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:Geraldo Meira

NORMAS E
LEGISLAÇÕES
APLICÁVEIS

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Prof.:Geraldo Meira

CPC – Código do Processo Civil


(Artigos Aplicáveis à Perícia Contábil)

CAPÍTULO II
DOS DEVERES DAS PARTES E DOS SEUS PROCURADORES
Seção III
Das Despesas e das Multas

Art. 19 - Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita,


cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ou
requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início
até sentença final; e bem ainda, na execução, até a plena
satisfação do direito declarado pela sentença.
§ 1º - O pagamento de que trata este artigo será feito por
ocasião de cada ato processual.
§ 2º - Compete ao autor adiantar as despesas relativas a atos,
cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento
do Ministério Público.
Art. 20 - A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as
despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Essa verba
honorária será devida, também, nos casos em que o advogado
funcionar em causa própria.
§ 1º - O juiz, ao decidir qualquer incidente ou recurso,
condenará nas despesas o vencido.
§ 2º - As despesas abrangem não só as custas dos atos do
processo, como também a indenização de viagem, diária de
testemunha e remuneração do assistente técnico.
§§ 4º, 5º

Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que


houver indicado; a do perito será paga pela parte que houver
requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as
partes ou determinado de ofício pelo juiz.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a parte responsável
pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor
correspondente a essa remuneração. O numerário, recolhido em
depósito bancário à ordem do juízo e com correção monetária, será
entregue ao perito após a apresentação do laudo, facultada a sua
liberação parcial, quando necessária. (Incluído pela Lei nº.
8.952, de 13.12.1994).

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CAPÍTULO II
DO JUIZ
Seção II
Dos Impedimentos e da Suspeição

Art. 134 - É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo


contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como
perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou
depoimento como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe
proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o
seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em
linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma
das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro
grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa
jurídica, parte na causa.
Parágrafo único - No caso do nº IV, o impedimento só se
verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da
causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim
de criar o impedimento do juiz.
Art. 135 - Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz,
quando:
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu
cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral
até o terceiro grau;
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma
das partes;

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IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo;


aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou
subministrar meios para atender às despesas do litígio;
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das
partes.
Parágrafo único - Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por
motivo íntimo.
Art. 136 - Quando dois ou mais juízes forem parentes,
consangüíneos ou afins, em linha reta e no segundo grau na linha
colateral, o primeiro, que conhecer da causa no tribunal, impede
que o outro participe do julgamento; caso em que o segundo se
escusará, remetendo o processo ao seu substituto legal.
Art. 137 - Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição aos
juízes de todos os tribunais. O juiz que violar o dever de
abstenção, ou não se declarar suspeito, poderá ser recusado por
qualquer das partes (art. 304).

Art. 138 - Aplicam-se também os motivos de impedimento e de


suspeição:

I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e,


sendo parte, nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135;

II - ao serventuário de justiça;

III - ao perito;

IV - ao intérprete.

§ 1o A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a


suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na
primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos; o
juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão
da causa, ouvindo o argüido no prazo de 5 (cinco) dias,
facultando a prova quando necessária e julgando o pedido.

§ 2o Nos tribunais caberá ao relator processar e julgar o


incidente.

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CAPÍTULO V
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Seção II
Do Perito

Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico


ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo o
disposto no art. 421.
§ 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível
universitário, devidamente inscrito no órgão de classe competente,
respeitado o disposto no Capítulo VI, seção VII, deste Código.
(Incluído pela Lei nº. 7.270, de 10.12.1984).
§ 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria
sobre que deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional
em que estiverem inscritos. (Incluído pela Lei nº. 7.270, de
10.12.1984).
§ 3o Nas localidades onde não houver profissionais
qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos
anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz.
(Incluído pela Lei nº. 7.270, de 10.12.1984).

Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que


Lhe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode, todavia,
escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco)
dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob
pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423).
(Redação dada pela Lei nº. 8.455, de 24.8.1992).

Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações


inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará
inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e
incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer. (Ver CP art. 342)

DAS PROVAS

OBS.; Os artigos 332 a 419, em especial as seções I, IV e V, abordam


procedimentos legais voltados à fase instrutória ou probatória do processo,
sendo, portanto, relevante o estudo dos mesmos para melhor entendimento
do instituto da prova judicial.

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SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos,


ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a
verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.

Art. 333. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;


II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor.

Parágrafo único - É nula a convenção que distribui de maneira


diversa o ônus da prova quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;


II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do
direito.

Art. 334. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte
contrária;
III - admitidos, no processo, como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de
veracidade.

Art. 335. Em falta de normas jurídicas particulares, o juiz


aplicará as regras de experiência comum subministradas pela
observação do que ordinariamente acontece e ainda as regras da
experiência técnica, ressalvado, quanto a esta, o exame pericial.

Art. 336. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem


ser produzidas em audiência.
Parágrafo único - Quando a parte, ou a testemunha, por
enfermidade, ou por outro motivo relevante, estiver
impossibilitada de comparecer à audiência, mas não de prestar
depoimento, o juiz designará, conforme as circunstâncias, dia,
hora e lugar para inquiri-la.

Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual,


estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência,
se assim o determinar o juiz.

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Art. 338. A carta precatória e a carta rogatória suspenderão o


processo, no caso previsto na alínea b do inciso IV do art. 265
desta Lei, quando, tendo sido requeridas antes da decisão de
saneamento, a prova nelas solicitada apresentar-se imprescindível.
Parágrafo único - A carta precatória e a carta rogatória, não
devolvidas dentro do prazo ou concedidas sem efeito suspensivo,
poderão ser juntas aos autos até o julgamento final.

Art. 339. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder


Judiciário para o descobrimento
da verdade.

Art. 340. Além dos deveres enumerados no art. 14, compete à parte:

I - comparecer em juízo, respondendo ao que Ihe for


interrogado;
II - submeter-se à inspeção judicial, que for julgada
necessária;
III - praticar o ato que Ihe for determinado.

