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1820 – e o Triunfo dos Liberais

A Revolução Francesa

Séc. XVIII O sistema político existente por quase toda a Europa

ABSOLUTISMO
Por influência do
Iluminismo

•Surgiram ideias que defendiam:


•a igualdade de todos perante a lei;
•o fim dos privilégios do clero e da nobreza;
•substituição do absolutismo.
1820 – e o Triunfo dos Liberais
• 14 de Julho de 1789 - A população de Paris assaltou a Bastilha,
símbolo de autoritarismo do rei, e prisão para os opositores do
regime (Absolutista). Dá-se assim o início à Revolução
Francesa.

•Igualdade de todos os cidadãos perante a lei.


Direitos do Homem.
•Separação dos poderes:
Poder legislativo (Assembleia da República);
Poder executivo (Governo);
Poder judicial (Tribunais).
•Participação dos cidadãos na vida política.
Eleição de representantes.
1820 – e o Triunfo dos Liberais
As Invasões Napoleónicas

Reis Absolutos Declaram Guerra


da Europa À França

•Napoleão Bonaparte:
•Ocupou o poder em França
•Ambicionava dominar a Europa

Com a força das


armas ocupou
Inglaterra
grande parte da opôs-se ferozmente
Europa
1820 – e o Triunfo dos Liberais

Decretado o Bloqueio Continental


Consistia - Na exigência aos países europeus para fecharem os seus portos aos navios ingleses
Objectivo - Desencadear uma grave crise económica em Inglaterra

-- Asfixia do Comércio Inglês --


Portugal não acatou as exigências

Consequências:
•Portugal é invadido três vezes pelos franceses;
•Família Real ausentou-se para o Brasil;
•Recorrência ao apoio inglês;
•A opinião pública portuguesa dividiu-se.
1820 – e o Triunfo dos Liberais

•A Independência do Brasil
A presença do Rei no Brasil
Abertura dos portos brasileiros ao comércio com outros
países
Rio de Janeiro como capital do reino
Elevação do Brasil à categoria de reino

•Passos no caminho da independência

O povo escolhe a forma de governo

Não escolhe a forma de governo!

Será correcto?
1820 – e o Triunfo dos Liberais

D. Pedro, filho de D. João VI – lidera a Independência


A burguesia brasileira sente que tem condições económicas
para viver sem Portugal
Os países liberais pressionam Portugal a aceitar a
independência

7 Setembro de 1822

Brasil
Declara-se Independente

1825 – Portugal aceita a Independência


1820 – e o Triunfo dos Liberais

• A Luta entre Liberais e Absolutistas


1.º Período Liberal (1820 – 1823)

Constituição de 1822
Não foi possível pôr de acordo todos os grupos sociais e
profissionais

Interesses Divididos
1820 – e o Triunfo dos Liberais

Absolutistas Liberais
Nobreza e Clero Burgueses
comerciantes
Apoios proprietários
Rainha D. Carlota Joaquina juízes
e seu filho mais novo médicos
(D. Miguel) advogados

Defendiam Defendiam
Reposição da Monarquia Absoluta Monarquia Liberal
ou
Constitucional
1820 – e o Triunfo dos Liberais
Entre 1823 – 1834
O poder foi alternando entre os grupos

1823 Golpe da Vilafrancada – Período Absolutista


Perseguições Políticas
1826 Após a morte de D. João VI Sucessor (deveria ser D. Pedro)
Abdica em favor de sua Filha
D. Maria da Glória
Substituição da Constituição de 1822 por
Uma Carta Constitucional
1828 D. Miguel coloca em causa o poder liberal
Faz-se aclamar Reis Absoluto
Retoma as perseguições aos liberais (emigram em grande número)
1831 D. Pedro abandona o Brasil e junta-se aos exilados políticos
Ilha Terceira
Consegue apoio no estrangeiro

1832 As tropas liberais desembarcam em Pampelido e Mindelo


1820 – e o Triunfo dos Liberais

Guerra Civil

D. Miguel foi derrotado nas batalhas de:


Asseisseira
Almoster

Vitória Liberal
1820 – e o Triunfo dos Liberais

Convenção Évoramonte

Estabilidade para se fazerem


grandes reformas
Económicas
Sociais
Educativas
Jurídicas
1820 – e o Triunfo dos Liberais
Árvore Genealógica
Constituição de 1822 (adaptação)

"Dom João por Graça de Deus e pela Constituição da Monarquia Rei do Reino
Unido de Portugal, Brasil e Algarves, Daquém e Dalém-Mar em África e Senhor da
Guiné faço saber a todos os meus súbditos que as Cortes Gerais Extraordinárias e
Constituintes decretaram e eu aceitarei, e jurei a seguinte Constituição Política da
Monarquia Portuguesa (…)
Art.º 1 - A Constituição Política da Nação Portuguesa tem por objectivo manter a
liberdade, segurança e propriedade de todos os portugueses (…)
Art.º 9 - A lei é igual para todos (…)
Art.º 30 - Estes poderes são legislativo, executivo e judicial. Cada um destes poderes
é de tal modo independente que um não pode arrogar a si a atribuição do outro (…)
Art.º 104 - A lei é a vontade dos cidadãos declarada pelos seus representantes juntos
em Cortes (…)
Art.º 122 - A autoridade do Rei consiste geralmente em fazer executar as leis (…)
Art.º 176 - O poder judicial pertence exclusivamente aos juízes. Nem as Cortes nem
o Rei o poderão exercitar em caso algum (…)"
Carta Constitucional de 1826 (adaptação)

"Art.º 1 - O reino de Portugal é a associação de todos os cidadãos portugueses. Eles


formam uma nação livre e independente (…)
Art.º 4 - O seu governo é monárquico, hereditário e representativo (…)
Art.º 11 - Os poderes políticos reconhecidos pela Constituição do Reino de Portugal são
quatro: o poder legislativo, o poder moderador, o poder executivo e o poder judicial.
Art.º 12 - Os representantes da Nação Portuguesa são o Rei e as Cortes Gerais.
Art.º 13 - O poder legislativo compete às Cortes com a sanção do Rei (…)
Art.º 17 - O poder moderador é a chave de toda a organização política e compete
privativamente ao Rei, como chefe supremo da Nação, para que vele sobre a independência,
equilíbrio e harmonia dos demais poderes políticos (…)
Art.º 75 - O Rei é o chefe do poder executivo e o exercita pelos seus Ministros de Estado
(…)
Art.º 118 - O poder judicial é independente e será composto de juízes e jurados (…)"
Proclamação de D. Miguel, Vila Franca, em 27 de Maio de 1823
(adaptação)

"Portugueses:
É tempo de quebrar o férreo jugo em que vivemos (…) A força dos males
nacionais, já sem limites, não me deixa escolha (…)
Em lugar dos primitivos direitos nacionais que vos prometeram recuperar em
24 de Agosto de 1820, deram-vos a sua ruína e o Rei reduzido a um mero
fantasma; (…) a nobreza (…) à qual deveis a vossa glória nas terras de África e
nos mares da Ásia, reduzida ao abatimento e despojada do brilho que outrora
obtivera do reconhecimento real; a religião e os seus ministros, objecto de mofa e
de escárnio (…)
Acho-me no meio de valentes e briosos portugueses, decididos como eu a
morrer ou a restituir a Sua Majestade a sua liberdade e autoridade (…)
Não hesiteis, eclesiásticos e cidadãos de todas as classes, vinde auxiliar a causa
da religião, da realeza e de vós todos e juremos não tornar a real mão, senão
depois de Sua Majestade ser restituído à sua autoridade."

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