Lesões fibro-ósseas
Substituição do osso normal por tecido fibroso contendo produto mineralizado recém formado. Incluem lesões
de desenvolvimento (hamartomatosas), processos displasicos e reativos e neoplasmas.
Displasia fibrosa: lesão semelhante a tumor de desenvolvimento.
Maioria monostotico (único osso) ou poliostotica.
Monostótica: os ossos gnáticos estão entre os mais comumente afetados, se manifesta na 1ª ou 2ª década como
inchaço indolor de crescimento lento. Maxila mais freqüente que mandíbula. Opacificação vidro despolido que
resulta da superimposiçao de trabéculas ósseas pouco calcificadas arranjado em padrão desorganizado, mal
definidas, com margem que misturam-se ao osso normal, limites difícil de definir.
Pode ser radiolucida inicialmente, ou mista, pode ocorrer obliteração do seio maxilar.
Poliostotica: lesões dos ossos longos mais severas, fratura patológica.
Síndrome MCcune albright ; Pigmentação café com leite máculas bronzeadas bem definidas. Histologicamente
trabéculas de forma irregular dos ossos (trançados) imaturos em um estroma fibroso celular e froxamente
organizado. Trabéculas não são conectadas umas as outras, assumem forma curvilíneas sendo comparadas a
caracteres chineses. Osso lesional funde-se ao osso normal.
Tratamento: em muitos casos se estabiliza quando a maturação esquelética é atingida. Redução cirúrgica da
lesão a contornos aceitáveis sem tentar remover a lesão inteira.
Transformação maligna (osteosarcoma) raro. Radioterapia leva risco a malignização: contra-indicado
Displasias cemento ósseas:
Tecido fibroso osso e calcificações semelhantes a cemento. Histológicamente podem ser semelhantes a
displasia fibrosa e fibroma ossificante.
Displasia cemento óssea periapical: região periapical anterior inferior, lesões múltiplas com mais freqüência,
predileção mulheres negras, entre 30 a 50 anos. Vitalidade pulpar. Assintomática. No inicio radiolúcido
semelhante a cisto periapical e com o tempo mista e radiopaca. No estagio final calcificação densa e
circunscrita cercada por estreita borda radiolucida. Autolimitadora e não expande cortical. Histologicamente
nos estágios iniciais proliferação fibroblastica que pode conter pequenos focos de osteóide. Nos estágios
avançados depósito de osso ou material semelhante a cemento, no estágio final massa densa mineralizada.
Proservar, biópsia se duvida.
Fibroma ossificante:
Neoplasma bem delimitado, ocasionalmente encapsulado, composto de tecido fibroso com quantidade variada
de tecido calcificado lembrando osso cemento ou ambos
Ocorem em ampla faixa etária, maior freqüência em 3 e 4 decada, predileção por mulheres. Mandíbula
envolvida com maior frequencia, em região de corpo. Lesões assintomaticas, tumores maiores inchaço do osso
envolvido. Lesão bem definida unilocular. Alguns com borda esclerótica. Pode aparecer radiolúcido com graus
variáveis de radiopacidade podem ser radiopacas com halo radiolucido. Divergência e reabsorção radicular
podem ser notadas, mas incomum. Frequentemente mostram arco para baixo na cortical inferior mandibular,
lesão bem circunscrita do osso circundante, separação fácil do tumor do leito. Alguns mostram cápsula fibrosa
cercando o tumor. Histologicamente tecido fibroso com graus variáveis de celularidade com material
calcificado.
Tratamento é enucleação com bom prognóstico.
Osteoma
Tumores benignos compostos de osso maduro compacto ou medular
Podem surgir da superfície óssea como massa pólipo ou séssil (osteoma perióstico) ou localizado no espaço
medular (endósteo). Maioria em adultos jovens, normalmente solitário e assintomático.
Perióstico Crescimento lento podendo atingir grandes tamanhos provocando deformação facial. Envolvimento
condilar pode provocar alteração oclusal.
Endósteo assintomáticos mas lesões maiores causam aumento lentamente progressivo na região afetada.
