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Financeira e Orçamentária
Prof. Msc. Davi Riani Gotardelo
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Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG)
Sumário
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Bibliografia ...................................................................................................... 59
Figura
Figura 1 - Objetivos financeiros da empresa .................................................................................................5
Gráficos
Gráfico 1 - Ponto de Equilíbrio .................................................................................................................. 26
Gráfico 2 - VPL – Valor Presente Líquido ................................................................................................. 48
Gráfico 3 - VPL x TIR .................................................................................................................................. 52
Tabelas
Tabela 1 - Estrutura do Balanço Patrimonial ............................................................................................... 8
Tabela 2 - Estrutura da DRE........................................................................................................................ 11
Tabela 3 - Tabela de Depreciação – Receita Federal .................................................................................. 14
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O que é finanças?
1.1 - O que é finanças?
Quais as áreas de
finanças?
Finanças "são a aplicação de uma série de princípios
econômicos e financeiros para maximizar a riqueza ou o valor Quais as principais
total de um negócio" (GROPPELLI, et al., 1999). instituições financeiras?
Finanças
Rentabilidade
Em todas as áreas as atividades financeiras serão
baseadas em: Geração de Valor
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b) Contabilidade;
c) Estatística (Econometria);
Ao CMN compete:
CVM - Comissão de Valores Mobiliários (CVM) De acordo com a lei que a criou, a
Comissão de Valores Mobiliários exercerá suas funções, a fim de:
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3) Geração de Valor: Para (LEMES JR, et al., 2001), “as finanças preocupam-se com o valor
de troca”. Este valor de troca pode aumentar o valor da empresa em duas formas:
2) Estrutura de Capital: Consiste basicamente em como será composto o capital empregado pela
empresa, seja este próprio e de terceiros. O montante e a taxa são variáveis chaves na análise da
estrutura de capital.
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A Teoria da Agência pressupõe que existe um custo de agenciamento das decisões, ou seia,
nem sempre o que é melhor para o dono é exatamente igual ao que é melhor para o administrador.
Daí, nasce o custo de agência. (DALMÁCIO, et al., 2003) complementam:
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Demonstrações
QUESTÕES PARA
Financeiras DISCUSSÃO INICIAL DO
CAPÍTULO
Quais as principais
demonstrações
financeiras existentes?
2.1 - Regime de Competência x Regime de Caixa
CONCEITOS A SEREM
DEFINIDOS NESSE
O Regime de Caixa trata o evento financeiro (receita ou
CAPÍTULO
despesa) no efetivo momento em que foi desembolsado ou
recebido, independente do período a que se devia. Não há
utilização desse regime para efeitos contábeis (obrigatoriedade
da lei). Regime de Competência
Regime de Caixa
Ex.: Notas fiscais - pagamento parcelado / 13º salário /
Férias Desempenho Econômico
Desempenho Financeiro
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ATIVO PASSIVO
AC PC
ARLP PELP
AP PL
(STICKNEY, et al., 2001) afirmam que “o ativo de uma empresa são os recursos econômicos
com capacidade ou potencial para lhe oferecer benefícios futuros. Por exemplo, a empresa pode
utilizar caixa para comprar estoques ou equipamentos [...].” É do lado do ativo (lado esquerdo do
Balanço) que visualizamos os investimentos ou aplicações de recursos feitos pela empresa.
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Ativo
Conforme pode ser percebido pelo quadro apresentado, o Ativo se divide em 3 grandes grupos:
Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente. A disposição das contas segue uma ordem
decrescente de liquidez.
Ativo Circulante: Dentro do Ativo Circulante, encontram-se todas as contas de curto prazo.
Ex.: Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras, Duplicatas a receber (de curto prazo), estoques, etc.
Ativo Realizável a Longo Prazo: O grupo Ativo Realizável a longo prazo contempla todos
os direitos da empresa recebíveis após o término do exercício seguinte ao encerramento do balanço.
Nesse caso, enquadram-se não só as duplicatas a receber de longo prazo, mas também títulos e valores
mobiliários adquiridos e adiantamentos ou empréstimos feitos a coligadas e controladas (com
vencimento de longo prazo).
Passivo
Passivo Exigível a Longo Prazo: em Exigível a longo prazo, são classificadas as obrigações
com vencimento após o término do exercício seguinte ao encerramento do balanço. Geralmente,
encontramos neste grupo empréstimos e financiamentos.
