QUEM PERTENCEM AS RIQUEZAS

“Segundo o pacto que fiz convosco, quando saístes do


Egito, e o Meu Espírito habita no meio de vós; não temais.

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Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez,
daqui a pouco, e abalarei os céus e a terra, o mar e a terra
seca.
Abalarei todas as nações; e as coisas preciosas de
todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o
Senhor dos Exércitos.
Minha é a prata e Meu é o ouro, diz o Senhor do
Exércitos.
A glória desta última casa será maior do que a da
primeira, diz o Senhor do Exércitos, e neste lugar darei a paz,
diz o Senhor dos Exércitos” (Ag.2:5-9)

“Do Senhor é a Terra e a sua plenitude, o Mundo e os


que nele habitam” (Sal. 24:1)

Não é necessário gastar muito tempo para provarmos


que a Deus pertence tudo o que há no mundo e isto inclui o
ouro e a prata, e todos os recursos e riquezas naturais. Deus
criou o mundo de uma maneira maravilhosa, entregou-o ao
homem para que este o dominasse e governasse, mas o
homem passou o governo do Mundo às mãos de Satanás.
Foi necessário que Cristo Jesus retomasse o direito legal de
tudo, ao morrer na cruz do Calvário em nosso lugar.
Deus quis que Adão fosse dono de todas as coisas,
mas ao pecar ele perdeu esta autoridade. Jesus retomando
do Diabo entregou à Igreja o mesmo domínio que Adão tinha.
Deus, em Sua misericórdia, faz chover e traz o sol a
todos, tanto incrédulos como crentes, mas, é Pai somente
dos filhos. Assim tem para conosco um cuidado todo espe-
cial.
Lemos em Efésios, que já fomos abençoados com
toda sorte de bênçãos (Ef. 1:3), e isto inclui tudo o que

66
podemos imaginar que é uma bênção. Eu creio que esses
bênçãos registradas na Bíblia, incluem a parte financeira
também, senão vejamos:

“E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, se


ouvires a voz do Senhor teu Deus:
Bendito serás na cidade, e bendito serás no campo.
Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto do teu solo, e o
fruto dos teus animais, e as crias das tuas vacas e das tuas
ovelhas.
Bendito o teu cesto, e a tua amassadeira.
Bendito serás quando entrares, e bendito serás quando
saíres.
O Senhor entregará, feridos diante de ti, os teus inimi-
gos que se levantarem contra ti; por um caminho sairão
contra ti, mas por sete caminhos fugirão da tua presença.
O Senhor mandará que a bênção esteja contigo nos
teus celeiros e em tudo a que puserdes a tua mão; e te
abençoará na terra que o Senhor teu Deus te dá.
O Senhor te confirmará para Si por povo Santo, como te
jurou, se guardares os mandamentos do Senhor teu Deus e
andares nos seus caminhos.
Assim todos os povos da terra verão que és chamado
pelo nome do Senhor, e terão temor de ti.
E o Senhor te fará prosperar grandemente no fruto do
teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na
terra que o Senhor, com juramento, prometeu a teus pais
te dar.
O Senhor te abrirá o Seu bom tesouro, o céu, para dar
à tua terra a chuva no Seu tempo, e para abençoar todas as
obras das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém
tu não tomarás emprestado.

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E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só
estarás por cima, e não por baixo; se obedeceres aos
mandamentos do Senhor teu Deus, que Eu hoje te ordeno,
para os guardar e cumprir,
E não te desviando de nenhuma das palavras que Eu
hoje te ordeno, nem para a direita, nem para a esquerda, e
não andando após outros deuses, para os servires.
(Deut. 28:2-14)

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se


maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele
que for pendurado no madeiro;
para que aos gentios viesse a bênção de Abraão em
Jesus Cristo a fim de que nós recebêssemos pela fé a
promessa do Espírito” (Gal.3:13-14)
As bênçãos acima englobam todos os aspectos da
vida, não somente são bênçãos espirituais como muitos
afirmam, também pertencem à Igreja, porque as bênçãos de
Abraão vieram a nós por meio de Jesus Cristo e não somente
aos judeus como muitos incrédulos também afirma.
Todas as riquezas pertencem a Deus e Ele entrega ao
Seu povo estas riquezas para serem administradas com
sabedoria em prol do Reino.
Precisamos crer de fato que somos filhos de Deus,
somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Jesus Cristo.
Temos a facilidade de espiritualizarmos todas as coisas;
lançamos tudo para o céu e para o futuro; quando se fala em
bênção só se pensa em bênçãos espirituais. Afinal, o que
vem a ser bênçãos espirituais? Salvação? Sim! Paz de
espírito? Sim! Galardões no Céu? Sim! Seria somente isto?
Não que isso seja pouco, mas creio que Deus deseja ver

68
Seus filhos com saúde, bem empregados, alimentando-se
corretamente, tendo oportunidades de estudar e ter uma
vida digna.
Temos visto nas Escrituras que sempre que Deus fala
de bênçãos ao Seu povo, Ele fala de boas colheitas, de
chuvas para a terra, fala de ovelhas, plantações, esposa
abençoada, filhos abençoados, etc. É plano de Deus que
Seus filhos prosperem.

“Qual é o homem que teme ao Senhor? Este lhe


ensinará o caminho que deve escolher. Ele permanecerá em
prosperidade e a sua descendência herdará a terra”
(Sal. 25:12-13)

“PROSPERIDADE NÃO É ESBAMJAMENTO, NÃO É


ESNOBISMO, NÃO É SOBERBA, NEM FARTURA PECA-
MINOSA. A PROSPERIDADE QUE A BÍBLIA ENSINA É A
AUSÊNCIA DE NECESSIDADES, É O SUPRIMENTO DE
DEUS NA HORA CERTA. É O PRINCIPAL PARA A VIDA E
É TAMBÉM O EXCESSO QUE DEUS MANDA PARA SER
INVESTIDO NO REINO; O ÚNICO MOTIVO JUSTIFICÁ-
VEL PARA A RIQUEZA É QUE ELA DEVE SER NOSSA
SERVA E SER UTILIZADA NA OBRA DO SENHOR !!!”
O dinheiro é bom quando é servo. Como senhor ele
é tirano!!!

