ÉTICA DO COMPORTAMENTO CRISTÃO Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Uma a abordagem pastoral Introdução O pastor tem por dever espiritual e moral só fazer as coisas certas, diante de Deus, da igreja e dos homens. O seu testemunho é fundamental para o êxito da obra que lhe é confiada pelo Senhor. Nos dias atuais, o nome do pastor tem sido grandemente desgastado com escândalos, por falta de zelo ministerial, pela nobre missão de ministro do evangelho de Cristo. É indispensável adotar princípios éticos, emanados da Palavra de Deus, para que o ministério seja abençoado. Neste estudo, abordaremos a Ética Pastoral, como parte de Ética Cristã, em alguns dos seus aspectos, não tendo a intenção de esgotar o assunto, que é amplo e complexo. 1. Conceitos 1.1 Origem da palavra ética: vem do grego, ethos, que significa costume, disposição, hábito. No latim, vem de mos, com o significado de costume, uso, regra. 1.2 Definição: “A teoria da natureza do bem e como ele pode ser alcançado”. Mostra o que é bom, mau, certo ou errado; o que deve ou não deve ser feito. Em resumo: “A Ética é a conduta ideal do indivíduo”. 1.3 Ética Cristã: podemos dizer que é o conjunto de regras de conduta, aceitas pelos cristão, tendo por fundamento a Palavra de Deus. 1.4 Ética Pastoral: é a parte da Ética Cristã, aplicada à conduta do ministro evangélico. Pode ser entendida, também, como Ética Ministerial. 2. ABORDAGENS ÉTICAS 2.1 Antinomismo. É a falta de normas. Tudo depende das pessoas, das circunstâncias. É subjetivista: cada um faz o que entende ser o melhor sob um ponto de vista (ver Jz 17.6; 21.25). 2.2 Generalismo. Aceita normas, mas elas não devem ser universais. Baseia-se no utilitarismo. As normas só têm valor, dependendo do resultado de sua aplicação. “Os fins justificam os meios”. 2.3 Situacionismo. É um meio-termo entre o Antinomismo e o Generalismo. O primeiro não tem regra nenhuma; o segundo tem regra pra tudo, mas não são universais. O situacionismo só tem uma regra: a do amor. Segundo eles, baseiam-se em Cristo, que resumiu a Lei (normas) numa palavra: amar a Deus e ao próximo (Mt 22.34-40). Mas admitem certas condutas discutíveis à luz da Bíblia. Ex. O adultério para salvar a família da fome. 3. Ética Cristã. 3.1 Sua Base. As diversas visões filosóficas da ética podem confundir. Entretanto, o cristão deve basear-se na Palavra de Deus para fazer o que é certo e deixar o que é errado. É a nossa regra de fé e prática. É o código de regra do Cristão, especialmente do pastor ou ministro do evangelho. A ética cristã não depende da situação, dos meios ou dos fins (ler Sl 119.105). 3.2 A Ética nos Evangelhos. No Sermão da Montanha, encontramos as REGRAS BÁSICAS do Reino de Deus, trazidas por Jesus Cristo. A Ética do Sermão do Monte e das demais partes do evangelho é tão elevada, que nem mesmo a maioria dos cristãos a têm levado à prática. Exemplos: - A justiça do cristão deve exceder a dos escribas e fariseus (Mt 5.20); - Quem somente olhar para uma mulher, pensando em adulterar com ela, já adulterou (Mt 5.28). - Só é permitido o divórcio se o cônjuge praticar infidelidade. Outro motivo não tem respaldo nas normas de Cristo (Mt 5.32;19.9); - O falar deve ser sim, sim; não, não. O que disso passa é de procedência maligna (Mt 5.37); - O certo é amar os inimigos, bendizer os que nos maldizem, fazer bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos maltratam (Mt 5.44); - Cristo manda que sejamos perfeitos como é nosso Pai que está nos céus (Mt 5.48); - Não se deve julgar os outros (Mt 7.1); - Só devemos fazer aos homens o que queremos que eles nos façam (Mt 7.12); - Se o irmão pecar contra nós, devemos perdoar sempre – até 70 x 7 (Mt 18.22); - É para dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt 22.21); - Quando o cristão der um banquete (casamento, festa de 15 anos, etc.) não deve convidar os amigos, os irmãos, os parentes, os vizinhos ricos, mas “os pobres, os mancos e cegos”(Lc 14.12-13). 