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Antigamente existia a polêmica entre as placas com ou sem componentes onboard. Hoje em
dia isso não existe mais, pois todas as placas vêm com som e rede onboard. Apenas alguns
modelos não trazem vídeo onboard, atendendo ao público que vai usar uma placa 3D
offboard e prefere uma placa mais barata ou com mais slots PCI do que com o vídeo
onboard que, de qualquer forma, não vai usar.
O soquete (ou slot) para o processador é a principal característica da placa-mãe, pois indica
com quais processadores ela é compatível. Você não pode instalar um Athlon X2 em uma
placa soquete A (que é compatível com os antigos Athlons, Durons e Semprons antigos),
nem muito menos encaixar um Sempron numa placa soquete 478, destinada aos Pentium 4
e Celerons antigos. O soquete é na verdade apenas um indício de diferenças mais
"estruturais" na placa, incluindo o chipset usado, o layout das trilhas de dados, etc. É preciso
desenvolver uma placa quase que inteiramente diferente para suportar um novo
processador.
Existem dois tipos de portas para a conexão do HD: as portas IDE tradicionais, de 40 pinos
(chamadas de PATA, de "Parallel ATA") e os conectores SATA (Serial ATA), que são muito
menores. Muitas placas recentes incluem um único conector PATA e quatro conectores
SATA. Outras incluem as duas portas IDE tradicionais e dois conectores SATA, e algumas
já passam a trazer apenas conectores SATA, deixando de lado os conectores antigos.
Existem ainda algumas placas "legacy free", que eliminam também os conectores para o
drive de disquete, portas seriais e porta paralela, incluindo apenas as portas USB. Isso
permite simplificar o design das placas, reduzindo o custo de produção para o fabricante.
Embora quase sempre relegada a último plano, a fonte é outro componente essencial num
PC atual. Com a evolução das placas de vídeo e dos processadores, os PCs consomem
cada vez mais energia. Na época dos 486, as fontes mais vendidas tinham 200 watts ou
menos, enquanto as atuais têm a partir de 450 watts. Existem ainda fontes de maior
capacidade, especiais para quem quer usar duas placas 3D de ponta em SLI, que chegam a
oferecer 1000 watts!
Micro montado
Evite comprar fontes muito baratas e, ao montar um micro mais parrudo, invista numa fonte
de maior capacidade.
Não se esqueça também do aterramento, que é outro fator importante, mas freqüentemente
esquecido. O fio terra funciona como uma rota de fuga para picos de tensão provenientes da
rede elétrica. A eletricidade flui de uma forma similar à água: vai sempre pelo caminho mais
fácil. Sem ter para onde ir, um raio vai torrar o estabilizador, a fonte de alimentação e, com
um pouco mais de azar, a placa-mãe e o resto do micro. O fio terra evita isso, permitindo
que a eletricidade escoe por um caminho mais fácil, deixando todo o equipamento intacto.
O fio terra é simplesmente uma barra de cobre com dois a três metros de comprimento, que
é cravada no solo, no meio de um buraco de 20 cm de largura, preenchido com sal grosso e
carvão. Naturalmente, instalar o terra é trabalho para o eletricista, já que um aterramento
mal feito pode ser mais prejudicial que não ter aterramento algum. Não acredite em
crendices como usar um prego fincado na parede ou um cano metálico como aterramento.
Nas grandes cidades, é relativamente raro que os micros realmente queimem por causa de
raios, pois os transformadores e disjuntores oferecem uma proteção razoável. Mas,
pequenos picos de tensão são responsáveis por pequenos danos nos pentes de memória e
outros componentes sensíveis, danos que se acumulam, comprometendo a estabilidade e
abreviando a vida útil do equipamento. A longo prazo, o investimento na instalação do terra
e melhorias na instalação elétrica acabam se pagando com juros, principalmente se você
tem mais de um micro.