II – ONDE ESTÃO AS RIQUEZAS HOJE

Grande parte na mão dos ímpios (Sal. 73).


As riquezas estão nas mãos dos ímpios que têm
explorado o pobre, nas mãos manchadas de sangue; nas
mãos de donos de cassinos e outras casas de jogos.

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As riquezas estão nas mãos da falsa Igreja (Apoc.
18:1-24).
É do conhecimento de todos a riqueza que está nas
mãos da grande meretriz, a Babilônia; em alguns lugares de
nossa nação, as terras mais caras pertencem a ela, estão
debaixo de seu poder. Em nosso país as terras mais impor-
tantes estão nas mãos da “Santa Igreja” e de outras seitas
poderosíssimas no mundo, como por exemplo a do Rev.
Moon, e dos Mórmons. A terra é riquíssima, mas estas
riquezas ainda se encontram nas mãos dos ímpios, e isto
precisa mudar, para que a Igreja de Jesus Cristo venha a
realizar o que precisa nestes dias finais de história da Igreja.

COMO ELAS IRÃO RETORNAR

De várias maneiras. Deus mesmo estará tomando as


providências necessárias para que as riquezas da impiedade
venham para as mãos de Seu povo. Já temos visto coisas
incríveis nestes dias, milagres tremendos; é tempo de mila-
gres e a Palavra declara claramente que as riquezas das
trevas seriam usadas para cumprir os propósitos de Deus.
“Dar-te-ei os tesouros das trevas, e as riquezas
encobertas, para que saibas que Eu sou Senhor, o Deus de
Israel, que te chamo pelo teu nome” (Is. 45:3)
Deus toca nos corações dos poderosos para que
estes liberem os recursos para o povo de Deus “edificar” Sua
Casa (Esd. 1:5-11)
Ainda que as riquezas sejam das trevas no presente,
na realidade elas pertencem ao nosso Deus, Criador de
todas as coisas.

70
O povo estava saindo do cativeiro (Esd. 1), tinha sido
saqueado, e agora, Deus chama um ímpio de “Seu servo”,
porque ele seria instrumento nas mãos de Deus. Deus
haveria de lhe tocar o coração como já tinha feito no passado
com Faraó e o povo egípcio.
Uma das maneiras que Deus usou no passado e está
realizando nestes dias é transferir dos ímpios, tesouros para
Seus filhos, através de vários meios, e estes meios podem
ser: voluntários, vendas facilitadas, falências, etc.
Temos visto coisas maravilhosas no meio do povo de
Deus nestes dias. São aquisições impossíveis aos olhos dos
homens, mas sabemos que a mão de Deus tem sido favorá-
vel para com Seu povo.
Outros textos da Palavra de Deus mostram como o
que estamos falando é uma realidade dentro dos planos de
Deus.

“O homem de bem deixa uma herança para os seus


filhos; a riqueza do pecador porém é reservada para o justo”
(Prov. 13:22).

“Porque ao homem que lhe agrada, Deus dá sabedoria,


e conhecimento, e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para
que ele ajunte e amontoe, a fim de dá-lo àquele que agrada
a Deus, também isto é vaidade e desejo vão” (Ecl. 2:26).
Outra maneira que Deus irá fazer, é responder as
orações de Seus filhos e para isto precisamos reivindicar
corretamente.
Podemos pedir a conversão de pessoas ricas, empre-
sários, industriais, etc., e temos visto que isto tem acontecido
de uma maneira impressionante. Quando participamos dos

71
encontros dos “homens de Negócios”, ouvimos testemu-
nhos maravilhosos, de como Deus tem trazido para Sua
família pessoas de grande poder aquisitivo e como estes já
chegam “consagrados”, como o coração na obra, investindo
no reino de Deus.
Temos aprendido que devemos também reivindicar
grandes empresas e bancos para Cristo.
Encontramos em Mat. 22:4 a narrativa que o Senhor
está preparando uma grande festa de casamento, e sabemos
que a passagem está falando das “Bodas do Cordeiro”.
Aproximamo-nos da hora do Arrebatamento da Igreja; é a
última Grande Colheita, mas antes desta festa maravilhosa,
o Senhor irá abater “vacas gordas” (bancos, empresas). Deus
irá abater os bois, e teremos o suficiente para o que
precisamos. Ainda vamos pensar um pouco mais no texto
que vem a seguir:

“Quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a


Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípu-
los, dizendo-lhes:
Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis
uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a,
e trazei-mos.
e, se alguém vos disser alguma coisa, respondei-lhe: O
Senhor precisa deles; e logo os enviará.
Ora, isso aconteceu para que cumprisse o que foi dito
pelo profeta:
Dizei à filha de Sião: Eis que aí vem o teu Rei, manso
e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal
de carga.” (Mat. 21:1-5)
“Mas todo primogênito de jumento resgatarás com um
cordeiro; e, se o não quiseres resgatar, quebrar-lhe-ás a

72
cerviz; e todo primogênito do homem entre teus filhos resga-
tarás. (Êx. 13:13).
Jesus não salva jumentos, mas usa jumentos para
servi-Lo.
Jesus libertou jumentos para servi-Lo; as Companhi-
as, as Empresas, os Bancos, não se podem salvar, mas
podem servir aos filhos de Deus.
A Bíblia diz que se o jumento não fosse redimido teria
o seu pescoço quebrado, assim as empresas, se não
servirem ao Senhor, terão seus pescoços quebrados (falên-
cia).
Há vários testemunhos desta realidade, muitas em-
presas brasileiras serviram o inimigo fornecendo armas e
máquinas de guerra para serem usadas contra Israel e hoje
estão falidas. Poderemos ainda citar um determinado canal
de televisão que não abria as portas para o Evangelho e
entrou numa situação muito crítica enquanto o povo de Deus
orava. Hoje é um dos que mais favorece ao povo de Deus; há
um número muito grande de programas evangélicos em sua
programação diária.

