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Departamento de Mecânica
MOTORES TÉRMICOS
Discente:
Marcelino Waldy da Graça Pinto n.º 28072
Docente:
Eng.º António Taylor Corrente
Janeiro de 2011
"DIMENSIONAMENTO DE UMA TURBINA A GÁS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA DOMÉSTICA"
ÍNDICE
RESUMO .............................................................................................................................................................. 2
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 3
TURBINAS A GÁS .............................................................................................................................................. 3
OBJETIVO ............................................................................................................................................................. 7
ESTUDO DO CICLO TERMODINÂMICO .................................................................................................................. 8
AR COMO GÁS PERFEITO.................................................................................................................................. 8
MISTURA DE GASES........................................................................................................................................ 10
PROJECTO DA TURBINA ..................................................................................................................................... 12
DIMENSIONAMENTO DA PALHETA ................................................................................................................. 12
CONSIDERAÇÕES ............................................................................................................................................... 18
CONCLUSÃO ...................................................................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................................... 18
Marcelino Pinto 1
"DIMENSIONAMENTO DE UMA TURBINA A GÁS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA DOMÉSTICA"
RESUMO
Este trabalho tem como objectivo desenvolver o dimensionamento de uma turbina a gás para
potências na ordem das poucas dezenas de kW (podendo ser denominada como micro-turbina). Esta
micro-turbina tem como aplicação doméstica, isto é, a geração de energia elétrica em residências
utilizando o gás natural (disposto em garrafas ou canalizado). Apesar do conjunto micro-turbina
compreender o compressor, câmara de combustão e a turbina, o foco será sobre o estudo termodinâmico
do ciclo e sobre a turbina.
Dentro disso, será analisado o rendimento e o trabalho líquido do ciclo, bem como as
características técnicas e dimensionais do projecto (dimensões e geometria) das palhetas da turbina e os
efeitos do escoamento dos gases sobre estas.
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INTRODUÇÃO
TURBINAS A GÁS
O termo turbina a gás é mais comumente empregado em referência a um conjunto de três
equipamentos: compressor, câmara de combustão e turbina propriamente dita. Esta configuração forma
um ciclo termodinâmico a gás, cujo modelo ideal denomina-se Ciclo Brayton, concebido por George
Brayton em 1870.
Este conjunto opera em um ciclo aberto, ou seja, o fluido de trabalho (ar) é admitido na pressão
atmosférica e os gases de escape, após passarem pela turbina, são descarregados de volta na atmosfera
sem que retornem à admissão.
A denominação turbina a gás pode ser erroneamente associada ao combustível utilizado. A
palavra gás não se refere à queima de gases combustíveis, mas, sim ao fluido de trabalho da turbina,
que é neste caso a mistura de gases resultante da combustão. O combustível em si pode ser gasoso,
como gás natural, gás liquefeito de petróleo (GLP), gás de síntese ou líquido, como querosene, óleo
diesel e até mesmo óleos mais pesados.
Ciclo Brayton
O ciclo Brayton é um ciclo ideal, uma aproximação dos processos térmicos que ocorrem nas
turbinas a gás, descrevendo variações de estado (pressão e temperatura) dos gases. O conceito é utilizado
como base didática e para análise dos ciclos reais, que se desviam do modelo ideal, devido a limitações
tecnológicas e fenômenos de irreversibilidade, como o atrito.
O ciclo se constitui de quatro etapas figura 1. Primeiramente, o ar em condição ambiente passa
pelo compressor, onde ocorre compressão adiabática e isentrópica, com aumento de temperatura e
conseqüente aumento de entalpia. Comprimido, o ar é direcionado às câmaras, onde mistura-se com o
combustível possibilitando a queima e o aquecimento, à pressão constante. Ao sair da câmara de
combustão, os gases, à alta pressão e temperatura, se expandem conforme passam pela turbina,
idealmente sem variação de entropia. Na medida em que o fluido exerce trabalho sobre as palhetas,
reduzem-se a pressão e temperatura dos gases, gerando-se potência mecânica. A potência extraída
através do eixo da turbina é usada para accionar o compressor e eventualmente para accionar outros
orgãos de máquinas. A quarta etapa não ocorre fisicamente, se tratando de um ciclo
termodinâmico aberto. Conceitualmente, esta etapa representa a transferência de calor do fluido para o
ambiente.
