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A miséria está nos modernizando

Arnaldo Jabor
Na semana passada, escrevi sobre um menino pobre que fazia malabarismo a rua, diante de meu
carro e muitos se emocionaram em cartas, e-mails. Gosto do texto - é bom, mas tive uma sensação de
culpa por fazer sucesso com a miséria dos outros. De certa forma, eu lucrei. O menininho malabarista
(onde estará ele agora?) enobreceu-me. Ou seja, miséria dá lucro.
Falar da miséria nos alivia porque para nós, os bacanas, a miséria é apenas um problema
existencial. Na verdade, para entendermos o horror que nos envolve, há que analisar os que "não" são
miseráveis, os ricos, as classes médias, a estrutura do país, a formação torta do Estado.
E não basta a velha tese da "injustiça social". Temos de entender como a miséria está "dentro" de
todos nós, como ela se entranha em nosso egoísmo, na busca maníaca de felicidade e prazer, em nossa
fome de consumo, na angústia, nos amores e no sexo. Ali, no carro blindado, diante do menino, tinha de
analisar a mim mesmo; eu faço parte da miséria. Onde estava a miséria em mim, naquela noite? Estava no
fato de eu ter carro? Não. Mas talvez estivesse na blindagem, não do carro, mas na blindagem de nossos
corações contra o lado de fora da vida. Não basta sofrermos com o "absurdo" da miséria. Ela é uma
construção minuciosa por um sistema complexo.
A miséria não é absurda, é uma produção. A miséria está na alma dos que se lixam para ela, mas
também está naqueles que se acham seus proprietários, que a consideram seu latifúndio ideológico. A
miséria dá a eles o alívio hipócrita de serem "contra" ela. Transformar a miséria em bandeira política, sem
entender o conjunto que nos inclui, é uma atitude miserável e dá nos vexames a que temos assistido.
Há alguns anos, a miséria era vista com vagos sentimentos caridosos. Ela era até idílica, nas
"favelas dos meus amores". Tolerávamos tristemente a miséria, desde que ela ficasse longe, quieta, sem
interferir na santa paz de nosso escândalo.
A miséria tinha quase uma... "função social".
Mas o tempo passou e a miséria cresceu - a espuma no champagne do progresso sujo do país.
Com o avanço tecnológico, a indústria de armas, as drogas, a telefonia e a internet, a miséria foi tocada
pela evolução do capitalismo e começou a se modernizar. A violência é até um "upgrading" na miséria. A
violência nos pegou de surpresa e por isso está sendo combatida com velhas armas e atitudes velhas.
Ninguém sabe o que fazer com a neo-miséria. Antes, os governantes oscilavam entre a repressão
sangrenta, como a queima de favelas ou a construção de guetos. Mas, hoje, a miséria é grande demais
para ser erradicada. A miséria está nos "sanguessugas", está nas emendas do orçamento, está na
sordidez do sistema eleitoral, está na falsa compaixão dos populistas, está nas caras cínicas, torpes,
"lombrosianas" dos ladrões congressistas, está na Lei arcaica e sem reformas, está na atitude olímpica e
gelada dos juristas impassíveis, está nos garotinhos na rua e nos garotinhos da política.
Somos vítimas da miséria, pelo avesso. Somos miseráveis porque poderíamos ter um país muito
melhor e não sabemos fazê-lo; somos miseráveis porque até os ricos poderiam lucrar com a justiça social,
mas eles só pensam a curto prazo; somos miseráveis na alma, em nossa amarga alegria, em nossa
ignorância, em terrores noturnos, em síndromes de pânico, em nossas noites vazias ou nos bares
ameaçados, nos perigos das esquinas, em amores despedaçados, em nossa impotência; a miséria está no
esforço para esquecê- la, no narcisismo deslavado que aumenta entre as celebridades, na ridícula euforia
das sacanagens e nas liberdades irrelevantes.
A miséria está até na moda - vejam este texto de um catálogo "fashion": "Use uma calça bacana,
toda desgastada, bata na calça com martelo, dê uma ralada no asfalto, ou esfregue a calça com lixa, ou por
fim, atropele seu jeans, passe por cima dele com o carro (blindado?). A moda pede peças puídas, como
ficam depois de um ataque das traças ou baratas. E se você tem algo a dizer sobre a vida, diga com sua
camiseta, nas estampas com frases no peito..."
Antes, só falava de miséria quem não era miserável; em fome, quem comia bem. Agora, os
miseráveis nos olham e nos criticam.
Antes, não víamos os miseráveis. Hoje, o menino-malabarista quer ser visto. Não se esconde pelos
cantos mendigos. Ele se exibe e isso é que nos dói. E ele é uma exceção pacífica. A outra maneira de
aparecer é pela violência.
A neo-miséria cria medo em nossas elites desatentas e grita que nós é que temos de nos reformar.
Hoje, não tem mais jeito; a miséria tem de ser integrada a nossas vidas. E o primeiro movimento é
entendermos a própria lepra. A miséria nos obriga a uma autocrítica, para além das blindagens; temos de
conviver com ela, pois também somos miseráveis.
A violência mostra como a estrutura administrativa, social e política é mentira. Assim como a
corrupção nos abre os olhos, denunciando a urgência da mudança desse Judiciário paralítico, a miséria e a
violência estão provando o fracasso da administração pública.
Nesse sentido, a violência é até um "avanço" histórico. A violência é a verdade do Brasil.
E mais: os miseráveis não esperam nada de nós ou dos governos. Estão indo à luta. Não
resolveremos nada. Eles é que vão fazer isso. E estão se expressando em movimentos de afirmação das
periferias, de dentro para fora, como nos trabalhos seríssimos do Afro-Reggae e em outras ONGs que nos
dão uma aula de imaginação, grandeza e eficiência. Os marginalizados vão sair do horror para serem
fontes de expressão vital. A miséria está nos modernizando.
http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/arnaldojabor/617495.html, 01/08/2006