PRECISAMOS ORAR POR GRANDES COMPANHIAS E


POR BANCOS PARA QUE AS QUE SERVEM A CRISTO
PROSPEREM, E AS QUE AINDA NÃO SERVEM,VENHAM A
SERVÍ-LO.

IV – QUAL A FINALIDADE DESTA


TRANSFERÊNCIA DE RIQUEZAS

À obra do Senhor. Sua glória, à execução de todos os


Seus planos e propósitos para a humanidade. Poderíamos

73
destacar detalhadamente muitas necessidades, mas
basicamente podemos resumi-las em três:

1º) SUPRIR AS NECESSIDADES MISSIONÁRIAS


DA IGREJA

Cremos que nestes dias o Espírito Santo está trazen-


do ao povo de Deus um novo “ARDOR” missionário; sabe-
mos que a volta de Cristo está às portas, e falta muita terra
ainda a ser possuída; é preciso que todas as igrejas
missionárias sejam supridas; não é um trabalho de apenas
uma denominação ou de Juntas Missionárias, mas igrejas
grandes e pequenas vão se envolver com missões como
nunca fizeram em toda a sua existência.

2º) RECURSOS PARA OS POBRES


(Viúvas e órfãos).

Como já falamos anteriormente, o Espírito Santo está


restaurando a Igreja do fim, restaurando os dons, ministéri-
os, louvor, e sabemos que está também restaurando o
serviço “diaconal”. Servir não só à mesa dos crentes, mas
socorrer os pobres. Temos visto como somos falhos nesta
área, há um grande desperdício em nossas comunidades,
quase não aproveitamos o nosso potencial.
Deus vai levantar grandes ministérios de socorro aos
pobres. São pessoas que se convertem e prestam serviços
gratuitos como médicos, dentistas, oftalmologistas, advoga-
dos, engenheiros, e outros tantos que podem dar um pouco
de seu tempo em prol do necessitado. Também pensamos

74
a respeito de nossos templos; eles ficam praticamente
desocupados a maior parte do tempo; poderiam ser usados
para creches, escolas, ambulatórios, etc.

3º) OFERTAS PARA ISRAEL

Temos orado para que Deus cumpra Sua palavra e


traga os judeus dos quatro cantos da terra e Ele tem respon-
dido nossas orações. Agora como fazer com tantos judeus
em Israel?
Há um pensamento que todo judeu é rico; e seria
muito bom se fossem, mas esta não é a realidade. Os judeus
têm voltado para Israel em grandes grupos e hoje as autori-
dades estão enfrentando um sério problema de mão-de-obra,
habitação, etc.
No primeiro ano da volta dos judeus, o governo
providencia tudo, dá toda assistência necessária, mas logo
depois de um ano, cada um fica responsável pela sua
manutenção total. Por isso há uma grande necessidade da
Igreja participar desta obra também.
Cremos que é esta atenção que todos os crentes
estão dando a Israel já é obra do Espírito Santo nos corações.
Nunca foram realizadas tantas caravanas, nunca tantos
estudos sobre Israel foram ministrados, isto é obra do Espí-
rito Santo. Alguns grupos que realizam caravanas à Israel já
partem com o objetivo também de ajudar a Israel. Devemos
abençoar com as orações e também com contribuições.
A Igreja foi abençoada pelos judeus, Jesus era judeu,
os Apóstolos eram judeus, os primeiros convertidos judeus,
a Igreja recebeu o Evangelho dos judeus, chegou a hora de
retribuir com amor tudo o que Deus nos entregou pelos
judeus!

75
V – QUEBRANDO A MALDIÇÃO DA TERRA

“Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos Meus


estatutos, e não os guardastes. Tornai vós para mim, e Eu
tornarei para vós diz o Senhor dos Exércitos. Mas vós dizeis:
Em que havemos de tornar?
Roubará o homem a Deus? Todavia vós Me roubais, e
dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas
alçadas.
Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a Mim
Me roubais, sim, vós, esta nação toda.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,para que haja
mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz
o Senhor dos exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do
céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos
advenha a maior abastança.
Também por amor de vós reprovarei o devorador, e ele
não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no
campo lançará o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos
Exércitos.
Todas as nações vos chamarão bem-aventurados; por-
que vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exerci-
tos.” (Mal. 3:8-12).

São vários os fatores que levam a terra a ser amaldi-


çoada, o pecado do homem trouxe maldições sobre a terra.
A desobediência à Palavra de Deus impede que as bênçãos
sejam liberadas. A Palavra diz em Deuteronômio que todas
as bênçãos estariam condicionadas à obediência à Palavra
(Deut. 28:1-14).

