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JOVEM. ‘Tu recebes a cultura e 0 saber, dédivas que tes que semear, 2 JOVEM. Tu és oamanhi da VIDA Fl GHIVOTH ANO 10 Nu 6 de Maio 1997 DIGHTAGAO, PAGINAGAO 'EMONTACEM [EDICAO — Escola Bésica e Secundéria de Padre Manuel Alvares — Ribeira Brava TDIPRESSAO: GRAFIMADEIRA EDITORIAL LER E VOAR 1— AGAIVOTA (0 Homem, esse etemo insatisfeito, sempre ambicionou possuir algumas caracterfsticas especificas dos animais: a forga do leio, a agilidade do gato, a velocidade da gazela, a visio da fguia, a mobilidade do peixe, o voo das aves. Mas 6, sem diivida, esta ltima, aquela que sempre mais 0 apaixonox. ‘A ideia de liberdade que sentimos ao observar uma gai- vota, por exemplo, a planar suavemente, de certo que nos arebata a0 extase, E quem jé leu olixzo-de Richard Bach, A Histéria de Femto Capelo Gaivota, certamente saber com- preender arazio da escolha desta vez, como simbolotetémico danossa Escola, Foi ideia base escolher um ideal de liebrdade, que conciliasse disciplina, trabalho e esforgo. ‘Nao nos deixemos pois enganar com outras atribuigoes ou significados que Ihe queiram aibuir. 2— ALEITURA Mas se o Homem nio possui aquelas caracteristicas dos anismais, ov as possui mum grau menor, outras hi, e bem mais ‘importantes, que © tomam sobremaneira superior a todos el 1 faculdsde de pensar, falar e ler sio certamente das mais importantes. E 6 sobre a leitura que hoje, e aqui, neste Jomal, quero . Hussein, que estava a tremer tanto e com medo, disse: —T4, bem. Telefonou para as tropas e parou, gragas a Ramsés I. CONTRA SADDAM HUSSEIN! (Cidalina Freitas 297 —7.2¢ — 12*anos A DESGRACA DE HUSSEIN ‘Nomomentoem que as forgas inimigas atacavamo Iraque, Hussein estava a pensar como iria arranjar um plano para atacar as forgas multinacionais. ‘Quando olhou para o chio, deu com os olhos nas «velhas» botas que jf tinham sido do seu bisav6, pai, irmio, cunkado e do seu tio. ‘Tosios eles tinham entrada em varias guerras, calgando as botas ¢ tinham obtido a vitria. Quando o seu tio morren aos 130 anos tinha-the oferecido as botas para que ele entrasse na guerra c também ganhasse. Nesse momento nao hesitou e calgou as botas pensando {que também iria ganhar. ‘S6 que dentro das botas tinha uma aranha venenosa e que ficou toda contente com 2 comida que lhe tinha chegado de -surpresa (o pé do Hussen), deu uma dentada, achou a comida ‘ptima e deu mais outra. Ble, a dor que sentiu, desesperadamente com as botas calgadas saiu dos subterraneos e comegou a gritar como um louco, ra, como as suas iropas pensavam que esra umespigo, 80 hesitaram e dispararam um canhéo. ‘Voando pelos ares, Hussein foi cair no Golfo Pérsico © ‘morreu com as botas calgadas. Por fim, tiraram-lhe as botas © «quando viram a aranka lé dentro, puseram-na num musea para que as pessoas pudessem ver quem é que tinha mordido Sad- dan. Se isto acontecesse de verdade até eu gritaria vit6ria, Ceséria— 7B A GAIVOTA E.U.A. IRAQUE Eu nio concordo com a guerra, Traque sempre foi um pafs de conflito. A sua guerra com o Irdo por causa das suas terras fértes.. © E.U.A. queriam que 0 Iraque abandonasse 0 territério do Kuwait, Assim, este podia e deveria Continuar a ser um pafs livre. Os E.U.A. deram um prazo'ao Hussein para sair do Kuwait. Prazo este que ndo foi cumprido por causa de questdes politicas e econémicas... E agora que a guerra comegou, as tropas sto capazes de dar a vida pelo