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Intervenção
Imediata
Relatório de Caracterização das
Crianças e Jovens em Situação de Acolhimento em 2008
(art.º 10.º do Capítulo V da Lei n.º 31/2003, de 22 de Agosto)
Abril de 2009
FICHA TÉCNICA
TÍTULO
Plano de Intervenção Imediata - Relatório de Caracterização das Crianças e Jovens em Situação de
Acolhimento em 2008
AUTORIA DO RELATÓRIO
Instituto de Segurança Social, I.P./ Departamento de Desenvolvimento Social/ Unidade de Infância de
Juventude/ Sector para a Qualificação do Acolhimento
2
À semelhança de anos anteriores, manifestamos o nosso especial apreço a todos quantos
se encontraram envolvidos na execução do Plano de Intervenção Imediata 2008. Os
resultados obtidos encontram-se sistematizados no presente Relatório, este ano
reflectindo especialmente os aspectos de maior relevância inerentes ao acolhimento
residencial e familiar e às crianças e jovens em perigo que dele necessitaram ou ainda
necessitam.
Às equipas técnicas e responsáveis das várias entidades executoras do PII 2008, o nosso
grato reconhecimento por todo o investimento.
3
Índice
Sumário Executivo 6
Introdução 7
Metodologia 9
01 Características Gerais 13
02 Taxa de Desinstitucionalização 16
03 Projectos de Vida 32
4
01.2 Situação jurídica 46
Conclusões 52
Anexos 55
5
Sumário Executivo
Capítulo II
7.801
C/ início
acolhimento
anterior a 2008
2.155
C/ início 9.956 Capítulo I
acolhimento
Crianças / Jovens
em 2008
em acolhimento em
2008
13.910
Crianças / Jovens
Caracterizadas no
âmbito do
PII 2008
3.760
Cessaram
acolhimento
3.954 iniciado em anos
Crianças / Jovens anteriores
cessaram o
acolhimento
194
Cessaram
acolhimento
iniciado em
2008
Capítulo III
1
Entende-se por taxa de desinstitucionalização a percentagem das crianças e jovens que cessaram o
acolhimento por terem sido concretizados projectos em meio natural de vida face ao total de crianças e
jovens caracterizadas no âmbito do PII.
6
Introdução
Pelo 6.º ano consecutivo, o presente relatório pretende dar resposta a esta obrigação
legal, dando conta da situação das crianças e jovens em acolhimento no ano de 2008,
através do levantamento da informação relevante e consequente regularização das
situações de crianças e jovens em situação de acolhimento. De realçar o facto deste
relatório ter garantido, desde 2006, a caracterização da totalidade do universo
destas crianças e jovens.
É assim com reforçada satisfação que afirmamos o cumprimento de grande parte dos
objectivos a que o Plano de Intervenção Imediata (PII) se propôs, entre os quais
destacamos:
O PII encontra-se agora numa fase de maior maturidade, fruto da avaliação e esforço
de melhoria contínua que se tem vindo a efectuar, quer ao nível dos instrumentos de
recolha de informação, quer ao nível do modelo de relatório.
Nesta fase, e na sequência dos resultados da caracterização garantida pelo PII, foi
sentida a necessidade de reforçar a qualificação das respostas de acolhimento de
crianças e jovens. Neste sentido, foi lançado em 2007 o Plano DOM- Desafios,
2
Por serviços de segurança social entendem-se as entidades executoras do PII (Centros Distritais do ISS,
I.P., Casa Pia de Lisboa, Sta. Casa da Misericórdia de Lisboa, Centro de Segurança Social da Madeira e
Instituto de Acção Social dos Açores).
7
Oportunidades e Mudanças, com vista à qualificação da intervenção técnica e dos
interventores dos Lares de Infância e Juventude3.
Foram 286 os Técnicos Superiores que reforçaram já as Equipas destes Lares tendo,
juntamente com os que já se encontravam ao serviço e com as respectivas Equipas
Educativas, sido alvo de um investimento muito significativo ao nível formativo,
entretanto consolidado através do acompanhamento regular das Equipas Locais DOM
4
e da Supervisão Técnica, externa, regular e prestada por profissionais especializados
ligados, nomeadamente, à comunidade científica. Todo este investimento implicou
um financiamento de 2.016.772,45€ em 2008.
Durante o ano 2009, pretende-se que o Plano DOM seja alargado a mais instituições,
estando já iniciadas as acções inerentes. Com este investimento na qualificação,
pretende-se potenciar a curto prazo, a reformulação de um novo modelo de acordos
de cooperação, com vista à implementação de um modelo de acolhimento com
respostas especializadas, que garantam a satisfação das necessidades específicas das
crianças e jovens acolhidas.
É nossa firme convicção que o PII, enquanto instrumento de diagnóstico, terá sido o
ponto de partida de todo este complexo processo de qualificação do sistema nacional
de acolhimento de crianças e jovens. A concepção e implementação do Plano DOM,
no âmbito das competências do ISS, I.P., bem como outras medidas de qualificação
institucional que estão a ser concretizadas pelas restantes entidades executoras do
PII, funcionarão como ponto de não retorno nesta missão de qualificar e especializar,
não apenas os Lares de Infância e Juventude, mas todas as respostas de acolhimento,
no sentido de reforçar as suas competências, técnicas e humanas, adequando as suas
práticas às efectivas necessidades e aos direitos destas crianças e jovens privados do
3
Numa fase inicial, e dada a impossibilidade de alocação inicial dos recursos necessários à qualificação
de todas as respostas de acolhimento, priorizou-se a qualificação desta resposta.
4
Equipas dos Centros Distritais do ISS,IP
8
seu meio natural de vida, consubstanciando uma mudança de paradigma do
acolhimento que se impõe como necessária e irreversível.
Metodologia
Tal como nos anos anteriores, o PII 2008 abrangeu as seguintes respostas de
acolhimento (cf. Anexo 2):
b) Famílias de Acolhimento.
9
- com ou sem medida de promoção e protecção aplicada;
- com processos tutelares pendentes ainda não reclassificados como Processos de
Promoção e Protecção (artigo 19º OTM);
- com tutela atribuída a favor da instituição;
- com situação de deficiência aliada a situação de perigo;
- acolhidas em Famílias de Acolhimento com ou sem laços de parentesco (desde
que não tenham tutela ou regulação do exercício do poder paternal atribuído em
favor da família de acolhimento).
No ano de 2008, o PII contou com uma execução de 100% por parte dos serviços de
segurança social referidos. Foi assim possível caracterizar a totalidade do universo
de crianças e jovens em acolhimento (institucional e familiar) em todas as respostas
de acolhimento mencionadas.
O PII 2008 tem por base um instrumento de recolha de informação, designado Ficha
de Caracterização Sumária dos Projectos de Vida, decomposto em três Perfis:
5
Vide Anexos- Guião de Procedimentos e Instrumento de Recolha de Dados – Perfis 1, 2 e 3.
10
e para efeitos do PII, que cessaram o acolhimento (pois será isso que
tendencialmente irá acontecer a curto prazo).
11
Capítulo I
Situação Geral do Sistema de Acolhimento
12
01 Características Gerais
6
Vide Anexo 4 – Dados comparativos com anos anteriores.
13
Crianças e jo vens que cessaram o aco lhimento
Crianças e Jovens em acolhim ento
2155 194
7801
3760
Gráfico 1: Caracterização do universo PII 2008 – C/J em situação Gráfico 2: Caracterização do universo PII 2008 – C/J que
de acolhimento (Nº) cessaram o acolhimento (Nº)
N= 9.956 N= 3.954
N/R= 0 N/R= 0
Recorde-se que nos relatórios dos anos de 2006 e 2007 foi possível identificar 4 traços
característicos do sistema de acolhimento em Portugal, a saber: grande dimensão do
universo de crianças e jovens acolhidos, longos períodos de permanência em
acolhimento, baixa mobilidade e, apesar de tudo, fluxos de entrada no sistema de
acolhimento inferiores aos de saída para meio natural de vida7.
Do que é possível inferir dos dados relativos ao ano de 2008, constata-se que:
7
Vide Relatório de Caracterização das Crianças e Jovens em Situação de Acolhimento em 2006 e 2007.
14
O gráfico seguinte demonstra que, em termos brutos, tal como verificado nos anos
transactos, é nos distritos do Porto, de Lisboa e de Braga que se regista o número
mais elevado de crianças e jovens acolhidas (1.838, 1.208 e 894, respectivamente, o
que corresponde a 19%, 12% e 9% do total de acolhimentos registados a nível
nacional), por contraponto aos distritos de Portalegre e Beja, onde se verificam que
os números absolutos de crianças e jovens em acolhimento são mais reduzidos (105 e
130 crianças e jovens, respectivamente, ou seja cerca de apenas 1% do total).
Criança/ jovem com cessação do acolhimento em 2008 Criança/ jovem em acolhimento em 2008
Gráfico 3: Análise dos fluxos de permanência e saída de acolhimento por Serviço de Segurança Social em 2008 (Nº)
N= 13.910
NR=0
15
02 Taxa de Desinstitucionalização
8
Na tentativa de melhoria contínua deste instrumento de diagnóstico que é o PII, no ano em apreço o
conceito de desinstitucionalização foi revisto, considerando-se, para efeitos de cálculo da taxa de
desinstitucionalização, apenas as crianças e jovens que cessaram o acolhimento por terem transitado
para o seu meio natural de vida. Em anos anteriores, este cálculo foi feito com base em todas as
crianças que haviam cessado o acolhimento, independentemente de terem regressado ao meio natural
de vida ou terem transitado para outras respostas de acolhimento, fora do sistema de protecção.