76
Após apresentar ao Seu povo uma lista enorme de
bênçãos, Deus afirma que estas viriam como resultado da
obediência à Sua Palavra; em seguida é apresentada outra
lista de maldições que atingiriam todas as áreas da vida do
indivíduo se este fosse desobediente à Lei Divina (Deut.
28:15). E até mesmo no final deste capítulo Deus relaciona
os males que haveriam de vir sobre os desobedientes.
Cremos que todos nós conhecemos a história de nosso País,
como foi descoberto, as influências recebidas, as obras das
trevas, cometidas em nosso solo, a escravidão, a exploração
do índio, o problema das terras, a dedicação satânica, a
padroeira, etc. Exemplos temos de sobra, para saber o
porquê da maldição sobre nossa economia, nossas finanças.
É preciso neutralizar a operação do devorador e este
só pode ser detido por Deus e ainda assim quando o povo
cristão cumpre a Palavra.
A maldição da terra é quebrada com os dízimos. Só os
crentes tem a chave para abençoar esta Nação.
O dízimo quebra a maldição do Devorador. Pelo
dízimo vem a bênção. É preciso orar para que os crentes de
todas as denominações abram os olhos e o coração, com
relação aos dízimos.
Precisamos interceder para ser quebrada a “maldi-
cão” sobre a economia do Brasil. Jesus já levou as “maldi-
ções” e liberou as bênçãos.

VI – O CAMINHO DA VITÓRIA PESSOAL DO


SOLDADO DE CRISTO

Alguns filhos de Deus vivem em miséria, escravos de


dívidas e com problemas financeiros terríveis; estão debaixo

77
de maldição e muitas vezes nem sabem o porquê da situa-
ção.
Apresentamos abaixo uma relação de algumas pos-
síveis causas que mantêm em cativeiro muitos servos do
Senhor.
- Não ser dizimista e nem ofertante liberal – (Mal. 3:8,
IICor 9:7; Prov. 3:9-10);
- Não semear a prosperidade – (Luc. 6:38).
- Ser desonesto [nos negócios, no trabalho, na Igreja,
na família] – (Luc. 16:10);
- Ser sonegador de impostos no geral (Mat. 22:21,
Rom.13:7); mesmo os impostos injustos precisam ser pagos
(Mat. 17:24-27), e isto é válido tanto para o rico como para o
pobre;
- Jogos de loteria (todo tipo), baralhos, rifas, roletas,
bingos, etc. Confiar no jogo de Satanás é abominação contra
o nosso Deus Jeová Jiré. – (Is. 2:6, Jer. 27:9, Miq. 5:12);
- Maldições familiares e adquiridas: falências,
fracassos, prejuízos ... – (Deut. 27:15-26, Deut. 28:15-68);
- Toda forma de exploração – (Tiago 5:1-6, Is. 58:6-14,
Tiago 1:27);
- Dívidas – (Rom. 13:8, II TIm. 2:4);
- Subornos – (Sal. 26:10).

Evidentemente que o caminho da vitória é o oposto do


que apresentamos acima. Assim, o primeiro passo é arre-
pendimento, busca do perdão de Deus e mudança de atitude
imediata. (II Crôn. 7:14).
Algumas decisões precisam ser tomadas imediata-
mente, tais como:

- Ser dizimista – (Mal. 3:10-12, Prov. 3:9-10);

78
- Semear em solo fértil – (Gal 6:6, ROM. 15:25-27, I Cor
9:11, II Cor. 8:1-9);
- Ser honesto – (Rom. 12:7; II Cor 8:21, Fil. 4:8, I Ped.
2:12);
- Ser cumpridor dos deveres – (I Cor. 4:1-2, I Tim 1:3,
Rom. 12:18);
- Não praticar nem participar de qualquer espécie de
jogo – (Is. 2:6, Jer. 27:9, Miq. 5:12);
- Quebrar as maldições de família, as maldições auto
impostas e as lançadas por outras pessoas – (Jo. 8:32-34,
Deut. 23:5, Prov. 26:2);
- Ser justo – (Luc. 6:38, Sal. 37:21, Sal. 146:8, Tiago
5:1-6, I Ped. 2:18-19, I Tim. 6:12);
- Não fazer dívidas – (Rom. 13:8, prov. 22:7);
- Não subornar – (Êx. 23:8, Ez. 22:12, Lc. 3:14, Deut.
16:19).
Esta relação pode ser aumentada de acordo com a
experiência de cada um e de acordo com as revelações de
Deus. Alistamos estas, apenas como ponto de partida, e
porque na realidade são os fatores principais.

DEUS DESEJA QUE SEUS FILHOS


VIVAM EM VITÓRIA, EM PROSPERIDADE.
“Bradem de júbilo e se alegrem os que desejam a
Minha justificação, e digam continuamente: Seja engrande-
cido o Senhor, que se deleita na prosperidade do Seu servo”
Sal. 35:27
“Ele permanecerá em prosperidade, e a sua descen-
dência herdará a Terra.” (Sal. 25:13)
“Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e
que tenhas saúde, assim como vai bem à tua alma.”
III João 2

79
CAPÍTULO SEIS

A UNIDADE DO CORPO
PARA A
GUERRA ESPIRITUAL
Para se fazer Guerra Espiritual em Nível Estratégico,
é necessário buscar-se de todas as maneiras a Unidade dos
Pastores e das Igrejas da cidade. A única maneira de serem
fechadas as brechas contra o Inferno é através da Unidade
do Corpo de Cristo – a Igreja.
A oração de Jesus era para que o corpo fosse um para
que o mundo pudesse crer que Ele fora enviado pelo Pai.
“E rogo não somente por estes, mas também pelos
que pela Sua palavra hão de crer em Mim; para que todos
sejam um;assim como Tu, ó Pai, és em Mim, e Eu em Ti, que
também eles sejam um em Nós; para que o Mundo creia que
Tu Me enviaste” (Jo. 17:20-21)

