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Profa.

Liliana Paesani

Contrato Empresarial
Prova: A/c
06/10
Contrato estimatório ou consignação
Contrato de Agência e distribuição
Mandato mercantil – quem pode ser mandante art.654 cc – tds pessoas capazes, mediante
instrumento particular, desde que tenha assinatura do ortogante.
Comissão
Depósito mercantil
Seguro
Contratos bancários
Factoring

Quem pode ser mandatário? Maior de 16 não emancipado pode ser mandatário. O
pródigo ou falido também podem ser mandatário, mas não pode ser mandante. A
conseqüência é que o mandante sofre os prejuízos.

Bibliografia:
Arnold Wald – Obrigações e Contratos Vol.III, Saraiva
Fabio Coelho, Vol.III, Saraiva
Venosa, Contratos em espécie, Atlas
Caio Maio, Contrato em espécie

Aula: 04/08

Contrato Estimatório ou consignação

Fundamentação legal: art.534 a 537 CC


Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que
fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo
estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada.

Art. 535. O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da


coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável.

Art. 536. A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos credores do
consignatário, enquanto não pago integralmente o preço.

Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser
comunicada a restituição.
Conceito
Contrato estimatório é aquele por meio do qual uma pessoa denominada consignante
entrega bens móveis a outra consignatária autorizando-a a vender o bem pelo preço
ajustado ou a restituir a coisa no prazo fixado.

O consignatário pode vender pelo preço ajustado ou restituir a coisa no prazo estipulado.

Partes: Consignante: dono da mercadoria


Consignatário: quem recebe para vender

Natureza jurídica : mercantil, típico, nominado, de obrigação alternativa, autônomo, de


natureza real (entrega de algo que existe materialidade), oneroso, comutativo (cada uma
das partes sabe o que vai dar e receber) e bilateral.

Aplicabilidade: comércio de jóias, supermercados, livrarias, jornaleiro.

Vantagens do contrato:
Consignante: possibilidade de rápida divulgação do produto no mercado
Consignatório: lucro no sobre preço ou na compra do bem no preço estimado.

Características: bem móvel, prazo determinado e venda pelo preço estimado.


Obs.: * Credores do consignante poderão pedir o valor dos produtos em consignação.
* A não venda não tem nenhuma conseqüência jurídica.
* A tradição não transfere a propriedade.
* O consignante não pode pretender a restituição nem perturbar a posse, sob pena de
sujeitar-se aos interditos possessórios.
* A restituição deve ser em entrega física da coisa no prazo convencionado ou a
comunicação por qualquer meio que interrompe o prazo.

Análise do art. 535CC e 537CC


Art. 535. O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da
coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável.
O consignatário pagará pela mercadoria se não for entregue integro. Ele sofre os riscos por caso
fortuito sempre que houver fundamento legal. Enquanto estiver em consignação, os bens não
poderão ser seqüestrados ou tomados por credores.

Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser
comunicada a restituição.
O dono da mercadoria não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída pelo prazo
estipulado.

Efeitos da tradição:
Obs.: * Credores do consignante poderão pedir o valor dos produtos em consignação.
* A não venda não tem nenhuma conseqüência jurídica.
* A tradição não transfere a propriedade.
* O consignante não pode pretender a restituição nem perturbar a posse, sob pena de
sujeitar-se aos interditos possessórios.
* A restituição deve ser em entrega física da coisa no prazo convencionado ou a
comunicação por qualquer meio que interrompe o prazo.

Contrato estimatório / consignação – entrega coisa (móvel) por prazo e preço ajustado. O
consignatário deve restituir o valor ou a coisa em perfeito estado.

Aula: 11/08

Contratos de Representação Comercial


Representação é o instrumento do mandato.
Mandato: nasce da confiança, atribui a representação para que possa atuar em meu nome.
“manus dare” dar as mãos, mandato.

Mandato Mercantil
Conceito: é aquele realizado entre empresários, ou quando pelo menos o mandante é
empresário. Este contrato habilita o mandatário a pratica de atos negociais. Quando ele
habilita é uma clausula ad negotia.
Mandante: dono, mandatário: é aquele que representa

Composição: Objeto: mercantilidade, ou seja, gestão de empresas, na venda ou


aquisição de bens ou assinatura de contratos.
Remuneração: corresponde ao ajustado (pro labore) , em regra geral ele é
remunerado, somente excepcionalmente é gratuito.

Característica é a submissão do mandatário às instruções do mandante.

A representação pode ser : Geral: o representante vai atuar para todos os negócios.
Especial: quando é destinado a uma negociação especifica.

Observações:
• O mandato é obrigação de meio e não de resultado, portanto a remuneração é
sempre devida. Ex.: atuação de advogado.
• Por determinação do art.681, CC, o mandatário goza do direito de retenção até ser
reembolsado. Exceto em caso de mandato gratuito.
• Quanto ao contrato de mandato é representação mercantil pura.

Formas de Representação Mercantil

Mandato mercantil
Mandato com representação pura. O mandante atua como se fosse o proprietário da coisa.
O mandante assume todas as responsabilidades assumidas pelo mandatário.

Comissão
Existe intermediação e prestação de serviço. Não há representação. O comissário atua em
nome próprio por conta de outrem. Se destina a bens móveis que podem estar ou não à
sua disposição.
Agência
Existe mediação pura. Aproximação útil das partes sem negociação. O agente faz a
apresentação das partes, mas não negocia. Art.710,CC

Distribuição
A coisa a ser negociada está a disposição do agente, mas a negociação será feitas pelas
partes interessadas e não pelo agente. Art.710CC parte final.

Representação Comercial Autônoma


§único,art.710,CC. O agente representa na conclusão do negócio.
O agente negocia e representa também na conclusão do negocio.

Corretagem:
Não está vinculado nem no mandato nem na prestação de serviço ou qualquer outra
relação de dependência.
O corretor se compromete apenas a intermediar negócios, aproximar as partes e fornecer
informações. Receberá se o resultado for positivo.
Art.722,CC.

Comissão Mercantil

Representação legal CC arts.693 a 709

Conceito
Na comissão mercantil uma das partes (comissário) se obriga a praticar atos por conta de
outra parte chamado (comitente) mas em nome próprio figurando no contrato como parte,
portanto ele age em nome próprio.

Análise do art. 709


No que couber, são aplicáveis as regras do mandato.

Análise do art.693
É omissão em relação se é bem móvel ou bens imóveis.
Presume-se que é bens móveis, mas não é categórico.

Preço
O valor será feito por um valor percentual das mercadorias vendidas.