AT
AT é a sigla para (Advanced Technology). Trata-se de um tipo de placa-mãe já antiga. Seu
uso foi constante de 1983 até 1996. Um dos fatos que contribuíram para que o padrão AT
deixasse de ser usado (e o ATX fosse criado), é o espaço interno reduzido, que com a
instalação dos vários cabos do computador (flat cable, alimentação), dificultavam a
circulação de ar, acarretando, em alguns casos danos permanentes à máquina devido ao
super aquecimento. Isso exigia grande habilidade do técnico montador para aproveitar o
espaço disponível da melhor maneira. Além disso, o conector de alimentação da fonte AT,
que é ligado à placa-mãe, é composto por dois plugs semelhantes (cada um com seis
pinos), que devem ser encaixados lado a lado, sendo que os fios de cor preta de cada um
devem ficar localizados no meio. Caso esses conectores sejam invertidos e a fonte de
alimentação seja ligada, a placa-mãe será fatalmente queimada. Com o padrão AT, é
necessário desligar o computador pelo sistema operacional, aguardar um aviso de que o
computador já pode ser desligado e clicar no botão "Power" presente na parte frontal do
gabinete. Somente assim o equipamento é desligado. Isso se deve a uma limitação das
fontes AT, que não foram projetadas para fazer uso do recurso de desligamento automático
Os modelos AT geralmente são encontrados com slots ISA, EISA, VESA nos primeiro
modelos e, ISA e PCI nos mais novos AT (chamando de baby AT quando a placa-mãe
apresenta um tamanho mais reduzido que os dos primeiros modelos AT). Somente um
conector "soldado" na própria placa-mãe, que no caso, é o do teclado que segue o padrão
DIN e o mouse utiliza a conexão serial. Posição dos slots de memória RAM e socket de
CPU sempre em uma mesma região na placa-mãe, mesmo quando placas de fabricantes
ATX
ATX é a sigla para (Advanced Technology Extended). Pelo nome, é possível notar que trata-
se do padrão AT aperfeiçoado. Um dos principais desenvolvedores do ATX foi a Intel. O
objetivo do ATX foi de solucionar os problemas do padrão AT (citados anteriormente), o
padrão apresenta uma série de melhoras em relação ao anterior. Atualmente todos os
computadores novos vêm baseados neste padrão. Entre as principais características do
ATX, estão:
Painel ATX
O componente básico da placa mãe é o PCB, a placa de circuito impresso onde são
soldados os demais componentes. Embora apenas duas faces sejam visíveis, o PCB da
placa mãe é composta por um total de 4 a 10 placas (totalizando de 8 a 20 faces!). Cada
uma das placas possui parte das trilhas necessárias e elas são unidas através de pontos de
solda estrategicamente posicionados. Ou seja, embora depois de unidas elas aparentem ser
uma única placa, temos na verdade um sanduíche de várias placas.
Como o PCB é um dos componentes de mais baixa tecnologia, é comum que a produção
seja terceirizada para países como a China, onde a mão de obra é mais barata. É por isso
que muitas placas mãe possuem um "made in China" decalcado em algum lugar da placa,
mesmo que as demais etapas de produção tenham sido realizadas em outro lugar.
A maior parte dos componentes da placa, incluindo os resistores, MOSFETs e chips em
geral utilizam solda de superfície, por isso é muito difícil substituí-los manualmente, mesmo
que você saiba quais são os componentes defeituosos.
Depois que todos os componentes são encaixados, a placa passa por um uma câmara de
vapor, que faz com que os pontos de solda derretam e os componentes sejam fixados,
todos de uma vez.
Você pode diferenciar os resistores dos capacitores que aparecem na foto pela cor. Os
resistores são escuros e possuem números decalcados, enquanto os capacitores são de
uma cor clara. Estes pequenos capacitores são sólidos, compostos de um tipo de cerâmica.
Outros componentes, como os slots, capacitores e a maior parte dos conectores utilizam o
sistema tradicional, onde os contatos são encaixados em perfurações feitas na placa e a
solta é feita na parte inferior. Na maioria dos casos, eles são instalados manualmente, por
operários. É por isso que a maioria das fábricas de placas são instaladas em países da Ásia,
onde a mão de obra é barata. No final da produção, a placa mãe passa por mais uma
máquina de solda, que fixa todos os componentes com contatos na parte inferior de uma só
vez.
A fim de diferenciar seus produtos, cada vez mais fabricantes adotam cores alternativas no
PCB das placas, como preto, azul, ou até mesmo vermelho, fugindo do verde tradicional. A
cor tem apenas efeito decorativo, não é um indicador da qualidade da placa. Em muitos
casos, o acabamento colorido acaba encarecendo o custo de produção, mas isso é
problema do fabricante, não nosso.