9
Recorde-se que em 2006, a taxa de desinstitucionalização média nacional foi de 19% e em 2007 este
valor ascendeu aos 21%.
16
desinstitucionalização que se situam entre os 34% e os 32%10. De referir que nenhum
Serviço de Segurança Social apresenta este indicador com valores inferiores a 18%,
revelando um esforço significativo no sentido de aproximação à referida meta.
77,3
36,7 37,1
30,8 31,4
22,9
19,0 20,0
7,5
10
A justificação para alguns dos serviços de segurança social que, em anos transactos, apresentavam
valores superiores ao deste ano no que diz respeito a este indicador, residirá no facto de terem, mais
cedo que outros serviços, procedido ao esforço de concretização de projectos em meio natural de vida
de crianças e jovens cuja situação de acolhimento não era a mais adequada. Este indicador tenderá a
estabilizar ou ir diminuindo à medida que o sistema de acolhimento nacional deixar de estar lotado com
acolhimentos desadequados, que persistiam e perduravam no tempo apenas por ausência ou escassez de
investimento técnico no sentido de dinamizar os projectos de vida consonantes com as reais
necessidades e interesses das crianças e jovens acolhidas.
17
acautelados os procedimentos para a manutenção da sua protecção ou
representação.
N.º (%) de Grupo piloto Grupo do 1.º alargamento Grupo do 2.º alargamento
Crianças/Jovens
(em 12 meses) (em 8 meses) (em 2 meses)
desinstitucionalizadas
desde a data de
celebração do Protocolo 54 (29%) 115 (15%) 54 (2%)
DOM até 30Nov09
18
Capítulo II
Crianças e Jovens em acolhimento em 2008
19
01 Caracterização geral e escolaridade
1445
1205
1128 1076
737
698 666
573 543 520
411 379
222 217
Masculino Feminino
11
Por falha da aplicação informática, desconhece-se o sexo de 136 crianças ou jovens em acolhimento.
20
100% das crianças / jovens acolhidas em Unidades de Emergência
Ponto crítico
166
Destaque-se que foram identificadas 166 situações de crianças e jovens em idade crianças que
não
frequentam a
de escolaridade obrigatória que não se encontravam a frequentar a escola. escola
Ainda que a informação sobre a frequência escolar das crianças e jovens acolhidas
Nível de
seja bastante favorável, como aliás já constatado em anos anteriores e noutros instrução
21
b) 2.154 dos jovens entre os 15 e os 17 anos (faixa etária predominante no
universo das crianças e jovens em acolhimento, o que corresponde a cerca de 76%
do total dos jovens em idade de escolaridade obrigatória) não tem finalizado o
9º ano de escolaridade;
22
A esta constatação não será alheio o facto de existirem mais equipamentos com esta
resposta, que tem sido, por tradição, aquela que tem vindo a assegurar o
acolhimento de crianças e jovens em Portugal.
3629
3170
12
Os dados relativos ao número de crianças e jovens em resposta de acolhimento de emergência têm
características particulares, uma vez que nestas respostas só são caracterizadas as crianças e jovens que
saem directamente da emergência para meio natural de vida. As restantes, são caracterizadas nas
respostas para as quais transitam, evitando-se desta forma a duplicação na contabilização.
23
Apesar de existirem menos rapazes acolhidos, estes predominavam nas respostas
de acolhimento mais transitório: em CAT existiam 1.031 rapazes contra 836
raparigas e 38 rapazes contra 6 raparigas em acolhimento de emergência (Unidades
de Emergência e Casas de Acolhimento de Emergência).
553
403
234
205 215
169
Os CAT acolhem maioritariamente
52
crianças na primeira infância e
até à puberdade (0-11 anos),
0-3 anos 4-5 anos 6-9 anos 10-11 anos 12-14 anos 15-17 anos 18-21 anos
enquanto os Lares de Infância e
Juventude acolhem
Gráfico 9: Escalões etários das crianças acolhidas em CAT (Nº)
N= 1867 maioritariamente adolescentes e
N/R= 36
1749
863 808
890 Continua a ser expressivo o
número de crianças acolhidas em
155 153
Lar de Infância e Juventude até
aos 5 anos de idade (308), sendo
0-3 anos 4-5 anos 6-9 anos 10-11 anos 12-14 anos 15-17 anos 18-21 anos
que mais de metade das crianças
Gráfico 10: Escalões etários das crianças acolhidas em LIJ (Nº)
N= 6.717 desta faixa etária têm até 3 anos
NR= 82
de idade (155).
168
160
122
100
89
2 5 acolhem predominantemente
Famílias de Acolhimento com laços Famílias de Acolhimento sem laços crianças/jovens com idades entre
de parentesco de parentesco
os 12 e os 17 anos de idade,
0-3 anos 4-5 anos 6-9 anos 10-11 anos 12-14 anos 15-17 anos 18-21 anos
tendência idêntica à registada
Gráfico 11: Escalões etários das crianças acolhidas em Famílias de Acolhimento
N= 918 (188 c/ laços + 721 s/ laços) nos Lares Residenciais.
NR= 9
24
68
61
30 31
28 Nas respostas de acolhimento não
23
18 17 destinadas especificamente a
8
6
4 3
2 1 1 1
5
2 crianças e jovens em perigo,
Centro de Apoio à Vida Apart / Lar de Lar Residencial encontram-se acolhidos jovens
Autonomização
sobretudo com mais de 15 anos13.
0-3 anos 4-5 anos 6-9 anos 10-11 anos 12-14 anos 15-17 anos 18-21 anos
34 Em Acolhimento de Emergência,
encontravam-se maioritariamente
acolhidas crianças/jovens entre
19
os 12 e os 17 anos de idade, nas
Casas de Acolhimento de
7
5
4 Emergência e entre 0 e 12 anos
2 2
1 1 1
nas Unidades de Emergência.
Unidade de Emergência Casa de Acolhimento de Emergência
0-3 anos 4-5 anos 6-9 anos 10-11 anos 12-14 anos 15-17 anos 18-21 anos
13
Em Centros de Apoio à Vida foram incluídas na caracterização as crianças e jovens que se
encontrassem em situação de perigo, tratando-se de mães adolescentes ou respectivos bebés.
25
Ausência de
A Crianças / Jovens sem acompanhamento e
Situação Jurídica Medida de Promoção e Protecção ou avaliação regular
de Acolhimento outra medida judicial da situação de
por regularizar acolhimento da
criança / jovem
A1 Da responsabilidade
Sinalização ao das entidades com
Ministério Público competência em
(MP) dos Sinalizações ao MP em 2008 matéria de infância e
acolhimentos sem juventude /
prévia decisão da instituições de
CPCJ / Tribunal acolhimento
Tribunal
Processo Tutelar Cível Tutela
Regulação do
Processo de Promoção e Protecção Exercício do Poder
B Paternal Confiança
Situação jurídica judicial com vista a
de acolhimento futura adopção
regularizada Comissão Protecção
Tribunal
Crianças e Jovens(CPCJ) CPCJ / Tribunal
Aplicação de medida
de acolhimento
institucional / familiar
Sem ter uma medida aplicada, a situação da criança / jovem não é avaliada,
tendendo, por isso, a arrastar-se no tempo sem que ninguém pondere seriamente
Ponto
crítico
projectos de vida alternativos ao acolhimento e tome todas as diligências no sentido 220
crianças
da sua saída sustentada. sem
medida/dili
gências
junto do MP
Foram identificadas 502 crianças / jovens cuja situação jurídica de acolhimento
se encontrava por regularizar, sendo que destas:
26
o 282 situações foram então sinalizadas ao Ministério Público, tendo daí já
resultado que 100 tiveram o respectivo processo arquivado, sem ter havido
lugar a aplicação de medida de promoção e protecção ou de outra figura
jurídica tutelar cível;
o 220 situações que não terão sido sinalizadas, sendo que a justificação se
prende com o facto de grande parte respeitar a jovens com mais de 18 anos
(40%).
50 48
41
31 30
30
22
17
27
As sinalizações ao Ministério Público relativas às situações jurídicas por regularizar
278
ocorreram, sobretudo, nos anos de 2003 e 2007, sendo que ainda se verifica um sinalizaçõe
s ao MP
número significativo de sinalizações a esta entidade durante o ano em avaliação. sem
regularizaç
ão da
situação
O panorama actual das 9.454 crianças / jovens acolhidas em 2008, com processo de
promoção e protecção ou tutelar cível, é de que a maioria das crianças / jovens
acolhidos com situação de acolhimento regularizada, tem aplicada uma medida de
promoção e protecção de acolhimento institucional ou familiar ou uma figura tutelar
cível.
7242
781
530
304 453
144
A co lhimento familiar
A co lhimento em instituição
Co nfiança a instituição co m vista a futura ado pção (artº35º, g) - LP CJP
Tutela ao directo r da instituição de aco lhimento
Regulação do exercício do P o der P aternal ao Directo r da Instituição
Co nfiança judicial co m vista a futura ado pção , atribuída à Instituição
28
Verifica-se ainda a existência de 304 crianças / jovens acolhidos que tinham
definida situação de adoptabilidade (3% do total de crianças com processo de
promoção e protecção), para quem a medida aplicada se enquadra sobretudo na
“confiança a instituição com vista a futura adopção” (artigo 35º, alínea g), da
LPCJP).