Art. 341 - Compete ao terceiro, em relação a qualquer pleito:

I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias, de que


tenha conhecimento;
II - exibir coisa ou documento, que esteja em seu poder.

SEÇÃO IV
DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA

Art. 355. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou


coisa, que se ache em seu poder.

Art. 356. O pedido formulado pela parte conterá:

I - a individuação, tão completa quanto possível, do


documento ou da coisa;
II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se
relacionam com o documento ou a coisa;
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para
afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder
da parte contrária.

Art. 357. O requerido dará a sua resposta nos 5 (cinco) dias


subseqüentes à sua intimação. Se afirmar que não possui o
documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por
qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.

Art. 358. O juiz não admitirá a recusa:

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I - se o requerido tiver obrigação legal de exibir;


II - se o requerido aludiu ao documento ou à coisa, no
processo, com o intuito de constituir prova;
III - se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.

Art. 359. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os


fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia
provar:

I - se o requerido não efetuar a exibição, nem fizer qualquer


declaração no prazo do art. 357;
II - se a recusa for havida por ilegítima.

Art. 360. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de


terceiro, o juiz mandará citá-lo para responder no prazo de 10
(dez) dias.

Art. 361. Se o terceiro negar a obrigação de exibir, ou a posse do


documento ou da coisa, o juiz designará audiência especial,
tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário,
de testemunhas; em seguida proferirá a sentença.

Art. 362. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a


exibição, o juiz lhe ordenará que proceda ao respectivo depósito
em cartório ou noutro lugar designado, no prazo de 5 (cinco) dias,
impondo ao requerente que o embolse das despesas que tiver; se o
terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão,
requisitando, se necessário, força policial, tudo sem prejuízo da
responsabilidade por crime de desobediência.

Art. 363. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o


documento ou a coisa:

I - se concernente a negócios da própria vida da família;


II - se a sua apresentação puder violar dever de honra;
III - se a publicidade do documento redundar em desonra à
parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consangüíneos
ou afins até o terceiro grau; ou lhes representar perigo de
ação penal;
IV - se a exibição acarretar a divulgação de fatos, a cujo
respeito, por estado ou profissão, devam guardar segredo;
V - se subsistirem outros motivos graves que, segundo o
prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição.
Parágrafo único - Se os motivos de que tratam os ns. I a V
disserem respeito só a uma parte do conteúdo do documento, da
outra se extrairá uma suma para ser apresentada em juízo.

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SEÇÃO V
DA PROVA DOCUMENTAL
SUBSEÇÃO I
DA FORÇA PROBANTE DOS DOCUMENTOS

Art. 364. O documento público faz prova não só da sua formação,


mas também dos fatos que o escrivão, o tabelião, ou o funcionário
declarar que ocorreram em sua presença.

Art. 365. Fazem a mesma prova que os originais:

I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do


protocolo das audiências, ou de outro livro a cargo do
escrivão, sendo extraídas por ele ou sob sua vigilância e por
ele subscritas;
II - os traslados e as certidões extraídas por oficial
público, de instrumentos ou documentos lançados em suas
notas;
III - as reproduções dos documentos públicos, desde que
autenticadas por oficial público ou conferidas em cartório,
com os respectivos originais;
IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo
judicial declaradas autênticas pelo próprio advogado sob sua
responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a
autenticidade;
V - os extratos digitais de bancos de dados, públicos e
privados, desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas
da lei, que as informações conferem com o que consta na
origem;
VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento,
público ou particular, quando juntados aos autos pelos órgãos
da Justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus
auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas
em geral e por advogados públicos ou privados, ressalvada a
alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou
durante o processo de digitalização.
§ 1º Os originais dos documentos digitalizados, mencionados
no inciso VI do caput deste artigo, deverão ser preservados
pelo seu detentor até o final do prazo para interposição de
ação rescisória.
§ 2º Tratando-se de cópia digital de título executivo
extrajudicial ou outro documento relevante à instrução do
processo, o juiz poderá determinar o seu depósito em cartório
ou secretaria.

Art. 366. Quando a lei exigir, como da substância do ato, o


instrumento público, nenhuma outra prova, por mais especial que
seja, pode suprir-lhe a falta.

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Art. 367. O documento, feito por oficial público incompetente, ou


sem a observância das formalidades legais, sendo subscrito pelas
partes, tem a mesma eficácia probatória do documento particular.

Art. 368. As declarações constantes do documento particular,


escrito e assinado, ou somente assinado, presumem-se verdadeiras
em relação ao signatário.
Parágrafo único - Quando, todavia, contiver declaração de ciência,
relativa a determinado fato, o documento particular prova a
declaração, mas não o fato declarado, competindo ao interessado em
sua veracidade o ônus de provar o fato.

Art. 369. Reputa-se autêntico o documento, quando o tabelião


reconhecer a firma do signatário, declarando que foi aposta em sua
presença.

Art. 370. A data do documento particular, quando a seu respeito


surgir dúvida ou impugnação entre os litigantes, provar-se-á por
todos os meios de direito. Mas, em relação a terceiros,
considerar-se-á datado o documento particular:

I - no dia em que foi registrado;


II - desde a morte de algum dos signatários;
III - a partir da impossibilidade física, que sobreveio a
qualquer dos signatários;
IV - da sua apresentação em repartição pública ou em juízo;
V - do ato ou fato que estabeleça, de modo certo, a
anterioridade da formação do documento.

Art. 371. Reputa-se autor do documento particular:

I - aquele que o fez e o assinou;


II - aquele, por conta de quem foi feito, estando assinado;
III - aquele que, mandando compô-lo, não o firmou, porque,
conforme a experiência comum, não se costuma assinar, como
livros comerciais e assentos domésticos.

Art. 372. Compete à parte, contra quem foi produzido documento


particular, alegar no prazo estabelecido no art. 390, se Ihe
admite ou não a autenticidade da assinatura e a veracidade do
contexto; presumindo-se, com o silêncio, que o tem por verdadeiro.
Parágrafo único - Cessa, todavia, a eficácia da admissão expressa
ou tácita, se o documento houver sido obtido por erro, dolo ou
coação.