Da mesma forma como a cor da placa, a cor dos slots pode variar. Os slots PCI, que são
originalmente brancos, podem ser azuis numa placa da ECS ou amarelos numa DFI, por
exemplo. As placas coloridas podem ser usadas para criar um visual diferente ao fazer um
casemod.
Continuando, existe uma regra geral de que, quanto mais baixa for temperatura de
funcionamento, mais tempo os componentes dos PCs tendem a durar. De uma forma geral,
um PC onde a temperatura dentro do gabinete seja de 35°C tente a apresentar menos
defeitos e problemas de instabilidade e durar mais do que um onde a temperatura seja de
45°C, por exemplo.
Ao contrário de chips BGA e outros componentes que usam solda de superfície, os contatos
dos capacitores são soldados na parte inferior da placa. Embora trabalhoso, é possível
substituir capacitores estufados ou em curto usando um simples ferro de solda, permitindo
consertar, ou estender a vida útil da placa.
Atualmente, cada vez mais fabricantes estão passando a oferecer placas com capacitores
de estado sólido, que, embora mais caros, são muito mais duráveis que os capacitores
eletrolíticos. Como o uso deles aumenta em até US$ 10 o custo de produção da placa (o
que acaba causando um aumento de 20% ou mais no preço final) eles são oferecidos
apenas em placas "premium", desenvolvidas para o público entusiasta. Com o passar do
tempo, entretanto, o uso tende a se tornar mais comum.
Os capacitores de estado sólido podem ser diferenciados dos eletrolíticos facilmente, pois
são mais compactos e possuem um encapsulamento inteiriço:
Por definição, o BIOS é um software, mas, como de praxe, ele fica gravado em um chip
espetado na placa mãe. Na grande maioria dos casos, o chip combina uma pequena
quantidade de memória Flash (256, 512 ou 1024 KB), o CMOS, que é composto por de 128
a 256 bytes de memória volátil e o relógio de tempo real. Nas placas antigas era utilizado
um chip DIP, enquanto nas atuais é utilizado um chip PLCC (plastic leader chip carrier), que
é bem mais compacto:
A mesma bateria alimenta também o relógio de tempo real (real time clock), que, apesar do
nome pomposo, é um relógio digital comum, que é o responsável por manter atualizada a
hora do sistema, mesmo quando o micro é desligado.
Se você prestou atenção nos três parágrafos anteriores, deve estar se perguntando por que
as configurações do Setup não são armazenadas diretamente na memória Flash, ao invés
de usar o CMOS, que é volátil. Isto seria perfeitamente possível do ponto de vista técnico,
mas a idéia de usar memória volátil para guardar as configurações é justamente permitir que
você possa zerar as configurações do Setup (removendo a bateria, ou mudando a posição
do jumper) em casos onde o micro deixar de inicializar por causa de alguma configuração
incorreta.
Um caso clássico é tentar fazer um overclock muito agressivo e o processador passar a
travar logo no início do boot, sem que você tenha chance de entrar no setup e desfazer a
alteração. Atualmente basta zerar o setup para que tudo volte ao normal, mas, se as
configurações fossem armazenadas na memória Flash, a coisa seria mais complicada.
Para zerar o CMOS, você precisa apenas cortar o fornecimento de energia para ele.
Existem duas formas de fazer isso. A primeira é (com o micro desligado) remover a bateria
da placa mãe e usar uma moeda para fechar um curto entre os dois contatos da bateria
durante 15 segundos. Isso garante que qualquer carga remanescente seja eliminada e o
CMOS seja realmente apagado. A segunda é usar o jumper "Clear CMOS", que fica sempre
posicionado próximo à bateria. Ele possui duas posições possíveis, uma para uso normal e
outra para apagar o CMOS ("discharge", ou "clear CMOS"). Basta mudá-lo de posição
durante 15 segundos e depois recolocá-lo na posição original.
Uma dica é que muitas placas vêm de fábrica com o jumper na posição "discharge", para
evitar que a carga da bateria seja consumida enquanto a placa fica em estoque. Ao montar
o micro, você precisa se lembrar de verificar e, caso necessário, mudar a posição do jumper,
caso contrário a placa não funciona, ou exibe uma mensagem de erro durante o boot e não
salva as configurações do Setup.