Diferença entre mandato e comissão:


Mandato a representação é em nome de outro.
Comissão age em nome próprio.

Conseqüência:
Tanto no mandato como na comissão o fornecedor (fabricante) é responsável pela entrega
do bem, pela evicção(perda do direito), pelos vícios do produto, pelo pagamento da
comissão tanto do mandatário como do comissário. A obrigação é sempre devida.

Todos os atos praticados pelo colaborador (mandatário ou comissário) correm por conta e
risco do fornecedor (comitente ou mandante).

No caso de comissão o comprador cobra do comissário que por sua vez numa ação de
regresso cobrará do comitente.

Se o adquirente não paga o preço, quem sofre a perda é o mandante ou comitente, salvo
estipulação expressa em contrato, a remuneração é sempre devida mesmo no caso de
insolvência do comprador.

Outra exceção é a “clausula del credere” no contrato de comissão. O risco do


descumprimento das obrigações por parte do comprador, transferem-se do comitente para
o comissário, que assumem solidariamente a responsabilidade pela solvência das pessoas
com quem vier a contratar. Neste caso a comissão é maior, pois o risco também é maior.

Obs.: os vícios do produto continuam por conta do comitente.

Este contrato tem maior ponto de aplicação no comercio cafeeiro, armazenagem, vendas
de automóveis, veículos e máquinas e atividades agrícolas em geral.

Natureza jurídica do contrato é autônomo, bilateral, típico, oneroso, comutativo,


consensual, intuito persone, prazo indeterminado, não solene.

Aula: 18/08

Contrato de agência
Conceito
O contrato de agência, quando uma pessoa assume com autonomia a obrigação de
promover habitualmente por conta de outra pessoa e com remuneração a intermediação
de determinados negócios.
Não existe subordinação.

Fund legal art. 710 cc


Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem
vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante
retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a
distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada.

Características:
 Intermediação de negociação. Aproximação útil das partes sem representação.
Atua em nome próprio.
 Habitualidade do serviço e autonomia de ação.
 Delimitação de zona, portanto o agente não pode promover produtos
concorrentes.
Salvo disposição expressa em contrato. No silencio do contrato ele não pode promover
produto da concorrência.
o Retribuição pelo serviço, isto é, percentual pelos negócios concluídos.
Mesmo que não conste no contrato, utiliza-se os usos e costumes, há uma obrigação de
remuneração.
 exclusividade. O proponente não pode constituir na mesma zona mais de um
agente.
Salvo disposição em contrário no contrato.
 O agente pode não ser empresário.
 A forma escrita não é obrigatória.
 É um contrato de prestação de serviço.
 O Prazo do contrato poder ser determinado ou indeterminado.
 A resolução imotivada dar-se-á por aviso prévio de 90 dias. (por qq das partes)

Decreto 84.934/80 regula agente de viagem.


Agenciador de propaganda – pode trabalhar com ou sem subordinação. Decr 57690/66

Contrato de distribuição

Fund legal art. 710 (2a.parte)


Caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser
negociada.

Conceito
Se contrato de distribuição quando a coisa a ser negociada está a disposição do agente, ou
seja, tenha a posse direta das coisas.
A negociação é feita entre as partes.

Característica
 A diferença entre agencia e distribuição é a disponibilidade das coisas.
 O distribuidor que tem a sua disposição a coisa, tem responsabilidade sobre a
coisa, com toda a responsabilidade de um depositário.
Ele responde por caso fortuito.
 Não se trata de revenda, visto que o agente não compra a mercadoria.
 Age como depositário.
 Quanto a extensão do contrato, dar-se ao termo final, pela denuncia unilateral,
pela não renovação do contrato, pela aplicação pelo art.720.
Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes poderá
resolvê-lo, mediante aviso prévio de noventa dias, desde que transcorrido prazo
compatível com a natureza e o vulto do investimento exigido do agente.

Representação Comercial Autônoma


§ único 710 CC
Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o
represente na conclusão dos contratos.
Aqui o dono da coisa, está dando poderes para negociar a coisa.
Ele pode ter a posse ou não da mercadoria.

Lei 6886/65 alterado pela lei 8420/92


 Essa lei exige no seu art. 2o. o registro dos representantes no Conselho Regional
dos Representantes Comerciais.
 O art. 6 o diz que somente será devida a remuneração ao representante
devidamente registrado.
 Art.27 determina elaboração do contrato escrito obrigatório. Deve constar:
 Indicação do produto, prazo convencionado, prazo pode ser determinado ou
indeterminado, mediante notificação prévia de 90 dias
 Deve contar se existe zonas de representação com exclusividade ou não.
 Prazo de pagamento e retribuição dependendo de resultado positivo.
 Deve constar obrigações e responsabilidade das partes.
 Deve inserir clausula de indenização devida ao representante, no caso de rescisão
do contrato sem justa causa.
 Esse contrato contem elementos obrigatórios, cuja a falta invalidam o contrato,
pois de trata de elementos de ordem pública.
 Com relação ao mandatário, ele deve satisfação ao representado, obediência e
deveres éticos. Ele não é subordinado, mas deve obedecer regras.
 Art.43 da lei veda a possibilidades das partes contratarem com a clausula Del
credere. (Quando assume a responsabilidade pela solvência do comprador).

Conceito:
Ocorre contrato de representação quando uma das partes (representante) se obriga a obter
pedidos de compra de produtos fabricados pela outra parte (representado) que pode
aceita-los ou não.

Observações:
Para que esse contrato se caracterize é necessário que as duas partes sejam empresários.
Portanto é um contrato interempresarial. Porque se uma das partes não for empresário,
esse contrato se vinculará ao regime trabalhista.

Proponente – proposta
Preponente –

Aula: 25/08

Contrato de Corretagem /mediação

Fundamento legal – art.722 e ss CC


Lei 4594/64 – Corretor de Seguros

Resolução COFECI no.695/01 – Corretor de imóveis (inscrição no CRECI)

Conceito geral
O corretor aproxima as partes interessadas para a realização de um negócio e fará juz a
retribuição se o negócio se realizar.
O corretor pela sua função não está vinculado ao contrato, a uma prestação de serviço ou
qualquer outra relação de dependência.

Partes: Contratante: é o adquirente ou vendedor.


O contratante é o responsável pelo pagto.

Corretor: a atuação deverá ser sempre no interesse do cliente que assume a


responsabilidade pelo pagamento da remuneração conforme tabela.

