Unidade de Chapecó
Coordenação de Eletroeletrônica
Curso Técnico em Eletroeletrônica
Julho
2008
Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina
Unidade de Chapecó
Coordenação de Eletroeletrônica
Curso Técnico em Eletroeletrônica
Julho
2008
Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
1.1. O Motor de Corrente Alternada ............................................................ 4
1.1.1. O motor CA assíncrono ................................................................ 4
1.2. Sistemas de Partida Eletromecânica ................................................... 7
1.2.1. Partida direta................................................................................. 7
1.2.2. Partida estrela-triângulo................................................................ 7
1.2.3. Partida com autotransformador..................................................... 8
2. SOFT-STARTER....................................................................................... 10
2.1. Princípio de Funcionamento .............................................................. 12
2.1.1. Uma fase controlada................................................................... 12
2.1.2. Duas fases controladas .............................................................. 13
2.1.3. Três fases controladas................................................................ 14
2.2. Principais Funções da Soft-Starter..................................................... 14
2.2.1. Rampa de tensão........................................................................ 15
2.2.2. Pulsos de tensão de partida (kick start) ...................................... 16
2.2.3. Limitação de corrente ................................................................. 16
2.2.4. Rampa de tensão na desaceleração .......................................... 16
2.3. Proteções........................................................................................... 17
2.3.1. Sobrecorrente imediata na saída ................................................ 17
2.3.2. Subcorrente imediata.................................................................. 18
2.3.3. Outros parâmetros ...................................................................... 18
2.4. Descrição dos Parâmetros................................................................. 18
3. INVERSOR DE FREQÜÊNCIA ................................................................. 20
3.1. Introdução .......................................................................................... 20
3.2. Princípio de Funcionamento do Inversor de Freqüência.................... 20
3.2.1. Modulação PWM......................................................................... 22
3.3. Curva Tensão/Freqüência.................................................................. 25
3.4. Blocos do Inversor de Freqüência...................................................... 27
3.4.1. 1º Bloco - CPU............................................................................ 27
3.4.2. 2º Bloco - IHM............................................................................. 27
3.4.3. 3° Bloco – Interfaces................................................................... 28
3.4.4. 4º Bloco - Etapa de potência....................................................... 28
3.5. Sistemas de Entrada e Saída de Dados ............................................ 29
3.5.1. Interface homem máquina (IHM) ................................................ 29
3.5.2. Entradas e saídas analógicas ..................................................... 29
3.5.3. Entradas e saídas digitais........................................................... 29
3.5.4. Interface de comunicação serial ................................................. 29
3.6. Formas de Variação de Velocidade em um Inversor de Freqüência.. 30
3.6.1. Acionamento pela IHM................................................................ 30
3.6.2. Acionamento pelas entradas digitais .......................................... 30
3.6.3. Acionamento pela função multispeed ......................................... 31
3.6.4. Acionamento pelas entradas analógicas .................................... 32
3.7. Como Instalar Um Inversor de Freqüência ........................................ 32
3.7.1. Regras para a Instalação do Inversor de Freqüência ................. 35
3.8. Parametrizando um Inversor de Freqüência ...................................... 37
3.9. Dimensionamento .............................................................................. 37
3.9.1. Capacidade do inversor .............................................................. 37
2
3.9.2. Tipo de inversor .......................................................................... 37
3.9.3. Modelo e fabricante .................................................................... 38
4. SOFT-STARTER X INVERSOR DE FREQÜÊNCIA ................................. 39
3
1. INTRODUÇÃO
Para melhor entendermos o inversor de freqüência temos que fazer uma previa
sobre o funcionamento do motor de corrente alternada. ”Por que motor de corrente
alternada?” Nos processos de automação industrial a tecnologia em corrente continua
praticamente deixou de existir. E fato que ela ainda pode ser encontrada em
equipamentos antigos, mas seus dias estão contados: a tecnologia em CA e mais
barata versátil e de maior confiabilidade.
Existem vários tipos de motor CA no mercado (síncrono, assíncrono, universal, servo-
motores, etc).
5
velocidade de rotação do rotor uma vez que ele esta sendo atrasado devido à forca
necessária para provocar tal movimento. Sendo assim quanto maior o torque exigido
no motor maior será o atraso em relação ao campo girante. Dai o nome motor
assíncrono.