QUESTÃO 01
Com base numa leitura global do texto, é possível fazer as seguintes afirmações, EXCETO:
a) Ao comparar a miséria à espuma no champagne do progresso sujo do país, mostra-se que a miséria
hoje existe, é vista e incomoda.
b) Ao constatar que a miséria não é absurda, é uma produção, procura-se delimitar a idéia de que a miséria
foi crescendo e desenvolvendo-se ao longo de muitos anos.
c) Ao apresentar o exemplo do texto de um catálogo “fashion”, em que a moda pede peças puídas, reforça-
se a tese, apresentada no início do texto, de que a miséria dá lucro.
d) Ao afirmar que a miséria está na blindagem de nossos corações contra o lado de fora da vida, reforça-se
a idéia que existia já há alguns anos de que tolerávamos a miséria, desde que ela ficasse longe, quieta.

QUESTÃO 02
Todos os sentimentos estão presentes no texto, EXCETO:
a) Angústia. c) Compaixão.
b) Frustração. d) Consciência.

QUESTÃO 03
Percebe-se o tom irônico do autor em:
a) “Ou seja, miséria dá lucro”.
b) “A miséria não é absurda, é uma produção”.
c) “Gosto do texto - é bom, mas tive uma sensação de culpa por fazer sucesso com a miséria dos outros”.
d) “[...] está na atitude olímpica e gelada dos juristas impassíveis, está nos garotinhos na rua e nos
garotinhos da política”.

QUESTÃO 04
“Mas, hoje, a miséria é grande demais para ser erradicada”.
A MELHOR interpretação para esse trecho é que a miséria é grande demais, porque:
a) ela se modernizou e foi tocada pela evolução do capitalismo.
b) seu conceito abrange também a falta de caráter, a falta de compaixão, a pobreza de espírito etc.
c) o número de favelas é bem maior que antigamente e, além disso, os miseráveis querem ser vistos.
d) através da violência, ela ganhou forças que não tinha, tornando-se difícil de combater.

QUESTÃO 05
“Somos vítimas da miséria pelo avesso”, porque:
a) os miseráveis nada esperam de nós, eles estão agindo por si sós.
b) a miséria teve de se modernizar, mudando, portanto, sua imagem perante nós.
c) hoje somos obrigados a conviver com a miséria, mesmo que a queiramos ignorar.
d) não é da pobreza que somos vítimas, e sim da impunidade, da impotência e da falta de ação.