- Obrigação de Resultado
Obrigação do corretor: resultado útil.
A remuneração é sempre devida, nem que ocorra o arrependimento das partes, depois da
conclusão do contrato

- Natureza Jurídica –
Ttípico e nomenado, obedece legislação especial, sem vinculo de subordinação, bilateral,
oneroso, consensual, acessório e comutativo

- Diferença entre: Corretor civil e comercial


Na corretagem civil a mediação restringe-se a aproximação das partes.
No comercial, o corretor habilitado pode atuar também para concretização do negócio,
como também mandatário).

- Os corretores podem ser livres e públicos


Livres: não tem nomeação oficial.
Público: são chamados de corretores publico, eles exercem funções públicas, pode ser de
valores de mercadorias, de navios, de seguro e de cambio.

- Corretor público – lei 6530/78 – reg dec. 81.871/78


É uma profissão legalmente disciplinada, com investidura de cargo público e
conseqüentemente goza de fé pública. Eles devem atender requisitos especiais: como
idade, idoneidade e cidadania.
Prestam concurso público.
Esse tipo de corretor deve estar registrado na Junta Comercial, possuem cadernos
manuais para registro das operações em que atuam.
Para assumir o cargo tem que assumir fiança para garantir seu bom desempenho.

Contrato de Depósito – Depósito Mercantil


Contrato de depósito civil – art.627 a 652 CC.
Guarda de coisa alheia.

Conceito:
Contrato de depósito decorre da entrega de um bem móvel ao depositário que deverá
guarda-lo, conserva-lo e devolve-lo quando solicitado pelo depositante.

Historicamente era gratuito, mas passou a ser remunerado como um serviço.

Objeto: Bens móveis


Contrato Real, porque é da essência desse contrato a entrega de um bem que deverá ser
restituído.

Tradição: Real – quando ocorre a entrega de um bem


Ficta – A coisa já está com a pessoa, por isso não ocorre a transferência para a
pessoa.

A modalidade de depósito

Civil Voluntário
Necessário

Judicial: CPC – alguém faz deposito em juízo, nos casos de LIDE.

Depósito irregular: é o deposito de dinheiro nos bancos.

Estacionamento de veículos, garagem de condomínio, de shopping.etc.

Deposito Mercantil é regulado pelo Dec 1.102/1903


Contrato de armazenagem
Consiste na guarda e conservação de mercadorias, em regra, mercadorias que se
encontram em trânsito.
Estão localizados próximos aos portos e aos aeroportos.
O titular dos armazéns se obriga a restituir a mercadoria assim que solicitada.
Essas mercadorias podem ser solicitadas por terceiros, portadores de documentos que os
legitime.

Partes: Depositante - Quem se utiliza são os atacadistas de produtos agrícolas e os


exportadores em grande escala nos portos.
Depositário – sociedades empresárias de armazéns gerais. Destinado ao
exportador enquanto aguardam o embarque da mercadoria. Os armazéns gerais estão
sujeitos a uma regulação especial que é o chamado de “sistema de certificação”. Esse
sistema foi criado pelo ministério da agricultura e abastecimento com registro na junta
comercial.
Finalidade: Destinado ao exportador enquanto aguardam o embarque da mercadoria.

Observações:

Características:
Prazo desse contrato é de 6 meses contatos a partir da tradição.
É oneroso, pois é sujeito a taxa de armazenagem.
A restituição da mercadoria poderá ser feita a qualquer tempo.
Vencidos os 6 meses se caracteriza o abandono. Caracterizado o abandono notifica-se o
depositante dando-lhe 8 dias para a retirada da mercadoria, se não for retirada a
mercadoria será feito leilão publico por meio de corretor público ou leiloeiro.
Existe a obrigação de custódia pelo depositário que se responsabiliza por furto, perda,
avaria por sua culpa. Fraude ou dolo dos empregados e prepostos.
Observação: Esse contrato de depósito se prova pelo recibo. A mercadoria será
devolvida ao detentor do recibo.

O recibo pode ser substituído por 2 títulos de crédito:


- Warrant – pode ser objeto de garantia.
- Conhecimento de depósito – o detentor dispõe da mercadoria e exerce
todos os atributos do proprietário, mas não pode dá-la como garantia
pignoratícia (penhora). é o dono da mercadoria.
Esses documentos serão criados juntos e a mercadoria será devolvida a quem apresentar
os 2 títulos.

O armazém se obriga a contratar seguro.

Falta títulos de crédito criados para agricultura.

Aula: 01/09

Depósito Mercantil

Recibo
Warrant ------------------------
Conhecimento de depósito--- títulos de crédito

Produtos agropecuários – lei.9973/00 e lei 11.076/04 (lei especial)


Soja, café, gado
Precisam de armazéns especiais. Armazéns certificados pelo governo para destinação à
agropecuária. Todos armazéns são obrigados a ter seguro.

Geram títulos:
CDA (conhecimento de deposito agropecuário)
WA (warrant agropecuário) títulos de crédito
Contrato de Seguro
Lei especiais e CC – art.757 e ss
As regras do cc São supletivas, aplicáveis no que couber aos contratos regidos por lei
própria.

Conceito:
É um contrato de massa baseado na estatística e contempla a álea (risco).

É contrato pelo qual a seguradora mediante o recebimento de um premio se obriga a


pagar um valor convencionado (indenização) ao segurado ou a terceiro beneficiário caso
se verifique o sinistro. O valor deve corresponder ao risco previsto.

Partes: Seguradora
Segurado  3o. beneficiário

Observações:
A seguradora é sempre uma sociedade empresária, constituída sob a forma:
• Sociedade anônima
• Mútua (vários clientes)
• Cooperativa

Fundamentação Legal Especial


CF – art.21, inc VIII - Compete à União legislar sobre seguros.
CC  Seguro terrestre
C.Com  seguro marítimo
Dec.Lei 73/66 SNSP – Estabelece o Sistema Nacional de Seguros privados. Determina a
existência de seguros obrigatórios, facultativos e por leis especiais:
CNSSP:
SUSEP: superintendência de seguros privados
IRB: Institutos de Resseguro do Brasil
SAC: Sociedades autorizadas e Corretoras
INSS: autarquia federal - seguro social de seguro do trabalho e tem como
segurador o instituto nacional de seguridade nacional
Lei 5488/68 – institui a correção monetária da indenização .