Importa reflectir sobre as fragilidades que se têm revelado para a protecção das
Ponto
crianças e jovens sujeitas a tutela, regulação do exercício do poder paternal ou crítico
1.130
confiança judicial com vista a futura adopção, atribuídas, em regra ao Director das com figura
jurídica
tutelar
instituições de acolhimento. Considera-se que as decisões judiciais que enquadram cível a
favor da
estas medidas, ao invés de protegerem as crianças e jovens que se encontram em instituição
Sem prejuízo de outro entendimento, considera-se que deverá haver lugar a reflexão
aprofundada sobre esta matéria, pois ficando a situação das crianças em causa
entregue apenas à figura de um Director, este face à diversidade de crianças a seu
cargo, dificilmente terá condições para assegurar a todas o cumprimento das
responsabilidades parentais inerentes a tais medidas.
! 64% das crianças / jovens com medida tendente a uma adopção futura,
tem menos de 9 anos;
14
Para a variável da entidade responsável pelo Processo de Promoção e Protecção, identificou-se a
existência de 1.897 Não Respostas.
29
02.4 Tempos de permanência
Uma vez que é já consensual assumir a transitoriedade dos acolhimentos (sejam estes
institucionais ou familiar, de emergência, temporário ou prolongado), como critério
de qualidade do mesmo, na perspectiva da exigência da dinamização de construção
do Projecto de Vida mais adequado, assente num Plano de Intervenção Individual
para cada criança ou jovem e sua família, importa, à semelhança do que foi feito em
anos anteriores, analisar os tempos de permanência das crianças e jovens em
acolhimento.
2208
2020
1905
1703 1647
O gráfico anterior demonstra que quase 40% das crianças e jovens em situação de
acolhimento em 2008 se encontrava acolhida no local actual há mais de 4 anos.
Idêntica percentagem assumem as crianças e jovens acolhidas há um ano ou menos.
Os restantes 20% dizem respeito a crianças e jovens que se encontram no actual local
de acolhimento há 2 ou 3 anos.
15
Em anos anteriores foram consideradas duas medidas de tempo de permanência distintas: o tempo de
permanência no acolhimento actual, e o tempo de permanência total em acolhimento, considerando
eventuais transferências de acolhimentos das crianças e jovens.
30
79,1
48,6
34,9
28,6 22,2 25,3
16,3 21,2 21,3
17,0 15,2 16,6 17,7
10,1 15,1 2,1
4,7 4,0
0,0 0,0
menos de 1 ano 1 ano 2 a 3 anos 4 a 6 anos mais de 6 anos
Gráfico 17: Crianças / jovens acolhidas por tempo de permanência por resposta de
acolhimento (%)
Acolhimento Prolongado: Por contraponto, quase 70% das crianças e jovens que
se encontravam em 2008 acolhidos em Lar de Infância e Juventude permanecem
acolhidos há mais de 2 anos (valor que ascende aos 75% do caso das Famílias de
Acolhimento), sendo que apenas 32% permaneceu nesse acolhimento por um
período igual ou inferior a 1 ano (25% no caso das crianças acolhidas em Famílias
de Acolhimento). Em LIJ, a média de tempo de permanência é de 4 anos,
assumindo esta média o valor de 5 anos no caso das Famílias de Acolhimento sem
laços de parentesco.
31
Tempo de Permanência no Acolhimento Actual
Idades >1 ano 1 ano 2- 3 anos 4.6 anos >6 anos Total
0-3 anos 55 % 33% 12% 100%
4-5 anos 40% 31% 25% 5% 100%
6-9 anos 31% 25% 27% 13% 3% 100%
10-11 anos 22% 20% 28% 21% 9% 100%
12-14 anos 21% 16% 22% 22% 20% 100%
15-17 anos 17% 21% 17% 21% 33% 100%
18-21 anos 5% 7% 12% 20% 55% 100%
12% das crianças com menos de 3 anos de idade estão acolhidas há 2 ou 3 anos
(92 crianças);
11% das crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 9 anos estão
acolhidas há 4 ou 6 anos (199 crianças);
A permanência há mais de 6 anos aumenta em proporção directa ao avanço da
idade cronológica das crianças e jovens, sendo que cerca de 40% dos jovens com
mais de 15 anos se encontram acolhidos há mais de 6 anos (1.429 jovens).
03 Projectos de Vida
16
Tendo em conta o impacto negativo que uma institucionalização prolongada pode ter na vida de uma
criança, sobretudo quando nos referimos à 1.ª e 2.ª Infâncias, os motivos por que tal acontece merecem
ser objecto de um estudo de natureza científica.
32
2419
2326
2222
1061
894
569
465
Tal como em 2007, também no ano em avaliação se continua a assinalar o peso das
crianças e jovens sem projecto de vida definido (2.419, ou seja cerca de 1/4 do
total). Refira-se, contudo, que este número reduziu para cerca de metade de 2007
para 2008.
Importa, desde já, clarificar os motivos por que desde 2007 se verificou um aumento
exponencial destas situações e que decorrem do esforço de melhoria contínua que se
tem vindo a exigir, obrigando aos interventores envolvidos a clarificação rigorosa do
conceito de projecto de vida17.
17
Vide Anexo 2– Guião de Procedimentos (Ponto Projectos de Vida) e Anexo 3- Instrumento de Recolha
de Informação (Ponto 4. Projecto de Vida).
33
É na sequência desta clarificação de conceitos que assistimos ao aumento do número
de crianças e jovens nesta situação desde 2007.
Assim, o facto de, desde 2007 se ter registado um aumento considerável das crianças
sem projecto de vida definido, justifica-se com esta redefinição dos conceitos, uma
vez que se exigiu que os mesmo só fossem considerados quando existissem planos de
intervenção já delineados e/ou a decorrer.
Após a clarificação destas situações, nos anos subsequentes, esta situação tenderá a
estabilizar.
34
Da leitura do gráfico anterior é ainda possível estabelecer um ranking dos projectos
de vida (PV) das crianças / jovens acolhidas, por ordem de representatividade,
mantendo-se a tendência verificada em anos anteriores, ainda que assumindo valores
distintos, consequência da redefinição de conceitos atrás mencionada:
0-3 anos 315 crianças (40%) das crianças nesta idade têm como PV Adopção;
191 crianças (24%) para a família nuclear e 52 (6,6%) para a família
alargada - Baixa taxa de potencial retorno à família biológica:
12 crianças (1,5%) têm como PV de Acolhimento Permanente (diminuiu
para metade face ao ano anterior).
4-5 140 crianças (32%) das crianças nesta idade têm como PV Adopção;
anos 135 crianças (31%) para a família nuclear e 29 (7%) para a família
alargada - Baixa taxa de potencial retorno à família biológica:
11 crianças (2,5%) têm como PV de Acolhimento Permanente.
6-9 324 crianças (23%) das crianças nesta idade têm como PV Adopção;
anos 465 crianças (32%) para a família nuclear e 81 (6%) para a família
alargada - Baixa taxa de potencial retorno à família biológica;
80 crianças (6%) com PV de Confiança à Guarda de terceira pessoa
76 crianças (5,3%) têm como PV de Acolhimento Permanente (diminuiu
para metade face ao ano de 2007).
10-11 321 crianças (29%) para a família nuclear e 66 (6%) para a família
anos
35
alargada - Baixa taxa de potencial retorno à família biológica;
133 crianças (12%) das crianças nesta idade têm como PV Adopção
(quebra para quase 1/3 nos PV deste tipo relativamente à faixa etária
anterior);
104 crianças (9,3%) têm como PV de Acolhimento Permanente
12-14 565 crianças (26%) para a família nuclear e 142 (6%) para a família
anos
alargada - Baixa taxa de potencial retorno à família biológica;
268 crianças e jovens (12,2%) com PV Autonomização;
231 jovens (10,5%) com PV de Acolhimento Permanente;
125 jovens (5,7%) com PV Adopção.
15-17 1.097 crianças e jovens (41,4%) com PV Autonomização (em 2007 eram
anos
apenas 530 jovens);
257 jovens (9,7%) com PV de Acolhimento Permanente
526 crianças (20%) para a família nuclear e 162 (6%) para a família
alargada - Baixa taxa de potencial retorno à família biológica;
36
Acolhimento
CAT LIJ Familiar18
sem laços
(Re)integração família nuclear 2 491 (26%) 3 1663 (24%) 3 107(15%)
(Re)integração família alargada 126 (7%) 329 (5%) 32 (4%)
Confiança à guarda de 3ª pessoa 51 (3%) 181 (3%) 1 162 (22%)
Adopção 1 530 (28%) 438 (6%) 87 (12%)
Autonomização 133 (7%) 1 1886 (28%) 3 106 (15%)
Acolhimento Permanente 73 (4%) 521 (8%) 2 129 (18%)
Sem Projecto de Vida delineado19 3 463 (25%) 2 1781 (26%) 3 106(15%)
De referir que cerca de ¼ das crianças e jovens em cada uma destas três respostas
não têm projecto de vida delineado.
De referir ainda que, provavelmente resultado do esforço exigido pelo PII relativo à
clarificação de conceitos ao nível da definição dos projectos de vida e consequente
18
As restantes 561 crianças e jovens com estes projectos de vida encontram-se acolhidos nas outras
respostas de acolhimento, que, por não serem tão representativas, não foram consideradas neste
quadro. Nos anos anteriores considerou-se ainda a resposta de acolhimento familiar com laços biológicos
que, este ano, por força da alteração legislativa já mencionada, passou a ser residual.
