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Ao ler o excerto de Maria Helena Dias, retirado da obra ³Os mapas em Portugal, da
tradição aos novos rumos da cartografia´ penso que posso centrar a minha análise baseando-me
em três ou quatro palavras que marcam o texto e que são: Cartografia, mapa temáticos, escalas e
símbolos.
A cartografia está na base de todo este texto, uma vez que é a ciência que estuda os mapas,
permitido elabora-los através das observações realizadas na terra. Maria Helena Dias começa este
texto por falar da concepção dos mapas temáticos, afirmando que a sua elaboração é
«relativamente complexa». Realmente a realização de qualquer tipo de mapa requer regras
mínimas de construção, que por vezes são ignoradas pela ausência de conhecimentos por parte de
quem elabora um mapa. O produtor de um mapa deve dominar o dito ³a  
´, ou
seja para além de conhecer as técnicas de realização, deve também ter em atenção se as suas
escolhas estão de acordo com a utilização do documento.
Existem vários tipos de mapas temáticos, podendo estes dividirem-se em dois grandes
grupos: mapas de índole quantitativa e qualitativa. Ainda assim existe uma grande diversidade de
mapas, uma vez que estes diferem no que diz respeito ao tema, interpretação da distribuição
espacial, no tratamento dos dados ou na concepção gráfica. Assim sendo são várias as formas de
representação temáticas possíveis, tendo entre elas apenas alguns princípios em comum. É
portanto através da técnica cartográfica que se podem subdividir os mapas temáticos, que são eles:
mapas de símbolos pontuais, lineares e em mancha.
Quando se recorre à representação do tema dos mapas através de símbolos correm-se
alguns riscos respectivos à sua leitura, uma vez podem tornar-se complexos para o sistema visual
humano, dificultando o reconhecimento das figurações neles representadas. Esta dita ³distorção´
introduzida pelo sistema visual na leitura dos símbolos cartográficos tem sido alvo de diversos
estudos (a partir da década 60) que se traduziram em várias soluções para elaboração dos mapas
temáticos, como é ocaso da utilização da cor ou da representação através de círculos. Pode ainda
assim dizer-se que entre os vários tipos de mapas, os mapas com recurso a símbolos em mancha
são os mais utilizados, ou pelo menos os mais difundidos.
A estas categorias de mapas temáticos junta-se também a representação do tema sobre
fundo convencional, o que origina diversos níveis visuais. Nesta situação os diversos conjuntos de
informação facilitam a leitura do mapa uma vez que se evita bastante a monotonia gráfica dos
memos. Actualmente esta área da cartografia encontra em grande expansão graças ao crescente
apoio informático que vem assim facilitar e generalizar o acesso aos ditos mapas.
Assim sendo pode dizer-se que para se elaborar uma representação à que ter muita atenção
à escolha da técnica cartográfica e ao tipo de características dos símbolos temáticos. Mas estes
dois factores isolados da projecção cartográfica e principalmente da escala não fazem qualquer
sentido. A escolha da escala é a   , uma vez dela depende o rigor do mapa. Também a
escolha do sistema de projecção deve ser tomado em conta, o que na maior parte dos casos não
acontece quando se elabora um mapa temático. Este desprezo pelas projecções criam falsas
imagens mentais da terra, como é o caso das representações rectangulares do globo que acabam
por deformar as áreas situadas em latitudes mais elevadas.
Para concluir a leitura deste texto de Maria Helena Dias devo referir que os mapas
temáticos são preciosos instrumentos analíticos, e quando bem concebidos podem tornar-se em
meios muito úteis para interpretar as diversas inter-relações espaciais. Não deixa de ser menos
importante referir que quando nos referimos a um mapa a uma representação interpretada da
realidade e não a própria realidade, o que o torna num objecto único.

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