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De acordo com (ASSAF NETO, 2001), a Demonstração de resultados do exercício visa fornecer, de
maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado
exercício social, os quais serão transferidos para as contas do Patrimônio Líquido. O lucro (ou
prejuízo) é resultante de receitas, custos e despesas incorridos pela empresa no perído e apropriados
segundo regime de competência, ou seja, independentemente de que tenham sido esses valores pagos
ou recebidos.
( - ) Vendas canceladas
= LUCRO BRUTO
( - ) Despesas administrativas
( - ) Despesas financeiras
= LUCRO OPERACIONAL
( - ) Provisão para IR
( - ) Participações
Observações:
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a) Lucro Operacional
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Corresponde aos eventos econômicos aditivos ao patrimônio líquido, não associados com a atividade
ou atividades principais da empresa, independentemente da sua freqüência.
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d) IR e CSLL: O Imposto de Renda (IR) e a Contribuição Social sobre o lucro (CSSL) a pagar são
deduzidos do lucro do exercício, e devem aparecer como obrigações no Balanço Patrimonial
como IR a Pagar e CSLL a Pagar. São calculados com base no Lucro Real encontrado na DRE.
Porém, existem outras formas de apuração do Imposto de Renda, como o Lucro Presumido e o
Lucro Arbitrado.
Na maioria dos países a definição e aplicação dos critérios de depreciação é regida pela
legislação do Imposto de Renda. O Regulamento do Imposto de Renda brasileiro (Decreto nº 3.000,
de 26 de Março de 1999) em seu artigo 305, define a depreciação como 'a diminuição do valor dos bens
do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal'.
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Físico - é a perda de valor decorrente do desgaste ocasionado tanto pelo uso como pela ação
dos elementos da natureza. Ambos levam a aumento dos custos de operação e manutenção e a
conseqüente redução da capacidade produtiva do bem, refletida nos lucros. Esta é a interpretação
técnica do engenheiro.
Contábil - objetiva o rateio do custo de aquisição num certo número de períodos contábeis
para atender às exigências da legislação do Imposto de Renda e às normas da Contabilidade de Custos.
O objetivo da depreciação é criar um fundo de reserva que permita a reposição do bem quando
ele chegue ao fim do seu prazo de utilização econômica, que é denominado vida útil.
A determinação da vida útil de um bem é feita por estimativa e não há métodos que a
estabeleçam precisamente. O melhor método para estimar a vida útil é a experiência passada da
empresa e uma das fontes mais confiáveis são os registros contábeis da própria empresa. Sendo uma
estimativa, a vida útil poderá ser alterada posteriormente para ajustá-la de conformidade com a nova
realidade, entretanto se houver dúvidas, a poderá ser necessário que uma entidade de pesquisa
científica ou tecnológica reconhecida emita um parecer.
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Modelos de depreciação
C - custo de aquisição
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O valor contábil do bem, decorridos k períodos de vida útil é calculado pela fórmula:
Exemplo:
Depreciação R$ 5.000,00
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O modelo da soma dos dígitos dos anos é um dos métodos de depreciação acelerada, isto é, as
quotas de depreciação iniciais têm maior valor do que as finais.
Neste modelo, as quotas de depreciação nada mais são do que o valor depreciável (C-R)
multiplicado por um fator que obedece à seguinte lei de formação:
Exemplo:
1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
Depreciação e lucro
Sejam:
LT lucro tributável
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Teremos:
então
e finalmente
LL = LA ( 1 - t ) + D.t
Exemplo:
Depreciação 150 0
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Exercício – DRE
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Para o autor (LEMES JR, et al., 2001), “as demonstrações de fluxo de caixa assume
características padronizadas por métodos contábeis normalmente aceitos e reflete o fluxo de
recursos para dentro e para fora da empresa”.
Cada empresa adota o modelo de Fluxo de Caixa que lhe parece mais conveniente. O modelo
mais comum de DFC é o modelo direto. Além desse, o modelo americano denominado FAS95 também
é muito utilizado e será explicado mais adiante.
O fluxo de caixa utiliza os mesmos conceitos do orçamento contábil, porém com uma premissa
diferente: o regime de caixa. Portanto, ao elaborar um fluxo de caixa, podemos utilizar a mesma teoria
do orçamento contábil, porém substituindo o momento dos gastos pelo dos desembolsos e o momento
das receitas pelo dos embolsos. Isso fará como que se consiga apurar o saldo de caixa em qualquer
momento ou a movimentação do fluxo monetário da empresa em um determinado período.