Art. 373. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo


anterior, o documento particular, de cuja autenticidade se não

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duvida, prova que o seu autor fez a declaração, que Ihe é


atribuída.
Parágrafo único - O documento particular, admitido expressa ou
tacitamente, é indivisível, sendo defeso à parte, que pretende
utilizar-se dele, aceitar os fatos que Ihe são favoráveis e
recusar os que são contrários ao seu interesse, salvo se provar
que estes se não verificaram.

Art. 374. O telegrama, o radiograma ou qualquer outro meio de


transmissão tem a mesma força probatória do documento particular,
se o original constante da estação expedidora foi assinado pelo
remetente.
Parágrafo único - A firma do remetente poderá ser reconhecida pelo
tabelião, declarando-se essa circunstância no original depositado
na estação expedidora.

Art. 375. O telegrama ou o radiograma presume-se conforme com o


original, provando a data de sua expedição e do recebimento pelo
destinatário.

Art. 376. As cartas, bem como os registros domésticos, provam


contra quem os escreveu quando:

I - enunciam o recebimento de um crédito;


II - contêm anotação, que visa a suprir a falta de título em
favor de quem é apontado como credor;
III - expressam conhecimento de fatos para os quais não se
exija determinada prova.

Art. 377. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de


documento representativo de obrigação, ainda que não assinada, faz
prova em benefício do devedor.
Parágrafo único - Aplica-se esta regra tanto para o documento, que
o credor conservar em seu poder, como para aquele que se achar em
poder do devedor.

Art. 378. Os livros comerciais provam contra o seu autor. É lícito


ao comerciante, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos
em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos
fatos.

Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisitos


exigidos por lei, provam também a favor do seu autor no litígio
entre comerciantes.

Art. 380. A escrituração contábil é indivisível: se dos fatos que


resultam dos lançamentos, uns são favoráveis ao interesse de seu
autor e outros Ihe são contrários, ambos serão considerados em
conjunto como unidade.

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Art. 381. O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, a exibição


integral dos livros comerciais e dos documentos do arquivo:

I - na liquidação de sociedade;
II - na sucessão por morte de sócio;
III - quando e como determinar a lei.

Art. 382. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte a exibição


parcial dos livros e documentos, extraindo-se deles a suma que
interessar ao litígio, bem como reproduções autenticadas.

Art. 383. Qualquer reprodução mecânica, como a fotográfica,


cinematográfica, fonográfica ou de outra espécie, faz prova dos
fatos ou das coisas representadas, se aquele contra quem foi
produzida Ihe admitir a conformidade.
Parágrafo único - Impugnada a autenticidade da reprodução
mecânica, o juiz ordenará a realização de exame pericial.

Art. 384. As reproduções fotográficas ou obtidas por outros


processos de repetição, dos documentos particulares, valem como
certidões, sempre que o escrivão portar por fé a sua conformidade
com o original.

Art. 385. A cópia de documento particular tem o mesmo valor


probante que o original, cabendo ao escrivão, intimadas as partes,
proceder à conferência e certificar a conformidade entre a cópia e
o original.
§ 1º - Quando se tratar de fotografia, esta terá de ser
acompanhada do respectivo negativo.
§ 2º - Se a prova for uma fotografia publicada em jornal, exigir-
se-ão o original e o negativo.

Art. 386. O juiz apreciará livremente a fé que deva merecer o


documento, quando em ponto substancial e sem ressalva contiver
entrelinha, emenda, borrão ou cancelamento.

Art. 387. Cessa a fé do documento, público ou particular, sendo-


lhe declarada judicialmente a falsidade.
Parágrafo único - A falsidade consiste:
I - em formar documento não verdadeiro;
II - em alterar documento verdadeiro.

Art. 388. Cessa a fé do documento particular quando:

I - lhe for contestada a assinatura e enquanto não se Ihe


comprovar a veracidade;
II - assinado em branco, for abusivamente preenchido.

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Parágrafo único - Dar-se-á abuso quando aquele, que recebeu


documento assinado, com texto não escrito no todo ou em parte, o
formar ou o completar, por si ou por meio de outrem, violando o
pacto feito com o signatário.

Art. 389. Incumbe o ônus da prova quando:

I - se tratar de falsidade de documento, à parte que a


argüir;
II - se tratar de contestação de assinatura, à parte que
produziu o documento.

SUBSEÇÃO III
DA PRODUÇÃO DA PROVA DOCUMENTAL

Art. 396. Compete à parte instruir a petição inicial (art. 283),


ou a resposta (art. 297), com os documentos destinados a provar-
lhe as alegações.

Art. 397. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos


documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos
ocorridos depois dos articulados, ou para contrapô-los aos que
foram produzidos nos autos.

Art. 398. Sempre que uma das partes requerer a juntada de


documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra, no
prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 399. O juiz requisitará às repartições públicas em qualquer


tempo ou grau de jurisdição:

I - as certidões necessárias à prova das alegações das


partes;
II - os procedimentos administrativos nas causas em que forem
interessados a União, o Estado, o Município, ou as
respectivas entidades da administração indireta.
§ 1º Recebidos os autos, o juiz mandará extrair, no prazo máximo e
improrrogável de 30 (trinta) dias, certidões ou reproduções
fotográficas das peças indicadas pelas partes ou de ofício; findo
o prazo, devolverá os autos à repartição de origem.
§ 2º As repartições públicas poderão fornecer todos os documentos
em meio eletrônico conforme disposto em lei, certificando, pelo
mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu
banco de dados ou do documento digitalizado.

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Seção VII
Da Prova Pericial

Art. 420. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou


avaliação.
Parágrafo único. O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de
técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.

Art. 421. O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo


para a entrega do laudo. (Redação dada pela Lei nº. 8.455, de
24.8.1992).
§ 1o Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da
intimação do despacho de nomeação do perito:
I - indicar o assistente técnico;
II - apresentar quesitos.

§ 2o Quando a natureza do fato o permitir, a perícia poderá


consistir apenas na inquirição pelo juiz do perito e dos
assistentes, por ocasião da audiência de instrução e julgamento a
respeito das coisas que houverem informalmente examinado ou
avaliado. (Redação dada pela Lei nº. 8.455, de 24.8.1992).

