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Rafaelly Siqueira

Imunidade
 Diferentes processos fisiológicos que permitem reconhecer
corpos estranhos ou anormais neutralização e eliminação

 Imunidade Inata: mecanismos de defesa não específica


que funcionam sempre da mesma maneira
independentemente do agente invasor

 Imunidade Adaptativa: mecanismo de defesa específico


Imunidade Inata
 Mecanismo de defesa inicial e poderoso capaz de controlar,
e até mesmo erradicar as infecções antes que a imunidade
adquirida se torne ativa.

 Instrui o Sistema Imunológico Adquirido a responder aos


diversos microorganismos de maneira eficaz.

 Os mecanismos efetores da imunidade inata são muitas


vezes usados para eliminar microrganismos mesmo nas
respostas imunes adquiridas.
Componentes principais da
Resposta Imune Inata ou Natural
 Barreiras físicas e químicas

 Células fagocitárias (neutrófilo e macrófago) e Células


matadoras naturais ou “NK” “natural killer”

 Proteínas do sangue (membros do sistema complemento e


outros mediadores da inflamação)

 Citocinas
Mecanismos de defesa não específicos
 1ª Linha de defesa
 Impedem a entrada
 Barreiras
 Secreções e Enzimas
 2ª Linha de defesa
 Limitam a proliferação de microrganismos ou outra
substância
 Fagocitose
 Resposta Inflamatória
 As proteínas de fase aguda
 Sistema complemento
Barreiras Físicas e Químicas
 Pele e Mucosas
 Secreções e Enzimas
Células Fagocitárias e NK
 Células fagocitárias (neutrófilo e macrófago)
 Células matadoras naturais ou “NK” “natural killer”
NEUTRÓFILOS (50 – 70%)

 Tipo de leucócito mais abundante no sangue;


 Primeiro tipo celular a responder a maioria das infecções;
 Participa da fase inicial das infecções;
 Particularmente a infecções bacterianas e fúngicas;
 Possuem grânulos citoplasmáticos preenchidos com
lisozima, colagenase e elastase;
 Sua produção é estimulada por citocinas;
NEUTRÓFILOS (50 – 70%)

 Fagocitam o microorganismo na circulação ou no tecido;


 Sua meia vida é muito curta, se dentro de seis horas não
forem recrutados para sítios de infecção, acabam entrando
em apoptose;
 Agem principalmente por explosão resporatória, liberando
enzimas e ROS que vão agir diretamente sobre os
microorganismos, além de possuírem intensa atividade
afagocitária;
 Atividade microbicida e fagocitária.
NEUTRÓFILOS (50 – 70%)
LINFÓCITOS (20 – 40%)

 Reconhecimento imune
específico

 Desencadeamento das
respostas imunes
adquiridas
BASÓFILOS (<1%)
 Secretar mediadores inflamatórios;
 Encontrados distribuídos pelos organismos inteiros, mas
especialmente encontrados perto de vasos sanguíneos,
terminações nervosas e abaixo dos epitélios;
 Dois grupos de mastócitos: um encontrado nas mucosas do
TGI e nos alvéolos, os quais possuem grânulos ricos em
histamina. Outro encontrado nas cavidades serosas, pele e
pulmões (de tecido conjuntivo), que além de possuírem alta
quantidade de histamina, também produzem heparina,
caboxipeptidases e proteases;
BASÓFILOS (<1%)

 Basófilos são produzidos em quantidade muito baixa, e


raramente são encontrados em tecidos, mas são
rapidamente recrutados para sítios de infecção. Possuem
grânulos citoplasmáticos muito semelhantes aos dos
mastócitos;
 Possuem função de defesa imediata, principalmente em
mucosas, mas são freqüentemente envolvidos em casos de
Hipersensibilidade Imediata (alergias).
BASÓFILOS (<1%)
Fagócitos Mononuclares
Monócitos/Macrófagos

 Menos abundantes que os neutrófilos;