19 A leitura desta categoria deve ser feita em função da definição do conceito de projecto de vida atrás
apresentado, tendo em conta o esforço de rigor imprimido no âmbito do PII na clarificação das situações
das crianças e jovens acolhidos: apenas devem ser considerados projectos de vida aqueles que resultam
da existência de um Plano de Intervenção com acções concretas, planeadas e/ou executadas. Caso não
existam Planos de Intervenção, meras intenções ou probabilidades não são consideradas projectos de
vida.
20 Idem.
37
chamada de atenção para a necessidade da sua definição, destas crianças e jovens
sem projecto de vida delineado, 1.274 já não tinham projecto de vida delineado em
2007.
De salientar ainda que, destas crianças e jovens que se considerou não terem
projecto de vida delineado, 922 (38%) encontravam-se acolhidas há menos de 1 ano.
739
496
395
360
204
104 100
0-3 anos 4-5 anos 6-9 anos 10-11 anos 12-14 anos 15-17 anos 18-21 anos
Gráfico 19: Idades das crianças / jovens sem Projecto de Vida delineado21 em 2008 (Nº)
N= 2.419
NR = 21
Como se pode constatar pelo gráfico acima, e tal como verificado em anos
anteriores, a maioria das crianças/ jovens sem projecto de vida definido encontra-se
entre os 12 e os 17 anos de idade (51%). Continuam a ser os adolescentes, aqueles
para quem o sistema de acolhimento, maiores dificuldades tem em dar uma resposta
adequada ao nível da planificação e execução de acções, quer com os próprios
jovens, quer com as suas famílias, constatação que aponta para a necessidade de
especialização das respostas de acolhimento em função das características da
população que acolhem.
Importa conhecer o motivo por que estas crianças e jovens não têm ainda definido o
seu projecto de vida, sendo que as razões que justificam este facto podem situar-se
a três níveis: i) não ter ainda sido elaborado o diagnóstico da situação sócio-familiar
(914, no total); ii) existir já diagnóstico elaborado, mas não ter sido possível definir
21
Idem.
38
e/ou concretizar o respectivo plano de intervenção (514); iii) ou ter sido já tentada
a concretização deste plano de intervenção, mas sem sucesso (984)22.
505
137
89 79
46 58
Fuga prolongada
Gráfico 20: Razões para ausência de Diagnóstico das C/J s/ PV em 2008 (Nº)
N= 914
NR = 0
Para 9% destas situações, para as quais ainda não está efectuado diagnóstico, o
motivo apontado é a dificuldade de articulação entre a equipa técnica da instituição
e a equipa técnica que acompanha a execução da medida de promoção e protecção
aplicada.
22
Desconhecem-se os motivos para a inexistência de um projecto de vida definido de 7 crianças e
jovens.
23 Vide Introdução.
39
Plano de Intervenção por concretizar
236
114
38 37 44 45
Dimensio namento insuficiente da Equipa Técnica da instituição , face ao número de crianças aco lhidas
Dimensio namento insuficiente da Equipa Técnica que aco mpanha a execução da medida de pro mo ção e pro tecção
Dificuldades de articulação entre a Equipa Técnica da instituição e a Equipa Técnica que aco mpanha a execução da medida de pro mo ção
e pro tecção
Gráfico 21: Razões para ausência de Plano de Intervenção das C/J s/ PV em 2008 (Nº)
N= 514
NR = 0
24
É este o desígnio do Plano DOM, medida implementada na sequência do diagnóstico da situação de
acolhimento feita pelos PII de anos anteriores, que até ao momento, abrangeu a resposta de Lar de
Infância e Juventude.
40
Insucesso do Plano de Intervenção
730
227
27
Fuga prolongada
Alteração recente do Projecto de Vida, sem que tenha havido nova definição
Criança / Jovem cujas alternativas familiares ou de adopção estão esgotadas, mas cuja idade
(menos 15 anos) não permite autonomização
Para 984 destas crianças e jovens, apesar de ter sido concretizado o plano de
intervenção, definido com base num diagnóstico da sua situação sócio-familiar, este
não obteve o sucesso esperado, sobretudo porque, tendo-se esgotado as
alternativas familiares (biológica ou adoptivas) para a criança ou jovem, o facto
desta ter menos de 15 anos, não permite concretizar, a curto/médio prazo, um plano
de intervenção com vista à sua autonomização (74%). Para 23% dos jovens nestas
circunstâncias em que o plano de intervenção falhou, o seu projecto de vida sofreu
já uma alteração, sem que tenha sido possível nova definição e em 3% destes casos o
insucesso resultou em (ou decorreu de) fuga prolongada.
A análise da situação das crianças e jovens que, em 2008, viram o seu projecto de
vida alterado, relativamente ao ano de 2007, deve ter em conta duas dimensões:
25
Até ao ano de 2007, o PV de Autonomização foi considerado em meio natural de vida. A partir do ano
em análise, consideraram-se nesta categoria, as crianças e jovens para quem, tendo-se esgotado todas
as possibilidade de retorno ao meio familiar, têm como projecto, a residência prolongada em resposta
41
2007 2008
PV meio de acolhimento PV meio natural de vida
130 Regresso à família
31 Confiança a 3ª pessoa
15 Adopção
176
Em 2008 é possível identificar 176 crianças e jovens nestas circunstâncias, das quais
130 (74%) passaram de um projecto de vida de acolhimento para um projecto de vida
de reintegração na sua família (nuclear ou alargada), 31 (18%) passaram a ter como
projecto de vida a confiança futura a 3.ª pessoa e 15, a adopção (9%).
2007 2008
PV meio natural de vida PV meio de acolhimento
Regresso à família 149
Confiança a 3ª pessoa 38
Adopção 37
224
São 224 as crianças e jovens nesta situação em 2008, menos cerca de metade do que
as registadas em 2007, sendo que 149 (67%) deixaram de ver como possível a sua
reintegração familiar, 38 (17%) deixaram de ter como projecto a confiança a 3.ª
pessoa e 37 (17%) deixaram de considerar a adopção como projecto de vida.
de acolhimento até estar capaz de se autonomizar, sendo que durante este período de acolhimento,
serão desenvolvidas e estimuladas as devidas competências com vista à sua autonomização.
42
04.2 Crianças /Jovens com manutenção do Projecto de Vida
2007 2008
PV que não sofreram alterações
(Re)unificação familiar
(nuclear, alargada ou 3.ª 1.308
pessoa)
Autonomização 807
Acolhimento Permanente 641
Adopção 545
Total 3.301
Para 97% dos projectos de vida autonomização que se mantém desde 2006, a
justificação encontra-se no facto de o Plano de Intervenção se encontrar em curso,
não tendo ainda sido concluído.
A maioria das situações em que o projecto de vida se mantém desde 2007 como
Acolhimento Permanente encontra razão no facto de se aguardar integração do
jovem em Lar Residencial, vocacionado para a área da deficiência (64%).
43
Capítulo III
Crianças e Jovens que cessaram o acolhimento
em 2008
44
01 Caracterização das crianças / jovens
Foram 3.954 as crianças e jovens que cessaram o acolhimento em 2008, sendo esta a
sua distribuição pelos escalões etários.
935
797
279 265
26
Existem 102 crianças ou jovens que cessaram o acolhimento em 2008 cujas idades se desconhecem,
por falha da aplicação informática.
27
Nos termos do art.º 5.º da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo (Lei n.º 147/99, de 1 de
Setembro), considera-se criança ou jovem qualquer pessoa com menos de 18 anos ou pessoa com menos
de 21 anos que solicite a continuação da intervenção iniciada antes de atingir os 18 anos.
45
76 não têm escolaridade (2%), sendo que 25 destes têm menos de 6 anos de
idade e 12 têm mais de 14 anos; assim sendo, regista-se a existência de 39
crianças e jovens que cessaram o acolhimento em 2008 e se encontravam em
idade escolar sem terem completado qualquer nível de escolaridade;
2.449 (62%) saíram de acolhimento com a escolaridade mínima obrigatória (9.º
ano de escolaridade ou equivalente, por via da formação profissional);
324 (8%) saíram de acolhimento com um nível de instrução correspondente ao
10º, 11º ou 12º ano;
33 (0,8%, o que corresponde quase ao dobro do número registado em 2007)
completaram ou frequentaram um curso superior durante o tempo de
acolhimento.
Com excepção das situações dos jovens com mais de 18 anos que não solicitem a
continuidade da protecção e dos jovens até aos 21 anos, e no pressuposto de que as
situações de perigo que originaram o acolhimento residencial ou familiar poderão
exigir acompanhamento técnico subsequente, juridicamente poderá ser necessária a
substituição da medida de colocação por uma medida em meio natural de vida.
Saída de acolhimento
Sem medida de
promoção e
Com medida de promoção e protecção/jurídica adequada
protecção/jurídica
aplicada
2.573 crianças / jovens
(65% do total dos que cessaram)
Quadro 4- Situação jurídica das crianças e jovens que cessaram o acolhimento em 2008
N= 3.954
N/R= 541
28
Vide pg. 48.
46
Entre as medidas de promoção e protecção em meio natural de vida aplicadas às
crianças e jovens que cessaram o acolhimento em 2008, destacam-se o “apoio junto
dos pais” e o “apoio junto de outro familiar” (39% e 212% do total destas medidas
aplicadas), seguidas da “confiança a pessoa seleccionada para adopção” (14%),
conforme é possível identificar no quadro anterior.