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"DIMENSIONAMENTO DE UMA TURBINA A GÁS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA DOMÉSTICA"
Desta forma, mesmo se tratando de um ciclo aberto, parte da energia proveniente da combustão é
rejeitada sob a forma de calor, contido nos gases quentes de escape. A rejeição de calor é um
limite físico, intrínseco ao funcionamento de ciclos termodinâmicos, mesmo nos casos ideais, como
define a segunda lei da termodinâmica.
A perda de ciclo ideal pode ser quantificada pela potência proveniente do combustível,
descontando-se a potência de acionamento do compressor e a potência líquida. Assim, diminui-se a
perda à medida que se reduz a temperatura de escape e se eleva a temperatura de entrada da turbina, o
que faz da resistência, a altas temperaturas, das partes da turbina um ponto extremamente crítico na
tecnologia de construção destes equipamentos.
Turbinas aeronáuticas
Turbinas a gás são amplamente empregadas na propulsão de aviões e outros tipos de aeronaves.
Isto se deve principalmente a característica de alta densidade de potência, em relação a outras máquinas
como motores de combustão interna. Ou seja, as turbinas a gás geram maiores potências comparadas a
maquinas de mesmo peso, o que é vantajoso, uma vez que a redução do peso das aeronaves acarreta em
maior eficiência e capacidade de carga.
Existem diferentes configurações de turbina aeronáuticas. Por exemplo, em turbinas do
tipo turbojacto, o eixo, movimentado pela turbina propriamente dita, apenas aciona o compressor. Em
útima análise, através do bocal, o restante da potência útil é consumida na aceleração dos gases,
responsável pelo empuxo gerado.
Outros tipos de propulsores (turbohélices ou turbofans) também baseados em ciclos a gás têm o
eixo acoplado a hélices ou ventiladores que impelem parte do ar por by-pass, ou seja, sem que o mesmo
passe através da turbina. Nestes casos, o empuxo se deve em parte aos gases de escape da turbina e em
parte ao fluxo de ar externo.
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Turbogeradores
Figura 5. Turbina a gás GE série H, para geração
elétrica, de potência de 480 MW em ciclo combinado.
Introdução técnica
As turbinas a gás apresentam uma solução alternativa viável técnica e economicamente na
geração de energia elétrica devido a sua maior razão potência / peso, oferecendo maior facilidade na
logística do conjunto, custo inferior ao de motores alternativos e menor gastos com matéria prima.
Além disso, as micro-turbinas oferecem grandes atractivos para aplicações em geração
distribuída. Além de emissões de NOx relativamente pequenas, baixa manutenção, tamanho reduzido e
operação silenciosa, as microturbinas possibilitam aplicação em pequenos sistemas de co-geração.
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OBJETIVO
Este trabalho destina-se ao desenvolvimento de um projecto de dimensionamento de uma micro-
turbina a gás com potência em algumas poucas dezenas de kW para ser aplicada, dentre outras formas,
na geração de energia elétrica para residências, utilizando como fonte de energia o gás natural
disponibilizado comercialmente para uso doméstico.
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C Mn P S Si Ni Cr Mo
TRATAMENTOS TÉRMICOS
TÊMPERA
Recozimento ºC Normalização ºC
ºC MEIOS
780 / 800 860 / 900 840 / 880 ÓLEO
A seguir estão descritas, de forma resumida, algumas fórmulas finais envolvidas no estudo sem
regenerador:
.
Trabalho do Compressor:
Trocador de Calor:
Trabalho Líquido: " !
!
$%
Rendimento do Ciclo: #
+&
- ./.
& '() *+ .) ,( - ./
/.12*
'(3 *3 4- 5 2.) (
Figura 8. Diagrana T-s do ciclo da turbina a gás (em cima), com regenerador (em baixo)
Marcelino Pinto 9
"DIMENSIONAMENTO DE UMA TURBINA A GÁS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA DOMÉSTICA"
Apartir desta análise, assumindo-se para o projecto uma determinada eficiência de 90% (C=
90%; T=90%) para a turbina, compressor e para o regenerador, obtém-se o rendimento máximo do ciclo
ηt a uma razão de pressão de p2/p1, do gráfico da figura 7. Nestas condições o trabalho líquido é retirado
da figura 6, à mesma eficiência.