Para facilitar a prática da elaboração de um fluxo de caixa, pode-se definir uma seqüência de
etapas a serem seguidas:
ETAPAS DE PLANEJAMENTO
1 - Foco
O primeiro ponto a ser definido para formar um Fluxo de Caixa é o comprometimento da alta
administração e a definição por parte desta da importância que será dada a essa ferramenta
(importância estratégica, tática ou operacional) e de quem fará uso direto das informações. Neste
momento deverá ser definido também quem será responsável por elaborar essa ferramenta.
2 - Premissas
3 - Plano de contas
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contas deve ter uma linguagem clara e lógica, de forma que todos os necessitam utiliza-lo possam
facilmente compreende-lo. Além disso, ele não pode conter excessos de detalhes para evitar dados
irrelevantes, não o deixando, contudo, com falta de detalhes, omitindo, por exemplo, movimentações
rotineiras e de alto valor agregado. Cabe lembrar que os planos de contas do fluxo previsto e do fluxo
real devem ser exatamente idênticos, fazendo com que não haja dificuldade nas comparações.
4 - Fonte de Informações
A fonte de informações é um ponto muito relevante a ser considerado. É importante que quem
coleta dados, apura informações e as disponibiliza seja confiável e trabalhe com boas técnicas e
coerência.
5 - Arquitetura
A definição de tempo para o fluxo de caixa depende das necessidades de controle da empresa. Todavia,
como o gerenciamento de caixa pode causar a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa, o
mais comum é que ela tenha um fluxo com horizonte mensal e quebra diária de períodos e ainda um
fluxo anual com quebra mensal. O fluxo de quebra diária é utilizado para que se possa garantir saldo
de caixa em curtíssimo prazo, enquanto que o fluxo com horizonte anual gera uma prevenção a médio
prazo.
7 - Metodologia de projeção
8 - Testes e ajustes
Concluídas todas as etapas apresentadas acima, devem ser realizados testes de entrada de
dados para a verificação da eficiência da ferramenta. Imediatamente devem ser feitas as devidas
correções e uma nova verificação. Essa etapa somente deve ser dada como concluída quando não
forem detectados mais erros relevantes para a apuração do Fluxo de Caixa.
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ETAPAS DE EXECUÇÃO
Em seguida são feitas todas as projeções envolvendo todo e qualquer tipo de embolso ou
desembolso a ser efetuado pela empresa no horizonte de tempo definido. A qualidade dessas projeções
irá depender exclusivamente da qualidade da realização das etapas de planejamento apresentadas
acima.
10 - Apuração do realizado
A apuração do realizado consiste apenas em coletar e gerar a entrada de dados que reflete o
que de fato aconteceu. Para isso é necessário somente que se tenha conhecimento e meios de realizar
essa operação.
De posse do fluxo de caixa projetado e do fluxo de caixa realizado, devem ser feitas
comparações e análises entre os dois para que se possa identificar o funcionamento ou não das
previsões, bem como identificar a necessidade de tomadas de decisões de mudanças na forma de
gestão ou de operação. Realizadas todas as análises, podem ou não ser feitos ajustes ou reformulações
das projeções para os períodos subsequentes.
ETAPAS DE CONTROLE
Essa etapa consiste na verificação de uma possível necessidade de realizar modificações nas
etapas de planejamento. Detectada a necessidade, as devidas alterações devem ser feitas e
apresentadas a todas as pessoas envolvidas.
13 - Renovação do ciclo
Realizadas as etapas anteriores, o ciclo de elaboração do Fluxo de Caixa deve ser renovado.
Todavia, caso não haja necessidade de alterações de planejamento, o novo ciclo poderá ser iniciado na
etapa de execução realização das projeções.
a) Método Direto:
O fluxo de caixa obtido pelo método direto é o produto final da integração das entradas e das
saídas de caixa havidas nas subcontas do Disponível ao longo de um período. Sua equação genérica é:
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Na equação acima as expressões “saldo inicial” e “saldo final” referem-se aos saldos do
Disponível no início e no final do período considerado.
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Exercício – DFC
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CONCEITOS A SEREM
DEFINIDOS NESSE
INVESTIMENTO: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de CAPÍTULO
benefícios atribuíveis a futuros períodos.
Custo
Perda
DESEMBOLSO: É a iniciativa de pagamento resultante da
aquisição de bem ou serviço. Ponto de Equilíbrio
Margem de
Contribuição
PERDA: Bem ou serviço consumidos de forma anormal e
involuntária.
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• Valores cujo rateio é extremamente arbitrário devem ser evitados para apropriação
dos custos.