Mesmo girando em vazio sem carga a própria massa do rotor e os atritos com
os rolamentos já provocam um torque resistente e uma conseqüente ”assincronia”
entre a velocidade do campo girante e o rotor. Bem, o fato é que há ”n” parâmetros a
serem considerados em um motor elétrico. Por hora vamos nos concentrar apenas em
dois deles: a velocidade de rotação e a potência. A velocidade do motor CA pode ser
calculada pela formula.
120. f
n= (1.1)
p
onde:
n = velocidade de rotação em rpm;
f = freqüência da rede de alimentação;
p= numero de pólos;
6
HP basta fazer uma regra de três sendo: 1 HP = 746W. Algumas vezes utiliza-se
também o CV e neste caso temos: 1 CV = 736W.
7
estrela (Y) para triangulo (Δ). Um relé temporizador é regulado de modo que o tempo
seja suficiente para vencer a inércia. O motor parte com tensão reduzida, uma vez que
ligado em estrela, a tensão em cada bobina é 3 vezes menor que a tensão da rede.
Após o tempo de partida, as bobinas são fechadas em triângulo (ou fechamento delta)
onde então toda a tensão é aplicada a cada conjunto de bobinas. Na verdade esse
sistema divide um grande pico de corrente de partida em dois menores, sendo um de
duas a três vezes a corrente nominal para partida em estrela e o segundo de mesma
magnitude para mudança de estrela para delta.
8
Apos vencida a inércia, o motor é ligado diretamente. No instante da partida os
contatores K2 e K3 fecham-se, enquanto K permanece aberto. Desta maneira o motor
parte com tensão reduzida oriunda do tap. Apos a inércia da partida K2 e K3 abrem e
K1 liga o motor à rede. Essa transição pode ser feita manualmente, através de
botoeiras ou automaticamente com reles temporizadores.
9
2. SOFT-STARTER
11
2.1. Princípio de Funcionamento
Ao contrário do que muitos pensam nem todo soft-starter controla as três fases.
Vamos estudar três possibilidades.
Há modelos no mercado que controlam apenas uma das três fases na partida.
Com certeza esses modelos são mais baratos, porém, por razoes óbvias mais
limitados. A fase controlada, aliás, é de fato controlada apenas na janela de tempo de
partida. Quando o motor atinge a rotação nominal, o soft-starter funciona como um
contator, ligando-o diretamente a rede elétrica. A única função que permanece nessa
situação, é a de proteção térmica.
A Figura 11 ilustra nosso primeiro tipo onde apenas a fase R é controlada
através de um circuito que adianta ou atrasa o ângulo de disparo, e cujos pulsos de
disparo são enviados a um TRIAC. Notem que a medida que o tempo passa (inércia
sendo vencida) o ângulo de disparo vai diminuindo. Conforme o ângulo de disparo
reduz, o de condução aumenta, permitindo que uma maior parcela da senóide chegue
a carga. Então, com maior tensão temos maior corrente e consequentemente mais
torque.
12
Figura 11 - Motor trifásico com uma faze controlada na partida
13
2.1.3. Três fases controladas
14
2.2.1. Rampa de tensão
As chaves de partida estáticas podem ser ajustadas de forma a ter uma tensão
inicial de partida adequada, responsável pelo torque inicial que aciona a carga. Ao
fazer o ajuste da tensão de partida num valor Vp e um temo de partida Tp, a tensão
cresce do valor Vp até atingir a tensão de linha do sistema, em um intervalo de tempo
Tp, também parametrizável.
15
2.2.2. Pulsos de tensão de partida (kick start)
A parada do motor pode ser por inércia, onde o soft-starter leva a tensão de
saída a zero, como também por parada suave. Na parada controlada, a soft-starter
reduz gradualmente a tensão na saída até um valor mínimo em um tempo predefinido.
16
Figura 16 - Rampa de tensão de desaceleração.
2.3. Proteções
17
2.3.2. Subcorrente imediata
18
Parâmetros de regulação: são os valores ajustáveis a serem utilizados pelas
funções da soft-starter, como por exemplo: tensão inicial, tempo de rampa de
aceleração, tempo de rampa de desaceleração.
19
3. INVERSOR DE FREQÜÊNCIA
3.1. Introdução
220VCA ( 220 3 ) e até 660 Vcc ( 380 3 ) para redes de 380VCA, alimenta seis
IGBT’s (transistor bipolar de gate isolado).