QUESTÃO 06
Após uma análise do texto, pode-se dizer que a MELHOR saída para combater a miséria é:
a) acabar com a violência.
b) conviver com a miséria.
c) entender a própria miséria.
d) modernizar-nos como os miseráveis.
QUESTÃO 07
Todas as palavras em destaque estão corretamente interpretadas entre parênteses, EXCETO:
a) “Mas hoje, a miséria é grande demais para ser erradicada”. (eliminada)
b) “Antes, os governantes oscilavam entre a repressão sangrenta [...]” (hesitavam)
c) “[...] como a queima de favelas ou a construção de guetos”. (bairro onde, por imposições econômicas
e/ou raciais, são confinadas certas minorias)
d) “[...] mas também está naqueles que se acham seus proprietários, que a consideram seu latifúndio
ideológico”. (empresa onde se fabricam bens não dispendiosos)

QUESTÃO 08
A posição do pronome destacado é obrigatória em:
a) “A violência nos pegou de surpresa [...]”
b) “[...] e grita que nós é que temos de nos reformar”.
c) “[...] evolução do capitalismo e começou a se modernizar”.
d) “Na verdade, para entender o horror que nos envolve [...]”.

QUESTÃO 09
Em: “[...] há que analisar os que “não” são miseráveis”, os é:
a) pronome pessoal do caso oblíquo. c) artigo definido.
b) pronome demonstrativo. d) artigo indefinido.

QUESTÃO 10
As aspas foram usadas com a finalidade indicada entre parênteses, EXCETO em:
a) "Use uma calça bacana, toda desgastada, bata na calça com martelo, dê uma ralada no asfalto, ou
esfregue a calça com lixa, ou por fim, atropele seu jeans, passe por cima dele com o carro (blindado?). A
moda pede peças puídas, como ficam depois de um ataque das traças ou baratas. E se você tem algo a
dizer sobre a vida, diga com sua camiseta, nas estampas com frases no peito..." (substituir os parênteses)
b) [...] está nas caras cínicas, torpes, “lombrosianas” dos ladrões congressistas [...]” (destacar um
neologismo)
c) Não basta sofrermos com o “absurdo" da miséria. (colocar a palavra em evidência)
d) A violência é até um “upgrading” na miséria”. (destacar uma palavra estrangeira)

QUESTÃO 11
As alterações feitas mantiveram os trechos corretos, EXCETO em:
a) “Mas talvez estivesse na blindagem, não do carro, mas na blindagem de nossos corações contra o lado
de fora da vida”. “Mas talvez estivesse na blindagem, não do carro, mas, na blindagem de nossos corações
contra o lado de fora da vida”.
b) “A violência nos pegou de surpresa e por isso está sendo combatida com velhas armas e atitudes
velhas”. “A violência nos pegou de surpresa e, por isso, está sendo combatida com velhas armas e atitudes
velhas”.
c) “O menininho malabarista (onde estará ele agora?) enobreceu-me. Ou seja, miséria dá lucro”. “O
menininho malabarista (onde estará ele agora?) enobreceu-me, ou seja, miséria dá lucro”.
d) “Falar da miséria nos alivia porque para nós, os bacanas, a miséria é apenas um problema existencial”.
“Falar da miséria nos alivia porque, para nós, os bacanas, a miséria é apenas um problema existencial”.

QUESTÃO 12
Há uma oração adjetiva restritiva em:
a) “Ninguém sabe o que fazer com a neo-miséria”.
b) “A neo-miséria cria medo em nossas elites desatentas e grita que nós é que temos de nos reformar”.
c) “Na verdade, para entendermos o horror que nos envolve, há que analisar os que "não" são miseráveis,
os ricos, as classes médias, a estrutura do país, a formação torta do Estado”.
d) “Tolerávamos tristemente a miséria, desde que ela ficasse longe, quieta, sem interferir na santa paz de
nosso escândalo”.
QUESTÃO 13
Os termos destacados exercem a função de adjunto adverbial, EXCETO:
a) “Ou seja, miséria dá lucro”.
b) “Onde estava a miséria em mim, naquela noite?”
c) “Há alguns anos, a miséria era vista com vagos sentimentos caridosos”.
d) “Ali, no carro blindado, diante do menino, tinha de analisar a mim mesmo; eu faço parte da miséria”.