3.3 A Ética nas Epistolas 1) Fazer tudo para a glória de Deus (1 Co 10.31); 2) Fazer tudo em nome de Jesus, dando graças a Deus (Cl 3.17); 3) Fazer de todo o coração, como ao Senhor (Cl 3.23); 4) Fazer o que é lícito e conveniente diante de Deus (1 Co 10.23); 5) Não dar escândalo ao mais fraco (1 Co 8.9-13); 6) Não fazer nada em caso de dúvida (Rm 14.23); 7) Lembrar que vamos dar contas a Deus de todas as nossas obras (Rm 14.11,12; Ec 11.9). 8) Evitar a aparência do mal (1 Ts 5.22). 4. Questões éticas à luz da Bíblia Daremos, aqui, uma síntese de algumas questões éticas, com algumas respostas indicadas por certas correntes de pensamento. 4.1 O Cristão e a Guerra. É certo um crente, militar, ir a guerra e, ali, tirar a vida de seus semelhantes, por ordem do governo de seu país? Ou, na guerra do dia-a-dia, um policial crente atirar num bandido que lhe ameaça a vida? 1) O Ativismo diz que sim. Usam o argumento bíblico de que o governo é ordenado por Deus. No VT, Deus usou a guerra para destruir povos ímpios. No Novo Testamento, Jesus manda dar a “César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21); Paulo diz que as autoridades são dadas por Deus e devem ser obedecidas (Rm 13.1-7). 2) O Pacifismo diz que não. Também usam a Bíblia que diz: “não matarás (Êx 20.13). A guerra, dizem, é um assassinato em massa. Jesus mandou amar os inimigos, e não matá- los (Mt 5.44). Jesus mandou Pedro guardar a espada (Mt 26.52). 3) O seletivismo diz que é certo participar de algumas guerras. Resume os argumentos anteriores, usando, também, a Bíblia. Para eles, nem sempre se deve obedecer o governo. Ex. Os três hebreus (Dn 3), Daniel (Dn 6), que não obedeceram ao rei. Os apóstolos desobedeceram a ordem de não pregar (At 4 e 5). Assim, se uma guerra não é justificada, não se deve aceitá-la; entretanto, há guerras justificáveis. Deus mandou destruir nações ímpias (Js 10.40; 20.16,17). Nações más devem ser destruídas por ordem de Deus. 4) O hierarquismo: reconhece que o governo é dado por Deus, mas não está acima de Deus (1 Pe 2.13). Entre “César” e Deus, o cristão fica com Deus. Assim, se a razão maior para a punição de um ditador, de um governante assassino, a guerra é justificável. Ex. O caso de Hitler, que foi combatido na segunda guerra mundial. 4.2 O cristão e a responsabilidade social. Biblicamente, todo cristão tem responsabilidade social. Caim não cuidou disso. A lei áurea indica isso (Mt 7.12). O Bom Samaritano (Lc 10.30) demonstra essa responsabilidade. O cristão deve atender: a) as suas necessidades (Ef 5.29); b) as de sua família (1 Tm 5.8,16); c) as dos outros irmãos (Gl 6.10; Tg 2.15,16). É preciso provar o amor (1 Jo 4.20; At 6.1). d) responsabilidade por todos os homens: pelos pobres (Mt 26.11; 25.40); pelos oprimidos (Ez 18.5-9); perante os governos (Rm 13.7). Diante disso, o cristão deve fazer o bem sem que prejudique a si mesmo. Ex. emprestar dinheiro e prejudicar sua família; ajudar os outros deixando sua família em dificuldade. Isso não é certo, (1Tm 5.8); ganhar outros e perder sua família, como tem acontecido com muitos obreiros (1 Tm 5.8). 4.3 O cristão e o sexo. Foi Deus quem criou o sexo. Tudo que Ele fez é bom (Gn 1.31). O sexo em si não é mal. 1) O sexo no casamento. Deus fez o sexo (o ato sexual) para ser desfrutado no âmbito exclusivo do matrimônio (Gn 2.18,24). O matrimônio deve ser venerado e a prostituição condenada (Hb 13.4). 2) O sexo fora do casamento. A prática sexual é sempre pecaminosa: fornicação, entre solteiros (Ef 5.5a; 1 Tm 1.10a; Ap 21.8a); adultério envolvendo pessoa casada (Mt 5.27; Mc 10.9; Rm 13.9); é prostituição (Dt 23.17; 1 Co 6.16); homossexualismo masculino e feminino: é abominação ao Senhor (Lv 20.13; Dt 23.17,18; 1 Co 6.9,10; Rm 1. 24-27). 