Características do contrato:
Objeto do contrato: O objeto do contrato é interesse segurável ou coisa material sujeita a
risco. Indenizar alguma coisa traduzida em matéria.
Prêmio: é preço pago pelo segurado à segurado.
Indenização: quantia paga pela seguradora ao segurado.
Sinistro: corresponde ao risco assumido.
Apólice: é o instrumento do contrato de seguro e pode ser nominativa, à ordem ou ao
portador por determinação do art.760 CC.
De uma forma geral o contrato de seguro é uma promessa condicional de indenização na
hipótese de ocorrência de sinistro. (acontecimento futuro e incerto)
Natureza jurisdicional:
É um contrato bilateral, oneroso, aleatório, consensual, de adesão e dirigido(imposto pelo
Estado). Mesmo sendo privado os índices são ajustados pelo Estado.
Todo o segurador(a) tem ação regressiva contra o causador do dano.

Apólice de seguro: mencionará o risco assumido, o início e o fim de sua validade, o


limite de garantia, o prêmio devido, o nome do segurado e do beneficiário.

Não se admite interpretação extensiva, nem analógica, os contratos são de interpretação


restritiva(se é de saúde, só atinge à saúde), mas sendo contrato de adesão, sua
interpretação é em benefício da parte aderente.

Os contratos de seguro não podem contrariar normas de ordem pública e principio da boa
fé.
A indenização não pode ultrapassar o valor do interesse segurado, nem ser objeto de
segundo seguro.
Exceção: seguro de vida. A vida não pode ser valorada.

Espécies de seguro
• Seguro social – são obrigatórios, tutelam determinadas classes de pessoas. Ex.:
idosos, inválidos e acidentados no trabalho.
• Seguro privado – são facultativos, dizem respeito a coisas ou pessoas e se dividem
em terrestres, marítimos e aéreos.
• Seguro ramos elementares – fogo, transporte, vida, acidentes pessoais. Art.763
CC não terá direito quem estiver em mora do pagto. Sumula 257 diz que se
ocorrer mora não impede o pagamento de indenização nos seguros obrigatórios.
• Seguro de pessoas – seguro de vida e acidentes pessoais.
Obs.: 798 CC – seguro de pessoas – diz: se ocorrer suicídio nos primeiros 2 anos de
contrato, a indenização não será devida. Por disposição da sumula 61 STJ classifica que o
suicídio depois dos 2 anos, não se caracteriza suicídio premeditado.

Aula: 08/09

Contrato de Seguro
Seguro de vida não é considerado herança, os credores não podem penhorar.
Falta de indicação, será dividido por igual entre herdeiros e cônjuge.

- Formas especiais de Seguro


 Contra fogo – num condomínio, só será expedido alvará, com o
seguro contra fogo.
 Seguro agrário – lei 2.168 e dec.2063/40 – CNSA (Cia nacional de
seguro agrário) destinado a colheita e rebanhos. O seguro
compensa a falta de colheita por acidente.
 Dec.lei 73/66 – constituição de cooperativa de seguro agrícola e
seguradora de saúde. As seguradoras de saúde não estão sujeitas a
falência e sim a liquidação extrajudicial. A finalidade é que os
segurados não fiquem sem seguro saúde.

- Pulverização da Responsabilidade (divisão de responsabilidade)


 Co seguro – é chamado de seguro múltiplo, a cobertura dos danos
é distribuída entre várias seguradoras. Em decorrência desse fato,
são criadas várias apólices e nada mais é, mais de 1 segurador
dando cobertura simultânea ao mesmo risco.
 Resseguro – resseguro se aplica a valores muito altos e a finalidade
é oferecer reforço de garantia. É o seguro do seguro. A seguradora
faz o resseguro, podendo ser exigida pelo segurado. O segurador
compartilha com o ressegurador, mas continua responsável
exclusivo perante o segurado.
 Retrocessão – quando ocorre a contratação de seguro que contrata
o resseguro. O resseguro se retira dando a vez para outra
resseguradora. É a seção do resseguro a outra resseguradora.
Transferência de risco. Na apólice constará a alteração de
resseguradora.

Factoring (contrato de faturização)


É considerado facturing como contrato bancário impróprio. Venda de faturamento de
uma empresa.

Conceito: consiste na aquisição por empresa especializada, de créditos faturados por um


comerciante ou industrial e sem direito de regresso contra o mesmo.

Partes: Factor – faturizador (empresa que compra os créditos, pode ser física ou
jurídica, necessariamente comerciante, pois a negociação não é privativa
das instituições financeiras).
Faturizado: aquele que vende os créditos. Comerciante ou industrial,
pessoa física ou jurídica, titular dos créditos.
Devedor ou comprador da mercadoria – aquele que gerou os créditos. Essa
pessoa deve ser notificada para que possa efetuar o pagamento ao factor.

O empresário presta a outro, serviços de administração de créditos e garante o pagamento


das faturas ou efetua a antecipação do crédito numa operação de financiamento.

Fundamento legal: Lei 9294/95 e res.2144/95 do CMN Conselho monetário nacional

Natureza jurídica: bilateral, oneroso, consensual, de trato sucessivo e atípico.


Características : historicamente tem origem na pratica comercial. Se trabalha com
créditos contra terceiros ou os chamados os ativos realizáveis. Créditos contra terceiros.
Destinados principalmente a pequenas e médicas empresas, para obter capitalização.

O factoring é composto pelos seguintes elementos: financiamento, seguro de crédito, e


serviço de gestão de créditos pessoais.
O factor se compromete a comprar e eventualmente cobrar judicialmente os créditos,
garantir por meio de seguro a operação, financiar os créditos e se subroga nos direitos do
fatorizado por conta do endosso.
O factoring não inside o direito de regresso, pois embora semelhante ao desconto
bancário, esse direito é negado.

O factoring é considerado desconto bancário?


Por entendimento do banco central a fatorização não é atividade bancária, por conta disso
ele tem que obedecer a taxa celic. Se o fatoring cobrar acima da taxa celic será
considerado agiotagem. Se fosse contrato bancário ele não teria taxa pré estabelecido.
Desde 1989 o Banco Central liberou a atividade de fomento mercantil a qualquer
sociedade empresária, independentemente de autorização.

Conventional factoring: Onde se realizam os pagamento das faturas e são realizadas


com antecipação dos valores: Seção de créditos + prestação de serviço e gestão.
Corresponde a serviço de administração de créditos, seguro e financiamento.(pacote
completo).

Maturity factoring: outra forma de factoring. O pagamento das faturas se dá só no


vencimento. Simplesmente a certeza que no dia os créditos serão pagos. Neste caso Não
ocorre financiamento, mas sim prestação de serviço de adm de créditos e seguro, pois no
caso de inadimplemento a maturity factoring recomporá o pagamento.

Extinção do factoring: pelo vencimento do prazo, pelo distrato ou resilição unilateral,


pelo inadimplemento das obrigações ou pela morte de uma das partes no caso de
comerciante individual.