Custos Fixos: São aqueles que não variam mediante o montante produzido.
Custos Variáveis: São aqueles que apresentam variação de acordo com a variação da produção.
Quanto à produção:
Material Direto: Gastos com aquisição de materiais que se tornam parte do produto e que podem
ser identificados a ele de maneira fácil e econômica (incluindo fretes, armazenagem, controle de
qualidade, tarifas de importação etc.)
Mão-de-Obra Direta: Gasto com salários na produção que pode ser identificado com o produto de
modo fácil e econômico (inclui todos os benefícios).
Custos Indiretos de Fabricação: São gastos considerados como parte do produto, mas que não
podem ser identificados com ele de forma fácil e econômica.
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Análise de Indicadores
QUESTÕES PARA
Financeiros DISCUSSÃO INICIAL DO
CAPÍTULO
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Pode ser importante para controle interno, uma vez que alguns credores, ao concederem
empréstimos de longo prazo, exigem um nível mínimo de Capital Circulante Líquido.
Indica quanto a empresa possui de bens e direitos realizáveis no curto prazo para saldar suas
dívidas do mesmo período. É calculado através da fórmula abaixo:
Segundo IUDÍCIBUS (1998, p.102), esta é uma variante muito adequada para se avaliar
conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques do numerador,
estamos eliminando uma fonte de incerteza. Por outro lado, estamos eliminando as influências e
distorções que a adoção deste ou daquele critério de avaliação de estoques poderia acarretar,
principalmente se os critérios foram mudados ao longo dos períodos. O Índice de liquidez seco é
calculado segundo fórmula apresentada a seguir.
Segundo SILVA (1999, p.267), “indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos
realizáveis a curto e longo prazo, para fazer face às suas dívidas totais.” Dessa forma, é calculado
conforme fórmula abaixo.
a) Endividamento Geral
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O índice de endividamento geral mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada
pelos credores. Quanto maior for esse índice, maior será o montante do capital de terceiros que vem
sendo utilizado para gerar lucros (GITMAN, 1997, P. 117).
Fórmula:
Este índice revela qual a participação que o capital de terceiros tem em relação ao patrimônio
líquido da empresa.
Fórmula:
!
c) Composição do Endividamento
Fórmula:
"
"
Este índice revela qual o volume do Ativo Permanente está financiado com Capital Próprio
(Patrimônio Líquido).
Fórmula:
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Comparar o lucro de duas empresas em um mesmo período de tempo pode não ser
interessante, uma vez que não se conhece a quantidade de recursos utilizados para gerar tais
resultados. Dessa forma, os índices de rentabilidade e retorno tornam-se preponderantes para uma
análise mais cuidadosa e detalhada do real desempenho de um empreendimento. Os principais índices
que medem rentabilidade e retorno são objeto das próximas seções.
Também chamada de Margem Operacional por alguns autores, visa comparar o lucro com as
vendas (líquidas, preferencialmente). Cumpre mencionar que existe uma distinção entre Margem
Bruta, Margem Operacional e Margem Líquida, conforme pode-se perceber pelas fórmulas abaixo. O
acompanhamento da evolução destes quocientes é fundamental. Mais importante ainda deve ser sua
comparação com o setor no qual a empresa está inserida.
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%"
#
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IUDÍCIBUS (1998) afirma que este “é, provavelmente, o mais importante quociente individual
de toda a análise de balanços.” Assim como no caso da margem de lucro, podem ser calculados o
retorno sobre o investimento operacional e total.
IUDÍCIBUS (1998, p.114) ressalta a importância deste índice porque representa a medida
global de desempenho da empresa e leva em conta todos os fatores envolvidos. Este quociente deveria
ser usado como grande teste geral de desempenho de uma empresa, numa base comparativa entre os
resultados obtidos e a meta desejada de retorno. A análise dos desvios e a investigação de todos os
fatores que podem ter ocasionado os desvios nos dão um grande entendimento do mecanismo
empresarial.
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!
&
Mede o retorno obtido sobre o investimento dos proprietários da empresa (Capital Social,
Ações Preferenciais e Ordinárias).
Fórmula:
!
&
"
!
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De acordo com GITMAN (1997, p. 111), os índices de atividade podem ser usados para medir a
rapidez com que as contas circulantes (estoques, duplicatas a receber e duplicatas a pagar) sã
convertidas em caixa. Auxilia na verificação da verdadeira liquidez da empresa. Os principais
indicadores de atividade são:
a) Giro do Ativo
Logo, a fórmula é:
$
!