pafs que defendiam. Muitos pafses participam neste conflito. Conflito este que pode ser 0 in(cio da terceira Guerra Mundial. Milthares de pessoas podem morrer. Agora é tarde demais para um tratado de paz. J comegou a guerra! Sénia Paula Ferreira de Abreu 7#En224— 12 anos CONFLITO EUA/IRAQUE Euachoqueo Iraque ndo devia ter invadido o Kuwait. E preciso reparar que esta invasio pode tornar-se na II Guerra Mundial. Pode haver escassez alimentar, falta de petrdteo (pois © Kuwait € um dos 1. produtores/export dores de petréleo do mundo) e o maior flagelo: muitas mortes. De certeza que se o Kuwait nao tivesse tan- tas partes de energia, passava «discretamente» as linhas fronteiricas do Iraque, pois ninguém iria intervir (recordemos 0 assunto Portus Timor). Poderiam chegar a um acordo mas néo 0 fizeram. Sendo assim, Hussein poder destruir 0s varios pocos de petréleo do Kuwait. De facto, ‘Scud que atingiu Telavive (Israel) ori cerca de 3 mortos e 79 feridgs, destruindo casas ¢ um dos muitos pogos de petréleo do Kuwait. Isto aconteceu na noite de 22 de Janeiro. E preciso fazer parar alguém que nao olha ‘a meios para atingir os fins. Patricia Reis— 7.°En® 17 — 12 anos A GAIVOTA 7 Ribeira Brava, 12 de Margo de 1991 Tocou a campainha, Aaula comecou, O professor no quadro, O sumério passou. A Helena mais tarde Acabou por entrar, Notando que nio tinha ‘Onde se sentar. Carlos para rir Decidiu falar, Dizendo: — Senta aqui! Quis Modesto Pires imitar. Mas ha matéria para dar, Nao hé tempo a perder, E 0 texto da aula anterior Continuémas a ler. poeta para a sua vida Quis achar uma solucso, Voltando-se para o mundo inteligivel Alcancou a salvagao. Alguns versos séo compostos Por dez silabas gramaticais, Que correspondem a sete métricas Juntando algumas vogais. Esta jungao s6 é possivel Por dois fenémenos de unio, Um deles 6a sinalefa E 0 outro é a elisio. A rima em Babilénia E mais rica que em Pois a vida neste tiltimo E completa perdicao. O professor falou ainda, Sobre o que iremos estudar, Tocando a campainha Impedindo-o de falar. Agostinha — 11.2 A COMPOSIGAO «Era uma vez uma 4rvore» Era uma vez uma érvore, chamada Rosita, que vivia num belo bosque. Certo dia, quando a érvore seestava vendo nas éguas tans- parentes, qe coriam silenciosamente, ouvi um barulho de motor. Elacommuita curiosidade, foi ver oque era aquele barulho de motor, no meio dos arbustos. Foi entéo que viu dois automéveis enormes com homens ue sairam e disseram: —0é, nto achas que isto 6 um belo ugar para construir ‘nossa indistria? — Eu acho que aqui é 0 melhor lugar — respondeu 0 Anténio. ‘A fvore Rosita que estava atrés dos arbustos reuniu todos (0s animais. A davore Rosita, que era a presidente do bosque, marcou a reunito para as 4 horas. Quando chegou as quatro, os enimais estavam todos pre- sentes. A drvore Rosita disse que nfo ia permitir que“eles ‘destrissem as érvores € 05 animais. Eu compreendo que queiram construra indistria, éparao bbeneficio deles, mas eles nfo podem destrur as nossas vidas, eu Vou ter uma conversa com eles. No dia seguinte, a érvore Rosita foi ter com eles. Os homens nio acreditaram quehouvesse uma érvore que falasse. Falaram durante 3 horas e chegaram a um acordo: Eles con- struiam a indstria se ndo destruissem a flores. Os homens accitaram 0 desafio! Mario Lino 1B COMPOSICAO ‘Vamos salvar a Natureza. ara salvar & Natureza & preciso que as pessoas no poluam o ambiente. Sio muitos os