3) A poligamia. Não fez nem faz parte do plano de Deus. No Velho Testamento Ele permitiu ou tolerou, mas nunca aprovou. A monogamia é que é certo. A poligamia é errada. Como Deus permitiu no Velho Testamento, hoje, também, cremos que Ele permite no caso dos países em que a mulher ficando solteira tende a ser prostituída, como em alguns lugares da África e da Ásia, onde as meninas já são dadas em casamentos a homens desde pequenas. Ali, elas são esposas e não prostitutas. Não é norma, mas exceção. O cristão não se guia por exceções. Cabe a Deus julgá-las. 4) A masturbação. Há ensinadores que dizem que não é pecado de forma alguma. Outros, dizem que é totalmente pecado. Outros, ainda, dizem, se não for por vício, mas por necessidade, torna-se moralmente justificável. De qualquer forma, é pecado, por contrariar os planos de Deus, pois o sexo não deve ser egoísta mas compartilhado com outra pessoa no âmbito do casamento; contudo, não podemos dizer que é o mesmo que adultério, prostituição etc. 4.4 O cristão e o controle da natalidade (o planejamento familiar) Deus disse: “crescei e multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 1.28). Mas Deus não deu um multiplicador. Logo, ter um filho ou dois já é multiplicação. No VT não ter filhos era constrangedor (1 Sm 20). No Novo Testamento não há referência expressa a ter ou não ter muitos filhos. Mas os filhos são galardão do Senhor (Sl 127.3). Para ter filhos, cremos que o casal deve orar muito, para que nasçam debaixo da bênção de Deus. E, para não tê-los, deve orar muito mais, para não contrariar a vontade de Deus. Devem ser considerados os fatores saúde, alimentação, educação (espiritual e secular), pois não é justo que se tragam filhos ao mundo para vê-los subnutridos, mal-educados. Isso não é amor. A limitação de filhos por vaidade é pecado, mas por necessidade, como no caso de doença da mãe, que lhe cause risco de vida cremos ser moralmente justificável; mas isso depende da consciência de cada um diante de Deus, pois o que não é de fé é pecado (Rm 14.23). 4.5 O cristão e o aborto A vida foi criada por Deus (Gn 1.27,28). A vida foi dada por Deus (At 17.26). Por isso, somente Deus pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso” (Sl 139.14). Deus escolhe pessoas desde o ventre (Ex. Is 49.1; Jr 1.5; Lc 1.15; 1.31-35). Se uma mãe comete aborto, como fica o plano de Deus? Há abortos que não são pecados: natural, quando por doença, morte do feto; acidental, resultante de fatores como susto, queda, acidente etc; aborto terapêutico: para salvar a vida da mãe. Mas há abortos pecaminosos: por razões egoístas; por razões eugênicas (para evitar nascer um filho com defeito); o aborto provocado é um crime, é covardia (a vítima não pode defender-se). 4.6 O cristão e a eutanásia Eutanásia quer dizer “boa morte”. Refere-se a tirar a vida de um doente terminal, que sofre muito, não tendo mais solução evitando prolongar sua dor, desligando aparelhos, aplicando injeção letal, etc. é certo para o cristão? A Bíblia diz: “não matarás”. Há quem diga que deixar “morrer misericordiosamente” (Geisler) não é o mesmo que “matar misericordiosamente”. É um dilema para o cristão, pois cremos que sempre há possibilidade de que faça um milagre, mesmo no instante final e, até mesmo ressuscitar um morto. Cremos não é correto tirar a vida de ninguém que está doente, mas deve-se envidar todo esforço na tentativa de sua cura, seja por medicamentos, seja pela oração da fé (Tg 5.15,16). 4.7 O cristão e o suicídio Há suicídio por si mesmo (egoísta) e o suicídio pelos outros (altruísta). De qualquer forma, é a destruição da vida. Só Deus pode tirá-la, pois só Ele a deu. A pessoa que deve amar a si mesmo como os outros (Mt 22.39; cf. Ef 5.29). Há quem cite o caso de Sansão (Jz 16.30) como exemplo e suicídio aprovado por Deus. Não vemos assim. Há casos em que uma pessoa morre, sacrificando-se por outra ou por outras. Um bombeiro entra no fogo e salva várias pessoas, mas ele morre; um soldado lança-se sobre uma granada, impedindo que muitos companheiros pereçam. Isso não é suicídio. É sacrifício. 