)
"
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'
(!
!
&
$
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)
"
'
(!
!
"
"
d) Giro do Estoque
De acordo com GITMAN (1997, p. 112), o giro de estoque mede a atividade ou liquidez dos
estoques da empresa. Assim:
#*
!
Uma determinada conta analisada isoladamente pouco contribui para estes objetivos. Assim,
utilizamos as técnicas de análise horizontal e vertical como instrumentos de comparação e visualização
da situação atual da empresa. Contudo, como ressalta (IUDÍCIBUS, 1998), existem alguns fatores que
podem limitar a análise de balanços e, por isso, devem ser observados com atenção:
b) [...]é altamente desejável que os relatórios financeiros sejam auditados por auditor
independente; [...]
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Análise Horizontal
ASSAF NETO (2001, p.100) define análise horizontal como “a comparação que se faz de uma
mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais.” Ou seja, compara duas
demonstrações ou conjuntos de dados de períodos diferentes, geralmente consecutivos, conta por
conta, ou por grupo de contas, apontando as variações percentuais ocorridas entre um período e outro.
Análise Vertical
Pode ser definida como “um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao
se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo
demostrativo.” (ASSAF NETO, 2001, p.108) O objetivo de tal processo é descobrir a participação de
cada conta dentro de um grupo maior, seja de ativo, passivo ou demonstração de resultados. Em suma,
não aponta variações e sim a importância, ou seja, a participação percentual de cada item em relação
ao total do Ativo ou do Passivo, no caso do balanço patrimonial, ou em relação à receita bruta, no caso
de demonstração de resultados.
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O Valor do dinheiro no
QUESTÕES PARA
tempo DISCUSSÃO INICIAL DO
CAPÍTULO
VALOR PRESENTE:
CONCEITOS A SEREM
____________________________________________
DEFINIDOS NESSE
____________________________________________
____________________________________________ CAPÍTULO
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Valor Presente
Valor Futuro
VALOR FUTURO:
____________________________________________ Anuidade
____________________________________________
____________________________________________ Amortização
____________________________________________
____________________________________________ Juros Simples
____________________________________________
Juros Compostos
Taxa nominal
5.2 – Juros Simples e Juros Compostos
Taxa real
JUROS SIMPLES: Apenas o principal rende juros, isto
Taxa efetiva
é, os juros são diretamente proporcionais ao capital emprestado.
Taxa equivalente
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Exemplos
1. Qual a diferença entre os juros de um empréstimo de R$ 10.000 a taxa de 1% a.m. durante 05 meses
a juros simples e compostos?
R.:
2. Uma pessoa aplicou R$ 100.000 e obteve um montante de R$ 109.576,82 num prazo de 04 meses.
Qual a taxa anual da aplicação?
R.:
3. Um capital de R$ 120.000 aplicado a uma taxa de 5,45% a.m. gera um montante R$ 178.230
Quantos dias a aplicação foi mantida?
R.:
São valores que, embora analisados em períodos distintos, apresentam o mesmo valor financeiro
no tempo.
Exemplo:
1. Uma pessoa deseja aplicar hoje uma quantia num fundo de investimento que possibilite três
retiradas alternadas nos meses 2,4 e 6 no valor de R$ 1.000, R$ 1.200 e R$ 1.500 cada uma. Supondo
que a rentabilidade seja de 1,12% a.m, quanto será aplicado?
R.:
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2. Você pegou um empréstimo de R$ 40.000 à taxa efetiva de 3% a.m. e deseja pagar em duas
prestações iguais (60 e 120 dias). Qual o valor da prestação?
R.:
a) Taxas efetivas: São taxas em que a unidade se refere à mesma unidade do período de
capitalização;
b) Taxas equivalentes: São taxas que geram, para um mesmo principal, um mesmo
montante em um mesmo prazo;
Exemplos:
2. Qual a taxa anual efetiva equivalente à taxa nominal de 24% a.a. com capitalização mensal?
3. Um capital foi aplicado durante 4 meses a uma taxa de 14% e em seguida durante 3 meses a
uma taxa de 18%. Qual a taxa média no período?
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4.Qual o valor do reajuste a ser dado em 2003 para eliminar o efeito inflacionário sobre o
salário dos empregados?
b) Tabela PRICE: Idêntico ao Sistema Francês, porém a taxa de juros é dada em termos nominais.