 Formam o sistema fagocitário mononuclear;
 Células especializadas na realização de fagocitose;
 Ingerem microorganismos no sangue e nos tecidos;
 Derivadas da medula óssea, são liberadas num estado
imaturo e indiferenciado, completando sua maturação nos
órgãos nos quais irão residir;
Fagócitos Mononuclares
Monócitos/Macrófagos

 Monócito – célula imatura, encontrada circulando no


sangue, que apresenta núcleo em forma de feijão;
 Quando monócitos se instalam nos tecidos e maturam,
passam a ser chamados de MACRÓFAGOS;
 Recebem nomes distintos de acordo com o tecido no qual
se instalam: micróglia, no SNC, células de Kupffer no
fígado; macrófagos alveolares no pulmao, e osteoclastos no
tecido ósseo.
 Sobrevivem longos períodos no tecido;
Fagócitos Mononuclares
Monócitos/Macrófagos

 Função de eliminação de antígenos através do processo de


fagocitose;
 Possuem receptores de membrana altamente especializados
que reconhecem moléculas estranhas ao organismo, ou
mesmo moléculas ligadas a anticorpos e outras moléculas
do sistema imunológico (complemento...);
 Enzimas lisossomais são responsáveis pela destruição de
antígenos no processo defagocitose (elastase, catepsinas...);
Fagócitos Mononuclares
Monócitos/Macrófagos

 Produzem reativos intermediários do oxigênio (ROIs),


através do processo de explosão respiratória, os quais
podem oxidar e destruir microrganismos. (superóxidos,
mieloperoxidase);
 Óxido Nítrico – agindo em sinergia com superóxidos e
mieloperoxidase, podendo destruir microrganismos tanto
intra quanto extracelularmente.
Fagócitos Mononuclares
Monócitos/Macrófagos
Monócitos - Macrófagos
Fagócitos: Neutrófilos e
Monócitos/Macrófagos
 A função primária dos fagócitos é identificar, ingerir e
destruir os microorganismos.

 Neutrófilos são os leucócitos mais abundantes, mas têm


vida curta.

 Macrófagos são as células efetoras dominantes em estágios


mais tardios da Resposta Inflamatória (RI). Produzem
citocinas importantes da RI inata e adquirida.
Células matadoras naturais ou NK (natural killer)

 As células NK são uma sub-população de linfócitos que


matam as células infectadas por vírus (e alguns outros
microrganismos intracelulares).
 São chamadas matadoras naturais porque não precisam ser
ativadas para realizar seu papel (ao contrario dos LT).
 As células NK não são linfócitos T nem B e não apresentam
receptores de superfície para Ag.
 As células NK secretam IFN-γ, que serve para ativar
mastócitos.
Células matadoras naturais ou NK (natural killer)
Células matadoras naturais ou NK (natural killer)
Células matadoras naturais ou NK (natural killer)
Resposta Inflamatória
 Inflamação
 Reação do sistema imune inato nos tecidos
vascularizados que envolve o recrutamento e ativação de
leucócitos e de proteínas plasmáticas no local de
infecção, exposição a toxina ou lesão celular.
Migração leucocitário para o foco infeccioso
Fagocitose e
morte dos
micróbios
Enzimas presente nos lisossomas
 Oxidase fagocítica: O2 O
 Superóxido e radicais livres (ROS)
 Óxido Nítrico Sintase Induzível: iNOS
 Arginina NO
 Proteases lisossomais
 Doença granulomatosa crônica:
 Deficiência da oxidase fagocítica, presença de
granulomas ao redor dos micróbios.
Proteínas de Fase Aguda - Interferons
 Interferons
 O vírus ao infectar uma célula replica-se e ativa o gene
que codifica o interferon (proteína);
 Após a síntese protéica, a proteína sai da célula e entra
na corrente sanguínea e chega a células vizinhas que
ainda não foram atacadas;
 A proteína (interferon) liga-se a membrana plasmática
dessas células e ativa o gene que codifica proteínas
antivirais;
 Essas proteínas antivirais, por sua vez, vão impedir a
replicação do vírus quando este tentar replicar nessas
células.
Proteínas de Fase Aguda - Citocinas
 Citocinas (interleucinas):
 Proteínas solúveis secretadas que funcionam como
mediadores das reações imunes