QUESTÃO 14
As expressões em destaque podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido, por, EXCETO:
a) “[...] somos miseráveis porque até os ricos poderiam lucrar com a justiça social, mas eles só pensam a
curto prazo [...]” (no entanto)
b) “Tolerávamos tristemente a miséria, desde que ela ficasse longe, quieta, sem interferir na santa paz de
nosso escândalo”. (embora)
c) “Somos miseráveis porque poderíamos ter um país muito melhor e não sabemos fazê-lo [...]” (já que)
d) “Mas, o tempo passou e a miséria cresceu [...]” (bem como)

QUESTÃO 15
Em: “A miséria está até na moda - vejam este texto de um catálogo ‘fashion’", este foi usado porque:
a) o assunto ainda será mencionado.
b) indica a proximidade do catálogo.
c) indica o tempo da ação verbal.
d) o assunto já foi mencionado.

QUESTÃO 16
Conforme o artigo 6º da Lei 8.080, de 19/09/90, estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de
Saúde (SUS) a execução das seguintes ações de vigilância, EXCETO:
a) Vigilância à saúde do trabalhador.
b) Vigilância sanitária das cozinhas industriais.
c) Vigilância à assistência terapêutica e farmacêutica.
d) Vigilância às industrias, aeroportos e trabalho escravo.

QUESTÃO 17
As ações de vigilância epidemiológica são aplicáveis às doenças:
a) preveníveis.
b) transmissíveis.
c) transmissíveis e as preveníveis.
d) transmissíveis, não transmissíveis e outros agravos à saúde da população.

QUESTÃO 18
A relação entre o número de mortes por uma determinada doença dentre os casos dessa doença é
chamada de:
a) Incidência.
b) Letalidade.
c) Prevalência.
d) Sazonalidade.

QUESTÃO 19
Para o controle da AIDS, da Dengue ou da Doença de Chagas, é adequado propor ações multissetoriais,
pois fatores externos às ações de saúde, como educação, saneamento, desmatamento entre outros, são
determinantes para a redução da incidência das doenças evidentes.
O princípio organizativo do Sistema Único de Saúde a que o texto acima se refere é:
a) Intersetorialidade.
b) Descentralização.
c) Regionalização.
d) Hierarquização.
QUESTÃO 20
O prefeito da cidade de Garrucheiras, município com 10.000 habitantes, atendendo a promessas de
campanha, deseja construir um hospital e uma unidade básica de saúde.
É possível planejar a construção dos serviços utilizando os seguintes critérios de planejamento, EXCETO:
a) Bancos de dados da saúde e Banco de dados do IBGE.
b) Bancos de dados da saúde e Banco de dados do partido político.
c) Sistema de Informação dos Cartórios e Bancos de dados da saúde.
d) Indicadores epidemiológicos e Sistema de Informação da Atenção Básica.

QUESTÃO 21
A comunidade “A”, situada na zona rural, com condição de vida precária, não possui assistência à saúde,
pois os seus trabalhadores vivem da produção própria e não contribuem para a previdência social.
A Lei Orgânica da Saúde, Lei Nº 8.080, é incisiva nos seus princípios e diretrizes quando destaca:
1- A universalidade de acesso aos serviços de saúde em todo os níveis de assistência, portanto os
moradores da comunidade “A” não precisam contribuir com o Estado para terem acesso aos serviços de
saúde.
2- A igualdade de assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie seja a
população urbana ou rural.
3- A participação da comunidade.
São CORRETAS as afirmativas:
a) 1, 2 e 3. c) 1 e 3, apenas.
b) 1 e 2, apenas. d) 2 e 3, apenas.

QUESTÃO 22
São permitidas as despesas com as ações e serviços constantes na Programação Pactuada e Integrada da
Saúde aprovados pelo Conselho Municipal de Saúde e executadas pelo município, incluindo:
a) Saneamento básico e pavimentação das ruas.
b) Educação para a saúde e construção de penitenciárias.
c) Assistência à saúde em todos os níveis de complexidade.
d) Ações de vigilância epidemiológica, sanitária e da construção civil.