1 - Um comerciante vende à vista com 5% de desconto sobre o preço de etiqueta e a prazo vende em 3
prestações iguais a 1/3 do preço de etiqueta (sendo 1 de entrada + 2). Qual a taxa de juros mensal desta
transação?
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2 - Um empresário financiou R$ 150.000 em 6 parcelas com juros de 5% a.m. Qual o valor das
parcelas segundo o sistema PRICE e o SAC?
3 - Suponha que um banco tenha emprestado, a título de cheque especial, a ordem de R$ 50 milhões.
Utilizando a taxa de 10% a.m. (juros simples), qual o "spread" do banco por não ter utilizado juros
compostos?
Nper: número de parcelas ou prazo de uma operação. Deve ter a mesma unidade da taxa de
juros.
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Tipo: Deve ser 0 ou 1. O número 1 indica que a primeira parcela é efetuada no ato da
contratação, e o número 0 um período após.
1. A empresa Alfa tomou emprestado do Banco Beta a quantia de R$ 100.000,00 por sete dias, por
meio de uma operação de Hot money, à taxa de juros simples de 3% ao mês. Sabendo-se que ainda
foram cobrados no ato da contratação do empréstimo o IOF, à alíquota de 0,0041% ao dia, e uma
tarifa de contratação de R$ 60,00, pergunta-se:
2. O Sr. José investiu, no dia 01/02/1999, a quantia de R$ 30.000 em uma Caderneta de Poupança.
Qual o valor total dessa conta no dia 01/09/1999, sabendo que o Sr. José não efetuou saques nem
depósitos adicionais? (Ver tabela de taxas)
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3. Quanto uma pessoa deve aplicar hoje, para ter acumulado um montante de R$ 100.000 daqui a 12
meses, a uma taxa de juros compostos de 2% a.m.?
a) À vista: R$ 100,00
b) A prazo: R$ 30,00 de entrada, mais uma parcela de R$ 85,00 a ser paga em 45 dias.
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Pay-Back
Princípios da análise de investimentos:
Pay-Back Descontado
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1) Geração de propostas --> 2) Determinação de alternativas (PB, VPL, TIR, BE, IR) --> Tomada de
decisão --> Implementação --> Acompanhamento
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Um custo irrecuperável, por definição, é aquele em que já se pagou ou já foi comprometido a pagar. Tal
custo não pode ser alterado hoje, pela decisão de aceitar ou rejeitar o projeto.
Pay-back
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Regra de decisão:
Problemas:
Pay-back Descontado
É quase o mesmo que o payback, mas antes de calculá-lo, desconta-se primeiro fluxo de caixa.
pelo custo de capital. Por quê? Porque é dinheiro que vai ser ganho no futuro, e terá menos valor que o
dinheiro hoje.
Da mesma forma:
Problema:
Custo de Capital
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Método utilizado para avaliação de projetos que se baseia nas técnicas de fluxos de caixa
descontados - FCD - (ordenação de propostas de investimento que utilizam conceitos de valor do
dinheiro no tempo).
Procedimentos de cálculo
1. Encontramos o valor presente de cada fluxo de caixa, incluindo tanto entradas como
saídas, descontadas ao custo de capital do projeto.
2. Somamos esses fluxos de caixa descontados, esta soma é definida como o VPL do projeto.
3. Se o VPL for positivo o projeto deve ser aceito; se negativo, rejeitado. Se dois projetos são
mutuamente excludentes, deve ser escolhido o que tem o VPL mais alto - desde que positivo.
É simples. Um VPL de zero significa que os fluxos de caixa do projeto são exatamente
suficientes para recuperar o capital investido e proporcionar a taxa de retorno exigida daquele capital.
Se um projeto tem um VPL positivo, então ele está gerando mais caixa do que é necessário para o
pagamento de sua dívida e para prover o retorno exigido aos acionistas, e esse excesso de caixa reverte
unicamente em favor dos acionistas da empresa.
O VPL considera o valor do dinheiro no tempo e considera todos os fluxos de caixa do projeto.
Exemplo de VPL:
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Calcule o VPL de cada projeto e diga qual o melhor, supondo um custo de capital de 10% a.a.
O VPL na HP 12-c:
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i = taxa de atratividade
Exemplo 01:
Mês 0 = -300,00
Mês 1 = 100,00
Mês 2 = 150,00
Mês 3 = -100,00
Mês 4 = 150,00
i = 7% a.m.
R.: -42,72
Exemplo 02:
Mês 0 = -340,00
Mês 1 = 170,00
Mês 2 = 170,00
Mês 3 = 170,00
Mês 4 = 510,00
i = 4.5% a.m.