80
A Igreja se dividiu em várias denominações e não
queremos agora entrar no mérito da questão, sobre as
vantagens e desvantagens disso; precisamos, sim. tomar as
decisões práticas para resolver os problemas que estão
diante de nós no presente momento. É praticamente impos-
sível fazer-se Guerra sozinho, não é plano de Deus, apenas
para a igreja local ou para um Ministério; esta guerra é para
o CORPO DE CRISTO e isto precisa ser feito com um
trabalho conjugado e para que isto aconteça é preciso dar
passos objetivos em busca desse ideal bíblico.
A carta aos Efésios é considerada como um tratado de
Eclesiologia. Paulo fala sobre a Igreja como um corpo, não
apenas como uma comunidade local, e no capítulo quatro
temos ensinos tremendos sobre a unidade espiritual. (Efési-
os 4:1-16).
A Unidade da Fé é o padrão de Deus. Um reino
dividido não subsiste.
Um dos motivos que nos leva a crer que estamos
vivendo um momento singular, é a unidade dos pastores em
várias cidades.
Até bem pouco tempo atrás tínhamos somente o
modelo da Argentina, mas a medida que vamos percorrendo
cidades, temos visto que o Espírito Santo de Deus tem
realizado a Sua obra em vários lugares, isto é o sinal de Deus
para este tempo de Guerra Espiritual em Nível Estratégico.
A unidade espiritual não compromete a visão da igreja
local, não é a UNIÃO DAS IGREJAS e sim as IGREJAS EM
UNIDADE, o que é bem diferente. O Espírito está preparando
a Igreja, para que esta, em sua maturidade, esteja em
completa harmonia com os propósitos divinos. Podemos

81
viver em unidade e ao mesmo tempo mantermos as carac-
terísticas de nossa comunidade. Este desafio pode durar
algum tempo, mas é atingível.
Em nossos seminários de Guerra Espiritual que temos
realizado em diversos locais, temos visto que há um espírito
conciliador operando; em muitas cidades já foram criadas
ordens de pastores interdenominacionais; em outras, há
reuniões de oração dos pastores; outra idéia louvável que
temos visto é o encontro de pastores para um café mensal,
onde são discutidos os problemas comuns e as estratégias
para se ganhar almas na cidade; tudo mostra que estamos
caminhando a passos rápidos para a UNIDADE DO CORPO
DE CRISTO.

PARA SE FAZER GUERRA ESPIRITUAL, É


NECESSÁRIO
USAR AS ARMAS ADEQUADAS

BASES BÍBLICAS:-Ef.6:10-18, II Cor.10:3-5, Apoc.12:11, Sal.


91:11, Heb.1:14, Miq. 3:8, Ef. 4:3, Jo. 17:21.
* Toda a armadura de Deus!
* Armas Espirituais!
* Cobertura do Sangue de Cristo!
* Presença dos Anjos de Deus!
* Plenitude do Espírito Santo!
* Unidade do Corpo!

Deus está preparando algo de especial para os cren-

82
tes maduros, temos visto em várias partes do mundo uma
tremenda operação do Espírito Santo na vida da Igreja;
novos planos, novas estratégias e operações, precisamos
aceitar as mudanças do Senhor.
“ ...Nãos vos lembreis das coisas passadas, nem
considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova; agora
está à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um
caminho no deserto, e rios no ermo...” (Is. 43:18-19)
Quer queiramos ou não, devemos deixar as estrutu-
ras passadas e entrar em linha com a maneira de Deus. O que
era feito em um ano, agora é feito em um mês, e assim por
diante. Não podemos continuar a usar os métodos do
passado, (a não ser que funcionem); não se põe vinho novo
em odres velhos. Deus realiza uma obra no mundo, qual
nunca foi vista (I Cor. 2:9).
Somos conquistadores de cidades e povos. E uma
tarefa de tal magnitude não pode ser feita apenas por uma
igreja local e sim pelo corpo em unidade.
O tempo é acelerado, não há mais lugar para os
projetos medíocres, precisamos realizar grandes obras, Deus
já tomou todas as providências para que isto pudesse
acontecer; precisamos acordar do sono da morte, e “ver” os
dias em que estamos vivendo e tomar a decisão: obedecer.
Muitas vezes nós somos os maiores problemas, nós somos
o empecilho, o obstáculo para que a Igreja cresça; é preciso
coragem, decisão, intrepidez apostólica; não podemos ter
medo de tomar decisões arrojadas.
Segundo Edgardo Silvoso, diretor durante onze anos
das cruzadas de Luis Palau na Argentina, as igrejas que mais
crescem no mundo pregam: “Cristo crucificado” poder de
Deus e sabedoria de Deus!

83
É pregado o evangelho do poder, onde não há
impossíveis! É VISTO O PODER DE DEUS!!! Por sua vez, as
igrejas que não crescem pregam: “Não pode isso, não pode
aquilo, roupas, cabelo, moda, etc.” Vamos muito além das
escrituras em nossos preconceitos farisaicos. Porque Cristo
não transformou água em Coca-Cola? Ou em outro refrige-
rante qualquer? Porque o povo naquele momento precisava
de vinho! Quem iria a casa de um Zaqueu? Ou teria amizade
com uma prostituta? O preconceito nos barra às grandes
realizações.
Um preconceito terrível é o preconceito
denominacional. Achamos que somos os melhores, ou
talvez, os únicos donos da verdade!!! Este orgulho precisa
ser extirpado de nossas vidas. É preciso em primeiro lugar
pedir perdão a Deus e buscar imediatamente a reconciliação
com nossos irmãos. Graças a Deus temos visto isto aconte-
cer em muitas cidades, os pastores estão tomando esta
decisão sem precisar que ninguém fale, isto é obra do
Espírito Santo. Aleluia!
Profeticamente, estamos vivendo o período da FESTA
DAS TROMBETAS, e isto significa duas coisas:
1º Para o povo Judeu – é a chamada para o ajuntamento
(Nm10): as tribos deixariam seus lugares e se ajuntariam
para cumprirem um propósito (marcha, guerra, festa, etc.);
2º Para a Igreja – As diferenças denominacionais são supe-
radas. O povo de Deus se ajunta não como tribo, mas como
povo.
É interessante notar que a festa das Trombetas vem
depois de Pentecostes. Primeiro vem Pentecostes (batismo
no Espírito Santo). Isto já está ocorrendo no Mundo desde de