INSTRUÇÃO: Baseado no texto que segue, responda às questões 23, 24 e 25:


O Sr. João, 63 anos, começou com uma gripe, ficou de cama um dia, e, dois dias depois já pensava
em trabalhar, quando a febre voltou. Sentia-se meio fraco e com desconforto ao respirar. Resolveu ir ao
Centro de Saúde que ficava algumas quadras da sua residência. Ao chegar lá foi informado que as fichas
já tinham acabado, inclusive as de urgência, e que, nesse caso, se não quisesse esperar até o dia
seguinte, teria que ir à UNIDADE DE URGÊNCIA.
Às 10:00h, acompanhado da filha, o Sr. João chegou à UNIDADE DE URGÊNCIA: a febre já tinha
passado, mas estava tossindo e sentia dor no peito. Foi atendido às 16:00h e, após um exame sumário, Sr
João foi orientado a tomar aqueles remédios e que se não melhorasse deveria procurar o Centro de Saúde,
primeiro, antes de retornar à UNIDADE DE URGÊNCIA.
Naquela noite, voltou a ter febre e a tosse. No dia seguinte, percebeu que estava ainda mais
cansado. O Sr. João agravava seu quadro respiratório. Retornou à UNIDADE DE URGÊNCIA e deparou
com a mesma situação do dia anterior. Após horas de espera, veio a pergunta: entuba ou não entuba... O
serviço de saúde não dispunha de ventilador mecânico... A equipe gritava... parada respiratória. Após meia
hora, a equipe comenta com o colega que chegou depois: – É, o quadro é irreversível... É, Sr. João, com
essa o senhor não contava...

QUESTÃO 23
Sr João, no seu percurso em busca de atendimento no SUS, deparou com um cenário no modelo de
atenção que aponta para necessidades de mudança nos seguintes princípios organizativos, EXCETO:
a) Acolhimento com avaliação de risco.
b) Garantia de referência e contra-referência.
c) Acesso restrito aos usuários moradores naturalizados no município.
d) Investimento em equipamentos essenciais para a organização dos serviços.
QUESTÃO 24
No Sistema Único de Saúde, a Política Nacional de Humanização / HumanizaSUS utiliza como princípios
norteadores, EXCETO:
a) O fortalecimento da participação popular em todas as instâncias gestoras do SUS.
b) O fortalecimento do controle social com a participação da comunidade, dos usuários e de seus
familiares.
c) O fortalecimento do trabalho em equipe interdisciplinar, valorizando as atividades realizadas em grupo e
as práticas de educação em saúde.
d) O acolhimento dos usuários de forma resolutiva e respeitosa, baseado no critério de ordem de chegada
no serviço de saúde, da organização das filas, para que se promova a otimização dos serviços.

QUESTÃO 25
Segundo os preceitos do SUS e conforme a Constituição Federal de 1988, o princípio que garante ao Sr.
João, bem como a qualquer cidadão brasileiro o direito de ser atendido, desde a prevenção das doenças
até as ações de saúde de maior complexidade, é:
a) Integralidade.
b) Humanização.
c) Resolutividade.
d) Intersetoralidade.

QUESTÃO 26
São instâncias colegiadas do Sistema Único de Saúde previstas na Lei Federal 8.142/90:
a) Conferência de Saúde e Conselho de Saúde.
b) Conselho de Saúde e Câmara Técnica de Saúde.
c) Conselho de Saúde e Colegiado Gestor de Saúde.
d) Conferência de Saúde e Câmara Técnica de Saúde.

QUESTÃO 27
Segundo a Lei Federal 8.142/90, para que os municípios recebam repasses de recursos, deverão contar
com:
a) Relatório de Gestão e Conferência Municipal de Educação.
b) Conselho Municipal de Saúde e Fundo Municipal de Saúde.
c) Relatório de Gestão e Sindicato dos Trabalhadores da Saúde.
d) Conselho Municipal de Saúde e Sindicato dos Trabalhadores da Saúde.

QUESTÃO 28
A Constituição Federal de 1988 deu um importante passo na garantia do direito à saúde com a criação do
Sistema Único de Saúde (SUS). São princípios que norteiam o SUS: Assinale a alternativa CORRETA:
a) Participação dos planos de saúde na integralidade do Sistema Único de Saúde.
b) Participação do governo federal na criação dos Conselhos Municipais de Saúde.
c) Atendimento integral, com prioridade para o atendimento às doenças de notificação compulsória.
d) Acesso universal, ou seja, todo cidadão tem direito de ser atendido, de forma gratuita, nos serviços
públicos de saúde.