4.8 O cristão e a doação de órgãos humanos A lei do país diz que, se a pessoa não declarar em documento, seus órgãos podem ser retirados para salvar vidas de pessoas doentes. Como o cristão deve ver isso? Há quem diga que não deve aceitar. Há quem diga que não há problema. O problema é que o cristão crê em milagre. Se um parente sofre acidente, entra em “morte cerebral”, e o enfermeiro tirar seus órgãos, não estará impedindo a possibilidade do milagre? E na ressurreição, como ficam os órgãos? Entendemos que doar órgão é um ato de amor. E deve ser voluntário. A lei é de certa forma autoritária. Se o cristão doar seus órgãos não peca. Se não quiser doar, também não peca. Na ressurreição, não há problema, pois ressuscitaremos em “corpo glorioso”(Fp 3.21), “corpo espiritual” (1 Co 15.42,43), que não precisará de órgãos “físicos”, ainda que será o corpo sepultado que vai ressuscitar, transformado, em corpo glorioso. 4.9 O cristão e a pena de morte No Antigo Testamento, a pena de morte era determinada por Deus (Gn 9.6; Êx 21.25; Lv 20.10). No Novo Testamento, vemos Ananias e Safira passando pela pena de morte (At 5.3). Vemos em Rm 13.1-2, que a autoridade tem o direito de trazer “a espada”, mas tudo sob a égide da autoridade dada por Deus e não por leis humanas, que são falhas. A justiça humana é falha. Há os “erros judiciários”, em que um inocente foi morto em lugar do culpado. Há as perseguições políticas, os abusos da autoridade. Assim, cremos que o cristão não deve ser favorável à pena capital, mas à prisão perpétua, em casos de crimes hediondos. 4.10 O cristão e a mentira Geisler conta o caso do capitão Bucher, que, tendo seu navio atacado por piratas, estes o obrigaram a fazer certas confissões que não eram verdadeiras, sob pena de matar toda a tripulação. O capitão aceitou e a tripulação foi salva. Ele mentiu? Errou? Ou não? As parteiras hebréias mentiram a Faraó, quando este mandou que elas matassem todo o varão hebreu, e Deus as abençoou por isso (Êx 1.15-21). Elas erraram? Raabe contou uma mentira para salvar os espias de Israel (Js 2.1-6). E Deus a abençoou. Nesse casos, cremos que não houve a mentira no sentido comum, de prejudicar alguém, mas “omissão da verdade” em prol de uma causa maior. 5. Ética Pastoral 5.1 Ética pastoral na família A família, a igreja e o ministério sãos as bases de apoio do pastor. Entretanto, tudo começa na família. Com base na Bíblia, vemos a ética do pastor para com a família. 1) Governar bem a sua casa (1 Tm 3.4,5); 2) Marido de uma só mulher (1 Tm 3.2; Tt 1.6); dar tempo, amor, intimidade, companheirismo e afeto à esposa para fechar a porta às armadilhas do adultério, da infidelidade; 3) Instrutor e exemplo para os filhos (1 Tm 3.4; Tt 1.16); 4) A mulher do pastor deve ser: honesta, não maldizente, sóbria, fiel em tudo (1 Tm 3.11). O pastor é o líder. Deve orientar a esposa nesse sentido. 5.2 A ética pastoral nas finanças 1) Fidelidade na entrega do dízimo. O pastor deve dar o exemplo (Ml 3.10; Tg 2.12); 2) Fidelidade na administração dos dízimos e ofertas da igreja (3 Jo 5; At 20.33; 1 Tm 6.10; 2 Pe 2.3); 3) O obreiro é digno do seu salário e não do tesouro da igreja (Lc 10.7; 1 Tm 5.18); 4) Ter cuidado com as dívidas. Não gastar além de sua renda. Ser pontual nos pagamentos dos compromissos financeiros; 5) Não ter amor ao dinheiro, e jamais admitindo que o fator financeiro seja mais importante na aceitação de um trabalho ministerial; 5.3 Ética pastoral geral Não há pastor perfeito. Um planta, outro rega, e outro colhe, mas Deus é que dá o crescimento à obra (Cf 1 Co 6.3,7). 