Art. 422. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que Lhe foi


cometido, independentemente de termo de compromisso. Os
assistentes técnicos são de confiança da parte, não sujeitos a
impedimento ou suspeição. (Redação dada pela Lei nº. 8.455, de
24.8.1992).

Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por
impedimento ou suspeição (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou
julgar procedente a impugnação, o juiz nomeará novo perito.
(Redação dada pela Lei nº. 8.455, de 24.8.1992).

Art. 424. O perito pode ser substituído quando: (Redação dada pela
Lei nº. 8.455, de 24.8.1992).
I - carecer de conhecimento técnico ou científico;
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no
prazo que Lhe foi assinado. (Redação dada pela Lei nº. 8.455,
de 24.8.1992).
Parágrafo único. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará
a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda,
impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o
possível prejuízo decorrente do atraso no processo. (Redação dada
pela Lei nº. 8.455, de 24.8.1992).

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Art. 425. Poderão as partes apresentar, durante a diligência,


quesitos suplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dará o
escrivão ciência à parte contrária.

Art. 426. Compete ao juiz:


I - indeferir quesitos impertinentes;
II - formular os que entender necessários ao esclarecimento
da causa.

Art. 427. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes,


na inicial e na contestação, apresentarem sobre as questões de
fato pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar
suficientes. (Redação dada pela Lei nº. 8.455, de 24.8.1992).

Art. 428. Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá


proceder-se à nomeação de perito e indicação de assistentes
técnicos no juízo, ao qual se requisitar a perícia.

Art. 429. Para o desempenho de sua função, podem o perito e os


assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários,
ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos
que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como
instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras
quaisquer peças.

Art. 430. (Revogado pela Lei nº. 8.455, de 24.8.1992).

Art. 431-A. As partes terão ciência da data e local designados


pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início a produção da
prova. (Incluído pela Lei nº. 10.358, de 27.12.2001).

Art. 431-B. Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de


uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais
de um perito e a parte indicar mais de um assistente técnico.
(Incluído pela Lei nº. 10.358, de 27.12.2001).

Art. 432. Se o perito, por motivo justificado, não puder


apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma
vez, prorrogação, segundo o seu prudente arbítrio.

Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo


fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de
instrução e julgamento. (Redação dada pela Lei nº 8.455, de
24.8.1992).

Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres


no prazo comum de 10 (dez) dias, após intimadas as partes da

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apresentação do laudo.(Redação dada pela Lei nº. 10.358, de


27.12.2001).

Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a


falsidade de documento, ou for de natureza médico-legal, o perito
será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos
estabelecimentos oficiais especializados. O juiz autorizará a
remessa dos autos, bem como do material sujeito a exame, ao
diretor do estabelecimento. (Redação dada pela Lei nº. 8.952, de
13.12.1994).
Parágrafo único. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade
da letra e firma, o perito poderá requisitar, para efeito de
comparação, documentos existentes em repartições públicas; na
falta destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa, a quem se
atribuir a autoria do documento, lance em folha de papel, por
cópia, ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação.

Art. 435. A parte, que desejar esclarecimento do perito e do


assistente técnico, requererá ao juiz que mande intimá-lo a
comparecer à audiência, formulando desde logo as perguntas, sob
forma de quesitos.
Parágrafo único. O perito e o assistente técnico só estarão
obrigados a prestar os esclarecimentos a que se refere este
artigo, quando intimados 5 (cinco) dias antes da audiência.

Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo


formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos
autos.

Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da


parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não Lhe
parecer suficientemente esclarecida.

Art. 438. A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre
que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou
inexatidão dos resultados a que esta conduziu.

Art. 439. A segunda perícia rege-se pelas disposições


estabelecidas para a primeira.
Parágrafo único. A segunda perícia não substitui a primeira,
cabendo ao juiz apreciar livremente o valor de uma e outra.

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CC – Código Civil (Lei 10.406/02)


TÍTULO V
DA PROVA

Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato


jurídico pode ser provado mediante:

I - confissão;

II - documento;

III - testemunha;

IV - presunção;

V - perícia.

Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é


capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados.

Parágrafo único. Se feita a confissão por um


representante, somente é eficaz nos limites em que este
pode vincular o representado.

Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se


decorreu de erro de fato ou de coação.

Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é


documento dotado de fé pública, fazendo prova plena.

§ 1o Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a


escritura pública deve conter:

I - data e local de sua realização;

II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes


e de quantos hajam comparecido ao ato, por si, como
representantes, intervenientes ou testemunhas;

III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão,


domicílio e residência das partes e demais comparecentes,
com a indicação, quando necessário, do regime de bens do
casamento, nome do outro cônjuge e filiação;

IV - manifestação clara da vontade das partes e dos


intervenientes;

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V - referência ao cumprimento das exigências legais e


fiscais inerentes à legitimidade do ato;

VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e


demais comparecentes, ou de que todos a leram;

VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes,


bem como a do tabelião ou seu substituto legal, encerrando
o ato.

§ 2o Se algum comparecente não puder ou não souber


escrever, outra pessoa capaz assinará por ele, a seu rogo.

§ 3o A escritura será redigida na língua nacional.

§ 4o Se qualquer dos comparecentes não souber a língua


nacional e o tabelião não entender o idioma em que se
expressa, deverá comparecer tradutor público para servir
de intérprete, ou, não o havendo na localidade, outra
pessoa capaz que, a juízo do tabelião, tenha idoneidade e
conhecimento bastantes.

§ 5o Se algum dos comparecentes não for conhecido do


tabelião, nem puder identificar-se por documento, deverão
participar do ato pelo menos duas testemunhas que o
conheçam e atestem sua identidade.

Art. 216. Farão a mesma prova que os originais as certidões


textuais de qualquer peça judicial, do protocolo das audiências,
ou de outro qualquer livro a cargo do escrivão, sendo extraídas
por ele, ou sob a sua vigilância, e por ele subscritas, assim como
os traslados de autos, quando por outro escrivão consertados.

