Dra. Andrea Dario Frias Pós-doutora em Nutrição pela USP Coordenadora do Centro de Pesquisa Sanavita
Entre os 30 e 35 anos de idade, a massa óssea do homem e da
mulher alcança o limite máximo. Após essa idade, a perda de massa óssea começa de forma lenta e gradual para ambos os sexos, entretanto esse processo se acelera quando a mulher chega à menopausa. Nos 5 a 6 anos seguintes à menopausa, as mulheres perdem o dobro de massa óssea (3% a 4% ao ano) em comparação aos homens da mesma idade (1% a 2% ao ano). A perda excessiva leva à osteoporose, doença caracterizada pelo aumento no risco de fraturas da coluna vertebral, da bacia, colo do fêmur e punhos, podendo causar dores constantes, imobilização forçada no leito e, como conseqüência, má qualidade de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 em cada 4 mulheres terão osteoporose após a menopausa. No sexo masculino, a incidência é menor: 1 em cada 8, depois dos 60 anos.
A prevenção é uma arma poderosa no combate à perda de massa
óssea. No que diz respeito à alimentação, o consumo de alimentos ricos em cálcio e vitamina D é extremamente importante, principalmente para quem já chegou ao 50 anos. Se a dieta não contempla esses componentes, uma suplementação torna-se necessária. Outro ponto importante é a atividade física regular.
Atividades como caminhar, correr ou pular corda, combinadas com
exercícios de força como a musculação, são capazes de tornar os ossos muito mais propensos a reter cálcio. Todas as pessoas, independente da idade, devem fazer algum tipo de atividade física regular.
Tomar sol é fundamental para manter bons níveis de vitamina
D no organismo. Muitas pessoas produzem cerca de 20.000 UI dessa vitamina com apenas 20 minutos diários de exposição, cem vezes mais do que o recomendado pela medicina. Quem não toma sol com freqüência deve fazer um teste de 25 hidroxivitamina D: níveis ótimos são acima de 50 ng/ml (125 nM/L).