Importa fazer relacionar as figuras jurídicas aplicadas com as idades das crianças e
Situação
jovens que saíram do sistema de acolhimento. jurídica e
idade
Tutela a pessoa 01 5 26 31 37
Apoio junto dos pais 141 94 194 102 206 320 124
0-3 anos 4-5 anos 6-9 anos 10-11 anos 12-14 anos 15-17 anos 18-21 anos
Gráfico nº 24 – Medidas das Crianças / Jovens que cessaram o acolhimento, por idade (Nº)
N= 3.047
N/R= 907
29
Vide Quadro 4, pg. 46.
47
461
171
94
16 30 27
5
0-3 anos 4-5 anos 6-9 anos 10-11 12-14 15-17 18-21
anos anos anos anos
Gráfico 25: Crianças / jovens que cessaram acolhimento em 2008 sem qualquer
medida jurídica (Nº)
N=840
N/R=36
A maioria destas situações que cessaram sem medida jurídica subsequente, dizem
respeito a jovens com 18 ou mais anos, tendo podido decidi-lo nesse sentido, sendo
que existe também um número significativo de jovens entre os 15 e os 17 anos nesta
situação.
48
constituídos como Famílias de Acolhimento. Como foi anteriormente referido, por via
do DL n.º 11/2008, de 17 de Janeiro, estas situações passaram a não ter
enquadramento legal no âmbito da resposta Acolhimento Familiar, tendo, por isso,
estas crianças e jovens deixado de integrar o sistema de acolhimento. Cerca de 30%
dos jovens que deixaram o sistema de acolhimento sem outra medida encontravam-
se em Lares de Infância e Juventude.
1737
1196
643
228
68
10 20 18 34
49
! Apenas 14% das crianças e jovens que cessaram o acolhimento estiveram
menos de 1 ano acolhidos;
Uma análise dos períodos de acolhimento por escalão etário, demonstra que são as
crianças até aos três anos, aquelas que mais frequentemente permanecem acolhidas
por períodos inferiores a 1 ano (28%). Por contraponto, é a partir dos 15 anos que os
períodos de acolhimento superiores a 6 anos assumem pesos mais elevados (16% dos
acolhimentos com esta duração).
Tutela a pessoa 21 3 25 30 0 11 12
Gráfico 27: Medida aplicada após cessação do acolhimento em 2008, comparada com o
projecto de vida definido em 2007 (Nº)
N=3.954
N/R=841
Importa contudo assinalar a existência de 768 crianças e jovens para quem, apesar
de não terem tido definido o seu projecto de vida em 2007, foi possível concretizar a
sua saída do sistema de acolhimento durante o ano em avaliação.
Cerca de 97% das crianças e jovens que cessaram o acolhimento em 2008 foram
integrados em contexto familiar, sendo que apenas 3% cessaram o acolhimento por
50
terem sido integrados noutras respostas de acolhimento fora do sistema de
protecção.
Cessados para outras respostas de acolhim ento Cessados para m eio natural de vida
fora do sistem a de protecção
1501
67
1138
545
32
253 286
10 9
6 6
P ais / P ai / M ãe
Tio s / A vós / Irmão s
P esso a / Família idó nea o u tutora
Centro Educativo Colégio de Ensino Especial Comunidade de Inserção Casa pró pria / arrendada (so zinho (a), co m co mpanheiro (a) o u co m amigos)
Comunidade Terapêutica Casa Abrigo Lar Residencial Família ado ptante
Gráfico 28: Local para onde foram as crianças e jovens após a cessação do
acolhimento em 2008 (Nº)
N=3.954
N/R=101
deveriam ter sido considerados nesta categoria os jovens com mais de 18 anos.
30
Vide Anexo 3, Perfil 2.
51
Conclusões
Nos Relatórios dos anos de 2006 e 2007 foi possível identificar 4 traços característicos do
sistema de acolhimento em Portugal, a saber: grande dimensão do universo de crianças e
jovens acolhidos, longos períodos de permanência em acolhimento, baixa mobilidade e,
apesar de tudo, fluxos de entrada no sistema de acolhimento inferiores aos de saída para
meio natural de vida31.
Do que é possível inferir dos dados relativos ao ano de 2008, constata-se que:
Assim, face aos 4 traços que no passado têm caracterizado o sistema nacional de
acolhimento, estes dados conjugam-se no sentido de claramente se começar a desenhar uma
tendência que, a prazo, a inverterá, resultado do investimento político e técnico que tem
vindo a ser feito nesta área.
31
Vide Relatório de Caracterização das Crianças e Jovens em Situação de Acolhimento em 2006 e 2007.
32
Recorde-se que em 2006, a taxa de desinstitucionalização média nacional foi de 19% e em 2007 este
valor ascendeu aos 21%.
33
A justificação para alguns dos serviços de segurança social que, em anos transactos, apresentavam
valores superiores ao deste ano no que diz respeito a este indicador, residirá no facto de terem, mais
cedo que outros serviços, procedido ao esforço de concretização de projectos em meio natural de vida
de crianças e jovens cuja situação de acolhimento não era a mais adequada. Este indicador tenderá a
estabilizar ou ir diminuindo à medida que o sistema de acolhimento nacional deixar de estar lotado com
52
referir que nenhum serviço de segurança social apresenta este indicador com valores
inferiores a 18%, revelando um esforço significativo no sentido de aproximação à referida
meta.
Situação Existem 9.454 crianças / jovens com processo de promoção e protecção ou tutelar cível
jurídica
(situação jurídica regularizada);
502 crianças / jovens cuja situação jurídica de acolhimento se encontrava por
regularizar;
278 destas situações jurídicas por regularizar foram sinalizadas ao Ministério Público.
Projectos de Ranking dos projectos de vida (PV) das crianças / jovens acolhidas, por ordem de
Vida representatividade:
3º - PV adopção: 11% das crianças / jovens acolhidas (estava em 4.º lugar em 2007);
acolhimentos desadequados, que persistiam e perduravam no tempo apenas por ausência ou escassez de
investimento técnico no sentido de dinamizar os projectos de vida consonantes com as reais
necessidades e interesses das crianças e jovens acolhidas.
34
A leitura deste dado deve ser feita em função da definição do conceito de projecto de vida atrás
apresentado, tendo em conta o esforço de rigor imprimido pelo PII na clarificação das situações das
crianças e jovens acolhidos: apenas devem ser considerados projectos de vida aqueles que resultam da
existência de um Plano de Intervenção com acções concretas, planeadas e/ou executadas. Caso não
existam Planos de Intervenção, meras intenções ou probabilidades não são consideradas projectos de
vida.
53
Crianças que, com a alteração do PV definido para 2007, deixaram de ter a
possibilidade de saída, tendendo a permanecer em acolhimento:
2007 2008
PV meio natural de vida PV meio de acolhimento
Regresso à família 149
Confiança a 3ª pessoa 38
Adopção 37
224
De destacar como aspecto crítico, o facto de 101 crianças e jovens terem saído do sistema de
acolhimento para local desconhecido, sendo que se tratam, na esmagadora maioria, de jovens
com mais de 15 anos de idade.
54
Anexo 1- Nomenclaturas das respostas sociais abrangidas pelo PII
55
ACOLHIMENTO FAMILIAR PARA CRIANÇAS E JOVENS
Conceito: Resposta social, desenvolvida através de um serviço, que consiste na atribuição da
confiança da criança ou do jovem a uma família ou a uma pessoa habilitadas para o efeito,
tecnicamente enquadradas, decorrente da aplicação da medida de promoção e protecção, visando
a sua integração em meio familiar.
APARTAMENTO DE AUTONOMIZAÇÃO
Conceito: Resposta social, desenvolvida em equipamento - apartamento inserido na comunidade
local - destinada a apoiar a transição para a vida adulta de jovens que possuem competências
pessoais específicas, através da dinamização de serviços que articulem e potenciem recursos
existentes nos espaços territoriais.
LAR RESIDENCIAL
Conceito: Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a alojar jovens e adultos com
deficiência, que se encontrem impedidos temporária ou definitivamente de residir no seu meio
familiar.
56
Anexo 2- Guião de Procedimentos
57
Plano de Intervenção Imediata - 2008
Guião de Procedimentos
Outubro de 2008
58
Índice
Enquadramento 3
Calendarização 10
Projectos de Vida
01 Linhas orientadoras 11
59
Enquadramento
Para que possa ser preparada uma mudança de fundo que garanta a desejável
melhoria contínua deste Plano, optou-se, no ano de 2008, pela simplificação
do instrumento de recolha de informação que lhe dá corpo, apostando-se nas
variáveis centrais para a caracterização da evolução dos projectos de vida das
crianças e jovens em situação de acolhimento, nos termos da obrigação
definida pelo art.º 10.º do Capítulo V da Lei n.º 31/2003, de 22 de Agosto, bem
como da sua situação jurídica.
Neste sentido, e porque será construída uma nova base de dados apenas com
os dados recolhidos este ano, deixam de existir alguns dos perfis de
caracterização do PII 2007, que passam a estar incluídos nos 3 agora
existentes.
60
Crianças e Jovens a abranger pelo PII
Crianças/jovens
Total Total de
alvo do PII,
crianças/jovens crianças/jovens
abrangidas pelo
acolhidas com perfil PII
PII 2008
Nº total de
Nº total de Nº total de
crianças e jovens
crianças e jovens crianças e
acolhidas em
acolhidas em jovens que cada
instituições ou
instituições ou CDSS / Serviço
famílias de
famílias de de Segurança
acolhimento,
tenham ou não ≠ acolhimento, com ≠ Social
perfil para serem caracterizar em
perfil para serem
abrangidas pelo 2008, face ao
abrangidas pelo
PII (ver ponto Grupo-Alvo do
PII.
seguinte). PII.