Art. 217. Terão a mesma força probante os traslados e as


certidões, extraídos por tabelião ou oficial de registro, de
instrumentos ou documentos lançados em suas notas.

Art. 218. Os traslados e as certidões considerar-se-ão


instrumentos públicos, se os originais se houverem produzido em
juízo como prova de algum ato.

Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados


presumem-se verdadeiras em relação aos signatários.

Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as


disposições principais ou com a legitimidade das partes,
as declarações enunciativas não eximem os interessados em
sua veracidade do ônus de prová-las.

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Art. 220. A anuência ou a autorização de outrem, necessária à


validade de um ato, provar-se-á do mesmo modo que este, e
constará, sempre que se possa, do próprio instrumento.

Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente


assinado por quem esteja na livre disposição e administração de
seus bens, prova as obrigações convencionais de qualquer valor;
mas os seus efeitos, bem como os da cessão, não se operam, a
respeito de terceiros, antes de registrado no registro público.

Parágrafo único. A prova do instrumento particular pode


suprir-se pelas outras de caráter legal.

Art. 222. O telegrama, quando lhe for contestada a autenticidade,


faz prova mediante conferência com o original assinado.

Art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião


de notas, valerá como prova de declaração da vontade, mas,
impugnada sua autenticidade, deverá ser exibido o original.

Parágrafo único. A prova não supre a ausência do título de


crédito, ou do original, nos casos em que a lei ou as
circunstâncias condicionarem o exercício do direito à sua
exibição.

Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira serão


traduzidos para o português para ter efeitos legais no País.

Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os


registros fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções
mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena
destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes impugnar
a exatidão.

Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam


contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando,
escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados
por outros subsídios.

Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas


não é bastante nos casos em que a lei exige escritura
pública, ou escrito particular revestido de requisitos
especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da
falsidade ou inexatidão dos lançamentos.

Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente


testemunhal só se admite nos negócios jurídicos cujo valor não
ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao
tempo em que foram celebrados.

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Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio


jurídico, a prova testemunhal é admissível como
subsidiária ou complementar da prova por escrito.

Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:

I - os menores de dezesseis anos;

II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental,


não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida
civil;

III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se


quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam;

IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo


capital das partes;

V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os


colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por
consangüinidade, ou afinidade.

Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas


conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a
que se refere este artigo.

Art. 229. Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato:

I - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar


segredo;

II - a que não possa responder sem desonra própria, de seu


cônjuge, parente em grau sucessível, ou amigo íntimo;

III - que o exponha, ou às pessoas referidas no inciso


antecedente, a perigo de vida, de demanda, ou de dano
patrimonial imediato.

Art. 230. As presunções, que não as legais, não se admitem nos


casos em que a lei exclui a prova testemunhal.

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CAPÍTULO III
Dos Prepostos

Seção I
Disposições Gerais

Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se


substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder
pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele
contraídas.

Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode


negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora
indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi
cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem
retidos pelo preponente os lucros da operação.

Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou


valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu
sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação.

Seção III
Do Contabilista e outros Auxiliares

Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do


preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua
escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os
mesmos efeitos como se o fossem por aquele.

Parágrafo único. No exercício de suas funções, os


prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes,
pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o
preponente, pelos atos dolosos.

Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de


quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e
relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por
escrito.

Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do


estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos
poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido
pela certidão ou cópia autêntica do seu teor.

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CAPÍTULO IV
Da Escrituração

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a


seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na
escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a
documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o de resultado econômico.

§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie


de livros ficam a critério dos interessados.

§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno


empresário a que se refere o art. 970.

Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é


indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no
caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.

Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de


livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de
resultado econômico.

Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros


obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso,
devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.

Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja


inscrito o empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer
autenticar livros não obrigatórios.

Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração


ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente
habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.

Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente


nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e
ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras,
emendas ou transportes para as margens.

Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou


de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente
autenticado.

Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e


caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita

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direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da


empresa.

§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com


totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a
contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede
do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares
regularmente autenticados, para registro individualizado, e
conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.

§ 2o Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de


resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em
Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou
sociedade empresária.

Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o


sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário
pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas
formalidades extrínsecas exigidas para aquele.

Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado


de modo que registre:

I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos


contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de balancetes diários;

II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no


encerramento do exercício.

Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventário serão


observados os critérios de avaliação a seguir determinados:

I - os bens destinados à exploração da atividade serão


avaliados pelo custo de aquisição, devendo, na avaliação dos que
se desgastam ou depreciam com o uso, pela ação do tempo ou outros
fatores, atender-se à desvalorização respectiva, criando-se fundos
de amortização para assegurar-lhes a substituição ou a conservação
do valor;

II - os valores mobiliários, matéria-prima, bens


destinados à alienação, ou que constituem produtos ou artigos da
indústria ou comércio da empresa, podem ser estimados pelo custo
de aquisição ou de fabricação, ou pelo preço corrente, sempre que
este for inferior ao preço de custo, e quando o preço corrente ou
venal estiver acima do valor do custo de aquisição, ou fabricação,
e os bens forem avaliados pelo preço corrente, a diferença entre
este e o preço de custo não será levada em conta para a
distribuição de lucros, nem para as percentagens referentes a
fundos de reserva;

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III - o valor das ações e dos títulos de renda fixa pode


ser determinado com base na respectiva cotação da Bolsa de
Valores; os não cotados e as participações não acionárias serão
considerados pelo seu valor de aquisição;

IV - os créditos serão considerados de conformidade com o


presumível valor de realização, não se levando em conta os
prescritos ou de difícil liqüidação, salvo se houver, quanto aos
últimos, previsão equivalente.

Parágrafo único. Entre os valores do ativo podem figurar,


desde que se preceda, anualmente, à sua amortização:

I - as despesas de instalação da sociedade, até o limite


correspondente a dez por cento do capital social;

II - os juros pagos aos acionistas da sociedade anônima,


no período antecedente ao início das operações sociais, à taxa não
superior a doze por cento ao ano, fixada no estatuto;

III - a quantia efetivamente paga a título de aviamento de


estabelecimento adquirido pelo empresário ou sociedade.

Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade


e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as
peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais,
indicará, distintamente, o ativo e o passivo.

Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações


que acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades
coligadas.

Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da


conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele
constarão crédito e débito, na forma da lei especial.

Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma


autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer
ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a
sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as
formalidades prescritas em lei.

Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos


livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver
questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade,
administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.

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§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou


de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros
de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença
do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de
pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar
à questão.

§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se


fará o exame, perante o respectivo juiz.

Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do


artigo antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu §
1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para
se provar pelos livros.

Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser


elidida por prova documental em contrário.

Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da


escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às
autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento
de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.

Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a


conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e
mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer
prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.

Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais,


filiais ou agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com
sede em país estrangeiro.

LEI 6.404/76
SOCIEDADES POR AÇÕES

Art. 163. Compete ao conselho fiscal:

§ 8º O conselho fiscal poderá, para apurar fato cujo


esclarecimento seja necessário ao desempenho de suas funções,
formular, com justificativa, questões a serem respondidas por
perito e solicitar à diretoria que indique, para esse fim, no
prazo máximo de trinta dias, três peritos, que podem ser pessoas
físicas ou jurídicas, de notório conhecimento na área em questão,
entre os quais o conselho fiscal escolherá um, cujos honorários
serão pagos pela companhia. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL - 1988


TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por


meios ilícitos;

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NBC
TP
01

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE


NBC TP 01 – NORMA TÉCNICA DE PERÍCIA CONTÁBIL

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NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE


NBC TP 01 – NORMA TÉCNICA DE PERÍCIA CONTÁBIL

OBJETIVO

1. Esta norma tem como objetivo estabelecer regras e procedimentos técnicos a serem
observados pelo perito, quando da elaboração de perícia contábil, no âmbito
judicial, extrajudicial, inclusive arbitral, mediante o esclarecimento dos aspectos
técnicos dos fatos do litígio por meio de exame, vistoria, indagação, investigação,
arbitramento, avaliação, ou certificação.

CONCEITO

2. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos


destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar
à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial
contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação
específica no que for pertinente.

3. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil têm por limite os próprios
objetivos da perícia deferida ou contratada.

4. A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial, é de competência exclusiva


de contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade. Entende-se como
perícia judicial aquela exercida sob a tutela da justiça. A perícia extrajudicial é
aquela exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária.

5. A perícia arbitral é aquela exercida sob o controle da Lei da arbitragem. Perícia


estatal é executada sob o controle de órgão do Estado, tais como perícia
administrativa das Comissões Parlamentares de Inquérito, de perícia criminal e do
Ministério Público. Perícia voluntária é aquela contratada espontaneamente pelo
interessado ou de comum acordo entre as partes.

6. Nos casos em que a legislação admite a perícia interprofissional, aplica-se o item


anterior exclusivamente às questões contábeis.

EXECUÇÃO

7. O perito-contador assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter


contato com o perito-contador, pondo-se à disposição para o planejamento, para o
fornecimento de documentos em poder da parte que o contratou e ainda para a
execução conjunta da perícia. Uma vez recusada a participação, o perito-contador
pode permitir ao assistente técnico acesso aos autos e aos elementos de prova

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arrecadados durante a perícia, indicando local e hora para exame pelo assistente
técnico.

8. O perito-contador assistente pode, logo após sua contratação, manter contato com o
advogado da parte que o contratou, requerendo dossiê completo do processo para
conhecimento dos fatos e melhor acompanhamento dos atos processuais no que
pertine a perícia.

9. O perito-contador e o perito-contador assistente, enquanto estiverem de posse do


processo ou de documentos, devem zelar pela sua guarda e segurança.

10. Para a execução da perícia contábil, o perito-contador e o perito-contador assistente


devem ater-se ao objeto e ao lapso temporal da perícia a ser realizada.

11. Mediante Termo de Diligência, o perito-contador e o perito-contador assistente,


deverão solicitar por escrito todos os documentos e informações relacionadas ao
objeto da perícia.

12. A eventual recusa no atendimento de diligências solicitadas ou qualquer


dificuldade na execução do trabalho pericial devem ser comunicadas, com a devida
comprovação ou justificativa, ao Juízo, em se tratando de perícia judicial; ou à
parte contratante, no caso de perícia extrajudicial.

13. O perito-contador e o perito-contador assistente utilizar-se-ão dos meios que lhes


são facultados pela legislação e das normas concernentes ao exercício de sua
função, com vista a instruírem o laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil
com as peças que julgarem necessárias.

14. O perito-contador e o perito-contador assistente manterão registros dos locais e


datas das diligências, nomes das pessoas que os atenderem, livros e documentos ou
coisas examinadas ou arrecadadas, dados e particularidades de interesse da perícia,
rubricando a documentação examinada, quando julgarem necessário e possível,
juntando a prova mediante original, cópia, ou certidão.

15. A execução da perícia, quando incluir a utilização de equipe técnica, deve ser
realizada sob a orientação e supervisão do perito-contador e/ou do perito contador
assistente, que assumem a responsabilidade pelos trabalhos, devendo assegurar-se
que as pessoas contratadas estejam profissionalmente capacitadas à execução.

16. O perito deve documentar os elementos relevantes que serviram de suporte à


conclusão formalizada no laudo pericial contábil e no parecer pericial contábil, por
meio de papéis de trabalho, que foram considerados relevantes para proporcionar as
provas, visando a fundamentar seu laudo ou parecer e comprovar que a perícia foi

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executada de acordo com as Normas Legais e Normas Brasileiras de Perícia


Contábil.

17. Entende-se por papéis de trabalho a documentação preparada pelo perito para a
execução da perícia. Eles integram um processo organizado de registro de provas,
por intermédio de termos de diligência, informações em papel, meios eletrônicos,
plantas, desenhos, fotografias, correspondências, depoimentos, notificações,
declarações, comunicações ou outros quaisquer meios de prova fornecidos e peças
que assegurem o objetivo da execução pericial.
18. O perito-contador assistente que assessorar o contratante, na elaboração das
estratégias a serem adotadas na proposição de solução por acordo ou demanda,
cumprirá, no que couber, os requisitos desta Norma.

