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ANDANDO EM ESPÍRITO, VIVENDO EM

ADORAÇÃO.
“... Andai em Espírito e não cumprireis as concupiscências (os desejos) da
carne”.
“Andar no Espírito” e “não satisfazer os desejos carnais” são expressões
sinônimas na Palavra de Deus, pois se andarmos em espírito não iremos
satisfazer os desejos da carne; e, se não satisfizermos os desejos da carne
estaremos, automaticamente, andando em espírito. Em outras palavras, Paulo
estava dizendo aos Gálatas: “Andem no Espírito; vivam na Presença de Deus;
se vocês fizerem isso vocês não irão satisfazer os desejos da carne, que só nos
afastam de Deus”.
Andar no Espírito significa viver uma vida de santidade, viver uma vida de
adoração ao Senhor. E, viver uma vida de adoração a Deus significa adorá-LO
em todo lugar (na escola, no trabalho, em casa, na rua etc.,) e em todo tempo
(na abundância e na falta, na saúde e na doença etc.,).
Paulo e Silas aprenderam a adorar o Senhor em todo lugar e em todo tempo
(Atos 16). Habacuque também aprendeu a adorar a Deus em todas as
circunstâncias (Hc 3: 17- 19). E nós precisamos aprender a deixar que nossa
adoração se sobreponha às circunstâncias adversas da vida, pois “se não
aprendermos a ser adoradores em todas as circunstâncias, realmente não
importa quão bem fazemos qualquer outra coisa” (Erwin W. Lutzer –
adaptado). Se não formos verdadeiros adoradores, não adianta participarmos
ou liderarmos algum ministério na igreja; pois, embora seja muitíssimo
importante exercer(mos) nosso(s) dom(ns) na obra de Deus, não foi para isso
que nós nascemos. Nascemos para adorar a Deus. Mas, temos que decidir se
iremos viver uma vida de adoração. Uma coisa é nascer para glorificar a Deus,
outra coisa é vivermos para glória de Deus.
A. W. Tozer disse: "Deus deseja que o adoremos. Ele não precisa de nós,
pois não poderia ser um Deus auto-suficiente e ainda precisar de algo ou
de alguém; no entanto, ele nos deseja. Quando Adão pecou, ele não
clamou: ‘Deus, onde estás?’. Foi Deus quem clamou: ‘Adão, onde estás?’
". Esse clamor de Deus revela o desejo profundo de Seu coração de ter
intimidade conosco. Deus sempre nos incentiva a vivermos em santidade, pois
não há intimidade sem santidade; e não há santidade sem obediência; e não há
obediência sem o temor do Senhor(Salmo 25: 14). Como disse Richard Foster:
"Se a adoração não nos transformar, ela não é adoração. Estar diante do
Santo da eternidade é transformar-se... Se a adoração não nos
impulsionar para maior obediência, não é adoração. Assim como a
adoração começa em santa expectação, ela termina em santa obediência".
Por isso Paulo continua sua instrução aos irmãos da Galácia: “Porque a carne
cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; estes opõem-se um
ao outro, para que não façais o que quereis”.
Há uma batalha espiritual sendo travada em nossos corações: a batalha da
carne contra o Espírito. O Espírito nos impulsiona para Deus, e a carne no
impulsiona para o pecado, para a desobediência. De maneira que, se não
alimentarmos nosso espírito da palavra de Deus, da presença de Deus, este irá
“morrer de fome”. E, se não alimentarmos nossa carne do pecado, esta irá
também, “morrer de fome”.
Somos orientados pela palavra de Deus a matarmos nossa carne de fome (por
“carne”, me refiro aos desejos ilícitos de nossa mente que desagradam a
Deus). O próprio Paulo disse: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo não
mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo- a na
fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por
mim”(Gálatas 2: 20). E ainda em Gálatas 5: 24: “E os que são de Cristo Jesus
crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências”(Leia também
Colossenses 3: 1- 17; Romanos 6 e 8: 1- 30).
No mesmo capítulo 5 de Gálatas, Paulo nos fala sobre as obras da carne, que
são justamente as características presentes na vida daquele que ainda não teve
um encontro com Cristo Jesus. “Prostituição, idolatria, impureza, lascívia,
feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões,
heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes
a essas”.
Depois de citar as “obras da carne” Paulo cita o fruto do Espírito, que é a
evidência da Presença do Espírito Santo na vida de uma pessoa.
“Amor(caridade), alegria(gozo), paz(tranqüilidade),
longanimidade(paciência), benignidade(benévolo), bondade,
fidelidade(lealdade), mansidão(brandura), domínio
próprio(temperança)”. Essas são as qualidades, virtudes que um verdadeiro
discípulo de Cristo deve apresentar.
Por fim: “Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito”. Paulo
finaliza enfatizando mais uma vez a necessidade de viver na presença de
Deus. Precisamos estar dispostos a viver essa vida, ajustados pela Palavra do
Deus Altíssimo. Precisamos determinar em nosso coração a viver uma vida de
santidade ao Senhor, para, assim contemplarmos Sua glória e magnitude, pois
sem santidade ninguém verá O Senhor(Hebreus 12: 14).

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