=
= =
Universo das
Universo do Grau de
crianças/jovens
Grupo-Alvo do PII Execução
acolhidas
61
Crianças / jovens entre os 0 e os 21 anos:
- com ou sem medida de promoção e protecção aplicada;
- com processos tutelares pendentes ainda não reclassificados como
Processos de Promoção e Protecção (artigo 19º OTM);
- com tutela atribuída a favor da instituição;
- com situação de deficiência aliada a situação de perigo;
62
Incluem-se todas as crianças e jovens que se encontram acolhidas
actualmente, caracterizada ou não em PII’s anteriores, cujo início do
acolhimento é anterior a 2008.
Para efeitos de PII, devem ser incluídos em qualquer dos perfis (consoante o
caso), os jovens que tenham completado os 21 anos até 15.12.200835.
Preenchimento do NISS
35
Nos termos do art.º 5.º da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo (Lei n.º 147/99, de 1 de
Setembro), considera-se criança ou jovem qualquer pessoa com menos de 18 anos ou pessoa com menos
de 21 anos que solicite a continuação da intervenção iniciada antes de atingir os 18 anos.
63
Modelos de recolha de dados: Metodologia de aplicação
Calendarização
64
criança ou jovem a 1 de Novembro, para que se possa garantir que a
fotografia que é tirada ao universo se reporta em todos os serviços à
mesma data, assegurando assim um maior rigor dos dados recolhidos,
no que diz respeito à sua comparabilidade.
Projecto de Vida
01 Linhas orientadoras
65
seus comportamentos na interacção com a criança, poderá concluir-se que
o caminho mais adequado será a adopção.
Deixam de existir, para 2008, os projectos de vida “Acolhimento em Lar de
Infância e Juventude” ou “Acolhimento Familiar” ou ainda acolhimento em
outra resposta específica de acolhimento (Lar Residencial). Tal deve-se ao
facto de se considerar que a colocação em respostas de acolhimento não
constitui um fim em si mesmo, devendo ser encaradas como respostas
temporárias, mas também pelo facto de se considerar que existe uma
grande especificidade nas crianças que carecem de cuidados institucionais
a longo prazo. O agora designado projecto de vida “Acolhimento
Permanente” fica unicamente reservado para situações em que se
identifica na criança uma necessidade de dependência de cuidados
institucionais permanentes, por motivos de deficiência, incapacidade ou
risco agravado de saúde e que, após avaliação, se conclua da inexistência
de um suporte familiar. Preconiza-se, então, uma reavaliação a esta luz
dos projectos de vida de Acolhimento em Lar de Infância e Juventude/
Acolhimento Familiar definidos em 2007, por forma a que, por uma
indefinição dos respectivos projectos de vida, não se continue a encarar o
acolhimento nestas respostas como meta da intervenção.
Assim,
Se o Projecto de Vida…
…é o que se pretende atingir como resultado de uma intervenção com a
criança / jovem e sua família
Se a intervenção com a criança / jovem e sua família…
…deve ser sustentada num plano de intervenção com objectivos e acções
a desenvolver num prazo definido
Se os objectivos e acções…
…só se planeiam na base de um diagnóstico cuidado da situação pessoal e
66
familiar da criança
Se o diagnóstico…
…é baseado na análise de todas as informações da criança que se recolhem de
diversas fontes:
Na observação das visitas / contactos da criança com a família
Na articulação com a Escola / Centro de Saúde / Autarquia / com a
Equipa que acompanha a família
Nos contactos estabelecidos com a família, com ou sem a criança
presente
LOGO,
Se não houve diagnóstico da situação
Com base nos princípios acima, é possível delinear alguns indicadores mais
específicos, das possibilidades de posicionamento da instituição/ serviço de
segurança social/ CPCJ face à intervenção que desenvolve com a criança /
família.
67
não são descobertas/ mas sem trabalho registadas e são utilizadas
avaliadas subsequente de para a intervenção com a
discussão/ avaliação família/ definição do
projecto de vida
Desconhece-se quem é A articulação entre o Existem reuniões
o gestor de caso/ gestor de caso e a regulares entre a resposta
entidade designada resposta de acolhimento é de acolhimento e o gestor
para acompanhamento pontual/ motivada pelos de caso para avaliação da
da execução da prazos de revisão da intervenção /discussão do
medida medida projecto de vida
Os resultados das acções
São criadas oportunidades
O futuro imediato / desenvolvidas são
de mudança e o projecto
projecto de vida é discutidos internamente,
de vida é discutido com
decidido sem que sem dar possibilidade à
base nos resultados/
tenham sido prestados família de participar /
respostas da família aos
apoios à família justificar o seu
apoios prestados
“desempenho”
Assumirá particular relevo a reformulação dos projectos de vida que até 2006
eram de “ Acolhimento em Lar de Infância e Juventude” ou “ Acolhimento
Familiar”, tendo em conta o que foi referido anteriormente, ou seja, o facto
de deixarem de existir estes projectos de vida. O conceito de “ Acolhimento
Permanente” não substitui aqueles de “Acolhimento em Lar de Infância e
Juventude” ou “Acolhimento Familiar” uma vez que passa a ter as
especificidades próprias acima definidas. Em regra geral, e caso não se
identifique no imediato a existência de um plano de intervenção em curso, os
anteriores projectos de vida “ Acolhimento em Lar de Infância e Juventude” e
“ Acolhimento Familiar” passarão a corresponder ao conceito de “ Sem
projecto de vida delineado”.
Caso se trate de uma criança ou adolescente com menos de 15 anos para quem
esteja definido que o projecto de vida alternativo ao acolhimento seja a sua
autonomização futura (por ausência de outras alternativas já tentadas), e para
o qual existe já um Plano de Intervenção em curso, o projecto de vida a
assinalar deverá ser “Autonomização”. Deve contudo ter-se em conta que,
nestas situações, estas duas condições (ausência de alternativa ao acolhimento
e Plano de Intervenção com vista à autonomização já em curso) têm que ser
cumulativas. Caso não existam ambas, a opção a assinalar deverá ser “ Sem
projecto de vida delineado”.
68
Anexo 3- Instrumentos de Recolha de Informação (Perfil 1, Perfil 2, Perfil 3)
69
Plano de Intervenção Imediata – 2008
Ficha de Caracterização Sumária dos Projectos de Vida
Perfil 1
Criança / Jovem actualmente acolhida
70
Nome:
Data de Nascimento: Idade: Sexo:
Documento de Identificação: Nº:
Naturalidade: Nacionalidade:
Observações
71
A preencher pela Equipa do PII
NOTA: O código de identificação da criança deve ser atribuído com as seguintes regras:
Os 2 primeiros dígitos correspondem ao código do Serviço de Segurança Social;
Os restantes dígitos devem ser atribuídos sequencialmente (00001, 00002, 00003...), para que não exista
repetição de números.
72
1. Identificação da criança / jovem
- Não se aplica: destina-se a crianças com menos de 5/6 anos ( fora do limite inferior da idade de escolaridade
obrigatória) ou portadoras de deficiência grave / de doença crónica grave / incapacitadora
- Sem escolaridade: Crianças/ jovens que não têm concluído nenhum nível de instrução.
73
2. Situação de acolhimento
NOTA: Para as crianças/jovens em fuga, deverá ser assinalado o local onde o mesmo se encontrava antes de
fugir, assinalando SIM na questão seguinte (3.2.).
Indicar a data em que se iniciou o acolhimento actual. Caso se desconheça a data exacta é possível indicar
apenas o ano e/ou o mês.
Ter em conta apenas o acolhimento actual.
74
3. Situação jurídica
NOTA: Preencher apenas um dos grupos de questões (3.1. ou 3.2.), conforme a situação da
criança / jovem
Acolhimento familiar
Acolhimento em instituição
Confiança a instituição com vista a futura adopção (artº35º, g) - LPCJP)
Confiança judicial com vista a futura adopção, atribuída à Instituição
Tutela ao director da instituição de acolhimento
Regulação do exercício do Poder Paternal ao Director da Instituição
3.2.2. A criança / jovem continua acolhida, mas foi arquivado o seu Processo de Promoção e
Protecção, sem ter havido lugar a aplicação de nova medida (promoção e protecção, tutelar
cível ou outra)?
Sim Não
75
4. Projecto de Vida
A definição do Projecto de Vida é sustentada num Plano de Intervenção definido para a criança /
jovem, constituindo o resultado último da intervenção desenvolvida. Ex. Definição de plano de
intervenção cuja Meta / Projecto de Vida será a (re)integração da criança / jovem na família nuclear.
Caso se considere que, por exemplo, a reintegração na família nuclear seja uma possibilidade, mas se não
existe ainda um plano de intervenção definido, com acções concretas planeadas ou em fase de execução,
deverá seleccionar-se a opção “Sem Projecto de Vida delineado”.
- POR FAVOR IDENTIFIQUE A GRELHA ONDE CONSTE O PROJECTO DE VIDA QUE FOI ASSINALADO
EM 2007. DEVE PREENCHER APENAS ESSA GRELHA.
