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lusófonos
SÃO PAULO - Representantes dos oito países que falam português (Portugal, Brasil, Angola,
Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste) decidiram, em 1990,
que unificariam as regras do idioma, com o intuito de simplificar a comunicação entre os
lusófonos. No ano passado, o Ministério da Educação iniciou as mudanças nos livros didáticos e
pretende que elas sejam plenamente implementadas em 2009.
Para que as regras fossem realmente unificadas, era preciso que os países ratificassem as
mudanças. O Congresso Nacional brasileiro, por exemplo, fez isso em 2007. A maior resistências à
reforma vinha exatamente de Portugal - país onde as mudanças deverão ser mais profundas e de
maior impacto para a população. As tentativas de unificação ortográfica dos países lusófonos são
antigas. No Brasil, já houve duas reformas ortográficas (uma em 1943 e outra em 1971). Em
Portugal, a última reforma aconteceu em 1945. Mesmo assim, há várias diferenças entre Brasil e
Portugal.
O fim do trema: o acento seria totalmente eliminado. A palavra 'freqüente' passa a ser escrita
'frequente'.
Eliminação de acentos em ditongos: acaba o acento nos ditongos 'ei' paroxítonos. Dessa maneira,
'idéia' vira 'ideia'.
Acento circunflexo: quando dois 'os' ficam juntos também some. Logo, 'vôo' vira 'voo'.
Hífens: sai a maioria dos hífens em palavras compostas. Assim, pára-quedas vira paraquedas.
Será mantido o hífen em palavras compostas cuja segunda palavra começa com h, como pré-
história. Em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da
palavra são as mesmas, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira micro-ondas.
Inclusão de letras: as letras antes suprimidas do alfabeto português (k, y e w) voltam, mas só
valem para manter as grafias de palavras estrangeiras.
Fim das letras mudas: Em Portugal, é comum a grafia de letras que não são pronunciadas como
'facto' para falar 'fato'. Elas sumirão.