Para a obtenção da razão de compressão p2/p1 utilizou-se as propriedades para o ar como gás
perfeito, porém para o cálculo da vazão mássica de ar do ciclo, será considerado o ar como gás não-
perfeito, o que leva a novas expressões de diferenças de entalpia para o trabalho e para a troca de calor.
Designadas como:
Trabalho do compressor: 67 6(
Trabalho da turbina: 68 69
Calor Fornecido: :; 68 6<
Desta forma, em função da potência limite estimada =>, a vazão mássica de ar é calculada da
seguinte forma:
=>
=> ?>@A . B C ?>@A
B
MISTURA DE GASES
Até este ponto do projecto as grandezas foram analisadas em cima de um Ciclo Padrão Ar, Gás
Perfeito e Gás não Perfeito. A partir de agora será estudado um caso onde leva-se em conta a entrada de
combustível no sistema, o que se aproxima do funcionamento na prática.
O combustível considerado é o Gás Natural (GN), o qual, para efeito de estudo, será considerado
apenas metano (CH4). Este gás representa cerca de 90% da composição total do gás natural.
Com a entrada do combustível ocorre uma reação estequiométrica de combustão (1kmol de GN –
sem excesso de ar) na câmara:
CH4 + 2 (O2 +3,76 N2) → CO2 + 2 H2O + 7,52 N2
Conhecendo-se as proporções de CH4 e O2 a partir da reacção acima, é possível obter a relação
Ar / Combustível da mistura: AC=17,2 kg de ar / kg de GN.
Compressor
Como no compressor há apenas a passagem de ar, o trabalho específico é calculado com o uso da
equação anterior:
67 6( . D!
Turbina
Já nesta parte do ciclo existe a passagem da mistura dos gases provenientes da combustão
ocorrida na câmara, portanto é necessário aplicar a 1 ª Lei com o valor das propriedades diferentes em
relação as utilizadas no ciclo padrão de Ar:
E. 6F G . 6H I G . 6J E E. 6F G . 6H I G . 6J E
&KLMMN OKP7Q,8N
Onde c é a fracção mássica (?>SJ ).
Para que seja possível comparar todas as grandezas envolvidas, é necessário que fiquem na
mesma unidade, kJ / kg de GN. Logo, deve-se converter o trabalho da turbina da seguinte forma:
T D! G 1.
Sendo assim o trabalho líquido do ciclo fica:
B
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Calor Fornecido
Aplicando-se a 1ª Lei, balanço de Energia, e tomando como volume de controle a câmara de
combustão, estaria sendo mantida a base de comparação estabelecida até o momento através da vazão
mássica de ar obtida anteriormente. Então, pode-se obter o calor fornecido assim:
4E. 6F G . 6H I G . 6J E 5. ?UV
> G ?>FWX ?>UV . 6Y
&KLMMN
:;
?>FWX
Utilizando a vazão mássica de ar ?@A > e com a relação AC em kg ar / kg GN , obtém-se o fluxo
de metano:
W>
?>SJ @Z[ \ ]^ ?_`a _\b^c?\d b^e^c?ac :; , d]fdee]b\ ?>SJ ?>FWX .
B
Sendo assim, o rendimento do sistema será:
#
:;
Dessa maneira, conclui-se o estudo do ciclo termodinâmico da turbina a gás, o qual pode ser
resumido na tabela 2:
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PROJECTO DA TURBINA
Nesta fase do projecto, a turbina propriamente dita foi projectada, de formas a encontrar as
dimensões adequadas, o número necessário de pás e o tamanho do rotor, a fim de atender às exigências
necessárias de potência. Além disso, será dimensionado o bocal que antecede a turbina, o qual possui um
papel importante na aceleração do escoamento. Um detalhe importante é que o escoamento deverá ser
subsônico, a fim de se evitar a formação de ondas de choque.
Para melhor compreensão no dimensionamento, nos basearemos num esquema (Figura 9),
bastante simples que permitirá ter uma melhor ideia da disposição dos elementos.