QUESTÃO 29
Baseado na Política Nacional de Humanização / HumanizaSUS do Ministério da Saúde, o conceito que
melhor se aplica à GESTÃO PARTICIPATIVA é:
a) Gestão centrada no trabalho pactuado entre os trabalhadores e as entidades de classe.
b) Gestão centrada no trabalho em equipe e na construção coletiva do planejamento e da execução das
ações de saúde.
c) Gestão centrada no trabalho coletivo, valorizando os trabalhadores, os usuários e os membros do
governo, que têm prioridades no acesso aos serviços de saúde.
d) Colegiado Gestor cuja função dos responsáveis pelo trabalho numa instituição de saúde é elaborar
projeto, atuar no processo de trabalho da unidade e punir os envolvidos nas fraudes decorrentes da
realização de processos ilícitos no âmbito federal.
QUESTÃO 30
Com a criação do SUS, a participação da comunidade na fiscalização e controle das ações de saúde passa
a ser ampliada a partir da:
a) criação do Conselho de Secretários de Saúde.
b) criação do Programa de Saúde da Família.
c) Lei 8.142.
d) Lei 6.242.

QUESTÃO 31
Ao realizar uma radiografia, um técnico de radiologia percebeu que sua máquina fotográfica convencional e
os filmes fotográficos estavam no mesmo local que o aparelho de raios X. Esse profissional:
a) não se preocupou com os filmes fotográficos, pois se sabe que atualmente a radiação sensibiliza apenas
filmes radiográficos.
b) descartou os filmes fotográficos, pois os mesmos podem ter sido sensibilizados e isolou sua máquina
fotográfica com chumbo, pois a mesma estava emitindo radiação.
c) descartou os filmes fotográficos, pois os mesmos podem ter sido sensibilizados, e assim que colocar
outro filme fotográfico na máquina, poderá utilizá-la normalmente.
d) não se preocupou com os filmes fotográficos, pois se sabe que a radiação sensibiliza apenas filmes
radiográficos, porém isolou sua máquina fotográfica com chumbo, pois a mesma estava emitindo radiação.

QUESTÃO 32
Foi constatado que o feixe útil de radiação de um aparelho utilizado para radiodiagnóstico apresentava-se
demasiadamente divergente e contendo radiação com comprimento de onda variando de 0,1 a 100A.
Qual(is) componente(s) apresenta(m)-se com problema(s)?
a) Ampola de raios X.
b) Colimador e filtro de alumínio.
c) Colimador e ampola de raios X.
d) Ampola de raios X e filtro de alumínio.

QUESTÃO 33
Em relação à absorção fotoelétrica, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) O fóton colide com elétrons, removendo-os.
b) Após a colisão, o fóton incidente deixa de existir.
c) O fóton incidente colide com um elétron das camadas mais externas.
d) O fotoelétron é responsável pela maioria das interações de ionização nos tecidos.

QUESTÃO 34
No processamento radiográfico, qual a substância responsável pelo detalhe radiográfico?
a) Elon. c) Alúmen de Potássio.
b) Hidroquinona. d) Hipossulfito de Sódio.

QUESTÃO 35
A redução de dose de radiação X do filme periapical de sensibilidade E para o filme periapical de
sensibilidade EF, no processamento automático, é de:
a) 0%. c) 50%.
b) 25%. d) 75%.

QUESTÃO 36
Qual será a conseqüência na imagem radiográfica quando o profissional NÃO promove a remoção total do
hipossulfito de sódio da película radiográfica?
a) Mancha Verde.
b) Mancha Branca.
c) Mancha Escura.
d) Manchas Amarelas.
QUESTÃO 37
Sabe-se que a radiação secundária é responsável pelo Véo ou Fog na radiografia. Atualmente, qual(is)
é(são) a(s) fonte(s) de radiação secundária na execução de qualquer técnica radiográfica que consegue
sensibilizar o filme radiográfico?
a) Tecido mole do paciente.
b) Tecido mole do paciente e filtro de alumínio.
c) Tecido mole do paciente e cone localizador.
d) Tecido mole do paciente, filtro de alumínio e cone localizador.

QUESTÃO 38
A radiação ionizante pode promover várias alterações celulares, EXCETO:
a) Alterações morfológicas.
b) Alterações na fisiologia celular.
c) Alterações na permeabilidade celular.
d) Desintegrações das mitocôndrias e ribossomos.

QUESTÃO 39
São fatores que influenciam para o desenvolvimento dos efeitos somáticos, EXCETO:
a) Dose.
b) Sexo do indivíduo.
c) Idade do indivíduo.
d) Tipo de radiação utilizada.