 Macrófagos: principal fonte de citocinas da imunidade


inata
Choque Séptico
 Ocorrem em pacientes com infecção disseminada por
bactérias gram-negativas

 Causada por altos níveis de TNF produzido pelos


macrófagos

 Pressão baixa, coagulação intravascular disseminada,


distúrbios metabólicos.
Citocinas na RI Inata
 Recrutam e ativam leucócitos e produzem alterações
sistêmicas que potencializam a resposta antimicrobiana;
 Fontes de citocinas da RI inata:
 Mastócitos, Neutrófilos e Células NK;
 Interferons:
 controlam a infecção viral e ativam mastócitos;
 TNF, IL-1 e quimiocinas:
 medeiam a inflamação
 IL-15 e IL-12:
 estimulam a proliferação e atividade das células NK;
 TGF-β e IL10:
 Controlam a inflamação.
Lectina ligadora de Manose (MBL)

 Lectinas são proteínas ligadas a um carbohidrato


 MBL (análogo a C1q) liga-se a residuos de manose de
glicoproteínas de membrana de microorganismos
 Protease de Serina associada a MBL (MASP) liga-se então à
MBL
 Este complexo cliva o C4 e o C2
 Os detalhes de funcionamento desta via estão ainda pouco
esclarecidos
Proteína C Reativa (PCR)
 Concentração sérica aumenta 1000X durante a resposta
aguda bacteriana

 Composta por 5 cadeias polipetídicas idênticas juntas por


ligação não covalentes

 Liga-se a um grande leque de microorganismos e activa o


complemento, resultando na deposição de C3b na
superfície dos microorganismos

 Utilizada em análises clínicas como marcador indirecto de


infecção bacteriana
Sistema Complemento
Cascata de Ativação do Complemento
C1qr2s2
Visualizar a via clássica (I)

 IgM 3 locais de ligação


 IgG 1 local de ligação
 C1q+2 Ig => Activ. C1r => activ. c1s
Visualizar a via clássica (II)

 C1r2s2 activado => hidrolise C4


=>hidrolise C2 } C4b2a= C3 convertase
Visualizar a via clássica (III)
1 C3 convertase

200 C3b

C4b2a3b = C5 convertase

C3b liga-se a complexos


Imunes e antigénios
funcionando como opsonina
Visualizar a via clássica (IV)

 C5 convertase => C5b

C5b liga-se ao C6
iniciando o MAC
Visualizar a via clássica (V)
Visualizar a via clássica (VI)
Visualizar a via clássica (VI)
Complexo de ataque de membrana
 C5b liga-se á superfície da membrana
 Inactiva-se em 2 minutos na ausência de C6
 C5b6 liga-se ao C7
 complexo sofre uma mudança estrutural
que o torna hidrofóbico, inserindo-se na
membrana
 Se a reacção ocorre num complexo
imune, o C5b67 liga-se a uma
membrana próxima promovendo a lise
dessa célula (LES)
 Ligação de C8 origina um poro com 10 Å
 Lise de eritrócitos mas não de células
nucleadas
 Ligação e polimerização de 10-17 moléculas
de C9, originando um poro com 70-100 Å
Visualizar a via alterna
 O complexo C3bBb é C3 convertase
 A properdina estabiliza o complexo,
aumentando-lhe o tempo de semi-vida
de 5 a 30 minutos
 C3bBb3b é uma c5 convertase

 Hidrolise de c3 espontânea
 C3b liga-se a membranas
 Alta [ácido siálico] das membranas
eucariotas inactiva o C3b
 C3b liga-se a factor B sendo então
clivado pelo factor D
Visualizar a regulação do Complemento
Função do Sistema Complemento
Obrigada!

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