Aula: 15/09

Contratos Bancários
- Instituições financeiras
Atuam sob controle, fiscalização estatal, por meio do conselho monetário nacional e do
banco central.

- Atividades
Banco comercial, banco de investimento, sociedade de financiamento e corretora de
valores.
- Lei: lei de reforma bancária no.4595/64
Tem uma Legislação especifica para as operações bancárias e respeito a política
monetária, visando a proteção dos depositantes.
Atividade monitorada, objetivo proteção ao usuário

- Conceito de Contratos bancários


Contratos bancários correspondem a um grupo de contratos concluídos entre uma
instituição financeira e usuários.

- Observações
Contratos bancários correspondem a um grupo de contratos concluídos entre uma
instituição financeira e usuários.

- Natureza Jurídica
Contrato suegeneres, real(atrelado a dinheiro), oneroso, dupla disponibilidade (do banco
e do cliente)
Objeto: dinheiro, concurso legal. Dinheiro corrente nacional.

- Forma do contrato
Sem forma especial, valem todos os meios de prova admitidos em direito.

- Privacidade
O banco deve preservar os dados do cliente, salvo quando demandado por autoridade
judicial ou fiscal. O banco tem obrigação de preservar a privacidade.

- Principais atividades bancárias


 Operações financeiras
Linhas de crédito para indústria, comércio e agricultura, mediante cobrança de juros,
correção monetária e comissão. Ele exige garantia que pode ser cambial ou mediante
hipoteca ou penhora de bens.

 Contratos de depósito
Depósito bancário não é financiamento. Temos depósito em CC e caderneta de poupança.

- Aplica-se o CDC nos contratos bancários?


Conforme a Súmula 297 STJ, o CDC é aplicado às instituições financeiras e
entendimento do STF, com julgamento da Adin 2591/2006.

- O que é um depósito bancário?


É uma relação jurídica que se aperfeiçoa por meio de contrato, onde o banco recebe
quantia em dinheiro e se obriga a restituir uma quantia na mesma espécie e na mesma
quantidade na data estabelecida ou quando solicitado. Há semelhança com o mutuo, mas
não se identifica ao mútuo. (art.645 cc, trata do mútuo). O depósito bancário é um
contrato autônomo e regulado por regime especial.
Espécies de Depósito bancário
 Deposito em conta corrente
É operação pelo qual o banco administra a quantia depositada pelo correntista, efetuando
o registro do debito, do crédito, remessas e saques, podendo o saldo ser verificado a
qualquer tempo.

Prazo: indeterminado, mas poderá ser feito com prazo fixo.

Modalidade:
A vista ou em conta de movimento: Onde existe a possibilidade de saques constantes, de
acordo com a conveniência do cliente.
Com aviso prévio: só de admite saques, mediante prévia comunicação ao banco.
Prazo fixo: sujeita a correção monetária, onde a retirada somente se dá no prazo fixado.
Por determinação a lei 4728/65 art.28, poderá o banco recusar o saque fora do prazo
fixado.
Com permissão de saque a descoberto: cheque especial.

Conta Conjunta:
Existe 2 ou mais titulares. Pode ser simples ou solidária
Será simples quando a movimentação é feita com assinatura de todos os titulares.
Solidária: qualquer um pode movimentar com 1 assinatura. Art.272 cc

Encerramento das contas: será mediante a verificação do saldo e balanço dos débitos e
créditos. O encerramento deve ser definitivo.

 Deposito em caderneta de poupança.


Oferece menor rentabilidade, mas oferece maior garantia. Os critérios de remuneração
são fixado pelo autoridade monetária, tanto a remuneração como a correção são
depositados na data determinada.

A restituição no vencimento do valor depositado e devido pelo banco deve ser realizado
na mesma espécie e na mesma quantidade. (principio do contrato de mútuo). Por ser
instituição bancaria deverá ser corrigida para manter o equilíbrio econômico

Aula: 22/09

Contrato de Leasing (arrendamento mercantil)

Conceito: Leasing é um negocio jurídico complexo, por meio do qual, uma pessoa
jurídica, que é um financiador ou arrendador, adquire e aluga à outra pessoa física ou
jurídica um bem móvel ou imóvel para uso desta por certo prazo, facultado ao
arrendatário a aquisição do bem pelo preço residual. No final do prazo o arrendatário terá
3 opções:
• Nova locação.
• Uma permuta
• Aquisição pelo preço residual.
Partes pessoa jurídica  arrendados
Pessoa física ou jurídica  arrendatário

Fundamentação legal complexa  Lei no.6.099/74 dispõe sobre o tratamento tributário


das operações do arrendamento mercantil. É lei genérica regulamentada pelo Banco
Central do Brasil, pelo Conselho monetário Nacional e por meio de circulares e
resoluções.
A Lei 7132/83 – altera o art. 1o. da lei (6099)e define o instituto.
Resolução 2309/96 – faculta aos bancos a realização de tais contratos.
Resolução BACEN n.2.659/99 (VRG) altera o art. 7o. da lei 6.099 e admite o valor
residual garantido, pode ser pago em qualquer momento a titulo de garantia.

Vantagens:
• Mantém o capital de giro do interessado. A empresa se equipa sem investir grande
capital.
• Permite aquisição a prazo sem financiamento bancário.
• Permite lançar como despesa para fins de tributação, as quantias pagas às
empresas de leasing.

Bens objetos de Leasing:


• móveis e imóveis – lei 10.188/2001. essa lei criou o programa de arrendamento
residencial com opção de compra e destinado à população de baixa renda.

Características gerais do leasing


• benfeitorias feitas pelo locatário, incorporam-se à coisa e não são indenizáveis.
• A publicidade do contrato é necessária, para que se evitem alienações
fraudulentas.

Aula: 29/09

Contrato de Leasing (continuação)


Nasceu atípico, mas com o uso constante tornou-se típico

Características gerais
• Benfeitorias – não há restituição de valores referentes à benfeitoria.
• Publicidade – é obrigatoriamente registrado
• Res.2.659/99 art. 7o, item XI – estabelece regras para os casos de destruição,
perecimento ou desaparecimento do bem.
• Responsabilidade – se a coisa móvel desaparece por culpa ou dolo do arrendatário
será ele responsabilizado integralmente. Se a coisa móvel desaparece por força
maior quem sofre a perda é a arrendadora. No caso de roubo ou furto ao
arrendador cabe o valor do seguro. Não há restituição de valores para o
arrendatário.
Natureza jurídica
Contrato escrito por meio de instrumento público ou particular e registro no cartório de
títulos e documentos. Bilateral, consensual, oneroso, de execução sucessiva, nominado e
por adesão.