tipos de poluigo: — polugdo sonore a Poluigio do ar, poluigdo dos ros, mares, etc. No ano passado todos 16s sofremos com 0 crude que afectou 0 Porto-Santo. (© mar ficou poluido matou muitas aves e peixes © estruiu a praia maravilhosa. As fabricas sio as grandes causedoras da poluigdo do meio ambiente, Hi pessoas que deitam os lixos e os esgotos para os rios ceribeiras que vio dar ao mar e este vai ficar poluido e Vai ‘mata os peixes, evemos evita os ixos endo abandoné-los ao ar livre nem nas ribeiras, porque a Natureza eo ar vio ficar muito poluidos. ‘Vamos fazer o melhor para salvar a Natureza. ANatureza 6 bela! Nunca devemos poluir 2 nossa querida © amiga NATUREZA Sandra M! Gouveia Caires, 1E n*20 A GAIVOTA Sei que sou jovem Sei que vou crescer Sei que te amo Eno vou esquecer Weide perguntar ‘Como é que se faz ara viver em paz. ‘Amor é segredo. Que vou descobrir ‘You amar sem medo Crescer € sorrir Trago no pensamento O teu coragio Beleza sébia ‘Que comunica Paixto. Amor é um poems Pra gente cantar ‘Abracos, Alegria De saber amar Ondas de desejo Tanto amor nos raz Omar do Amor © amor adulto (O amar de crianga (Q amor do futuro © amor da esperanca Pertence: Margarida Manuela Andrade Camacho NP18-11°E VAMOS SALVAR A NATUREZA ‘Eraumavez umameninachamada Ana,que gostava, da Natureza. Um dia, a professora da Ana, na semana do dia Mundial da Arvore, rouxe uma histéria em cassete relacionada com os perigos da poluigao dos mares € rios. Apés a audig4o, a Ana e os seus colegas discuti- ram ¢ conversaram sobre assunto. Depois chegaram a uma conclusio: . E necessdrio de cuidar ¢ proteger a Natureza. E 0 que vamos fazer! Comegaremos com a impezana sala de aulas, nfo atirando papéis para o cho, no recreio ¢ recintos da escola, na rua no autocarro, em casa, no jardim, em toda a parte! Foi uma aula bem proveitosa! Diferente ¢ interessante! ‘Nome: Diana Maria Rodrigues de Sousa ‘Ano: 1? ‘Turma: «E» — Nieto de Order: 7° A sementinha de anoneira Perto da minha casa, hé um pomar com todas as variedades de arvores. Apenas faltavam anoneiras, Um dia, resolvi plantar uma sementinha de an- oneira, preta como 0 carvio. Quando 0 Outono chegou, fui ao pomar planté- ta Fiz um burace com uma enxada, meti a semente, abafei e deitei-Ihe 4gua. Passada uma semana, quando fui regé-la, fiquei surpreendido! —Oh! meu grande amigo! ja tenho uma raiz! — disse-me a sementinha. — Minba pretinha! cresce répido para te ver muito alto ¢ ficares saborosa! Assim gostarei mais de ti. No fim de um ano a anoneira ja estava altfssima, Na Primavera, a érvore ficou to florida, ¢ era tZ0 verde! Quando chegou o dia da colheita, os meus pais acompanharam-me. Colhemos muitas anonas que eram tdo grandes que pareciam queijos. Foi um dia muito feliz para mim e para aanoneira que se sentia tit Todos os dias‘Vou visité-la e watd-la. Nunca poderei descuidar-me! Angelo Américo 2PA A MINHA VILA Nove horas. O sol jf vai altoe no sitio do Porto Santo eu observo a minha vila. E uma terra muita linda situadano fundo de duas altas e verdejantes montanhas. ‘Ao longo de uma ribeira, cuja 4gua corre lentamente em direcgo ao mas aninha-se um grande aglomerado de casas cortado por vérias ruas onde circulam pedes ¢ automevei E de salientar a igreja com o seu adro empedrado, hexagonalmente riscado de branco, e quase que contor- nado por jardins floridos como ¢ 0 proprio desta estago primaveril. E um local onde ha sempre alguém que