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I. Elementos essenciais:
. legal: a quem a norma confere poderes para administrar bens alheios, como
os pais, em relação aos bens dos filhos menores (CC. art. 115, 1ª parte),
tutores quanto aos pupilos (CC. art. 1747, I), e curadores pelos curatelados
(CC. art. 1774)
. judicial: quando são nomeados pelo magistrado como o curador de herança
jacente, o síndico, o inventariante, caso em que temos uma representação
imprópria pois foge da noção de dupla vontade.
. convencional: quando se verifica o instrumento de mandato (CC. arts. 115,
art. 2ª parte, 653 a 692 e 120, 2ª parte).
. objeto lícito: a prestação deve ser lícita, ou seja, deve estar de conformidade
com a moral, os bons costumes e à ordem pública. Ilícitas são as convenções
que objetivem usura, contrabando, câmbio negro, e etc. Ilícito ou impossível o
objeto, nula será a obrigação (CC., art. 166, II ), não produzindo qualquer
efeito o ato.
. objeto possível: porque o objeto da obrigação tem que ser possível, pois do
contrário não é suscetível de cumprimento. Distingue-se a possibilidade
material da possibilidade jurídica. Possibilidade material diz respeito a
realização do objeto em si mesmo. E a possibilidade jurídica pretende que a
obrigação realize-se em conformidade com a ordem jurídica.
O requisito da possibilidade esta presente em toda prestação, positiva ou
negativa, pois é intuitivo que, em cada caso, se o sujeito devedor de uma ação,
ou de uma omissão, a nada pode se obrigar se a prestação não for possível de
ser realizada. Se a impossibilidade for concomitante à constituição do vínculo,
este não se forma.
Mas, se no entanto, a impossibilidade for superveniente, torna a obrigação
inexeqüível. Se a impossibilidade for provocada por caso fortuito ou força
maior, ela libera a obrigação. Se, no entanto, a obrigação se impossibilitar por
causa de alguém, a este responsável caberá arcar com ela.
A impossibilidade pode ser física ou material, legal ou. Jurídica:
• haverá impossibilidade física ou material sempre que a estipulação concernir
a prestação que jamais poderá ser obtida ou efetuada, por contrariar as leis da
natureza (loteamento da lua, comprar o oceano), ultrapassa às forças humanas;
• haverá impossibilidade legal ou jurídica sempre que a estipulação se refira a
objeto proibido por lei como, por exemplo, a alienação de bens públicos, de
bem de família, de bens onerados com cláusula de inalienabilidade e etc. A
impossibilidade deve ser real e absoluta
• Consentimento: (CC., art. 111) sendo o consentimento ato voluntário, poderá
dar-se de forma expressa ou tácita. Será expresso quando explícito e tácito
quando implícito, isto é, quando se praticar algum ato que demonstre
aceitação, como por exemplo, o ato de um indivíduo que ao receber uma
proposta de prestação de serviços de consultoria jurídica, passa a utilizar os
serviços oferecidos sem manifestar o seu “de acordo”.
b) Particulares: formas e solenidades previstas em lei como diz o CC., art.
104, III, já mencionado, que diz forma prevista ou não defesa em lei. Neste
sentido podemos afirmar que existem:
. formas livres ou gerais: aquelas que podem se dar com a manifestação da
vontade de forma escrita ou oral, expressa ou tácita desde que não contrarie os
preceitos acima; e as
. formas especiais ou solenes: aqui encontramos um conjunto de solenidades
que a própria lei estipula para a concretização de um ato e dentre elas citamos:
• Forma única: aquela que não pode ser preterida por outra como a exigência
de escritura pública para certos atos (CC., arts. 108, 215, 1653, 1227 e 1245),
as exigências para os casamentos (CC., arts. 1534 a 1542), dentre outras, e a
• Forma plural: quando a lei faculta a prática de um ato por diversos modos,
excludentes, porém não livres (CC., arts. 1609; 62; 1806 e 1417 por exemplo)
• Forma genérica: quando temos uma imposição de uma solenidade geral
dentro de uma faculdade contratual possível de ser exercida ou não, por
exemplo, sempre que a lei disser que algo deve ser ou não feito “salvo
disposição em contrário” estará genericamente indicando o modo de praticar o
ato, mas facultando às partes como querem agir.
• Forma contratual: é o modo eleito pelas partes para fazer valer as
obrigações que pactuam, ou seja, convencionam, antes do ato principal a
forma como será feito o contrato entre elas. (CC., art. 104).
II. Elementos naturais: são aqueles que decorrem da própria natureza do ato
praticado, isto é, o ato jurídico de compra e venda, tem como conseqüência
natural, a transmissão do domínio do bem, por exemplo.
Ato jurídico ineficaz é o que vale plenamente entre as partes, mas não produz
efeitos em relação a certa pessoa (ineficácia relativa), ou em relação a todas as
outras pessoas (ineficácia absoluta). Exemplos: alienação fiduciária não
registrada ( art. 129 , 5º da LRP ); venda não registrada; bens alienados pelo
falido após a falência ( LF art. 40 ), etc.
OBS1.: Nunca se deve confundir nulidade com ineficácia como fazem alguns.
A nulidade é um vício intrínseco ou interno do ato jurídico. Na ineficácia o ato
é perfeito entre as partes, mas fatores externos impedem que produza efeito
em relação a terceiros.