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
(Re)integração na família nuclear Adopção Autonomização Acolhimento Sem Projecto de Vida
(Re)integração na família alargada permanente delineado
(institucional /
Confiança à guarda de 3ª pessoa familiar)
76
Grupo 1
4.1. Qual era o Projecto de Vida da criança / jovem em 2007?
(Re)integração na família nuclear
(Re)integração na família alargada
Confiança à guarda de 3ª pessoa (Tutela / Reg. do Poder Paternal)
NOTA: Esta opção destina-se APENAS a situações de crianças / jovens permanentemente dependentes de
cuidados institucionais, mesmo depois de atingirem a maioridade
4.3. Análise da evolução do Projecto de Vida – 2007 / 2008 (preencher apenas 1 das colunas)
Em relação a 2007, o PV Em relação a 2007, o PV
Alterou-se. Porquê? Manteve-se (por concretizar).Porquê?
(preencha apenas 1 opção) (preencha apenas 1 opção)
Plano de Intervenção c/ família por definir /
executar, por constrangimentos internos
Aguarda decisão judicial / da CPCJ para
Plano de Intervenção c/ família por definir /
aplicação / revisão da medida
executar, por constrangimentos externos
Dificuldades de articulação com os serviços
Plano de Intervenção c/ família definido, mas
competentes da zona de residência da família da
cuja execução foi interrompida
criança/jovem
Plano de Intervenção c/ família executado sem
Atrasos consideráveis na execução do Plano de
sucesso
Intervenção, devido a factores externos
Decisão judicial / da CPCJ não foi consonante
Atrasos consideráveis na execução do Plano de
com o parecer da Equipa Técnica
Intervenção, devido a factores internos
Acolhimento ocorrido recentemente (menos 6
Plano de Intervenção em curso
meses)
Fuga prolongada
Plano de Intervenção c/ família por definir / executar, por constrangimentos internos: Por constrangimentos
internos do serviço que acompanha a criança / jovem, ou da instituição de acolhimento, não existe capacidade
(ao nível dos recursos humanos) para definir ou executar acções específicas junto da família com vista à
reunificação.
Plano de Intervenção c/ família por definir / executar, por constrangimentos externos: Podem ser
constrangimentos externos, a não adesão da família às acções previstas no plano de intervenção ou a
inexistência de articulação com os serviços competentes da zona de residência da família da criança, quando
esta se encontra deslocalizada geograficamente.
Plano de Intervenção c/ família definido, mas cuja execução foi interrompida: Interrupção da intervenção
iniciada com a família, com vista à reunificação, por motivos como rejeição manifesta da criança / jovem pelo
PV ou por falecimento / súbito desconhecimento do paradeiro da família.
Plano de Intervenção c/ família executado sem sucesso: A intervenção com a família foi desenvolvida, no
entanto, não surtiu os resultados esperados que viabilizassem a reunificação familiar segura (ex. incapacidade
comprovada da família, apesar dos apoios prestados / inalteração da situação de carência sócio-económica da
família, apesar dos apoios prestados, etc.).
Atrasos consideráveis na execução do Plano de Intervenção, devido a factores externos: Por exemplo,
alterações transitórias na situação familiar: mudança de residência, agravamento temporário da situação de
saúde, situação inesperada de desemprego.
Atrasos consideráveis na execução do Plano de Intervenção, devido a factores internos: Dificuldades da
Equipa responsável na execução das acções previstas, com a intensidade / frequência necessárias.
77
Grupo 2
4.1. Qual era o Projecto de Vida da criança / jovem em 2007?
Adopção
NOTA: Esta opção destina-se APENAS a situações de crianças / jovens permanentemente dependentes de
cuidados institucionais, mesmo depois de atingirem a maioridade
4.3. Análise da evolução do Projecto de Vida – 2007 / 2008 (preencher apenas 1 das colunas)
Em relação a 2007, o PV Em relação a 2007, o PV
Alterou-se. Porquê? Manteve-se (por concretizar).Porquê?
(preencha apenas 1 opção) (preencha apenas 1 opção)
Plano de Intervenção com vista à definição da
situação de adoptabilidade, por definir / executar
A situação dos progenitores da criança / jovem
não configura as condições para a definição da
situação de adoptabilidade (artº1978, Código Civil)
Rejeição manifesta da criança / jovem
Possibilidade inesperada de integração segura Aguarda decisão judicial de adoptabilidade
na família Aguarda decisão final face a recurso interposto
Decisão judicial / da CPCJ não foi consonante Aguarda prestação de consentimento prévio
com o parecer da Equipa Técnica para a adopção
Adopção nacional e internacional inviabilizadas Não foram encontrados, até à data, candidatos
por ausência de candidatos, há pelo menos 3 anos que pretendam adoptar a criança / jovem (só para
(só para crianças / jovens com situação de as crianças / jovens com situação de
adoptabilidade definida) adoptabilidade definida)
Atingido o limite de idade para a adopção (só
para jovens com mais de 15 anos, com situação de
adoptabilidade definida)
Acolhimento ocorrido recentemente (menos 6
meses)
Fuga prolongada
Plano de Intervenção com vista à definição da situação de adoptabilidade, por definir / executar: Por
constrangimentos internos do serviço que acompanha a criança / jovem, ou da instituição de acolhimento, não
foram desenvolvidas acções concretas preparatórias da situação de adoptabilidade da criança (ex. constituição
de dossier individual da criança com dados / relatórios / pareceres técnicos de encaminhamento para a
adopção).
78
Grupo 3
4.1. Qual era o Projecto de Vida da criança / jovem em 2007?
Autonomização
NOTA: Esta opção destina-se APENAS a situações de crianças / jovens permanentemente dependentes de
cuidados institucionais, mesmo depois de atingirem a maioridade
4.3. Análise da evolução do Projecto de Vida – 2007 / 2008 (preencher apenas 1 das colunas)
Em relação a 2007, o PV Em relação a 2007, o PV
Alterou-se. Porquê? Manteve-se (por concretizar).Porquê?
(preencha apenas 1 opção) (preencha apenas 1 opção)
Plano de Intervenção por definir / executar: Por constrangimentos internos do serviço que acompanha o
jovem, ou da instituição de acolhimento, não foi possível, até à data, definir ou executar acções específicas
com vista à autonomização do jovem. Incluem-se também aqui os jovens que ainda não tendo 15 anos, não
existem recursos legais e logísticos disponíveis para a definição de um plano de intervenção no sentido da
sua autonomização.
Plano de Intervenção interrompido: Interrupção da intervenção iniciada com o jovem, por motivos como
rejeição manifesta do mesmo pelo PV / fuga prolongada / detenção ou internamento em Centro Educativo / ou
por possibilidade inesperada de integração segura na família.
Plano de Intervenção executado sem sucesso: A intervenção com o jovem foi desenvolvida, no entanto, não
surtiu os resultados esperados que viabilizassem a sua autonomização (ex. não adesão do jovem às acções
propostas, como por ex. a desistência de curso de formação, abandono do emprego).
Atrasos consideráveis na execução do Plano de Intervenção, devido a factores externos: Por exemplo,
dificuldades de agilização dos recursos / apoios necessários ao jovem (habitação, emprego…).
Plano de Intervenção em curso: Por exemplo, o prosseguimento dos estudos / formação profissional ainda não
permitem a concretização da autonomização do jovem.
79
Grupo 4
4.1. Qual era o Projecto de Vida da criança / jovem em 2007?
Acolhimento permanente (institucional / familiar)
NOTA: Esta opção destina-se APENAS a situações de crianças / jovens permanentemente dependentes de
cuidados institucionais, mesmo depois de atingirem a maioridade
4.3. Análise da evolução do Projecto de Vida – 2007 / 2008 (preencher apenas 1 das colunas)
Em relação a 2007, o PV
Em relação a 2007, o PV Em relação a 2007, o
Manteve-se (por PV
Alterou-se. Porquê?
(preencha apenas 1 opção)
concretizar).Porquê? (preencha Concretizou-se
apenas 1 opção)
Possibilidade inesperada de integração
familiar
Criança / jovem dependente permanente de cuidados institucionais, mesmo depois de atingir a maioridade:
Crianças / jovens, para as quais já foram esgotadas as alternativas familiares e de adopção, portadoras de
deficiência / doença física ou mental.
Cessação do acolhimento determinada pela instituição: Situações eventualmente previstas no regulamento
interno da instituição, mas não na Lei 147/99
80
Grupo 5
4.1. Qual era o Projecto de Vida da criança / jovem em 2007?
Sem projecto de vida delineado
NOTA: Se assinalou a opção “Sem projecto de vida delineado”, deve preencher a questão 4.3.
(Re)integração na família nuclear
(Re)integração na família alargada
Confiança à guarda de 3ª pessoa (Tutela / Reg. do Poder Paternal)
Adopção
Autonomização
Acolhimento permanente (institucional / familiar)
NOTA: Esta opção destina-se APENAS a situações de crianças / jovens permanentemente dependentes de
cuidados institucionais, mesmo depois de atingirem a maioridade
4.3 Justificação da opção “Sem projecto de vida delineado” (seleccionar apenas 1 opção, dentro
de um único grupo de questões: 4.3.1 OU 4.3.2 OU 4.3.3):
81
Data: _____/______/ 2008
O responsável da Instituição de
O Técnico da CPCJ / EMAT / ECJ
Acolhimento / Acolhimento Familiar
Assinatura:
Nome legível:
Contacto:
O Técnico do PII
Assinatura:
Nome legível:
Contacto
82
Plano de Intervenção Imediata – 2008
Ficha de Caracterização Sumária dos
Projectos de Vida
Perfil 2
Criança / Jovem com cessação do acolhimento em
2007 / 2008
83
Nome:
Data de Nascimento: Idade: Sexo:
Documento de Identificação: Nº:
Naturalidade: Nacionalidade:
Observações
84
A preencher pela Equipa do PII
NOTA: O código de identificação da criança deve ser atribuído com as seguintes regras:
Os 2 primeiros dígitos correspondem ao código do Serviço de Segurança Social;
Os restantes dígitos devem ser atribuídos sequencialmente (00001, 00002, 00003...), por forma a que não
exista repetição de números.