conserve, que passa apressadamente, que admiraa sua arquitectura, até que tira fotografias e mesmo um velhinho que 14 num bbanco descansa ou simplesmente apreciao vaie vem das pessoas. Ricardo Filipe wD A GAIVOTA ° «QUEM SOU EU?» Eu sou porque sou - Nao sei, nfo sei. Quem sou eu? Ea questo Para que nao encontro a solugaa. Quem sou eu? Afinal, serei eu alguém? Estou integrada numa sociedade Que cada vez menos Dé importincia & verdadeira amizade. Quem sou eu? H& quem diga que dizem Saber responder ao meu problema. No fundo, é apenas uma abstracco 0 que me dio. Todos véem o que eu pareco. Mas ninguém sabe quem sou! Maria Angela Quintal de Freitas, NS13, 1148 A GUERRA ‘A guerra provoca grandes revolugdes no mundo, Milhares de pessoas deixam 0 seu pais, a| sua famflia por causa da guerra. As que ficam| morrem devido aos produtos t6xicos, que in- vadem as 4guas, 0 are a agricultura, ¢ sofrimento para todos nés. Quantas pessoas lutam pela paz, pela liberdade? E nada serve! Mas alguns homens no percebem que a paz.¢ a coisa mais importante para todo 0 mundo. Bleutirio,2.°8—N83 A GUERRA ‘A guerra comegou em 1991, ‘A guerra € 0 6dio de paz. A guerra s6 provoca desordens! A guerra divide as familias, A guerra destr6i 0 carinho € 0 amor. A guerra é uma tragédia, destr6i os pafses. A guerra é um momento de dor. A guerra € a pior palavra que existe! Erika —2A—N26 «NOS OS DOIS» Sinto-me frdgil, triste e desorientada. Na calada da noite, olho uma estrela, sigo os seus reflexos ¢ simplesmente tento alcangd-los com os meus pensa- mentos, pensamentos traigoeiros e obscuros, A nova madrugada torna-se fria! Estou s6. Meu coragéo est4 enfiado numa es- pada, sofro por nao te ter a Meu tado> Mas a esperancga envolve-me, esper- ando comigo uma nova manha. Agora, volvidos estes anos todos, desde a tua partida, tudo é em vio. Nada mais me interessa, Foste-te embora e nao nos despedi- mos, iria ser dificil para nés toda esta auséncia, que de certeza seria selada com lagrimas. Quando fechaste a porta, senti que algo se passara entre nés. Mas nao voltaste! Estranhos movimentos no escuro, percorreu 0 meu quarto. Recordando os momentos que passdmos juntos, senti a tua pureza selvagem que sé a mim me pertencia. S6 conheci os teus medos mais secretos, ¢ ainda mal vivemos tudo aquilo que jurémos em siléncio! Elisabeth —11.°B «RETALHOS DO MEU DIARIO» Mais uma vez, aquele objecto penetrante es- tava sendo introduzido, por minha livre vontade e necessidade, no interior do meu ser. A «Sub- stancia» que dele emanava, passado pouco tempo, evadia-se por todo o meu corpo, Em curto perfodo de tempo dominava os meus co- mandos nervosos. Nessa altura, apoderava-se de mim, uma sensagao de liberdade indescritivel. Senti-me como se estivesse suspensa no espago € 0 tempo houvesse parado. Do meu incon- sciente surgiam imagens maravilhosas. Algumas do passado e um pouco distorcidas. Imagens que nao passavam de miragens ¢ ilusdes. Con- tudo, eu insistia em revé-las mais e mais uma vez, diariamente. Mesmo que para isso im- prescindfvel fosse a utilizagio da tal «Subs- tncian, Aquela que 2 princtpio julguei vir a revivificar a minha existéncia e que acabaria por ser mortal paraas pequenas unidadesestrutu- rais que constituem o meu organismo. Esta era a rotina, imposta na minha vida, em finais de Julho passado. Através de familiares e de conhecidos eu tinha-me deparado com a oportunidade de en- trar nesse mundo, to falado e