Os IGBT’s são chaveados três a três formando uma tensão alternada na saída
U,V e W defasadas de 120º elétricos exatamente como a rede. A única diferença e
que ao invés de uma senóides temos uma forma de onda quadrada. Portanto o motor
elétrico AC alimentado por um inversor tem em seus terminais uma onda quadrada de
tensão. Conforme veremos, isso não afeta muita sua performance.
”Mas como uma tensão DC pode tornar-se AC?” Nada melhor que um exemplo
prático para responder esta questão. Embora a grande maioria dos inversores de
freqüência encontrados no mercado sejam trifásicos, para fins didáticos, nós
utilizaremos um modelo monofásico. “Afinal, o que é corrente alternada?” A corrente
alternada é uma corrente que muda de sentido periodicamente. Ou seja, hora vai do
positivo para o negativo, hora ao contrário.
A Figura 20 ilustra um diagrama de blocos de um inversor monofásico. A
diferença para o trifásico, é que ele possui apenas quatro transistores “chaveadores”
na saída. Mas o principio de funcionamento é o mesmo.
O funcionamento é simples: a tensão da rede é retificada e filtrada formando
um barramento DC. De um lado da ponte de transistores temos um pólo positivo e do
outro negativo. Imaginem que a lógica de controle representada agora como apenas
um bloco envie pulsos de disparo para os transistores na seguinte ordem: hora TR1 e
21
TR4 conduzem ficando TR2 e TR3 em corte; ora TR2 e TR3 em condução e TR1 e
TR4 no corte, conforme mostra figura 11.
Agora que já temos uma boa idéia do motor de corrente alternada vamos a
outro conceito fundamental para entendermos o inversor: a técnica de PWM, que
significa ”pulse width modulation”. Se traduzirmos a sigla PWM para português temos
22
”modulação por largura de pulso”. Ela é uma técnica de controle de potência, tensão
ou corrente através da largura do pulso de excitação, oriundos dos sistemas de
controle. Esse controle e feito através do seu ciclo de trabalho (Duty Cycle). O ciclo de
trabalho é uma característica de um sinal quadrado, que representa a porcentagem
ativa do seu período.
Podemos entender melhor o processo através da Figura 22. Nela notamos três
sinais cuja forma de onda é quadrada. A amplitude dos três também é a mesma, igual
a 5 Vcc. Como os três têm mesmo período então a freqüência tem o mesmo valor para
todos (f =1/T ).
Se os sinais têm a mesma forma de onda, mesma amplitude e mesma
freqüência, qual a diferença entre eles? O ciclo de trabalho.
O primeiro sinal tem o seu ciclo divido em duas partes iguais: metade ”ativa” e
metade ”desativada”. Nesse caso temos um ciclo de trabalho de 50% ou 0,5. Já na
segunda situação apenas 30% do total do período esta em ”ON”, portanto temos um
ciclo de trabalho igual a 30%. E finalmente na terceira situação um ciclo de 70%.
”E para que isso serve?”. Podemos controlar a tensão sob uma carga através
desta técnica. Imaginem ainda, com base no exemplo anterior, que o sinal de ciclo de
trabalho de 50% fosse aplicado a uma lâmpada, o de 30% em outra e o de 70% em
uma terceira (todas com as mesmas características). A primeira lâmpada teria um
brilho médio, a segunda pouco brilho e a terceira seria a mais brilhante.
Como isso aconteceu se não variamos a amplitude? A resposta a esta
pergunta é justamente a razão de ser da técnica de controle da potência através da
largura de pulso e não da amplitude. Em outras palavras, variamos sim a tensão, mas
a eficaz e não a tensão da fonte de alimentação. Esta permanece invariável. Com a
23
técnica de PWM então podemos alterar a tensão eficaz na carga sem alterar a tensão
na fonte.
Como isto pode ser feito na prática? A Figura 23 mostra um amplificador
operacional em malha aberta (sem realimentação). Desta maneira ele se comporta
como um comparador de tensão. Em sua saída como o ganho é infinito, ou temos toda
a tensão da fonte (+ Vcc) ou nada (0 Volt terra).
Depende apenas de qual sinal tem maior amplitude em determinado momento.