PROCEDIMENTOS

19. Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão


levadas ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem, total ou
parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria,
indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação.

20. O exame é a análise de livros, registros das transações e documentos.

21. A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação,


coisa ou fato, de forma circunstancial.

22. A indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do


objeto ou fato relacionado à perícia.

23. A investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer
pericial contábil o que está oculto por quaisquer circunstâncias.

24. O arbitramento é a determinação de valores ou a solução de controvérsia por


critério técnico.

25. A mensuração é o ato de qualificação e quantificação física de coisas, bens, direitos


e obrigações.

26. A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações,


despesas e receitas.

27. A certificação é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil pelo
perito-contador, conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública atribuída a
este profissional.

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28. Concluídas as diligências, o perito-contador apresentará laudo pericial contábil, e


os peritos-contadores assistentes seus pareceres periciais contábeis, obedecendo aos
respectivos prazos.

29. Ocorrendo diligências em conjunto com o perito-contador assistente, o perito-


contador o informará por escrito quando do término do laudo pericial contábil,
comunicando-lhe a data da entrega do documento.

30. O perito-contador assistente não pode firmar o laudo ou emitir parecer sobre este,
quando o documento tiver sido elaborado por leigo ou profissional de outra área,
devendo, neste caso, apresentar um parecer pericial contábil sobre a matéria
investigada.
31. O perito-contador assistente, ao apor a assinatura, em conjunto com o perito-
contador, em laudo pericial contábil, não deve emitir parecer pericial contábil
contrário a esse laudo.

PLANEJAMENTO

32. O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial, que antecede as


diligências, pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito estabelece
os procedimentos gerais dos exames a serem executados no âmbito judicial,
extrajudicial para o qual foi nomeado, indicado ou contratado, elaborando-o a partir
do exame do objeto da perícia.

33. Enquanto o planejamento da perícia é um procedimento prévio abrangente que se


propõe a consolidar todas as etapas da perícia, o programa de trabalho é uma
especificação de cada etapa a ser realizada que deve ser elaborada com base nos
quesitos e/ou no objeto da perícia.

OBJETIVOS
34. Os objetivos do planejamento da perícia são:

(a) conhecer o objeto da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que


conduzam à revelação da verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o
interessado a tomar a decisão a respeito da lide;

(b) definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem realizados, em


consonância com o objeto da Perícia, os termos constantes da nomeação, dos
quesitos ou na proposta de honorários oferecida pelo Perito-Contador ou o Perito-
Contador Assistente;

(c) estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido;

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(d) identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento da
perícia;

(e) identificar fatos que possam vir a ser importantes para a solução da demanda de
forma que não passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária.

(f) identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia;

(g) estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da equipe de
trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares;

(h) facilitar a execução e a revisão dos trabalhos.

DESENVOLVIMENTO

35. Enquanto o planejamento da perícia é um procedimento prévio abrangente que se


propõe a consolidar todas as etapas da perícia, o programa de trabalho é uma
especificação de cada etapa a ser realizada que deve ser elaborada com base nos
quesitos e/ou no objeto da perícia.

36. Os documentos dos autos servem como suporte para obtenção das informações
necessárias à elaboração do planejamento da perícia.

37. Em caso de ser identificada a necessidade de realização de diligências, na etapa de


elaboração do planejamento, devem ser considerados, se declarada a preclusão de
prova documental, a legislação aplicável, documentos, registros, livros contábeis,
fiscais e societários, laudos e pareceres já realizados e outras informações que
forem identificadas como pertinentes para determinar a natureza do trabalho a ser
executado.

38. O planejamento da perícia deve ser mantido por qualquer meio de registro que
facilite o entendimento dos procedimentos a serem adotados e sirva de orientação
adequada à execução do trabalho.

39. O planejamento deve ser revisado e atualizado sempre que fatos novos surjam no
decorrer da perícia.

40. O planejamento deve ser realizado pelo Perito-Contador, ainda que o trabalho
venha a ser realizado de forma conjunta com o Perito-Contador Assistente,
podendo este orientar-se no referido planejamento.

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RISCOS E CUSTOS

41. O perito, na fase de elaboração do planejamento, com vistas a elaborar a proposta


de honorários, deve avaliar os riscos decorrentes de responsabilidade civil,
despesas com pessoal e encargos sociais, depreciação de equipamentos e despesas
com manutenção do escritório.

EQUIPE TÉCNICA

42. Quando a perícia exigir a necessidade de utilização de trabalho de terceiros (equipe


técnica, trabalho de especialistas ou interprofissionais), o planejamento deve prever
a orientação e a supervisão do perito, que assumirá responsabilidade pelos
trabalhos a serem executados exclusivamente pela sua equipe.

43. Quando a perícia exigir a utilização de perícias interprofissionais ou trabalho de


especialistas, estes deverão estar devidamente registrados em seus conselhos
profissionais, quando aplicável, e o planejamento deve contemplar tal necessidade.

CRONOGRAMA

44. O perito-contador deve levar em consideração que o planejamento da perícia,


quando for o caso, iniciar-se-á antes da elaboração da proposta de honorários,
considerando-se que, para apresentá-la ao juízo, árbitro ou às partes no caso de
perícia extrajudicial, há necessidade de se especificar as etapas do trabalho a serem
realizadas. Isto implica que o perito-contador deve ter conhecimento prévio de
todas as etapas, salvo aquelas que somente serão identificadas quando da execução
da perícia, inclusive a possibilidade da apresentação de quesitos suplementares, o
que será objeto do ajuste no planejamento.

45. O planejamento da perícia deve evidenciar as etapas e as épocas em que serão


executados os trabalhos, em conformidade com o conteúdo da proposta de
honorários a ser apresentada, incluindo-se a supervisão e a revisão do próprio
planejamento, os programas de trabalho quando aplicáveis, até a entrega do laudo.