pouco conhecido, que € o dos dependentes da «Substncia». Surgiram os problemas em casa € nfo s6, Comecei a sentir, gradualmente, a degradagio dos meus ecidos, principalmente, os nervosos. Eu jé ndo era mais a mesma. Conviver comigo tinha-se tomado insuportével,quaseimpossivel. Os meus bragos nao tinham um centfmetro, onde uma agulhandotivesse entrado. Comegava a senti-los doloridos e essa dor aumentava, con- sideravelmente, dia apés dia. Nao sei se a dor das picadas e de sangue perdido, ou se a dor de uma bofetada ou légrima proveniente de um amigo, Tudo se tornava negro ¢ obscuro. Esta situagdo prolongava-se. Em Outubro oregresso as aulas, bem comoo voltar a encontrar colegas e amigos. O tentar esconder as nédoas negras nos bragos com adesivos ¢ o usar, mesmo com calor, camisolas que cobrissem os bragos, era uma constante. Constantes eram também as mentiras ditas aos colegas, quando estes me perguntavam-me a causa de um penso répido nos membros superi- ores. Eu respondia: «E apenas uma inflamacio, uma alergia. Nao tardard a passar». No fundo, era uma inflamagdo, uma doenga. Mas nao, passar logo no passava! Fram feridas que le- variam muito tempo a cicatrizar. Em fins de Outubro, consegui resistir a aban- donar aquele vivio. S6 atingi a minha inde- pendéncia, em relagao a «Substancia», devido a ajuda de entes chegados. De outra forma, no 0 teria conseguido. A minha vida tomou 0 seu rumo normal e poucos ou ninguém verificaram aalteragdo, Aminha existéncia mudou substan- cialmente para melhor. No entanto esta nor- malidade ¢ felicidade nao se instalaria perma- nentemente, Defacto, noinfciode Fevereiro, novos proble- mas surgiram. Para além disso, a solidio e in- compreensao de alguns nao ajudava, A minha fraqueza veio ao de cima. Um problema nunca vem s6 € comigo nao houve excepgdes. Para além dos jé existentes € dos ressurgidos com a utilizagao da «Sub- stincia», surgiram outros no meu cfrculo de amigos. Tudo parecia estar a desmoronar-se novamente. Nem parecia possivel que, apenas uma semana antes, eu me tivesse sentido sem quaisquer tragos de infelicidade. Voltava a falta de apetite, a pressdo dos pais no que diz respeito a alimentagao e, também, as suas suspeitas. Fiquei cerca de uma semana sem praticamente tocar na comida. Sentia-me extre- mamente fraca endo conseguia dormir. Agora ja no me sentia nas nuvens sob 0 efeito da «Substincian. As Gnicas sensagdes tidas eram asmesmas sentidas.ao acordar do pesadelo mais medonho. Eu tinha regressado, em forga, aquela vida. Passadas duas semanas, conheci alguém, especial que fez surgir em mim alguma forga de vontade. Hoje, ele € talvez 0 meu maior amigo. A luta contra a «Substaneia» foi dura. Essa batalha eu venci ¢ até hoje mais nenhuma se realizou. Nao poderei afirmar, contudo, se a guerra eu vencerei. Também esta vitéria passou despercebida aos olhos dos outros. Estar morto € viver despercebido aos sen- timentes dos outros! , ou seja, «0 sobrevivente». Muitas das vulgares superstigGes modemas provém das antigas. Pensa-se, por exemplo, que a crendice de que um espelho partido traz sete anos de azar prende-se com a antiga conviccao de que 0 reflexo de uma pessoa na 4gua era 0 retrato da sua alma, a qual era destruida pela agitagona superficie daquela. ‘Quase todas as pessoas respeftam as superstigdes © evitam afronté-las directamente. Até os mais cépticos as vezes batem na madeira dizendo: «O Diabo seja surdo», ou