A Universidade no contexto político-cultural e educacional • Reestruturações com vistas a maior abertura, liberdade e autonomia (+/-1980)
• Constituição Federal (1988) regulamenta
todos os níveis de ensino
• Normatização de Diretrizes Curriculares
pretende flexibilização curricular Diretrizes • Decretos 2026 (1996) e 2.306 (1997) estabelecem que as Diretrizes Curriculares são referencias para as avaliações de cursos de graduação
• Parecer CNE/CES 776/97 estabelece
orientações gerais para as diretrizes curriculares dos cursos de graduação “visando assegurar a flexibilidade e qualidade de formação oferecida aos estudantes, as diretrizes curriculares devem observar os seguintes princípios” Princípios • Liberdade na • Encorajar o composição da carga aproveitamento do horária conhecimento, habilidades e • Evitar o prolongamento competências desnecessário do curso adquiridas fora do • Estimular práticas de ambiente escolar estudos independentes • Fortalecer a articulação • Incentivar sólida entre teoria e prática (pesquisa, extensão e formação e habilitações estágios diferenciadas em um • Incluir orientações para mesmo programa a avaliação (variados) Diretrizes contemplam • Perfil do profissional • Competências/habilidades/atitudes • Habilitações ou ênfase • Conteúdos curriculares • Organização do curso • Estágios e atividades complementares (docência, extensão, pesquisa, movimentos sociais Flexibilidade curricular • A flexibilidade curricular decorre do exercício concreto da autonomia universitária, o que não conduz a uma passividade ou a uma adoção acrítica de processo de formação
• Modificação em uma estrutura não se faz
apenas com leis. “Toda mudança provoca um medo antecipado e irracional contra ela” (Anísio Teixeira, 1978) Obstáculos para mudança • A idéia de que o currículo é formado apenas por disciplinas de caráter teórico ou prático relativo a área especifica • Receio da perda de espaço no currículo • Existência de um padrão homogêneo de atividades e métodos pedagógicos • Disputa de poder entre grupos • Mentalidade de um ensino utilitário e pragmático • Receio de professores para o desconhecido e não usual • Sentimento de ameaça as crenças, opções políticas e as práticas pedagógicas • Estruturação das Universidades em Departamentos compartimentados Flexibilidade • Para a academia apresenta re- significação, não só disposição para mudar • Cabe a flexibilidade curricular não a “flexibilidade” profissional • “A condição necessária de se adaptar os currículos às necessidades profissionais das regiões, as demandas das empresas e da sociedade” (Marilene Chauí, 2001) O principio da flexibilidade não toma a mudança pela mudança, mas leva em conta a diversidade que permite passar e uma lógica da uniformização e da homogeneização para uma compreensão de transformação a sociedade (meio ambiente, saúde, tecnologia) A normatização é apenas uma diretriz. Passa para as Universidades determinação e autonomia, possibilitando compor os currículos por meio de projetos pedagógicos, onde se expresse um diferencial na formação acadêmica e profissional dos discentes. Projeto Político pedagógico • Cada curso elabora o seu próprio projeto tendo em as especificidades de cada curso • Referencia das ações e decisões de um determinado curso • Define a identidade formativa nos âmbitos humano, científico e profissional, as concepções pedagógicas e as orientações metodológicas (estratégia e avaliação) O Ensino de graduação voltado para a construção do conhecimento (histórico, contextualizado e integrado) é um ensino em permanente interação com a realidade que se caracteriza pela multiplicidade de aspectos interdependentes. A flexibilidade é condição da efetivação de um projeto não rígido, não baseado no enfoque disciplinar nem na hierarquia dos conteúdos descritivos, nem pela visão dicotômica entre a teoria e da prática Experiência da UNICAMP (2002) • Insatisfação com o tratamento do conhecimento voltado para o mercado de trabalho e pouco engajado na transformação e desenvolvimento social
• As atividades profissionais hoje não se
esgotam na técnica, mas se ampliam para a compreensão desta com os demais aspectos sociais, políticos e culturais Proposta da UNICAMP • Contabilizar em termos de créditos atividades já desenvolvidas pelos alunos • Estimular a participação em eventos e apresentação de trabalhos • Incentivar a integração com a sociedade (projeto de extensão) • Promover discussão de temas da atualidade e da vivencia profissional • Promover intercambio entre as IES O currículo passa a ser compreendido como conjunto de atividades acadêmicas, tomadas pela instituição como relevantes para a formação do estudante e que entram no cálculo para a integralização do curso. Extrapola as disciplinas centradas na área básica e específica do curso. Oferecimento de atividades • Atividades multidisciplinares (AM) – seminários temáticos (2 a 4 horas) • Trabalhos comunitários (extensão) • Grandes temas da atualidade (movimentos sociais – férias) • Integralização de estudos (antes) • Integralização de créditos em outras Universidades • Iniciação científica • Programa de auxílio didático (conteúdos)