Elementos obrigatórios
Descrição minuciosa do bem e prazo de arrendamento. Ficando estabelecido da seguinte
forma: mínimo de 2 anos para bens com vida útil de 5 anos.
Prazo mínimo de 3 anos para os outros bens.
Prazo de 90 dias para o leasing operacional.

Modalidades de leasing
• leasing financeiro – é um operação triangular, verdadeira operação de leasing,
onde existe um fabricante, um arrendatário e um arrendador. Devido a
obrigatoriedade desse contrato, todas as prestações deverão ser pagas, mesmo que
o arrendatário queira por fim ao contrato, devolvendo o bem antes do término do
contrato. No caso de defeito do bem deve-se ir até o fabricante.
• leasing operacional – também chamado de renting –É realizado com bens da
empresa que dispõe de um estoque de mercadorias. Não tem intervenção de
instituição financeira. É autorizado pelo CMN conselho monetário nacional
através da resolução 2.309/96. A obrigatoriedade de manutenção dos bens ficam
por parte do arrendador. Pode ser rescindido pelo locatário a qualquer tempo.
(mínimo 90 dias). O renting é o arrendamento feito diretamente pelo fabricante.
São bens de rápido consumo e grande aceitação, onde a assistência técnica
obrigatória, locação a curto prazo e o arrendador fabricante responde por vícios
redibitórios.
• lease-back (ou leasing de retorno) – não tem sido muito usado. Trata-se de um
conjunto de bens, onde existe uma empresa proprietária de bens que vende à outra
que os arrenda. Existe uma mudança de título jurídico. O antigo proprietário passa
a ser arrendatário, passa a ter um pagamento de aluguel e opção de compra no
final do prazo.

Considerações sobre o leasing imobiliário

Resolução 1.863/91 do BC

Lei 10.931/04 sua utilização é feita pela Caixa Econômica Federal que promove esse
arrendamento imobiliário especial. Funciona da mesma forma que o leasing de móvel
com opção de compra no final do contrato. É destinado à uma população de baixa renda.
Poderá ser feito a um ex proprietário ou ocupante a qualquer título – possuidor.
Será feito uma apreciação do valor de mercado do bem, esse valor será feito por um
perito do CREA. Esse contrato deve especificar: identificação do imóvel, prazo de
arrendamento, valor da prestação e opção de compra, direito de vistoria, previsão de não
devolução das quantias pagas. Esse contrato destinado ao arrendamento será formalizado
por instrumento particular com força de escritura pública e será registrado no cartório de
registro de imóveis.
Obs.: a falta de pagamento de 3 parcelas mensais constitui o arrendatário em mora. Nesse
caso configura-se esbulho possessório. (medida para retomada dos bens) que autoriza o
arrendador a promover a reintegração da posse. Para a constituição de mora do devedor,
deverá ser procedida de notificação prévia.

Leasing Internacional (a lei não prevê)


É considerado contrato atípico, onde o foro competente é o foro do exportador. Nada
impede que seja convencionado de outra forma. Arbitragem internacional tem sido muito
utilização, pois garante uma resolução imparcial do conflito.

Aula: 13/10/10

Contrato de Transporte

Princípios Gerais – CC – art.730 e ss

Conceito: é um contrato de prestação de serviço, é uma atividade que permite circulação


de pessoas e coisas, de um lugar para outro. Mediante pagamento de um preço e por meio
de veículos existentes em terra(superfície ou subterrâneo), mar e ar.

Leis que dependem de dois fatores:


a) especialidade do meio de transporte
b) ambiente no qual se desenvolve.

Sistema “Roll-on / roll-off” sistema intermodal de carga.


É um transporte principalmente marítimo. Utiliza vários sistema de transporte, sai
terrestre – vai para deposito, depois navio, vai para outro porto.

Transporte de massa:
Existe várias regras rígidas:
Fechamento de portas, exigência de assento próprio, exigência de cinto de segurança, etc.

Novos sistemas de transporte:


Feito por tubos á vácuo para distribuição de correspondência.

Transporte de gases e petróleo: (transporte de mercadoria)


Feito por meio de adutoras.

Qualquer tipo de transporte está ligado a um seguro obrigatório.


É uma obrigação de resultado.
A responsabilidade é sempre objetiva.

O Contrato é sempre existência, indiferente de haver um ticket.


Quanto a empresa (transportadora):
Ela tem direito de retenção em relação de bagagem no caso de não pagamento.
Ela responde por avarias, furtos e perdas das bagagens.

Transporte aéreo

Conceito: transporte de pessoas ou coisas realizado por meio de aeronaves.


Porta sistema de leis nacionais, internacionais destinada a circulação de aeronaves.

Fatos crescentes pirataria


Delimitação do espaço atmosférico

Transporte aéreo nacional


CBA  lei 7565/86 código brasileiro do ar – disciplina o transporte aéreo realizado
dentro do território nacional, se submete às convenções de Varsóvia. A lei observa o
principio da teoria da responsabilidade objetiva, visualizando o risco da atividade.
Exclui-se a responsabilidade do transportador quando ocorre a morte do passageiro em
decorrência da saúde pessoal. se exclui a responsabilidade do transportador por culpa
exclusiva do consumidor. A lei não menciona fortuito interno ou externo, ficando a
critério do juiz determinando a responsabilidade. A lei também não menciona sobre fato
exclusivo de terceiro. O art.256 do CBA dispõe que a responsabilidade do transportador
se estende ao passageiro gratuito(passagem de cortesia), aos tripulantes, diretores e
empregados. Os tripulantes tem direito a indenização trabalhista. O transportador é
responsável objetivo por danos causados a pessoas em terra por coisas caídas ou lançadas
da aeronave não se exclui a força maior e a indenização será calculada pelo direito
comum.
CF e o CDC – estabelece a responsabilidade objetiva do Estado e das pessoas jurídicas de
direito privado pelos danos e seus agentes causarem a terceiros sem limites de
indenização, contrariando as disposições do CBA e da convenção de Varsóvia.
O CBA e a convenção estabelecem um limite de indenização, já a CF e o CDC prevê
indenização ilimitada, avaliando de pessoa a pessoa levando em conta a idade, a profissão
quanto que ganharia nos próximos anos etc.
O transportador é responsável pelo atraso. Também é responsável moralmente e
materialmente pelo overbooking
É de competência exclusiva da justiça brasileira processar e julgar ações oriundas do
contrato de transporte quando o Brasil é ponto de destino.
O transporte aéreo internacional é controlado pelo convenção de Varsóvia que impõe a
indenização tarifária.