84
o início do século e depois vem Trombetas; é a unidade do
corpo que já está acontecendo em nossos dias e tudo como
preparação para a maior colheita de almas de todos os
tempos e em seguida o arrebatamento da Igreja.
É tempo do povo de Deus (Igreja) se unir e combater
o inimigo comum que é o Diabo, e deixar de lado as
diferenças pequenas que nos separam. Cada grupo local
pode ter seu modo de encarar determinadas coisas e isso
não é mal; o mal é permitir que estas pequenas diferenças
nos separem e dividam o Corpo de Cristo e nos tornem
vulneráveis ao enfrentarmos os principados e potestades
nas regiões celestiais que dominam as cidades. Surge
diante de nós uma grande oportunidade de Deus, e sem
dúvida alguma prestaremos constas dos talentos que temos
recebido.

85
CAPÍTULO SETE

OS CONQUISTADORES
DE CIDADES

Este é um tempo tremendo, é o tempo dos GUERREI-


ROS DE CRISTO, soldados chamados para a última batalha,
intercessores consagrados, infantaria ousada, artilharia des-
temida, comando especial para operações especiais.
(Is.13:2-13).
Os conquistadores de cidades são os crentes, levan-
tados nesta última geração que estarão unidos no combate
contra os principados, potestades e todas as hostes espiri-
tuais das maldades nas regiões celestes, fazendo Guerra
contra o inferno, no objetivo de tirar o domínio das trevas nas
cidades, conquistando-as para Jesus Cristo. Esta é verda-
deiramente a ERA DOS CONQUISTADORES.
O objetivo dos conquistadores é VENCER. Esta é a

86
palavra de ordem: vencer e vencer; nunca recuar, não dar
tréguas ao inimigo. Esses conquistadores irão se multiplicar
a cada dia. Deus tem planos para todas as cidades e o
inferno vai ter que recuar, pois é chegado o tempo da Grande
Vitória!
As sete cartas do Livro de Apocalipse, falando da
Igreja, fazem menção a VENCER e PROMESSAS. Se vencer
é tão importante na Bíblia em se tratando de Igreja, isso
merece uma atenção toda especial.
Em Jo. 16:33, Jesus usa a palavra “vencer” e esta
palavra tem o sentido de “conquistar”, “apropriar”, ou seja:
NICAO, no grego VIKAW que significa vitória permanente.
Precisamos aprender como vencer (atar, conquistar,
etc.), o HOMEM FORTE e neutralizar as forças do mal que
operam nas cidades, para que o Evangelho de Cristo possa
fluir livremente.
Precisamos saber que toda operação satânica só tem
apenas um objetivo: IMPEDIR QUE DEUS SEJA GLORIFI-
CADO, e para cumprir este propósito Satanás usa duas
estratégias:

1º) Tenta impedir que as almas sejam salvas,

2º) Procura fazer com que as pessoas tenham uma vida


miserável.
O exército de Cristo combate as trevas, glorificando a
Deus através das almas que vão sendo salvas e
conscientizando os crentes a viverem uma vida de vitória.
Isto a princípio parece uma coisa muito simples, mas não é;
é preciso fazer Guerra, “o Reino é implantado à força”.

87
I – NOSSO LUGAR NO EXÉRCITO DO SENHOR

Precisamos saber qual é a nossa posição no Exército do


Senhor para não darmos “socos no ar” (I Cor. 9:26).
Deus está preparando Seu Exército e você, sem
dúvida alguma, foi convocado para fazer parte dele; por isso,
é preciso saber onde será sua área de operação.
Um exército precisa de muitas personalidades dife-
rentes.
Davi tinha muitos soldados. Tinha também um grupo
especial de 30 Guerreiros que faziam coisas incríveis; e, tinha
ainda, três heróis que faziam coisas impossíveis. Quando um
exército tem heróis, estes inspiram outros, (Josué, Calebe,
Sansão, Davi, Judas Macabeus, Estevão, Paulo e tantos
outros!!!).
Quando falamos em “grupo especial” ou “heróis”,
não queremos dizer que Deus prefere uns a outros, ou que
determinados crentes são melhores do que outros; estas
separações obedecem planos de Deus; algumas pessoas
são preparadas para trabalhar em lugares difíceis; outros
com ministérios especiais; nem todos podem operar bem
nestas áreas, mas alguém precisa fazer este serviço. Deus
convoca, capacita e envia. O campo de Guerra é vasto e
diversificado, portanto é necessário especialistas em cada
área. Outro fator que serve para tirar qualquer dúvida quanto
a isto é que a Bíblia diz que o poder de Deus se manifesta
em nossa fraqueza (II Cor. 12:9).
Nesse exército é preciso de espiões, para saber
informações sobre o inimigo (Num. 13). Hoje muitas igrejas
tem enviado crentes preparados para participarem de en-
contros de Nova Era, etc. Particularmente já fui muito
abençoado com informações preciosas sobre trabalhos de

88
Nova Era trazidos por irmãos que enviamos para um trabalho
de espionagem. Hoje tenho livros e literaturas que muito me
ajudam na Guerra Espiritual.
É preciso atalaias (Ez.33, que cuidem da guarda
enquanto parte do exército dorme. Nossa luta é ininterrupta,
estamos preparando uma estratégia para o final dos tempos,
e isto requer dos crentes atuação vinte e quatro horas por
dia, enquanto uns dormem outros vigiam.
É preciso profetas no exército. Muitas vezes o Rei só
sai para a guerra depois de receber orientações dos profetas
de Deus.

