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Por meio da linguagem, o individuo interage com o mundo, de

maneira ativa e/ou passiva. Quanto mais diversificado for


esse sistema de símbolos significantes, melhor será a
compreensão do que o cerca. Esse é o movimento passivo.
Por outro lado, a linguagem agrega sentido aos objetos e
traduz idéias, que podem ser exportadas para o mundo,
interferindo-o.

O desenvolvimento da linguagem é como a leitura. Ao ler uma


palavra desconhecida, ela se limita a uma série de letras
ordenadas e o texto fica comprometido. Ao conhecer o
significado dela, o entendimento do livro se torna possível.
Quando é atribuído a um símbolo um significado social pré-
existente – ou seja, quando a linguagem se desenvolve –, o
mundo do indivíduo se amplia.

Porém, é possível expandir o mundo do ponto de vista


coletivo. Enquanto não forem dados valores a algo recém-
descoberto, ele não existe para a humanidade. No momento
em que informações acerca do objeto forem obtidas e aceitas
socialmente, ele é incorporado ao mundo. Dessa maneira, a
existência do objeto ocorre quando são agregados símbolos
significantes a ele.

Não somente um objeto recém-descoberto pode expandir o


mundo. Quando uma idéia ou um pensamento é divulgado,
existe a possibilidade de alterar o status quo. O darwinismo é
um exemplo. Quando Charles R. Darwin publicou “A origem
das espécies” em 1859, a visão criacionista, dominante
naquela época, foi contestada. Como conseqüência, hoje há
pessoas que acreditam na evolução e outras não.

A linguagem humana constrói o mundo humano. É peça


fundamental para o relacionamento interpessoal e
intrapessoal. Além disso, por meio dela o indivíduo
reconhece, expande, e modifica o espaço onde vive. Por isso,
a linguagem é inerente à existência humana.

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