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Correio Popular - Colunas/ SP - Psicomotricidade - 27/09/2007
TADEU FERNANDES
tffernandes@globo.com
Isso tirou a vovó Nana do sério. Veio à consulta e nem trouxe o tradicional
tupperware com um pedaço daquele bolo de cenoura que somente ela
sabe fazer. Sem perda de tempo, foi direto ao assunto:
Apesar de todo esse risco, o TDAH continua sendo ignorado por grande
parte dos profissionais da saúde e da educação. Há muita desinformação
sobre esse problema. Diferenciar o normal do hiperativo ainda é um
desafio, além polêmico.
É difícil para os pais aceitarem que seu filho tem uma doença que foge da
simples questão comportamental. Eles acreditam piamente que agitação,
bagunça e desobediência é coisa de criança, sinal de muita saúde e
vivacidade.
Para nós pediatras a tarefa é mais árdua, o TDAH é uma realidade que não
podemos ignorar, mas hoje em dia as crianças também sofrem com a falta
de atenção, pouca conversa e quase nenhuma brincadeira: faltam pais
presentes e atuantes.
Outro fato, novo e relevante, veio a tona semana passada. Uma pesquisa
feita pela Universidade de Southampton foi publicada na revista científica
Lancet, concluindo que corantes e conservantes encontrados em balas,
doces, salgadinhos e refrigerantes podem estar relacionados a
hiperatividade e distúrbios de concentração nas crianças.