85
1. Identificação da criança / jovem
2. Situação de acolhimento
2.1. Local onde se encontrava acolhido, antes da saída (seleccionar apenas 1 opção):
Unidade de Emergência Nome:
Casa de Acolhimento de Emergência Nome:
Centro de Acolhimento Temporário Nome:
Sem laços de parentesco
Família de Acolhimento
Com laços de parentesco
Lar de Infância e Juventude Nome:
Centro de Apoio à Vida Nome:
Apartamento de Autonomização Nome:
Lar Residencial Nome:
Indicação do tipo de acolhimento da criança/jovem.
- Unidade de emergência: incluem-se as situações de acolhimento em cama de emergência no contexto dos
Lares de Infância e Juventude ou Centros de Acolhimento Temporário.
- Casa de Acolhimento de Emergência: pequenas unidades residenciais vocacionadas exclusivamente para o
acolhimento de emergência
- Lar Residencial: instituições vocacionadas para o acolhimento de adultos com deficiência.
86
- Apartamento de Autonomização: pequenas unidades residenciais destinadas a jovens a partir dos 15 anos,
cujo projecto de vida passa pela autonomização.
- Centro de Apoio à Vida: pequenas unidades residenciais destinadas a mulheres grávidas ou puérperas com
filhos recém-nascidos.
Indicar a data em que se iniciou o último acolhimento. Caso se desconheça a data exacta é possível indicar
apenas o ano e/ou o mês.
Ter em conta apenas o último acolhimento.
3. Situação actual
3.1. Local para onde saiu (seleccionar apenas 1 opção):
Outras respostas de acolhimento:
Centro Educativo
Colégio de Ensino Especial
Comunidade de Inserção
Comunidade Terapêutica
Casa Abrigo
Lar Residencial
Meio natural de vida:
Pais / Pai / Mãe
Tios / Avós / Irmãos
Pessoa / Família idónea ou tutora
Casa própria / arrendada (sozinho(a), com companheiro(a) ou com amigos)
Família adoptante
Local desconhecido
- Comunidade de Inserção: Resposta social, desenvolvida em equipamento, com ou sem alojamento, que
compreende um conjunto de acções integradas com vista à inserção social de diversos grupos alvo que, por
determinados factores, se encontram em situação de exclusão ou de marginalização social: mães solteiras, ex-
reclusos, sem abrigo.
- Comunidade Terapêutica: Unidades Especializadas que prestam cuidados a toxicodependentes que
necessitam de internamento prolongado com apoio psicoterapêutico e socioterapêutico.
- Casa Abrigo: Resposta social, desenvolvida em equipamento, que consiste no acolhimento temporário a
mulheres vítimas de violência, acompanhadas ou não de filhos menores, que não possam, por questões de
segurança, permanecer nas suas residências habituais.
- Local desconhecido: só se aplica às situações em que o jovem é expulso ou sai voluntariamente (a partir dos
18 anos) da instituição / família de acolhimento, sem informar o seu destino.
4. Situação jurídica
Não
4.1.2. A criança/jovem, durante o acolhimento, tinha a situação jurídica regularizada?
Sim Não
87
5. Projecto de Vida
88
Data: _____/______/ 2008
O responsável da Instituição de
O Técnico da CPCJ / EMAT / ECJ
Acolhimento / Acolhimento Familiar
Assinatura:
Nome legível:
Contacto:
O Técnico do PII
Assinatura:
Nome legível:
Contacto
89
Plano de Intervenção Imediata – 2008
Ficha de Caracterização Sumária dos Projectos de Vida
Perfil 3
Criança / Jovem actualmente acolhida
Com início do acolhimento em 2008
90
Nome:
Data de Nascimento: Idade: Sexo:
Documento de Identificação: Nº:
Naturalidade: Nacionalidade:
Observações
91
A preencher pela Equipa do PII
NOTA: O código de identificação da criança deve ser atribuído com as seguintes regras:
Os 2 primeiros dígitos correspondem ao código do Serviço de Segurança Social;
Os restantes dígitos devem ser atribuídos sequencialmente (00001, 00002, 00003...), por forma a que não
exista repetição de números.
92
1. Identificação da criança / jovem
- Não se aplica: destina-se a crianças com menos de 5/6 anos ( fora do limite inferior da idade de escolaridade
obrigatória) ou portadoras de deficiência grave / de doença crónica grave / incapacitadora
- Sem escolaridade: Crianças/ jovens que não têm concluído nenhum nível de instrução.
93
2. Situação de acolhimento
NOTA: Para as crianças/jovens em fuga, deverá ser assinalado o local onde o mesmo se encontrava antes de
fugir,
Indicar a data em que se iniciou o acolhimento actual. Caso se desconheça a data exacta é possível indicar
apenas o ano e/ou o mês.
Ter em conta apenas o acolhimento actual.
94
3. Situação jurídica
NOTA: Preencher apenas um dos grupos de questões (3.1. ou 3.2.), conforme a situação da
criança / jovem
Acolhimento familiar
Acolhimento em instituição
Confiança a instituição com vista a futura adopção (artº35º, g) - LPCJP)
Confiança judicial com vista a futura adopção, atribuída à Instituição
Tutela ao director da instituição de acolhimento
Regulação do exercício do Poder Paternal ao Director da Instituição
3.2.2. A criança / jovem continua acolhida, mas foi arquivado o seu Processo de Promoção e
Protecção, sem ter havido lugar a aplicação de nova medida (promoção e protecção, tutelar
cível ou outra)?
Sim Não
95
4. Projecto de Vida
A definição do Projecto de Vida é sustentada num Plano de Intervenção definido para a criança /
jovem, constituindo o resultado último da intervenção desenvolvida. Ex. Definição de plano de
intervenção cuja Meta / Projecto de Vida será a (re)integração da criança / jovem na família nuclear.
Caso se considere que, por exemplo, a reintegração na família nuclear seja uma possibilidade, mas se não
existe ainda um plano de intervenção definido, com acções concretas planeadas ou em fase de execução,
deverá seleccionar-se a opção “Sem Projecto de Vida delineado”.
NOTA: Se assinalou a opção “Sem projecto de vida delineado”, deve preencher a questão 4.1.1.
(Re)integração na família nuclear
(Re)integração na família alargada
Confiança à guarda de 3ª pessoa (Tutela / Reg. do Poder Paternal/ Pessoa idónea)
Adopção
Autonomização
Acolhimento permanente (institucional / familiar)
NOTA: Esta opção destina-se APENAS a situações de crianças / jovens permanentemente dependentes de
cuidados institucionais, mesmo depois de atingirem a maioridade
4.1.1. Justificação da opção “Sem projecto de vida delineado” (seleccionar apenas 1 opção,
dentro de um único grupo de questões: 4.1.1.1 OU 4.1.1.2 OU 4.1.1.3):
96
Data: _____/______/ 2008
O responsável da Instituição de
O Técnico da CPCJ / EMAT / ECJ
Acolhimento / Acolhimento Familiar
Assinatura:
Nome legível:
Contacto:
O Técnico do PII
Assinatura:
Nome legível:
Contacto
PII 2008 - Relatório de Caracterização das Crianças e Jovens em Situação de Acolhimento em 2008
Toxicodependência da criança/jovem 50 42 -- --
Corrupção sexual -- -- -- 46
Pornografia infantil 2 7 6 4
Abuso
Prostituição infantil 35 47 37 24
Sexual
Violação -- -- 235 153
350 506 -- --
Refugiados de guerra -- -- 46 36
Nota: O aumento exponencial do peso dos jovens sem projecto de vida justifica-se pelo maior rigor exigido em 2007
no que diz respeito à definição dos projectos de vida das crianças e jovens em acolhimento, que não deviam ser
consideradas meras ”declarações de intenção”, mas sustentados em planos de intervenção concretos e aplicados.
Quadro 8- Medidas jurídicas aplicadas às crianças e jovens que cessaram o acolhimento (2006/2008)
2006 2007 2008 Variação (%)
Apoio junto dos pais 1.203
578 619
108,1
Apoio junto de outro familiar 637
274 340
132,5
Confiança a pessoa idónea 129
83
Apoio para a autonomia de vida 201
106 93
89,6
Confiança a pessoa seleccionada para a 442
adopção 410 299
7,8
Tutela a pessoa 102
38 75
168,4
Regulação do exercício do Poder 246
Paternal 116 126
112,1
Confiança judicial/administrativa com 107
-- --
vista a futura adopção
Sem medida aplicada 1
1.174 780
-99,9
45
Medida Tutelar Educativa -- --
--
841
N/R 75 530
1021,3
Total 2.771 3.017
3.954 42,7
Nota: A ausência de dados relativos a 2004 e 2005 justifica-se pela alteração dos instrumentos de recolha de informação em
2006 e 2007, que passaram a permitir a distinção clara entre acolhidos e cessados