CDC – código de defesa do consumidos


ANAC – agência nacional de aviação civil

20/10

20/10/2010
Contrato de Transporte (continuação)

- Convenção de Varsósia (12/10/1929), recepcionada pelo Dec. 20.704/1931


- Responsabilidade subjetiva presumida por parte do transportador
- Contrato de transporte aquático - Lei 10.233/01
- Transporte gratuito e transporte benévolo
- Contrato de adesão IATA

A responsabilidade é sempre da transportadora, mesmo que seja no embarque


e desembarque de passageiros. Essa responsabilidade não se anula nem por
força maior. A indenização é limitada por valor determinado internacionalmente.

IATA - Associação que regula as condições gerais de transporte, atividades


auxiliares da navegação (...)

O Contrato de transporte aquático é regulado pela Agência Nacional de


Transporte Aquaviário, criado pela Lei 10.233/01.
Contrato atípico: Cruzeiro Turístico, muito utilizado hoje em dia. Inclui outros
serviços, como hospedagem, passeios em praias e retorno do turista, que pode
ser feito até por avião.

Transporte gratuito/benévolo – feito por empresas transportadoras para pessoas


ou bagagens. Quando compramos uma passagem aérea, está embutido o
transporte da bagagem, claro que sem elidir a responsabilidade do
transportador.
Outro exemplo: o corretor de imóveis busca o cliente em casa para visitar alguns
imóveis. É um transporte gratuito interessado. Há uma responsabilidade plena
do transportador. Também é plena a responsabilidade no transporte gratuito
interessado, em que um amigo dá uma carona pro outro sendo que o segundo
vai pagar a gasolina. Aqui, o motorista tem responsabilidade de transportador,
além da responsabilidade civil.
Benévolo seria aquele em que não há nenhuma contraprestação. A carona
propriamente dita. Há a responsabilidade civil, mas não a responsabilidade de
transportador.

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TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

Contrato de transferência de tecnologia


- know-how – conhecimentos entre universidades, por exemplo.
- engineering -

Aplicação:
- na indústria;
- no comércio;
- no serviços.

Contratos complexos – INPI e Banco Central (Instituto Nacional da Propriedade


Intelectual).

Princípios Gerais

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Ela falou em transferência de conhecimento, tipo de conhecimentos entre
universidades ou ainda entre indústrias automobilísticas... e qualquer outra
Contratos coligados e complexos, porque não se transfere apenas um elemento,
mas vários, e importantes.

Contrato sujeitos a registro e averbação no INPI, por força do ato normativo


15/75.

A transferência de tecnologia, trata-se de criação de contratos complexos


aplicados na construção civil, nas áreas industriais e na pesquisa, em que atuam
o INPI e o Banco Central.

A atuação do Banco Central se regula às remessas de numerário por meio da lei


4.131/62 e regras tributárias especiais. Essas regras, do INPI e do BC, tem
como objetivo a eficácia (defender) contra terceiros e dar legitimação aos
pagamentos internos e internacionais através do Banco Central. E mais,
incidência de regras tributárias, que tem finalidade de dar uma agilização fiscal.

Princípios Gerais: contratos com normativas diferenciadas e âmbito de atuação


diferenciado.
- protegem o resultado da pesquisa e da invenção contra o abuso e especulação
alheia.
- pesquisa voltada para o aproveitamento econômico destinado às invenções
patenteadas ou não.
- grupo de contratos atípicos regulados por normas administrativas

Contrato de know-how é aquele pelo qual uma das partes se obriga a transmitir
a outra uma tecnologia ou conhecimento técnico exclusivo empregado na
produção e comercialização de bens ou serviços.
As partes deste contrato: transmitente e licenciado.
Transmissão de know-how não implica obrigatoriamente em uma transmissão
definitiva, mas apenas uma licença de uso.
A remuneração é feita por meio de royalties.
O objeto deste contrato é a transmissão onerosa de conhecimento.
Pode-se transmitir o conhecimento de forma temporária (licença de uso) ou
definitiva (cessão).
Contrato bilateral, oneroso, consensual, híbrido (sem forma regulada por lei,
composto por diversos contratos) e intuito persone. Além disso, este contrato
deverá ter cláusula de confidencialidade (não confundir com segredo industrial).
Cláusula de confidencialidade é gênero; segredo industrial é espécie.
Contrato de Transferência de Tecnologia (Know how e engeneeing)

Conceito: Criação de contratos complexos, aplicaveis na construção civil, nas áreas


industriais e nas pesquisas, onde atuam nesse contido o INPI e o Banco Central, o qual é
regulado por remessas de numerários por meio da lei 4.131/61 e regras tributárias sociais.
Essas regras tem como objetivo a eficácia contra 3o.s que tenham pretensão igual, da
legitimação aos pagamentos internos e internacionais através do BC. As regras tributárias
tem como finalidade dar uma agilidade fiscal.

Princípios gerais
Esses contratos protegem o resultado da pesquisa e da inversão contra o uso e a
especulação alheia. A pesquisa está voltado para o aproveitamento econômico, destinado
às invenções patenteados ou não.
Um grupo de conteúdo atípicos regulados por normas administrativas.

Know how
É saber como se faz, ter conhecimento. É aquele pelo qual uma das partes se obriga a
transmitir a outro uma tecnologia ou conhecimento técnico exclusivo, empregado na
produção e comercialização de bens ou serviços. As partes desse contastação o
transmitente e o licenciado. ...

Contratos de Transferência de Tecnologia

Transferência da confiabilidade
Know how – conhecimento especial

Conceito de engineering
Por meio de contrato engineering, visa obter ou uma consultoria ou uma indústria
construída e instalada. A doutrina traz 2 espécies:
- consulting engineering – compreende estudo de caráter técnico econômico
para a realização de um projeto industrial ou modernização de uma empresa. Aqui
ocorre uma prestação de serviço de natureza intelectual.
- comercial engineering – Temos alem da etapa do estudo, a fase da
execução que consiste no fornecimento de material, processo de fabricação e
entrega de uma instalação industrial em funcionamento “contrato turn key”.

Natureza Jurídica – contrato autônomo, complexo, atípico, oneroso e bilateral.

Contrato de Franchising (franquia)


Pode incluir o know how.

Conceito: é a relação pela qual um empresário titular de uma marca, cede seu uso, num
setor geográfico definido a outro empresário. Contrato inter empresarial. O beneficiário
da operação (franqueado) assume integralmente o financiamento da sua atividade e
remunera o seu parceiro (franqueador) com uma porcentagem calculada sobre o volume
dos negócios. È inserida uma clausula de exclusividade garantindo ao franqueado o
monopólio da atividade e a identidade do produto.