QUESTÃO 40
Sobre as vantagens e desvantagens da radiografia panorâmica, é INCORRETO afirmar:
a) Não se deve realizar mensurações na radiografia panorâmica, devido ao encurtamento das imagens dos
maxilares.
b) A radiografia panorâmica apresenta falta de nitidez, sendo necessária complementação radiográfica.
c) O paciente recebe dose de radiação relativamente baixa, 1/10 da dose total de um exame intrabucal.
d) A radiografia panorâmica abrange várias estruturas anatômicas em um único filme.

QUESTÃO 41
Atualmente, temos outras unidades de radiações, sendo múltiplos dos antigos conceitos. Assinale a
afirmativa INCORRETA:
a) A unidade de absorção rad foi substituída pelo Gray (Gy).
b) A unidade de exposição R foi substituída pelo Coulomb/kg.
c) A unidade de mensuração rem foi substituída pelo Sievert (Sv).
d) 1R = 1rad = 1rem no uso das radiações no tratamento Oncológico.

QUESTÃO 42
Qual a técnica indicada para avaliação de fraturas ou luxações na região do fêmur proximal em situações
traumáticas de quadril, quando a perna afetada NÃO pode ser movida?
a) Método de Judet.
b) Método de Danelius-Miller.
c) Método de Cleaves Modificado.
d) Método de Clements-Nakayama.

QUESTÃO 43
Qual a radiografia convencional mais indicada para a pesquisa de fratura na maxila de um paciente
inconsciente que sofreu um acidente automobilístico?
a) PA de Waters.
b) AP de Towne.
c) Towne Reversa.
d) Tomografia Computadorizada.
QUESTÃO 44
No posicionamento correto do paciente nas radiografias periapicais dos dentes superiores, devemos ter:
a) O plano sagital mediano paralelo ao plano horizontal e o plano de Frankfurt perpendicular ao plano
horizontal.
b) O plano sagital mediano paralelo ao plano horizontal e o plano de Camper perpendicular ao plano
horizontal.
c) O plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal e o plano de Camper paralelo ao plano
horizontal.
d) O plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal e o plano de Frankfurt paralelo ao plano
horizontal.

QUESTÃO 45
Para a realização de uma radiografia oclusal parcial de canino da maxila, devem-se utilizar os seguintes
ângulos:
a) 65º angulação vertical, 0º angulação horizontal.
b) 45º angulação vertical, 0º angulação horizontal.
c) 45º angulação vertical, 45º angulação horizontal.
d) 65º angulação vertical, 45º angulação horizontal.

QUESTÃO 46
Na anatomia de mão e punho, todas as epífises dos metacarpos se localizam por distal, EXCETO:
a) metacarpo I.
b) metacarpo II.
c) metacarpo III.
d) metacarpo V.

QUESTÃO 47
Na incidência AP axial para clavícula, como se deve orientar o Raio Central?
a) 10o a 15o no sentido cefálico em relação à região central da clavícula.
b) 10o a 15o caudalmente, centralizado na clavícula.
c) 15o a 30o no sentido cefálico em relação à região central da clavícula.
d) 15o a 30o caudalmente, centralizado na clavícula.

QUESTÃO 48
Quando se observa na radiografia de coluna cervical e torácica o corpo vertebral em forma de cunha na
incidência lateral e espaçamento irregular na incidência AP, possívelmente estamos diante de uma:
a) Fratura por compressão.
b) Fratura do enforcado.
c) Fratura do padejador de barro.
d) Fratura de Jefferson.

QUESTÃO 49
Segundo a Portaria 453/1998, qual o valor mínimo de camada semi-redutora quando a tensão do tubo
máxima de operação é de 90 kVp com rendimento de um sistema com gerador trifásico?
a) 2,5. c) 3,0.
b) 2,6. d) 3,2.

QUESTÃO 50
Nas incidências Tangenciais (axial ou nascente) para patela, no método de Settegast, o paciente
apresenta-se posicionado em:
a) decúbito dorsal, flexão do joelho a 10o.
b) decúbito dorsal, flexão do joelho a 45o.
c) decúbito ventral, flexão do joelho a 55o.
d) decúbito ventral, flexão do joelho a 90o.

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