Obs.: Nj = 3.
R.: 554,99
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É a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de caixa esperadas de um projeto
ao valor presente dos custos esperados do projeto, ou seja, é a taxa que torna o VPL do projeto igual a
zero.
Exemplo:
Regra de decisão:
Se TIR = k, indiferente
4) Ao se analisar projetos mutuamente excludentes, não se deve optar pela TIR, sendo
preferido o VPL;
5) Quando não se utiliza máquinas financeiras, o cálculo da TIR é feito com base em
tentativas.
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Taxa de Equilíbrio: é a taxa de desconto em que os gráficos VPL de dois projetos de cruzam
e neste ponto, se equivalem.
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Fórmula:
VP Custos = VF / (1+TIRm)n
Exemplo:
Como utilizar a HP 12-c para encontrar a TIRm: (BRIGHAM, et al., 2002), p. 393
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Vantagem da TIRm
A TIRm supõe que os reinvestimentos dos fluxos de caixa são realizados a taxa do custo de
capital, e não da própria TIR, como era o caso da TIR.
Qual o melhor método para analisar o investimento? Tanto a TIRm quanto o VPL, ambos
levam ao mesmo resultado, exceto quando os períodos de análise forem diferentes.
Exemplo
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É a relação entre o valor atualizado dos fluxos operacionais líquidos de entrada de caixa e os de
saída de caixa (investimentos).
Fórmula:
Exemplo:
Ano 0: -100.000
Ano 1: 45.000
Ano 2: -28.500
Ano 3: 56.000
Ano 4: 74.000
k= 10%
Ir = 1,08
Regra de decisão:
Ir = 0 = Indiferente (VPL = 0)
Considerações sobre o IR
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Exemplo
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Pay-Back Descontado
VPL
TIR
TIR Modificada
Índice de Rentabilidade
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Bibliografia
ASSAF NETO Alexandre Estrutura e Análise de Balanços [Livro]. - São Paulo : Atlas, 2001. - Vol. 6ª
ed.
DALMÁCIO Flávia Zoboli e NOSSA Valcerino A Teoria de Agência Aplicada aos Fundos de
Investimento [Artigo] // XXVII ENANPAD. - Atibaia, SP : [s.n.], 2003.
GITMAN Lawrence J. Princípios de Administração Financeira [Livro]. - São Paulo : Harbra, 2002. -
Vol. 7ª Edição.
IUDÍCIBUS Sérgio de. Análise de Balanços [Livro]. - São Paulo : Atlas, 1998. - Vol. 7ª Ed..
LEMES JR Antônio Barbosa, RIGO Cláudio Miessa e CHEROBIM Ana Paula Mussi Szabo
Administração Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. [Livro]. - Rio de Janeiro :
Campus, 2001.
STICKNEY C e WEIL R Contabilidade Financeira: Uma Introdução aos Conceitos, Métodos e Usos.
[Livro]. - São Paulo : Atlas, 2001.
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APÊNDICE2
Lucro Real
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato
gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de apuração.
Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital,
qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie ou
da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua
finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do imposto.
PERÍODO DE APURAÇÃO
O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de
apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro
de cada ano-calendário.
No caso da apuração com base no lucro real, o contribuinte ainda tem a opção de apurar
anualmente o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa.
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido
será efetuada na data do evento.
ALÍQUOTAS E ADICIONAL
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15%
(quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o Regulamento. O disposto neste
item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade rural.
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ADICIONAL
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda apurado pela
aplicação da alíquota geral de 15%.
Exemplo:
b) IRPJ Adicional = R$ 90.000 do Lucro Real menos R$ 60.000 (R$ 20.000 x período de
apuração de 3 meses) x 10% = R$ 3.000,00
LUCROS DISTRIBUÍDOS
Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de
janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, não
estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto
de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no país ou no exterior.
A partir de 1999 estão obrigadas à apuração do Lucro Real as pessoas jurídicas (Lei
9.718/1998, art. 14):
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Lucro Presumido
Conceito
Ingresso no Sistema
A opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido é manifestada com o
pagamento da primeira ou única quota do imposto devido, correspondente ao primeiro período de
apuração de cada ano-calendário.
A pessoa jurídica que iniciar atividades a partir do segundo trimestre manifesta a opção com o
pagamento da primeira ou única quota do imposto devido, relativa ao período de apuração do início de
atividade.
A opção pela apuração do imposto de renda com base no lucro presumido é irretratável para o
ano-calendário (Lei nº 9.718, de 1998, art. 13, § 1º).