Conforme se pode observar tem-se um sinal dente de serra na entrada inversora e um
sinal perfeitamente contínuo fixo na entrada não inversora (também conhecida como
entrada de referencia).
24
Se for mantida a inclinação da rampa de subida do sinal dente de serra, pode-
se controlar a largura do pulso de saída através de uma tensão CC de referência. A
Figura 25 mostra uma sugestão de como isto pode ser feito utilizando dois CI’s bem
famosos: o 555 e o 741. É fato que este PWM não é tão preciso, visto que a forma
dente de serra no 555 é um pouco diferente de uma rampa, porém funciona bem para
aplicações não criticas. Os valores de C1, RA e RB dependem da freqüência de PWM
desejada. Apenas como parâmetro para fontes chaveadas ela varia de 20 kHz a 50
khz. Já para inversores, de 25 kHz a 16 Khz.
Para os leitores que estão se perguntando: ”Por que tive que ler toda uma
teoria sobre PWM?” Chegou a hora da resposta.
O inversor que estamos analisando é denominado ”escalar”. Há um outro tipo
para aplicações mais criticas onde a precisão e alto torque em velocidades muito
baixas são necessários, chamado “vetorial”.
25
Para que o torque se mantenha constante diante de uma variação de carga no
eixo do motor, a razão tensão pela freqüência de alimentação também deve
permanecer constante. Por exemplo: Imaginem que um motor AC está sendo
acionado com 200 Vca em 60 Hz. Se dividirmos tensão pela freqüência (V /f) teremos:
220/60 = 3,7(aproximadamente). Esta então é a constante V/f.
Pois bem, vamos supor que façamos uma redução de velocidade proporcional
a 15 Hz. Para que não haja variação no torque, a tensão deve ser reduzida na mesma
proporção a fim de manter V/f constante. Assim a nova tensão será:
V
= 3, 7 ⇒ V = 55,5Vca
15
Pode parecer estranho ter que reduzir a tensão para manter constante o
torque. A Figura 25 mostra um exemplo de curva V/f na qual podemos observar que
na pratica há limites para se manter o torque constante. No exemplo o torque e
constante apenas entre os pontos A e B. Para freqüências menores que 5 Hz o motor
nem gira, pois não há tensão suficiente para fazê-lo. Já para freqüências acima de 60
Hz a tensão de alimentação nominal permanece constante mesmo se aumentarmos a
freqüência.
Embora seja possível aumentar a velocidade do motor, seu torque sofrerá
alterações segundo a variação de carga. Resumindo, fora da região limitada pelos
pontos A e B o torque não pode ser considerado constante.
26
3.4. Blocos do Inversor de Freqüência
27
parametrizá-lo de acordo com a aplicação (teclas). Na figura 28, temos um detalhe da
IHM de um inversor CFW 08 Plus.
A maioria dos inversores pode ser comandada por dois tipos de sinais:
analógicos ou digitais. Normalmente, quando queremos controlar a velocidade de
rotação de um motor AC no inversor, utilizamos uma tensão analógica de comando.
Essa tensão se situa entre 0 a 10 Vcc. A velocidade de rotação (RPM) é proporcional
ao seu valor, por exemplo: 1 Vcc = 1000 RPM, 2Vcc = 2000 RPM.
Para inverter o sentido de rotação, basta inverter a polaridade do sinal
analógico (de 0 a 10 Vcc sentido horário e -10 a 0 Vcc sentido anti-horário). Este é o
sistema mais utilizado em máquinas e ferramentas automáticas, sendo que a tensão
analógica de controle é proveniente do controle numérico computadorizado (CNC).
Além da interface analógica, o inversor possui entradas digitais. Com um
parâmetro de programação, podemos selecionar a entrada válida (analógica ou
digital).
28
3.5. Sistemas de Entrada e Saída de Dados
29
Esse meio de comunicação permite que o conversor seja controlado ou
monitorado a distância por um computador central. Essa comunicação é executada
por pares de fios, podendo ser conectados vários conversores a um computador
central ou operado por CLP, por redes industriais (fieldbus, modbus, profibus), RS-
232 ou RS-485, entre outras. O conversor de freqüência permite o acionamento de
motores de indução com freqüências de 1 a 60 Hz com um torque constante, sem
aquecimentos anormais nem vibrações fora de ordem. Também possui outras
vantagens que estão enumeradas a seguir:
• Rendimento de 90% em toda a faixa de velocidade;
• Fator de potência de aproximadamente 96%;
• Acionamento de cargas de torque constante ou variável;
• Faixa de variação de velocidade;
• Partida e desligamento suave (rampa).
