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Jurisdição: é a função do Estado de atuar a vontade concreta do direito objetivo, com o fim de obter a justa
composição da lide.
Características da Jurisdição:
a) Inércia: O Estaso só exerce a jurisdição mediante provocação (art. 2º do CPC). A própria lei preve
exceções à regra da inércia da jurisdição, mesmo sem provocação, pode o Juiz determinar que se
inicie o inventário se nenhum dos legitimados o requerer no prazo legal, entre outros casos.
b) Substituvidade: como o Estado é um terceiro estranho ao conflito, ao exercer a jurisdição estará ele
substituindo, com atividade sua, a vontade daqueles diretamente envolvidos na relação de direito
material, os quais obrigatoriamente se sujeitarão ao que restar decidido pelo Estado-juízo. Em
razão da substitutividade, a jurisdição é espécie de heterocomposição dos conflitos, genero que se
contrapõe a autocomposição.
c) Unidade:
d) Secundariedade: a jurisdição é o derradeiro recurso (ultima ratio).
Princípios da Jurisdição:
a) Princípio do juízo natural: deve ser compreendido sob dois enfoques: a) pré-existencia do órgão
jurisdicional ao fato ou proibição de juízo ou tribunal de exceção; b) o respeito absoluto às regras
objetivas de determinação de competencia. Assim, o juiz natural é o juiz legalmente competente,
aquele a quem a lei confere in abstrato o poder de julgar determinada causa, que deve ter sido
definido previamente pelo legislador por circunstancias aplicaveis a todos os casos da mesma
espécie.
b) Princípio da Improrrogabilidade: os limites da jurisdição, em linhas gerais, são traçados na CF, não
podendo o legislador ordinário restringi-los nem ampliá-los. A improrrogabilidade traçara os limites
de atuação dos órgãos jurisdicionais.
c) Princípio da Indeclinabilidade ou da inafastabilidade: o órgão jurisdicional, uma vez provocado, não
pode recusar-se, tampouco delegar a função de dirimir os conflitos, mesmo se houver lacunas na
lei, caso em que poderá o juiz valer-se de outras fontes do direito, com a analogia, os costumes e os
princípios gerais do direito (métodos de integração).
Ação: meio de provocar a tutela jurisdicional. É o meio de se provovar a tutela jurisdicional do Estado, que
será exercido mediante o processo, independentemente da existencia ou não do direito material invocado
– o que só será resolvido ao final, com o julgamento do mérito.
TEORIA DO ABUSO DE DIREITO: o exercício do direito de ação pode ser considerado legítimo (na hipótese
da presença das condições da ação) ou abusivo (sem a presença das condições – extinção do processo sem
apreciação do mérito).
Assim, fala-se “requisitos para o legítimo exercício do direito de ação” e não “condições da ação”.
Condições para o legítimo exercício do Direito de Ação (art. 267, VI): Legitimidade das partes, Interesse de
agir e Possibilidade jurídica do pedido.
TEORIA DA ASSERÇÃO: a presença das condições da ação, no caso concreto, é verificada a luz das
afirmações feitas pelo demandante na petição inicial. O autor apenas afirma a existencia de tal relação
jurídica de direito material, bastando ao magistrado, num primeiro momento, verificar se tais condições
estão nela presentes.
*** as condições da ação são analisadas com base na teoria da asserção e servem para atestar o legítimo
exercício do direito de ação *** caso o exercício do direito de ação seja legítimo, o demandante terá
direito ao julgamento do mérito (pedido). Porém, se o exercício do direito de ação for ilegítimo, o
demandante não terá direito à apreciação do mérito pelo magistrado, devendo o processo ser extinto sem
a sua apreciação.
Possibilidade Jurídica do Pedido: quando o ordenamento jurídico não veda o exame da matéria por parte
do judiciário. Se o direito não ampara a pretensão, o caso é de improcedencia; se o ordenamento jurídico
veda a discussão do pedido no plano processual, o caso é de impossibilidade jurídica do pedido.
Legitimidade para a Causa: a regra geral é que serão partes legítimas para a causa aqueles que afirmam ser
titulares da relação jurídica deduzida na inicial (legitimação ordinária). No entanto, em determinadas
hipóteses a lei autoriza que alguém pleiteie, em nome próprio direito alheio, são os casos de legitimação
extraordinária ou substituição processual.
Legitimidade Extraordinária Autonoma: quando o legitimado extraordinário estiver autorizado a vir a juízo
e conduzir o processo independentemente da participação do legitimado ordinário.
Elementos da Ação: