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CURSO DE DIREITO - DIREITO AMBIENTAL

[PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR]


RELATÓRIO
Professora : Luciana Fonseca
Alunos: Camila Uliana Mat.
Marco Antonio Lage Mat.07060294
Jonas Valente Mat.
Fernando Martins Mat.07060332
João Milhomem Mat. 09060254

PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR


EXPOSIÇÃO – DATASHOW
ALUNA CAMILA ULIANA
GENERALIDADES
 FINALIDADE DO PRINCIPIO DO POLUIDOR / USUÁRIO ;
 ARTIGO 4º,VII COMPLEMENTADO NO ARTIGO 14,§ 2º E 3° DA LEI DE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE;
 ARTIGO 225 DA CF/88;
 LIGADO A IDÉIA DE PREVENÇÃO E REPRESSÃO;
 CRITICA SEMÂNTICA.
 ORIGENS: PAÍSES MEMBROS DO CONSELHO DA ORGANIZAÇÃO DE COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOS
(OCDE), EM 26 DE MAIO DE 1972, APROVARAM A "RECOMENDAÇÃO SOBRE OS PRINCÍPIOS DIRETORES RELATIVOS AOS
ASPECTOS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS, SOBRE O PLANO INTERNACIONAL".

 CONFERÊNCIA INTERNACIONAL RIO / 1992, O PRINCIPIO DO POLUIDOR PAGADOR ESTEVE PRESENTE NO


PRINCÍPIO N. 16 DA DECLARAÇÃO DO RIO (1992):

 "AS AUTORIDADES NACIONAIS DEVEM ESFORÇAR-SE PARA PROMOVER A INTERNALIZAÇÃO DOS CUSTOS DE
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE E O USO DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS, LEVANDO-SE EM CONTA O
CONCEITO DE QUE O POLUIDOR DEVE, EM PRINCÍPIO, ASSUMIR O CUSTO DA POLUIÇÃO, TENDO EM VISTA O
INTERESSE PÚBLICO, SEM DESVIRTUAR O COMÉRCIO E OS INVESTIMENTOS INTERNACIONAIS".

ALUNO MARCO ANTONIO LAGE


EXTERNALIDADES NEGATIVAS AMBIENTAIS
Externalidades -Ciências Econômicas
Shopping Boulevard
-Comentários acerca do empreendimento, suas conseqüências de ordem ambiental, e a assunção,
por parte dos proprietários de parte dessas externalidades;

Aluno João Milhomem


A interpretação jurídica das externalidades negativas ambientais:
O verdadeiro alcance do poluidor/usuário pagador.
 1 - Interpretação econômica – “o direito de poluir”;
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 2 – A interpretação jurídica:
 Generalidades;
 Objetivo;
Aspectos:
 a) Sobrecarga do preço para desestimular a produção;
 b) Divulgação dos produtos danosos;
 c) Repressão civil, penal e administrativa dos poluidores, PF e PJ;
 d) Política de equidade no comércio internacional;
 e) Uso racional dos recursos ambientais;
 f) Repressão severa;
 g) Taxação dos usuários (não poluidores);
Conclusão.

Aluno Jonas Valente


Princípios usuário-pagador e poluidor-pagador
 Lei 6.938
 Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
 VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os
danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com
fins econômicos.
 Principais causas de cobrança do uso dos recursos naturais:
 - A raridade do recurso
 - O uso poluidor
- A necessidade de prevenir catástrofes
 Enriquecimento ilegítimo do usuário
 - art. 225 da Constituição Federal: o meio ambiente é um “bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida”
 Aplicação do principio “poluidor-pagador”
 Fixação de tarifas
 Responsabilização residual ou integral do poluidor
A compensação ambiental e o principio usuário-pagador
 antes da ocorrência do dano ambiental
 depois da causação do dano ambiental

Aluno Fernando Martins


Posição de outros Doutrinadores
Édis Milaré – polluter paus priciple
 Vocação Redistributiva do D. A.
 Conhecido como Princípio da Responsabilidade
 Evitar dano ao ambiente
 Princípio poluidor-pagador e não pagador-poluidor
Paulo Antunes
 Escassez dos recursos ambientais
 PPP X Responsabilidade tradicional
Solidariedade social e a prevenção
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Princípios do Direito Ambiental


Direito Humano Os seres humanos são o centro da preocupação com o meio
Fundamental ambiente.

Democrático Aqueles que sofrem os impactos têm o direito de se


manifestarem sobre ele.

Precaução Aplicável a impactos desconhecidos.

Prevenção Aplicável a impactos conhecidos.

Equilíbrio Todas as conseqüências de uma intervenção no ambiente


devem ser consideradas.

Limite Devem ser fixadas limites de emissão e lançamentos de


substâncias no ambiente.

Responsabilidade Aquele que causa o danos ao meio ambiente deve


responder por suas ações.

Poluidor Pagador Os custos ambientais devem ser incorporados aos preços


dos produtos.

Aluna Camila Uliana


Jurisprudencia
 RECURSO ESPECIAL Nº 605.323 — MG (2003/0195051-9) RELATOR: Ministro José
Delgado PROCESSO CIVIL. DIREITO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA
TUTELA DO MEIO AMBIENTE. OBRIGAÇÕES DE FAZER, DE NÃO FAZER E DE
PAGAR QUANTIA. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS ART. 3º DA
LEI 7.347/85. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. ART. 225, § 3º, DA CF/88, ARTS. 2º
E 4º DA LEI 6.938/81, ART. 25, IV, DA LEI 8.625/93 E ART. 83 DO CDC. PRINCÍPIOS
DA PREVENÇÃO, DO POLUIDOR-PAGADOR E DA REPARAÇÃO INTEGRA.

 CONSTITUCIONAL E AMBIENTAL. DANO AMBIENTAL. PERIGO DE DANOS


DECORRENTES IRREVERSÍVEIS. NECESSIDADE DE RECUPERAÇÃO.
URGÊNCIA. DETERMINAÇÃO LIMINAR. POSSIBILIDADE. (TRF1 – AGRAVO DE
INSTRUMENTO: AG 44993 RO 2004.01.00.044993-4)

Aluno João Milhomem


Caso concreto
 Vazamento de caulim ocorrido em junho de 2007 em Barcarena, nas instalações da
empresa Imerys Rio Capim Caulim.
 Dia 13/06 - A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) interditou parcialmente a usina de
beneficiamento de caulim da empresa Imerys Rio Capim Caulim. A interdição foi provocada pelo
vazamento de quase 300 mil metros cúbicos de caulim com água de uma das bacias de terra batida
que armazenava caulim considerado de pouco valor comercial.
 Dia 14/06 - O Ministério Público do Estado (MPE) em Barcarena instaurou Procedimento
Administrativo Preliminar (PAP) para apurar a responsabilidade civil dos fatos.
 A Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema) autuou a Imerys por crime ambiental.
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 Dia 18/06 - Os diretores da Imerys admitiram o uso de pelo menos nove produtos químicos para
beneficiar o caulim desde a sua extração na mina, passando pelo transporte por meio do
mineroduto, até a usina de beneficiamento, em Vila do Conde.
 Dia 19/06 - Estudos do Instituto Evandro Chagas apontaram que o vazamento de caulim e os
rejeitos despejados nos últimos anos nas bacias e lençóis freáticos de Vila do Conde, em
Barcarena, contaminaram os igarapés Curuperé e Dendê.
 Dia 26/06 - O juiz Raimundo Rodrigues Santana, da 1ª Vara Cível da Comarca de Barcarena
indeferiu o pedido de liminar da Imerys que pretendia a suspensão da interdição do funcionamento
da usina determinada pela Sema.
 Dia 05/07
 - A Sema suspendeu o interdito na usina de beneficiamento de caulim. A decisão foi baseada na
apresentação, pela empresa, de procedimentos ambientais que deverão ser observados e
cumpridos.

Dia 02/08 - O MPE pretendia fechar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em até 30 dias com a
mineradora, a fim de instituir obrigações que a empresa terá que desenvolver para compensar a
agressão ambiental ocorrida com o vazamento.

Perguntas

1ª Pergunta - Que mecanismo possui o estado, com base no Princípio do Poluidor Pagador, para
impedir que as empresas que não internalizam, venha a obter vantagens, não obstante, a
possibilidade de imposição de penalidades?

Respostas:
Rodrigo – “O Fato de as multas variarem de acordo não apenas com o dano, mas principalmente
com a capacidade da empresa, as multas são impostas de modo a que a empresa não venha a obter
vantagem com o dano”.

Demais colegas seguem a mesma linha de raciocínio;

2ª Pergunta – Qual a diferença da perspectiva econômica para a perspectiva jurídica acerca do


Princípio do Poluidor Pagador?

Respostas:
Helen – “A perspectiva econômica vê o princípio sob um aspecto meramente
reparatório/compensatório, ou seja, empreendimento vai ser estabelecido e os danos serão
reparados ou compensados de alguma forma, seria um verdadeiro “direito de poluir”. Já para a
perspectiva jurídica, o princípio tem um aspecto, antes de mais nada preventivo, ou seja, a atividade
só será desenvolvida se trouxer vantagens e se os danos forem suportáveis, caso contrário, não
haverá a instalação”.

Cleber – “A busca do lucro pelo economista, faz sempre com que ele repasse os custos ao
consumidor, que é quem acaba ficando com os prejuízos.”

William – “Falta ao economista, visar mais o lado social.”

3ª Pergunta – Quais as medidas a serem implementadas pelo estado e que caracterizam o aspecto
preventivo do Princípio do Poluidor Pagador?
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Respostas:
Rafaela – Repressão severa visando a desestimular as condutas lesivas ao meio ambiente;

Helen – Taxação do uso incomum, dos componentes ambientais, por aqueles que, embora não
sejam poluidores, mas apenas usuários, causam uma sobrecarga pelo uso de bens de uso comum do
povo;

Hélio – Instituição de políticas que incentivem o uso racional dos bens ambientais, tendo em vista
sua escassez;

Rafaela – Divulgação no mercado, de quais produtos prejudicam o meio ambiente e educação


ambiental no sentido de estimular o uso, pela população, de produtos ecologicamente corretos, que
não agridem a natureza;

Hélio – Sobrecarga do preço do produto que causa a externalidade negativa, de modo a que sua
produção seja desestimulada e, paralelo a isso, estimular os produtos e tecnologias limpas;

Alberto – A própria empresa já faz a divulgação de que é amiga do meio ambiente, já que ela é a
maior interessada e beneficiada;

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