Você está na página 1de 4

Trabalho de português

Texto Dramático
Nomes: Heitor (professor), Liziane (mãe), Raquel
(Lola) e Fernanda (Virgínia).
Números: 12, 19, 26 e 9.
Turma: 91.

-|Aquela história do trabalho escolar|-


Cena 1
ATO 1
Professor: (chega na sala de aula) Bom dia, turma! (Dirige-
se à sua mesa) Abram suas agendas e anotem o roteiro do
trabalho.

Turma: (ouve-se vozes ao fundo) Não, professor... (barulho


de cadernos abrindo ao fundo)

ATO 2

(Lola está parada no fim do corredor abrindo seu caderno)

Virgínia: Lola! (Ela grita e corre da porta da sala até onde


Lola está) Vamos fazer o trabalho juntas?

Lola: (prestando atenção no caderno) Hm... por mim tudo


bem.

Virgínia: Ok, legal! Então vou na sua casa amanhã pra


gente fazer o trabalho, falou? Tchauzinho! (Vai correndo e
desce as escadas)

Lola: Hm... tchau, Virgínia. (fecha o caderno e pensa um


pouco) Achei que o trabalho fosse individual... agora já era.
Cena 2

Virgínia: (bate na porta da casa e grita) Lola, abre, sou eu!

Lola: (Vai abrir a porta, sem ânimo, segurando uma xícara


de café) Oi... trouxe os materiais?

Virgínia: (mostra sacola cheia de cartolinas, canetas


hidrocor e cadernos) Aí, chefa.

Lola: Ótimo. Agora senta aí e vamos começar a fazer. (puxa


uma cadeira para Virgínia, senta e começa a escrever)

Virgínia: Cara, que sono (boceja e abaixa a cabeça


enquanto Lola escreve).

(O tempo vai passando enquanto Lola escreve e Virgínia


dorme ao seu lado)

Lola: (fecha os cadernos) Virgínia! Acorda, mulher... já é


tarde, melhor você ir para casa.

Virgínia: (levanta a cabeça e boceja) Tá, amanhã venho


aqui de novo, tchau... (pega seu caderno e sai)

Cena 3

ATO 1

Professor: Gente, vamos entregando os trabalhos! (ouve-se


cadeiras arrastando e sussurros ao fundo)

ATO 2

Professor: Virgínia, vem cá, quero falar com você.

Virgínia: (entra de volta na sala) O que eu fiz?

Professor: (folheando trabalho) Virgínia, eu abri uma


exceção para que você fizesse o trabalho com a Lola, não
é? Mas olhe, está claro que esse trabalho foi feito
individualmente. Quero que me conte o que aconteceu.

Virgínia: Não aconteceu nada, professor, é engano do


senhor, fizemos esse trabalho juntas.

Professor: Virgínia.

Virgínia: (senta-se na carteira à frente da mesa do


professor) Tudo bem. Eu não queria ser dedo-duro, mas... a
Lola não fez nada, eu tive que fazer o trabalho todo
sozinha. Eu disse pra ela ajudar, mas não, aquela
preguiçosa só sabia dormir.

Professor: Isso é verdade, Virgínia? (fecha o trabalho e


encara Virgínia seriamente)

Virgínia: É sim, professor.

Professor: Tudo bem. Vou dar um jeito nisso.

(Virgínia se levanta e sai da sala apressada)

Cena 4

ATO 1

(Lola é focada do lado de fora da sala da coordenação e as


falas são ouvidas ao fundo)

Mãe de Lola: Professor, eu garanto que minha filha sempre


faz os trabalhos, é uma excelente aluna! Não pode deixá-la
sem nota!

Professor: Virgínia é aluna minha e representante de classe


há 7 anos. Ela também tem notas excelentes e nunca
mentiria para mim. Desculpe-me, mas não posso fazer nada
pela senhora. Esse tipo de coisa acontece muito hoje em
dia, e por mais que eu queira ouvir os dois lados da história,
no final somente um deles pode ser cogitado. Sempre
defendi Lola, concordo, ela é sim uma ótima aluna, também
uma ótima menina, mas dessa vez Virgínia falou
sinceramente que foi ela quem fez o trabalho e eu quero
acreditar nela pelo menos nesses casos. Peço que me
perdoe.

(ouve-se estrondo e a mãe de Lola sai furiosa da


coordenação)

Mãe: Vamos, Lola.

(Lola anda sem ânimo, lendo uma revista de computação)

ATO 2

Virgínia: Professor? Falou com ela? (Virgínia fica na porta da


coordenação)

Professor: Sim, Virgínia. Sei que gosta de sua amiga, mas


obrigado por ter sido sincero. (força um sorriso enquanto
organiza papéis).

Virgínia: Obrigada, professor! (Sai da sala apressada)

(Virgínia chega ao fim do corredor e olha para a


coordenação, sorrindo)

Virgínia: Consegui... (desce as escadas correndo)

Você também pode gostar