fazendo figas «para dar sorte e afastar 0 mau olhado». Muitos homens poderosos eram supersticiosos: Napoledo aterrorizava-se com gatos pretos; Win- ston Churchil achava que tocar-lhe dava sorte; 0 general Eisenhowerusava uma moeda de ourocomo talisma. Algumas superstigdes tém-se revelado notavel- mente praticas. A aplicago de pao bolorentoa uma ferida era considerada superstigdo até & descoberta da penicilina por Alexander Fleming, Certas superstig&es podem ser inofensivas ou até titeis a pessoas incapazes de tomar uma decisdo ou presas de temores. Atirara uma moeda ao ar pode re~ solver questdes quando nao existem razdes préticas imperiosas em favor de uma ou outra resposta. 0 niimero 13 6, desde hd séculos, e em muitos sitios, simbolo de pouca sorte. Na antiga Babil6nia, escothiam-se 13 pessoas para personificar os deuses em certos rituais religiosos. Mas uma delas era sempre sentada separadamente e morto no fim da cerim6nia. Também era 13 os presentes na Ultima Ceia de Cristo, Ainda hoje, certas pessoas hesitam em sentar-se 4 mesa quando hé 13 pessoas porque, segundo a superstigo, algum mal acontecerd a um dos presentes. O QUE NOS RESERVARA O FUTURO? Mais uma vez estou perante um desses desencontros da vida, Esta vida em que eu vivo, cheia de empurrdes e sobressaltos. or vezes, com a ajuda de verdadeiros amigos, outras... Com o sofrimento causado por amigos falsos. You vivendo assim, vivendo simplesmente... Péro.e observo a minha volta... Mas 0 qué que vejo!: ‘Amor? Odio? ‘Companheirismo? Egoismo? Nao sei decifrar! Para alguns os nossos sentimentos so como flores. ‘Umas com um suave perfume... Outras, com horriveis odores. ara outros so meros enganos, aparéncias, nada mais... Podemo-los chamar materialistas? Nio sei! Talvez. Esta vida, em que eu vivo, teré cla um futuro azul, azul da cr dos oéus? ‘Owumdestino escuroesombrio a semelhanga deum ano de esgoto? ‘Serf que numa dessas esquinas da Vida, me espera a dura realidade? Esse monstro que nos vai consumindo, {que nos causa tanta dor, ‘mas que afinal ninguém 6 capaz. de a aliviar... Mas porqué? Por amor aos outros? Por crises de consciéncia? Ou seré que se deixam levar pelo egoismo? Esse sentimento humano que tanto nos envergonka! ‘Nestemeu mundo, fnsia devastadora de poder, perman- Seréela também um monstro a valer? (Quem me poderd responder? Este mundo em que vivemos, nio é ele demasiado com- plexo para Ihe termos acesso? Nao bastaria apenas mais um engenho tecnolégico pera ‘por fim aos horrores deste nosso planeta?. Talvez... Talvez, quem sabe, ‘um desviodesse tio cobigado mercado verde, nloassegu- raria a sobrevivencia de milhares de seres viventes? Nios. E ninguém o saberé enquanto nada for tentado... {eilda da Silva Ramos MSE 12 A GAIVOTA «REAVIVAR» HINO DA NOSSA ESCOLA «UMA GAIVOTA BRANCA» Uma gaivota branca, Na nossa Escola parou! Ea todos os alunos Um beijo ela atirou Uma gaivota branca na nossa Escola poisou Eom todo o carinho Esta mensagem deixou Uma gaivota branca, na nossa Escola passou Depois batendo as asas A todos ela acenou.. REFRAO Viva a Malta, viva a Malta Viva a malta desta Escola Alunos como os nossos Nao hd na Madeira toda 1 REFRAO Viva a Malta, viva a Malta Viva a malta desta Escola ‘Alunos como os nossos Nao hd na Madeira toda mm REFRAO 2 Viva a Malta, viva a Malta Viva a malta desta Escola Alunos como os nossos Nao hé na Madeira toda

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