Como todo software, o BIOS possui bugs, muitos por sinal. De tempos em tempos, os
fabricantes disponibilizam versões atualizadas, corrigindo problemas, adicionando
compatibilidade com novos processadores (e outros componentes) e, em alguns casos,
adicionando novas opções de configuração no Setup. É muito comum que você precise
atualizar o BIOS da placa para que ela funcione em conjunto com novos processadores, de
fabricação mais recente que a placa mãe.
Por exemplo, uma Asus K8N4-E SE que testei tinha um problema estranho com a placa de
rede, que parava de funcionar aleatoriamente depois de algumas horas de uso contínuo,
que foi solucionado com a atualização do BIOS da versão 0106 para a 0110.
Muitos fabricantes ainda disponibilizam disquetes de boot, contendo uma versão reduzida
do FreeDOS ou MS-DOS, mas muitos já passaram a disponibilizar CDs de boot (basta
gravar a imagem .iso usando o Nero, K3B ou outro programa de gravação e dar boot), o que
elimina a necessidade de ter que instalar um drive de disquetes na máquina só para poder
atualizar o BIOS.
Uma idéia nova, que foi inaugurada pela Asus e vem sendo adotada por cada vez mais
fabricantes é incluir o utilitário de atualização diretamente no próprio BIOS. Neste caso, você
só precisa pressionar uma combinação de teclas durante o boot e indicar a localização do
arquivo de atualização. Na maioria das placas, ele precisa ser gravado num disquete ou CD-
ROM (você precisa queimar um CD, colocando o arquivo no diretório raiz), mas algumas já
suportam também o uso de pendrives e cartões de memória instalados com a ajuda de um
adaptador USB.
Atualização de BIOS
A maioria das placas atuais incorpora sistemas de proteção, que protegem áreas essenciais
do BIOS, de forma que, mesmo que acabe a energia no meio da atualização, ou você tente
gravar o arquivo errado, a placa ainda preservará as funções necessárias para que você
consiga reabrir o programa de gravação e terminar o serviço. Em alguns casos, a placa
chega a ver com um "BIOS de emergência", um chip extra, com uma cópia do BIOS original,
que você pode instalar na placa em caso de problemas.
Placas antigas não possuem estas camadas de proteção, de forma que um upgrade mal
sucedido podia realmente inutilizar a placa. Nestes casos, a solução era remover o chip e
levá-lo a alguém que tivesse um gravador de EEPROM. Depois de regravado, o chip era
Um truque muito usado nestes casos era usar uma placa mãe igual, ou pelo menos de
modelo similar para regravar o BIOS da placa danificada. Nestes casos, você dava boot com
o disquete ou CD de atualização (na placa boa), removia o chip com o BIOS e instalava no
lugar o chip da placa danificada (com o micro ligado), dando prosseguimento ao processo
de regravação. Desta forma, você usava a placa "boa" para regravar o BIOS da placa "ruim".
Naturalmente, a troca precisava se feita com todo o cuidado, já que um curto nos contatos
podia inutilizar a placa mãe.
Concluindo, existem também programas de gravação para Windows, que são incluídos nos
CDs de drivers de muitas placas. Eles são mais fáceis de usar, mas fazer a atualização
através deles é considerado menos seguro, já que, dentro do Windows e com outros
programas e serviços rodando, a possibilidade de algo inesperado acontecer é maior.
Hoje em dia, a maioria dos dispositivos incluindo o HD, DVD, placa wireless, placa de vídeo
possuem um software de inicialização, similar ao BIOS da placa mãe. Ele pode ser gravado
diretamente no dispositivo, em um chip de memória Flash, ou mesmo algum tipo de
memória ROM, ou ser incorporado ao driver. Esta segunda solução vem sendo cada vez
mais adotada pelos fabricantes, pois permite eliminar o chip de memória, reduzindo o custo.
É por isso que, muitas vezes (sobretudo ao tentar ativar sua placa wireless ou scanner no
Linux), você precisa baixar, além do driver ou módulo necessário, também os arquivos que
compõe o firmware da placa.