DIMENSIONAMENTO DA PALHETA
Para o projecto da turbina deve ser estudado o escoamento através das passagens entre as
palhetas, o qual terá como fundamento principal a teoria de “triângulo de velocidades”, o que pode ser
visualizado pela figura 9 que representa um diagrama vectorial com as velocidades absolutas e relativas
onde V1 representa a velocidade do fluido que entra na passagem entre as palhetas e α indica o ângulo
segundo o qual ele entra. Já V1R representa a velocidade relativa do fluido que entra na passagem e β o
ângulo segundo o qual ele entra. Analogamente, V2 e V2R representam a velocidade absoluta e a
velocidade relativa do fluido que sai segundo os ângulos δ e γ, respectivamente.
Cálculo de V1
Aplicando-se a 1ª Lei da Termodinâmica tomando como Volume de Controle o bocal e como a
área na entrada é muito maior que na saída (A0>>A1), o que leva a uma velocidade V1 >> V0 ≈ 0, pode-
se encontrar a velocidade do fluido em sua saída (V1) através da seguinte expressão:
g( h2 6M 6(
Cálculo de VB
Até ao momento foi analisado a cinemática na entrada e na saída da turbina do ponto de vista do
fluido, agora é necessário que se tenha algumas informações sob a óptica da turbina, o que nos leva a
encontrar a velocidade tangencial VB da palheta. Para a seguinte relação se verifica a maior eficiência
para um estágio de reacção:
gk 1
, \b^ g h2 6M 67 , `\m\ gk g(
g √2
g( g(A d^ q
C g(A g( .
d^180 p d^q d^ p
Substituindo a equação de V1R em M1, monta-se uma tabela, na qual pode-se selecionar os
ângulos alfa e beta que ofereçam uma configuração geométrica que mantenha Mach subsônico (M1 < 1).
Nas tabelas a seguir, os resultados mostrados são referentes a ângulos possíveis (α<β). Usando a
expressão, obtêm-se também os diversos valores para V1R em função da configuração geométrica.
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d^ q
d^ p
Alfa (α)
10 20 30 40 50 60 70 80 90
10 1 1,969616 2,879385 3,701666 4,411474 4,987242 5,411474 5,671282 5,75877
20 0,507713 1 1,461902 1,879385 2,239764 2,532089 2,747477 2,879385 2,923804
Beta (β)
Da mesma forma como foi estudado o adimensional Mach e a velocidade relativa na entrada,
pode-se realizar os mesmos arranjos matemáticos no triângulo de velocidades na região de saída da
turbina e obter a seguinte expressão para a velocidade do fluido em relação a palheta V2R (referencial
móvel sobre a palheta) a partir da figura 9:
gk
g7A
d^ y z
O número de Mach na saída da turbina (M2) pode ser encontrado de forma análoga à M1:
u)
r7 uvwx
, \b^ gsFW7 ht7 . j . 7
Substituindo a equação V2R e M2 e com o auxílio do Excel, monta-se uma tabela que oferece
referências entre o Mach e os ângulos γ e δ do triângulo de velocidades na saída da turbina, podendo
assim defini-los:
1 gk 1 1
r7 . C . , ^ g7A .g
d^ y z gsFW7 d^ y z d^ y z k
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Tabela 4. Valores possíveis de Mach e da velocidade relativa do fluido na saída da turbina em relação
aos ângulos δ e γ. De referenciar que este valores M2 e V2R ficam sujeitos a S e VB, respectivamente.
Gama (γ)
10 20 30 40 50 60 70 80 90
10
20 5,75877
Delta (δ)
30 2,923804 5,75877
40 2 2,923804 5,75877
50 1,555724 2 2,923804 5,75877
60 1,305407 1,555724 2 2,923804 5,75877
70 1,154701 1,305407 1,555724 2 2,923804 5,75877
80 1,064178 1,154701 1,305407 1,555724 2 2,923804 5,75877
90 1,015427 1,064178 1,154701 1,305407 1,555724 2 2,923804 5,75877
Para selecionar os ângulos adequados ao projecto, além do escoamento ser subsônico (M<1),
outros critérios devem ser levados em consideração. Um deles é a suavidade dos ângulos a fim de não
haver descolamento da camada limite.
Outro critério é a obtenção de uma eficiência do estágio, a qual é definida por:
A partir desta equação, obtêm-se os valores da eficiência do estágio em função dos ângulos γ e δ,
conforme mostrado na tabela a seguir.