“Então, tendo os oficiais acabado de falar ao povo,


designaram chefes das tropas para estarem à frente do povo”
(Deut. 20:9)

Os oficiais são os líderes responsáveis em treinar o


povo de Deus para a Guerra. Jesus é o único General e Ele
mesmo escolhe no Seu Exército, oficiais para conduzirem o
Seu povo na luta.
Os líderes são importantes porque agem debaixo de
autoridade e podem exercer autoridade; líderes sobre outros
líderes e assim por diante. Estas pessoas são responsáveis
pelos seus liderados, e os preparam da melhor maneira
possível.
O exército precisa de comandantes responsáveis por
determinadas áreas (Heb. 11:32-34).
Nesse Exército de Cristo também há o grupo da CRUZ
VERMELHA, que não usa armas, mas cuida dos feridos da
guerra. São ministérios específicos de reconciliação e
recuperação de guerreiros feridos, curando-os, preparando-os e
enviando-os novamente aos campos de batalha.

89
No Exército de Cristo também é preciso levitas, os
músicos, cantores; eles cantam os hinos de guerra, os
louvores do Rei, e têm ministério parecido com o dos anjos:
não aparecem, para não atrapalhar a marcha do Exército.
Na Guerra Espiritual a Igreja participa em parte; a outra
grande parte é realizada pelos anjos de Deus; eles têm
seus campos de batalha específicos.
Algumas passagens das Escrituras nos mostram a
realidade da guerra e acima de tudo nos ensinam como nos
preparar para tal. (Jud. 14:15, Apoc. 19:11:21, ...)
“Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os
vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis;
vencerão também os que estão com Ele, os chamados, e
eleitos, e fiéis” (Apoc. 17:14).

Nas passagens acima estão relatadas batalhas futu-


rãs em que Cristo estará à frente do Seu Exército e nós os
remidos do Senhor estaremos juntos nestas batalhas finais.
É preciso um Exército de Intercessores. Deus tem
levantado em vários lugares do mundo, ministérios na área
da intercessão e cremos que esta é a parte mais importante
na luta, “o funcionamento dos intercessores”. Eles são os
responsáveis pelas grandes vitórias do Exército de Deus.
Antes de entrarmos na luta “corpo a corpo” é preciso o
trabalho preliminar dos intercessores.
Os intercessores trabalham antes, durante e de-
pois, e por esse motivo é que entendemos ser este o
ministério mais importante dentro da Guerra Espiritual.
Como já falamos no capítulo seis, o importante é que
o exército esteja unido. No primeiro livro de Samuel 14,
versos 6 a 13, vemos que Jônatas e seu escudeiro trabalha-
vam juntos. Outro exemplo encontramos em Joel 2:7-11.

90
O Exército do Senhor é formado por soldados que não
se embaraçam com as coisas deste mundo e estão
ocupados em obedecer Àquele que os alistou. (II Tim. 2:3-4)
Estes soldados estão sempre ocupados com a boa
peleja, conquistando a vitória diante de muitas testemunhas (I
Tim. 6:12).

SOOU A TROMBETA, O SENHOR CONVOCA


PARA A GUERRA OS SEUS CONQUISTADORES!!!

91
CAPÍTULO OITO

JERUSALÉM
O ÚLTIMO DESAFIO
No decorrer dos séculos, Jerusalém tem sido o alvo dos
muitos conquistadores que apareceram na história da huma-
nidade. Foi invadida muitas vezes, saqueada, o seu povo
levado cativo, suas mulheres foram violadas, seus velhos
humilhados, e tantas outras coisas foram feitas pelos
conquistadores. O povo judeu nunca teve sossego, nunca
pode descansar uma noite sem a preocupação e o sobres-
salto de um ataque repentino do inimigo, desde o início de
sua história. Jerusalém é o ponto de confronto, é campo de
guerra, sua história começou assim e muito ainda irá
acontecer, e sabemos que a batalha mais gloriosa ocorrerá
no final da Grande Tribulação, quando cercada e invadida
pelos exércitos inimigos, o próprio Príncipe da Paz virá nas
alturas e pisará o Monte das Oliveiras trazendo o livramento

92
definitivo de Seu querido povo. Mas antes desse dia tão
glorioso da chegada do Messias a Israel outro exército
estará invadindo Jerusalém: são os atalaias fiéis, os interces-
sores, aqueles que não dão descanso ao Senhor e não
descansam enquanto Jerusalém não for colocada como
objeto de louvor na terra. JERUSALÉM É O ÚLTIMO DESA-
FIO DOS CONQUISTADORES DE CIDADES; após
Jerusalém virá o arrebatamento da Igreja e daí pro diante não
poderemos fazer mais nada até que voltemos com Cristo no
dia maravilhoso da Sua Segunda Vinda (Is. 62:1-7).
Todas as profecias do Senhor estão se cumprindo ao
pé da letra, e todas elas se cumprem por causa das interces-
sões do povo de Deus; Deus tem um plano tremendo para
Israel. Já falamos em capítulo anterior que a Igreja tem uma
dívida a ser paga ao povo judeu e chegou a hora do
pagamento. Neste período de trombetas, neste momento
em que Deus está trazendo o Seu povo dos quatro cantos
da terra, é o momento do atuar dos guerreiros do Senhor;
Jerusalém nunca mais será pisada pelos gentios, nunca
mais será desolada, nunca mais será desamparada, chegou
o “até que...” de Deus, é chegada a hora da grande virada
na história, é chegada a hora da revelação. O povo Judeu já
está reconhecendo Cristo como o seu Messias; a comunida-
de de salvos e cheios do Espírito Santo em Israel cresce a
cada dia; ministérios têm prosperado tremendamente em
Israel, homens e mulheres que Deus tem chamado e levan-
tado no mundo para este ministério tem testemunhado as
maravilhas que Deus tem operado na Terra Santa.
Muitos ministérios estão promovendo e realizando
caravanas até Israel, apesar de que alguns tem apenas a
visão turística e de passeio, mas outros, em obediência ao
chamado do Espírito santo: vão para REMIR A TERRA.