Fundamento legal: lei n.8955/94 + outras clausulas contratuais


Partes – franqueador – detém a marca e o esquema de comercialização.(engeeniring)
Franqueado – paga a remuneração inicial a título de filiação e porcentagem
periódica que são os royalties.

Natureza Jurídica – bilateral, oneroso, comutativo, de adesão, intuito persone (seleção),


atípico e de trato sucessivo.

Características: exploração de marca ou produto com assistência técnica do franqueador,


cessão de know how e independência do franqueado.

Técnica operacional: credenciamento de agentes, franquiamento de marcas, de produtos


ou franquia múltiplas, além do mais, métodos de publicidades idênticos, técnicas de
venda e conhecimentos técnicos.

As franquias podem ser: de produção – a produção é integral.


Distribuição – o produto já chega pronto
Serviços – hotelarias, escolas, lavanderias

Pagamento: taxa inicial + royalties

Visão do CDC – qualquer empresa é responsável perante o fornecedor. A


responsabilidade é solidária. O advogado tem que ter conhecimento imobiliário,
tributário, societário e contratual.

Quanto à orientação do franqueador compreende:


Engineering - o franqueador orienta e planeja a montagem do estabelecimento.
Mannagement – treinamento de funcionários
Marketing – técnica de colocação dos produtos.

Aula: 03/11

Contrato de Franquia (franchising)


Vem unida ao Know how e engeneeng

Fundamento legal: Lei 8.955/94


É considerado contrato típico, mas também é considerado ...

Pagamento – Taxa inicial = Royalties


Franquia internacional – composição:
Constituição – Franquia Piloto (máster) – internacional ex.: Mc donald
Subfranqueador – fica sediado no país onde tem interesse de negociar.
Franqueador -

Elemento essencial ao contrato – circular de oferta da franquia


A lei estabelece as regras. Obedece as exigências da lei 8.955/94, quem emite a circular é
a franquia piloto/máster .

Prazo de 1 a 5 anos, podendo ser prorrogado.

Características:
- autonomia de gestão do franqueado, cada franquia tem o seu próprio CNPJ. A franquia
obedece as regras gerais, mas tem autonomia de gestão.
- Tem um grupo de empresas sob controle externo do franqueador, haverá controle
contínuo.
- transferência de risco econômico, dependência tecnológica e independência jurídica.
Se o franquia quebrar, o franqueado não tem qualquer responsabilidade. Cada um tem
responsabilidade pelas suas relações jurídicas.
- o descumprimento das obrigações, autoriza as partes a argüir a anulabilidade do
contrato e exigir a devolução dos valores pagos devidamente corrigidos. O franqueador
poderá pedir perdas e danos pela má utilização de sua marca.
- o franqueados com sede no exterior se submetem à lei brasileira e o contrato de franquia
deverá ser averbado no INPI instituto nacional de propriedade intelectual e averbado no
cartório de títulos e documentos.
- no caso de falência do franqueador ou franqueado, o contrato poderá ser cumprido pelo
sindico da massa falida.

Causas extintivas
- pelo distrato
- pela inspiração do prazo
- pela resilição unilateral (uma das partes pede a extinção)
- pela anulabilidade

Observações finais
- o franqueado não pode promover ou efetuar promoções ou descontos sem
autorização.
- Esse contrato é realizado por meio de licença de uso de marca, nome ou insígnia do
franqueador.

Gestão de Negócios (alheio) fonte de obrigações


Só atinge negócios com caráter Patrimonial que poderiam ser realizados por meio de
mandato. Dá-se gestão de negócio quando alguém sem autorização do interessado
intervem na administração de negócio alheio, dirigindo-o segundo a vontade presumível
do seu dono.
Fundamento Legal: CC art. 861, Aquele que, sem autorização do interessado, intervém na gestão de
negócio alheio, dirigi-lo-á segundo o interesse e a vontade presumível de seu dono, ficando responsável a
este e às pessoas com que tratar.

Características:
- ato de colaboração e generosidade.

Pressupostos:
- negócio alheio
- falta de autorização do dono
- deverá haver uma tentativa de comunicação, mas sem sucesso.
- Agir conforme a vontade presumida do dono.
- Se for feita contra a vontade ostensiva do dono, o gestor responderá até por caso
fortuito.
- Esse intervenção só se justifica por necessidade ou utilidade, ou seja, intenção de
ajudar o dono.
- A gestão é unilateral e é gratuita até a ratificação(agradecimento/concordância), se
cria um contrato onde o dono deverá reembolsar todas as despesas.

Diferença: mandato tácito x gestão de negócio

No mandato tácito havia conhecimento, previamente o visinho mostrou a chave e disse


que se houvesse algum problema entrasse na casa.

Na gestão de negócio, você toma a iniciativa sem o conhecimento do dono.

Nasce obrigações para ambas partes:


Obrigações do gestor: comunicar a gestão ao dono do negócio (se possível), utilizar a
diligencia habitual, não fazer operações arriscadas.
Obrigações do dono: indenizar os gastos, cumprir as obrigações contraídas, a ratificação
é o ato pelo qual o dono do negócio retroage ao primeiro ao primeiro dia da gestão.

Art. 865. Enquanto o dono não providenciar, velará o gestor pelo negócio, até o levar a cabo, esperando,
se aquele falecer durante a gestão, as instruções dos herdeiros, sem se descuidar, entretanto, das medidas
que o caso reclame.

Também se chama gestão de negócios :


Art. 871. Quando alguém, na ausência do indivíduo obrigado a alimentos, por ele os prestar a quem se
devem, poder-lhes-á reaver do devedor a importância, ainda que este não ratifique o ato. (não precisa
ratificação)
Art. 872. Nas despesas do enterro, proporcionadas aos usos locais e à condição do falecido, feitas por
terceiro, podem ser cobradas da pessoa que teria a obrigação de alimentar a que veio a falecer, ainda
mesmo que esta não tenha deixado bens.
Parágrafo único. Cessa o disposto neste artigo e no antecedente, em se provando que o gestor fez essas
despesas com o simples intento de bem-fazer.
Matéria da prova:
Contrato estimatório / consignação
Depósito mercantil - pág. 8
Seguro pág. 11
Contratos bancários – pág 14
Leasing – pág. 16
Franchising - - pág. 23
Factoring – pág. 13
importação de tecnologia – pág. 21
gestão de negócios – pág. 25
transporte – pág. 19

não cai: corretagem, mandato, comissão

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