5.3.1 O relacionamento com antecessor 1) Mostrar cortesia e respeito ao seu antecessor; 2) Não ter ciúme do seu antecessor, ao saber que a igreja tem por ele amor e consideração; 3) Só se referir ao ministério do antecessor, no púlpito, se for em relação a coisas positivas; 4) Não criticar o antigo pastor, mesmo que ele tenha falhado; 5) Dar honra e consideração ao obreiro que o antecedeu; quando oportuno, convidá-lo para estar presente à igreja, para orar ou para pregar; 5.3.2 Relacionamento com o sucessor 1) Não criticar o sucessor; se possível, fazer elogios ao mesmo, se não, evitar comentários desabonadores a seu respeito; (logo ele vai saber); 2) Não criticar os métodos de trabalho do sucessor; 3) Preparar a igreja para receber o novo pastor, orando por ele; 4) Ao deixar o pastorado, não interferir na administração do sucessor; 5) Só aceitar pregar ou realizar qualquer cerimônia a seu convite, ou com sua aprovação; 6) Subestimar o sucessor por não ter os conhecimentos ou cursos que possui; 7) Não deixar dívidas para o sucessor pagar, exceto se lhe der conhecimento, por compromissos aprovados pela igreja. 5.3.3 Relacionamento com os colegas de ministério 1) Não criticar os colegas, sem amor e sem conhecimento de fatos a seu respeito; 2) Ter respeito e consideração aos colegas idosos, doentes ou jubilados; 3) Não desconsiderar colegas por motivos sociais, econômicos ou raciais; 4) Só discordar dos colegas com elegância, respeito e amor; 5) Cooperar com os colegas sempre que possível; 6) Não fazer proselitismo na igreja dirigida por outro colega; 7) Não dar apoio a membros disciplinados por um colega, a menos que seja resolvida sua situação disciplinar; 8) Só pregar ou realizar cerimônia em igreja dirigida por outro colega, a seu convite ou com sua aprovação; 9) Receber de bom grado o conselho de um colega, quando isso for necessário; 10)Não passar adiante notícia desabonadora a um colega sem estar certo da veracidade do fato. Se a notícia for verdadeira, não agir como mexeriqueiro; 11)Não ter inveja do ministério fecundo do colega; orar por ele que Deus o continue abençoando; 12)Ser leal e cooperar com a convenção de ministros a que estiver vinculado. 5.3.4 Relacionamento com a igreja a que serve 1) Usar conscientemente o tempo do seu pastorado; não se ausentar excessivamente para atender compromissos ou viagens; a igreja o mantém para que a sirva com amor e dedicação; 2) Esforçar-se para dar à igreja o melhor alimento espiritual de que ela necessita, tomando tempo para orar e preparar mensagens edificantes; 3) Zelar pela doutrina, pelos usos e costumes e normas, defendidos pela igreja; 4) Ao exortar, fazê-lo sempre com “longanimidade e doutrina”; 5) Zelar pela evangelização, buscando o crescimento da igreja, sem faltar com o respeito a outros grupos denominacionais; 6) Dar atenção especial aos novos convertidos, propiciando-lhes a necessária assistência de que necessitem em seu discipulado; 7) Zelar pela vida espiritual das crianças, dos adolescentes e jovens, dos adultos, não fazendo discriminação por causa de faixa etária; 8) Respeitar todos os lares em que entrar; 9) Só visitar uma pessoa do sexo feminino, se estiver acompanhado de sua esposa; ou se for senhora casada, se o esposo desta estiver em casa; 10)Sob nenhuma circunstância, revelar segredos que lhe forem confiados; 11)No aconselhamento, ter o cuidado para não envolver-se emocional, sentimental ou sexualmente com a pessoa aconselhada; 12)Ser equânime no tratamento com os membros da igreja, jamais fazendo acepção de pessoas, seja por receber presentes delas, seja por entregarem dízimos ou ofertas generosas; 13)Não se afastar para viagem ou outro motivo, sem dar conhecimento prévio à igreja; 14)Não assumir compromissos financeiros pela igreja sem sua autorização; 15)Não utilizar o dinheiro da igreja em benefícios pessoais, sem a autorização da mesma, mesmo que seja para repô-lo depois; 16)Não envolver-se nem envolver a igreja com candidatos ou partidos políticos.