Trovadoresco Palaciano Barcarolas do Lirismo Galaico-Português Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo! E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro! E ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amado,
por que hei gran cuidado! E ai Deus, se verrá cedo! Abaix’esta serra verei minha terra. Ó montes erguidos deixai-vos cair, Ribeiras do mar, deixai-vos sumir que tendes e ser destruídos, mudanças, pois males sentidos as minhas me dam tanta guerra lembranças por ver minha terra. deixai-as passar. Deixai-mas tornar dar novas da terra que dá tanta guerra.. Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.