Atenção:
Não podem optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas
que exercerem atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de
imóveis, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de
custo orçado.
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Podem optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas que, não
estando obrigadas ao regime de tributação pelo lucro real, tenham auferido, no ano-calendário
anterior, receita total igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais).
Considera-se receita total o somatório da receita bruta de vendas, dos ganhos de capital, das
demais receitas e dos resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade.
Podem, também, optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas que
iniciarem atividades ou que resultarem de incorporação, fusão ou cisão, desde que não estejam
obrigadas à tributação pelo lucro real.
As pessoas jurídicas, tributadas pelo lucro presumido, e que, em qualquer trimestre do ano-
calendário, tiverem seu lucro arbitrado, podem permanecer no regime de tributação com base no lucro
presumido relativamente aos demais trimestres do ano-calendário, desde que atendidas as disposições
legais pertinentes (Lei nº 8.981, de 1995, art. 47, § 2º; Lei nº 9.430, de 1996, art.1º; IN SRF nº 93, de
1997, art. 47).
Percentuais
a) 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento) sobre a receita bruta mensal auferida na revenda,
para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;
c) 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta mensal auferida pela prestação de serviços
de transporte, exceto o de cargas;
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d) 32% (trinta e dois por cento) sobre a receita bruta mensal auferida com as atividades de:
d.1) prestação de serviços pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão legalmente
regulamentada;
A receita bruta compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o
preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia, excluídas as vendas
canceladas, as devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não
cumulativos cobrados, destacadamente do comprador ou contratante, e dos quais o vendedor dos bens
ou o prestador dos serviços seja mero depositário.
Atenção:
A pessoa jurídica optante pelo regime de tributação com base no lucro presumido pode adotar
o critério de reconhecimento de suas receitas de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços
pelo regime de caixa ou de competência.
Alíquota
Adicional
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Lucro arbitrado
A apuração do imposto de renda com base no lucro arbitrado abrange todos os trimestres do
ano-calendário, assegurada a tributação com base no lucro real ou presumido relativa aos trimestres
não submetidos ao arbitramento, se:
a) a pessoa jurídica dispuser de escrituração comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos
períodos não abrangidos pela tributação com base no lucro arbitrado; ou
Atenção:
Sendo tributada pelo lucro real, a pessoa jurídica pode apurar o lucro trimestralmente, ou
anualmente com pagamentos mensais por estimativa, sem considerar o resultado do período em que
se sujeitou ao arbitramento.
O imposto pago sobre o lucro arbitrado é definitivo, não podendo, em qualquer hipótese, ser
compensado com recolhimentos futuros.
Percentuais
O lucro arbitrado das pessoas jurídicas é determinado mediante a aplicação, sobre a receita
bruta do trimestre, quando conhecida, do percentual de 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento).
I - 1,92% (um inteiro e noventa dois centésimos por cento) sobre a receita bruta auferida na
revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás
natural;
II - 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento) sobre a receita bruta auferida na prestação de
serviços hospitalares e de transporte de carga;
III - 19,2% (dezenove inteiros e dois décimos por cento) sobre a receita bruta auferida na
prestação dos demais serviços de transporte;
IV - 38,4 % (trinta e oito inteiros e quatro décimos por cento) sobre a receita bruta auferida
com as atividades de:
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b) intermediação de negócios;
f) prestação de qualquer outro tipo de serviço não mencionado especificamente nas alíneas "a"
a "e";
V - 45% (quarenta e cinco por cento) sobre a receita bruta auferida nas atividades
desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito,
empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta.
a) o valor obtido pela aplicação dos percentuais sobre a receita bruta especificados no subitem
18.3.2.1;
b.4) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa
jurídica;
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Alíquota
O imposto devido em cada trimestre é calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze por
cento) sobre o lucro arbitrado.
Adicional
A parcela do lucro arbitrado que exceder o valor da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
pelo número dos meses do respectivo período de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à
alíquota de 10% (dez por cento).
A pessoa jurídica submetida ao regime de tributação com base no lucro arbitrado pode deduzir do
imposto devido:
a) o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integram a base de cálculo do imposto
devido;
b) o imposto de renda retido na fonte por órgãos públicos, conforme art. 64 da Lei nº 9.430, de 1996;
c) o imposto de renda retido na fonte por Entidades da Administração Pública Federal (Lei nº
10.833/2003, art. 34);
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