30
3.6.3. Acionamento pela função multispeed
31
3.6.4. Acionamento pelas entradas analógicas
32
Figura 31 - Inversor CFW 08- barramento de potência
33
Figura 33 - Exemplo 1 de conexão
34
Figura 35 - Exemplo 3 de conexão
2. O aterramento elétrico deve estar bem conectado, tanto ao inversor como ao motor.
O valor do aterramento nunca deve ser maior que 5Ω (norma IEC536), e isso pode ser
facilmente comprovado com um terrômetro, antes da instalação.
35
3. Caso o inversor possua uma interface de comunicação (RS 232, ou RS 485) para o
PC, o tamanho do cabo deve ser o menor possível.
5. O inversor deve estar alojado próximo a orifícios de ventilação, ou, caso a potência
seja muito alta, deve estar submetido a uma ventilação ou exaustão. Alguns inversores
já possuem um pequeno exaustor interno.
6. A rede elétrica deve ser confiável, isto é, jamais ultrapassar variações de +ou- 10%
em sua amplitude.
9. Utilizar sempre parafusos e arruelas adequadas para garantir uma boa fixação ao
painel. Isso evitará vibrações mecânicas. Além disso, muitos inversores utilizam o
próprio painel em que são fixados como dissipador de calor. Uma fixação pobre, nesse
caso, causará um aquecimento excessivo (e possivelmente sua queima).
36
3.8. Parametrizando um Inversor de Freqüência
Cada borne para se tornar ativo ou não deve ser parametrizado (programado).
Se o inversor não for informado através de um parâmetro que a velocidade de rotação
do motor deve ser controlada através de 0 a 10 Vcc no borne 6, por exemplo, o
equipamento obedecerá ao comando local da IHM (Interface Homem Máquina) no
painel, visto que esta á a programação “default” (de fábrica). Portanto além de
instalado o inversor deve ser “programado” (parametrizado de acordo com cada
aplicação específica).
Consultando o manual do aparelho o leitor poderá confirmar como esta tarefa é
simples de ser feita. Entretanto é difícil discorrer sobre este assunto em um único
capítulo pois cada fabricante tem sua própria lógica. Se servir de consolo entender
como se faz a parametrização de um inversor, na grande maioria dos casos e mais
fácil do que programar um vídeo cassete. Basta ler o manual com atenção.
3.9. Dimensionamento
Como posso saber: qual é o modelo, tipo, e potência do inversor para a minha
aplicação?
Bem, vamos responder a essa pergunta em três etapas:
37
3.9.3. Modelo e fabricante
38
4. SOFT-STARTER X INVERSOR DE FREQÜÊNCIA
Não confunda soft-starter com inversor de freqüência. São equipamentos com
estrutura e funcionalidade distintas. Enquanto o inversor é projetado para controlar a
velocidade e torque do motor ao longo do seu funcionamento o soft-starter é capaz
apenas de controlar sua partida e sua frenagem. É fato que, para motores pequenos
(menos de 3 CV) um inversor de freqüência pode até assemelhar-se em custo a um
soft-starter e, portanto, mostrar-se como uma vantagem a medida que também pode
oferecer uma rampa de partida e frenagem. Essa relação, entretanto, desaparece
quando tratamos de motores com maior potência. Comparem por exemplo o preço de
um soft-starter com potência de 50 CV e um inversor de freqüência de 50 CV.
Resumindo temos que os sistemas de partida suave (soft-starters) são
equipamentos eletrônicos destinados à partida e frenagem de motores elétricos de
indução. Eles variam em arquitetura (número de fases controladas) e em recursos
(presença ou não de IHM). Sua técnica de operação é reduzir a tensão da rede e
dessa forma reduzir o torque inicial até que a inércia do motor mais a carga mecânica
sejam vencidas. Ele não deve ser confundido com o inversor de freqüência uma vez
que sua estrutura função e custo são diferentes. Sua instalação assemelha-se a um
contator, papel que exerce apos a rotação nominal do motor.
39