Gama (γ)
10 20 30 40 50 60 70 80 90
10 3,879385 2,137158 1,652704 1,420277 1,278066 1,177363 1,098326 1,031091
20 1 8,290859 3,532089 2,347296 1,815207 1,504748 1,293128 1,132474
Delta (δ)
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h2 . 67 6( G r7 . gsFW7 7
C r(
gsFW(
Tendo em conta a boa suavidade de contorno e a efiiciência, da tabela 6, os valores que mais
se enquadram são δ = 90° e γ = 20°, para, {|}~ = (0,132474), verifica-se que M2 = (1,064178). Além disso,
obtém-se também V2 .
Usando-se a equação anterior obtém-se o valor de M1. Consequentemente chega-se aos valores
de α, β e V1R, pela tabela 3. Os valores obtidos para os ângulos e números de Mach terão que atender aos
critérios pré-estabelecidos na altura média da palheta.
.2 gk .60
gk . jW C jW
60 .2
Rext = Rm + h e Rint = Rm - h
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Tabela 6. Resumo das grandezas relacionadas ao triângulo de velocidades nas extremidades da palheta
e no meio
Posição Palheta
α =(Topo, Meio, Raiz) β = (Topo, Meio, Raiz) ∆ =(Topo, Meio, Raiz) γ = (Topo, Meio, Raiz)
Velocidade dos Gases na entrada (m/s)
V1 =
A partir destes dados, pode-se gerar o perfil das palhetas, o qual vem ilustrado pela figura a
seguir representando o “twist” devido à diferença entre os ângulos para cada altura diferente de palheta.
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CONSIDERAÇÕES
Os bocais devem ter excelente resistência à oxidação e corrosão, alta resistência à fadiga térmica.
Além disso, devem ser relativamente fáceis de serem soldados (para manufactura e reparos) e fundidos.
Uma liga adequada seria a de cobalto (que possui resistência superior a altas temperaturas se
comparadas com as ligas de níquel), com baixo teor de carbono (aumentando a soldabilidade) e um teor
relativamente alto de cromo (aumentando a resistência à corrosão/oxidação).
Os parâmetros mais importantes para a seleção de materiais das palhetas da turbina são a tensão
de ruptura, fluência, fadiga cíclica, fadiga térmica, tensão de escoamento, ductilidade, resistência à
corrosão e oxidação, além de propriedades físicas. Para a fabricação da palheta, seria recomenda a
utilização de uma liga de níquel ou cobalto, utilizando a técnica de solidificação direcional, o que
aumentaria a resistência à fluência.
CONCLUSÃO
Com os parâmetros obtidos da análise termodinâmica do ciclo inteiro, partiu-se para um estudo
mais detalhado da turbina em si. A turbina foi dimensionada de modo a atender aos requisitos de
potência do projecto.
Foram analisados os triângulos de velocidade tomando três pontos diferentes ao longo da altura
de uma palheta. O critério principal para a escolha dos ângulos foi uma boa eficiência de estágio.
Para as dimensões da turbina propriamente dita, em função do valor de potência e as
aproximações relevantes, o conjunto todo que compõe a micro-turbina deve ter um volume apropriado
para ser utilizado em uma residência.
Além disso, foi feito um breve estudo sobre os materiais utilizados em uma turbina e chegou-se a
uma conclusão de que para os bocais e palhetas móveis, seria bastante interessante o uso de algumas
ligas de cobalto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• KRIEGER, G. Centrais Termoelétricas a Gás - 1997;
• DONADIO, Diego L. S. ; Projeto de uma Câmara de Combustão para Micro-Turbina a gás a
partir de um conjunto turbo-compressor pré-existente; Trabalho de Formatura de graduação em
Eng. Mecânica – Escola Politécnica USP;2004 – São Paulo.
• LEE, J. F. Theory and Design of Steam and Gas Turbines. McGraw-Hill Company, Inc., 1954
• http://www.acositapema.com.br/esp_tecnica.asp
• http://www.poli.usp.br/d/pme2599/2008/Artigos/Art_TCC_002_2008.pdf
• 5ª Edição Termodinâmica Yunus A. Çengel Michael A. Boles
• http://es.wikipedia.org/wiki/Turbom%C3%A1quina
• http://www.em.pucrs.br/lsfm/SistFlumec/Exemplos/Poligonos/Exer-Poligonos.htm
• MATAIX, Claudio. Turbomáquinas Hidráulicas. Editorial ICAI
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