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Nosso Ministério tem o grande desafio de levar a visão
de Conquista de Cidades a todas as cidades possíveis, e isto
inclui Jerusalém. A meta de nosso trabalho é: entrar numa
cidade, levar a visão, aos líderes, fazer a obra possível e
interceder por Jerusalém.
Os olhos do mundo estarão voltados para Israel
nestes dias de pré-arrebatamento. Os inimigos com planos
de morte e os crentes com planos de Paz. É preciso que a
Igreja de Jesus faça planejamentos objetivos e concretos
com relação à Israel. Neste grande empreendimento missi-
onário que a Igreja estará desenvolvendo, Israel tem priori-
dade.
Precisamos orar por Jerusalém (Sal. 122:6).
Orar pela paz, orar pelos irmãos e amigos, orar por
causa da Casa do Senhor. Temos que buscar o seu bem.
(Sal. 122:8-9).

O POVO DE DEUS CONCORDA COM SUA VONTADE E


DEUS TEM PLANOS MARAVILHOSOS PARA ISRAEL.

“Pois, Eu bem seis os planos que estou planejando para


vós, diz o Senhor; planos de paz e não de mal, para vos dar
um futuro e uma esperança. Então Me invocarei, e ireis, e
orareis a Mim, e Eu vos ouvirei.Buscar-Me-eis,e Me achareis,
quando Me buscares de todo o vosso coração” (Jer. 29:11-
13).
O propósito de Deus para Israel tem sempre depen-
dido de Sua própria iniciativa (Ez. 16:60-63), e também da
resposta de Israel. Em Deut. 28:1-14, bênçãos abundantes
são prometidas a um Israel obediente à Palavra e em segui-
da, maldições se o povo viesse desobedecer à Lei (Deut. 28:15-
68).

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Israel é um povo peculiar (Deut. 7:6).
Deus tem um plano especial para Israel.
Os judeus estão vindo de todas as partes do Mundo
de volta à sua terra; ali haverá um encontro especial com o
Senhor.
A Igreja será arrebatada e os judeus no início da
tribulação farão um acordo com o anticristo; no meio da
tribulação o homem da iniqüidade fará cessar esta aliança,
então acontecerá uma perseguição terrível contra Israel
porque este não irá adorar a imagem do anticristo. Serão dias
terríveis para o povo judeu, “dia de angústia de Jacó”, mas no
final da tribulação, as nações marcharão contra Israel na
batalha do Armagedom, e o Messias voltará e salvará Israel
deste terrível momento. Após um longo período de incredu-
lidade os judeus aceitarão Jesus como o seu Messias, eles
vê-lo-ão com seus próprios olhos e crerão (Zac. 12:9-10).
Após o livramento Israel será colocada como cabeça das
nações (Deut.28:13), será a capital do mundo, e Deus fará
uma nova aliança com Israel. 9Jer. 31:31-34).
Deus deu a Terra Prometida ao Seu povo por Sua livre
iniciativa e vontade, não pelos méritos do povo. Era preciso
dar um lugar, e Deus escolheu uma região singular, uma
encruzilhada entre a Ásia, a África e a Europa. Por isso o
mundo, quer queira ou não, tem que cruzar com este povo.
Os olhos de todos são cobiçosos com relação a esta terra,
mas ela pertence ao povo de Deus para sempre. É vital, é
exigência de Deus, não há acordo humano que possa mudar
isto, não há meios, ainda que o mundo não entenda, ainda
que muitos crentes não entendam, tem que ser assim porque
Deus o quer.
Deus garantiu solenemente que a posse da Terra
tinha caráter eterno para o povo judeu (Gn. 12:7, 15:18, Jos.
1:3)

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A conquista do povo de Deus é a garantia da terra nas
mãos dos judeus. Costumo dizer que estou sempre ao lado
dos judeus em qualquer situação. Sabemos que, como
homens, eles são falhos; sabemos que para entrar no céu é
preciso ser salvo, ninguém entra no céu por ser judeu; no céu
só entram crentes (Gal. 3:15-28), mas a Igreja é responsável
pelo cumprimento dos propósitos de Deus aqui na terra e
Deus tem um propósito especial para Israel.
Israel é a nação, Jerusalém é o coração. Esta é a
cidade do Grande Rei; um dia ela não conheceu a sua
visitação e foi destruída, mas hoje, como que um sonho, um
grande milagre de Deus, fez com que ela fosse reedificada
fisicamente, mas, há muito mais de Deus. Há planos eternos,
planos de salvação, planos de paz para dar a este povo,
definitivamente, um futuro e uma esperança. Creio que Deus
espera que Sua Palavra se cumpra integralmente e para
sempre:

“... e para os judeus houve Luz, e Alegria e Honra...”


(Esd. 8:16)

Deus colocou em meu coração o grande desafio de


Conquistar Cidades, e procuro obedecê-Lo indo às cidades
levar a visão e ajudar naquilo que me é possível.

“... Todo lugar que pisar a planta do vosso pé será


vosso, vo-lo-dei, como Eu disse a Moisés...” (Jos. 1:3)

Em cada cidade que entro, penso nela e em Jerusa-


lém. Em cada seminário que falo, falo de Jerusalém e não me
calarei, não posso me calar, não descansarei e nem darei ao

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Senhor descanso enquanto Jerusalém não for colocada
como objeto de louvor na Terra.

SOMOS CONQUISTADORES DE CIDADES PARA


CRISTO. ESTA REALMENTE É A NOSSA ERA, A ERA DOS
CONQUISTADORES !!!

MARANATA!

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