Nos seios paranasais podem causar sintomas com sinusite, dor de cabeça ou manifestações oftalmológicas.
Apresentam-se como massas escleróticas circunscritas. Os periosticos padrão uniforme ou periferia radiopaca
com padrão trabecular central. Os endosteos podem parecer com focos escleroticos (osteíte condensante ,
osteomielite esclerosante focal ou osteoesclerose idiopatica). Histologicamente compactos de osso denso de
aparência normal ou medulares com trabéculas de medula óssea fibrogordurosa.
Tratamento: excisão cirúrgica conservadora, se pequeno podemos apenas observar.
Síndrome de garder: pólipos intestinais, osteomas múltiplos e cistos epidermóides e fibromas. Osteomas
múltiplos de face é marcador inicial importante.
Osteoma osteóide
Dor, defeito radiolucido circunscrito com zona esclerótica circundante.
Osteoblastoma: idênticos aos osteomas osteódes, mas maiores, dor mais forte.
Cementoblastoma
Região de corpo mandibular, idade menos de 25 anos. Crescimento lento, pode haver expansão localizada, dor
pode ou não.
Massa calcificada intimamente relacionada a raiz dentaria. 1 molar inferior permanente mais afetado.
Reabsorção da raiz e fusão tumor dente. Cercada por borda radiolucida.
Tratamento: exodontia com a massa calcificada ou excisão com amputação da raiz e endodontia. Prognóstico
excelente.
Condroma: tumores benignos compostos de cartilagem hialina imatura. Região anterior maxilar.
Remoção total é o tratamento, devemos considerala como representante de um condrosarcoma em potencial.
Hemangioma central
10 a 20 anos
Radiotransparencia multilocular favo de mel ou bolha de sabão ou raio de sol, radiolucidez bem ou mal definida
com trabeculados.
Aneurisma
Área lítica irregular do osso.
Fibrossarcoma
Tumor maligno com graus variados de produção de colágeno sem formação de osso tumoral osteoide ou
cartilagem no tumor primário, ou qualquer local de metástase. Podem surgir na porção medular do osso ou
qualquer local do periósteo. Pode surgir como lesão primaria ou secundária a outras lesões benignas ou pós
radiação.
Idade media 40 anos. Pouco na região crânio facial. Dor aumento de volume, parestesia e mobilidade dentária.
Radiograficamente lesões císticas e destrutivas entretanto pode aparecer bem definida.
Tratado com ressecção radical
Osteosarcoma
Tumor maligno primário mais comum.
Idade média 33 anos.
Aumento de volume e dor, abalamento dentário, parestesia e obstrução nasal.
Variam de esclerose densa a lesão mescladamente esclerótica e radiolucida a um processo completamente
radiolucido. Limites mal definidos. Pode mostrar alteração radiográfica mínima. Frequentemente ha reabsorção
radicular. Aspecto raios de sol pelo produção de osso osteofitico na superfície lesional em 25% dos casos.
Espaçamento ligamento periodontal. Dor, desconforto.
Dependendo das quantidades reativas de osteoide, cartilagem ou fibras de cartilagem produzidas pelo tumor
pode ser classificado em
Osteoblástico
Condroblástico
Fibroblastico
Condroblasticos quase inteiramente de cartilagem crescimento em lóbulos com pequenos focos de produção
osteóide.
Osteosarcoma de baixa agressividade bem diferenciados podem mostrar atipia celular mínima. Difíceis de
diferenciar de lesões ósseas benignas como displasia fibrosa ou fibroma ossificante.
Tratamento: excisão radical, suplementada por quimioterapia, radioterapia ou ambas. Extensão além das
margens clinico radiológica aparentes.
Osteosarcoma periférico
Crescimento para fora
Justacortical
Periostal: alto grau de diferenciação estrutural, aparência menos agressiva. Menor recidiva após ressecção
radical.
A perióstica é mais agressiva.
São melhores os prognósticos se comparado aos intramedulares convencionais.
Sarcoma pós radiação: o osteosarcoma é o mais comum, seguido por fibrossarcoma e condrosarcoma.