Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
1. Introdução
Os microorganismos estão amplamente distribuídos em nosso ambiente, presente no
ar, no solo, nas águas nas superfícies externas e internas do organismo humano, dos animais
e vegetais; assim sendo, o estudo sistemático de um microorganismo isolado, técnicas
médicas (como cirurgia asséptica), e preparação e preservação de alimentos, e muitas outras
situações requerem métodos que permitam a destruição ou a remoção dos microorganismos
indesejáveis.
2. Controle de microrganismos
Os germes podem ser removidos, inibidos ou mortos por agentes físicos ou químicos
através de uma grande variedade de técnicas cada uma com seu mecanismo de ação e tendo
seu limite próprio de aplicação prática. Entretanto, antes de discutir tais processos, convém
compreender alguns termos empregados para conceituar os agentes físicos e químicos
destinados ao controle dos microorganismos.
• Esterilização: é o processo de destruição de todas as formas de vida microscópica. Os
termos estéril, esterilização e esterilizar referem-se à destruição de todos os
microorganismos
• Desinfecção: é o processo de destruição dos agentes infecciosos, através de um
desinfetante definido como um agente, geralmente químico, que mata as formas
vegetativas, mas não as formas esporuladas de microorganismos patogênicos. O termo
é comumente utilizado para as substâncias aplicadas em objetos inanimados.
• Anti-séptico: é uma substância que se opõe à “sépsis” ou previne o crescimento ou
ação de microorganismos pela destruição dos mesmos ou pela inibição de seu
crescimento ou atividade. Usualmente está associado a substâncias aplicadas ao corpo
do homem, isto é, tecidos vivos, por exemplo: anti-sepssia da pele e feridas com álcool
70%.
• Degermação: é a redução do número de microorganismos da pele pelo uso de sabão
e escovação ou aplicação de sabão ou solução contento anti-séptico.
• Saneador: é um agente que reduz a população microbiana até níveis aceitáveis, de
acordo com as exigências da saúde pública. Normalmente é um agente químico que
mata 99,9% das formas vegetativas das bactérias. Os saneadores são comumente
aplicados a objetos inanimados e são geralmente, empregados no tratamento diário de
equipamentos e utensílios de leiteiras, assim como de copos, pratos e talheres em
restaurantes.
• Germicida (microbicida): é uma agente que mata as formas vegetativas, mas não
necessariamente, as formas esporuladas. Na prática, um germicida é quase a mesma
coisa que um desinfetante, embora o termo germicida, seja ordinariamente usado para
todos os tipos de germes (ou micróbios) e para qualquer aplicação.
• Bactericida: é um agente que mata as bactérias. Os termos fungicida, viricida e
esporicida se referem aos agentes que matam respectivamente, fungos, vírus e
esporos.
• Bacteriostase: é uma condição na qual se previne o crescimento de bactérias
(adjetivo: bacteriostático). De maneira semelhante o fungistático descreve o agente que
inibe o desenvolvimento dos fungos. Aqueles agentes que têm, em comum, a
capacidade de inibir o crescimento de microorganismos, são designados, coletivamente
como agentes microbiostático.
• Agente antimicrobiano: é aquele que interfere com o crescimento, ou atividade dos
microorganismos. Na linguagem comum, o termo significa inibição do crescimento e, de
acordo com o tipo de germes sobre os quais agem, recebem a designação de
antibacterianos, antifúngicos. Alguns agentes antimicrobianos são usados no
tratamento de infecções, então são chamados de agentes terapêuticos.
3. Esterilização e desinfecção em laboratório de microbiologia
Testes de esterilidade:
Mesmo utilizando-se de processos eficazes para a esterilização de diferentes materiais,
nem sempre as condições são ideais, podendo haver eventuais falhas de ordem técnica, tais
como temperatura, pressão e tempo inadequados, comprometendo o processo de
esterilização. Portanto, é de fundamental importância que sejam realizados testes de
esterilidade para verificar se os materiais foram efetivamente esterilizados. Podem ser
empregados no controle de esterilidade, indicadores químicos e biológicos que permitem
verificar se os artigos atingiram no interior da câmara ou dos pacotes uma temperatura
compatível com a esterilização.
- Testes químicos: Utilizam-se substâncias que apresentam-se alteradas quando
submetidas a determinadas temperaturas. Ex: fita adesiva e anidrido succínico.
- Testes biológicos: São utilizados suspensões de esporos de Bacillus
stearothermophilus para o calor úmido como autoclave de Chamberland e Bacillus
subtilis para calor seco (forno de Pasteur) ou para autoclave à óxido de etileno, que
deverão ser destruídos pela exposição a cada um dos processos a que estão
relacionados.
Fonte: Cardoso, C.L.; Nakamura, CV; Dias Filho, BP; Garcia, LB; Nakamura, TU; Yamada, SF,
Microbiologia – Manual de Aulas Práticas, Biologia, Centro de Ciências Biológicas – UEM, Maringá – Pr,
2007.