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CIS

04-04-08
Suporte Básico de Vida
Quando ocorre subitamente um acidente ou doença, há um conjunto de meios de acção
que envolvem vários procedimentos para restabelecer a normalidade.

1. Prevenção - no sentido de vermos se o que aconteceu não nos pode afectar


2. pedir auxílio, dar o alerta
3. agir, chamar o 112

Conjunto de acções a ser tomadas = Plano de acção de Socorristas (PAS)

SIEM (Sistema Integrado de Emergência Médica):

 Conjunto de intervenção activa pelos elementos hospitalares da comunidade,


programada de forma a possibilitar a acção rápida e eficaz, com economia de meios,
numa situação de emergência com objectivo do restabelecimento total da vítima.
 Representado pela Estrela da Vida
 Fases Fundamentais do SIEM:
1. Detecção da ocorrência da emergência médica
2. Alerta (através do 112)
3. Pré-Socorro/ 1º socorro
4. Socorro (+ avançado)
5. Cuidados de transporte
6. Tratamento hospitalar definitivo
6.1- Pode haver necessidade de ocorrer um novo transporte para uma
unidade hospitalar especializada
Nota: todas as acções são integradas para haver sucesso.

Pré-Socorro

 Envolve a detecção, o alerta e a estabilização inicial


 As nossas acções enquadram-se no PAS (plano de acção de abordagem
sistematizada da vítima; estabelece uma ordem para fazer as coisas).

Princípios do PAS:
1. Prevenir/Proteger
2. Alertar
3. Socorrer
Nota: corresponde às três primeiras fases do SIEM

Fase 1.
 Ter cuidado para não sermos nós uma vitima
 Prevenir a ocorrência de mais vítimas
 Prevenir e proteger a vitima para que esta não piore

Fase 2.
 A nossa acção é temporária até chegarem os méis adequados.

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 Devemos alertar alguém pois é muito cansativo fazer o socorrismo sozinho (quer em
termos físicos, quer psicológicos)
 Antes da assistência à vítima devemos SEMPRE proceder ao alerta geral.

Fase 3.
 Resultado depende da rapidez e da destreza
 Em caso de múltiplas vitimas é importante fazer uma triagem e definir prioridades.
Ou seja, devemos agrupar as situações conforme as prioridades:
1. Socorro essencial
2. Socorro Secundário

1. Socorro Essencial:

 Situação representada por ACHE:

A- Alterações cardio-respiratorias
C- Choque (ou outra situação de inconsciência)
H- Hemorragia
E- Envenenamento/ Intoxicação

2. Socorro Secundário:
 Fracturas
 Feridas
 Queimaduras
 ....
 Nota: estas situações precisam de vigilância constante porque a situação pode
agravar-se e evoluir para as situações representadas por ACHE.

Informações importantes:

 Informações mais Importantes a transmitir ao serviço de emergência:

1. numa de telefone (caso a chamada caia...)


2. local, com pontos de referencia
3. numero e estado geral da vítima
4. idade aproximada da vitima
5. descrição sumária da ocorrência
6. dizer que o pré-socorro ja foi feito
7. outras informações sobre factores agravantes como incêndio, explosão...

 Aproximação à vítima (como deve ser feita):

1. estar calmo e mostra inspirar à vitima confiança e espírito de colaboração


2. verificar o estado geral da vitima
3. eliminar os factores de risco e, se isto não for possível então
4. retirar a vítima do local de perigo (só em ultima análise porque pode ser
perigoso mexer na vítima)
5. manter-se próximo da vitima e estabelecer contacto físico, dar apoio
psicológico e não deixar transparece o nervosismo

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6. utilizar um discurso claro, pausado
7. identificar-se pessoalmente e, se aplicável, profissionalmente
8. pedir à vitima para se identificar, de forma a que possamos avaliada
neurológica e psicologicamente.
9. aguardar pelas respostas, sem pressionar demasiado a vitima a responder.
10. depois da identificação da vitima chama-la frequentemente pelo nome de
forma a captar a atenção
11. confortar a vitima e diminuir a sua ansiedade.

Exame Geral Da Vítima:


 Independente da causa
 avaliação sequencial do estado da vitima
1. exame primário (ACHE)
2. exame secundário (exames adicionais para pesquisa de
outras lesões).

1) No exame primário

 Avaliação do grau de consciência da vitima, abanando-a ligeiramente ao


nível dos ombros
 Caso obtenha resposta, devemos fazer perguntas direccionadas: como se
sente?, está a ouvir-me?...

 Exame aprofundado da vitima (ABCDE)

 A (Airway)- permeabilidade da via aérea (ver se há onjectos a obstruir a passagem


de ar)

 B (Breathing)- Função Ventilatoria

 C (Circulation)- Função cardio-respiratoria

 D (Disability)- estado de consciência/ função neurológica

 E (Exposure)- Exposição ao Ambiente

ABCDE (etapa a etapa):

A-
 Gestos rápidos
 Remoção com dois dedos em forma de pinça de objectos
 Extensão da cabeça (permite a entrada de ar)

B-
 Avaliar a função ventilatória segundo o VOS (ver, ouvir, sentir), durante 10seg
 V- Ver os movimento toraco-abdominais
 O- ouvir o ruído do transito de ar nas vias aéreas

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 S- sentir o ar expirado pela vítima, na sua face.

C-
 Ter em atenção o tipo de vitima (adulto ou criança)
 Adulto consciente: analisar o pulso circulatório no punho
 Adulto inconsciente: analisar o pulso carotídeo
 Bebé - pulso femoral ou umeral

D-
 Aprofundar o conhecimento à cerca do estado de consciência da vitima
 Abanar ligeiramente ao nível dos ombros
 Em caso de consciência clarificar o seu estado de acordo com a situação aparente ou
seguindo a escala AVDS

o Siruação aparente:
1. alerta ou vigil (lúcida e bem orientada no espaço e tempo)
2. combativa- agitada e se resiste quando se tenta acalmá-la
3. obnubilada- confusa, desorientada
4. letárgica- demora muito para se obter resposta

o AVDS
A- alertar
V- verbal
D- doloroso
S- sem resposta
E-
 protecção da vitima do contexto ambiental

2) Exame Secundário

 Pesquisar se há lesões
 Observar e palpar de uma forma ordenada:
1) Cabeça
2) Pescoço
3) Tórax
4) Abdómen
5) Membros inferiores
6) Membros superiores

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