46. No cronograma de trabalho, devem ficar evidenciados, quando aplicável, todos os


itens necessários à execução da perícia, tais como: diligências a serem realizadas,
deslocamentos, necessidade de trabalho de terceiros, pesquisas que serão feitas,
elaboração de cálculos e planilhas, respostas aos quesitos, prazo para entrega do
laudo, para assegurar que todas as etapas necessárias à realização da perícia sejam
cumpridas.

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47. Para cumprir o prazo determinado ou contratado para realização dos trabalhos de
perícia, o perito deve considerar em seus planejamentos, quando aplicáveis, entre
outros, os seguintes:

(a) o conteúdo da proposta de honorários apresentada e aceita pelo juízo, pelo


árbitro ou pelas partes no caso de perícia extrajudicial ou pelo perito-contador
assistente;

(b) o prazo suficiente para solicitar e receber os documentos, bem como para a
execução e a entrega do trabalho;

(c) a programação de viagens, quando necessárias.

CONCLUSÃO

48. A conclusão do planejamento da perícia ocorre quando o perito-contador completar


as análises preliminares, dando origem, quando for o caso, à proposta de honorários
(nos casos em que o juízo ou o árbitro não tenha fixado, previamente, honorários
definitivos), aos termos de diligências e aos programas de trabalho.

MODELO DE PLANEJAMENTO PARA PERÍCIA JUDICIAL


a) FASE PRÉ-OPERACIONAL
ITEM ATIVIDADE AÇÕES TEMPO PRAZO
ESTIMADO REAL ESTIMADO REAL
1 Carga ou Após receber a intimação do h h XX/XX/XX XX/XX/
Recebimento Juiz, quando for o caso, X
do Processo retirar o Processo do
Cartório/Vara.
2 Leitura do Conhecer os detalhes acerca h h XX/XX/XX XX/XX/
Processo do objeto da perícia, X
realizando a leitura e o
estudo dos autos.

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3 Aceitação ou Após estudo e análise dos h H XX/XX/XX XX/XX/


não da Perícia autos, constatando-se que há X
impedimento ou suspeição,
não havendo interesse do
perito-contador ou não
estando habilitado para fazer
a perícia, devolver o
processo justificando o
motivo da escusa.
Aceitando o encargo da h H XX/XX/XX XX/XX/
perícia, proceder ao X
planejamento.
4 Proposta de Com base na relevância, no h H XX/XX/XX XX/XX/
Honorários vulto, no risco e na X
complexidade dos serviços,
entre outros, estimar as horas
para cada fase do trabalho,
considerando ainda a
qualificação do pessoal que
participará dos serviços, o
prazo para entrega dos
trabalhos e a confecção de
laudos interprofissionais.

b) EXECUÇÃO DA PERÍCIA
5 Sumário Com base na documentação h h XX/XX/XX XX/XX/
existente nos autos elaborar X
o sumário dos autos
indicando tipo do documento
e folha dos autos onde pode
ser encontrado

6 Assistentes Uma vez aceita a


Técnicos participação do Perito-
Contador Assistente, ajustar
a forma de acesso do mesmo
aos trabalhos.

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7 Diligências Com fundamento no h h XX/XX/XX XX/XX/


conteúdo do processo e nos X
quesitos, preparar o(s)
Termo(s) de Diligência(s)
necessários, onde será
relacionada a documentação
ausente nos autos.
8 Viagens Programar as viagens h h XX/XX/XX XX/XX/
quando necessárias. X

9 Pesquisa Com fundamento no h h XX/XX/XX XX/XX/


documental conteúdo do processo, X
definir as pesquisas, os
estudos e o catálogo da
legislação pertinente.
10 Programa de Exame de documentos h h XX/XX/XX XX/XX/
Trabalho pertinentes à perícia. X

Exame de livros contábeis, h h XX/XX/XX XX/XX/


fiscais, societários e outros. X

Análises contábeis a serem h h XX/XX/XX XX/XX/


realizadas. X

Entrevistas, vistorias, h h XX/XX/XX XX/XX/


indagações, investigações, X
informações necessárias.
Laudos interprofissionais e h h XX/XX/XX XX/XX/
pareceres técnicos. X

Cálculos, arbitramentos, h h XX/XX/XX XX/XX/


mensurações e avaliações a X
serem elaborados.
Preparação e redação do h h XX/XX/XX XX/XX/
laudo pericial. X

11 Revisões Proceder a revisão final do h h XX/XX/XX XX/XX/


Técnicas laudo para verificar X
eventuais correções, bem
como verificar se todos os
apêndices e anexos citados
no laudo estão na ordem
lógica e corretamente
enumerados.

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12 Prazo Diante da expectativa de não h h XX/XX/XX XX/XX/


Suplementar concluir o laudo no prazo X
determinado pelo juiz,
requerer, antes do
vencimento do prazo
determinado, por petição,
prazo suplementar,
reprogramando o
planejamento.
13 Entrega do Devolver os autos do h h XX/XX/XX XX/XX/
Laudo Pericial processo e peticionar X
Contábil. requerendo a juntada do
laudo e levantamento ou
arbitramento dos honorários.

TERMO DE DILIGÊNCIA

49. Termo de Diligência é o instrumento por meio do qual o perito solicitam


documentos, coisas, dados, bem como quaisquer informações necessárias à
elaboração do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil.

50. Servirá ainda para a execução de outros trabalhos que tenham sido a ele
determinado ou solicitado por quem de direito, porém, quando de alguma forma
tenha a finalidade de orientar ou colaborar em sentenças e decisões, judiciais ou
extrajudiciais.

APLICABILIDADE

51. Termo de Diligência deve ser redigido pelo perito-contador ou perito-contador


assistente, ser apresentado diretamente à parte, ao seu procurador, ou ao terceiro,
por qualquer meio escrito que se possa documentar a sua entrega, contendo
minuciosamente o rol dos documentos, coisas, ou outros dados de que necessite
para a elaboração do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil.

52. Diligenciado é qualquer pessoa física e jurídica, inclusive de direito público, que
tenha a posse de documentos, coisas, dados ou informações úteis e indispensáveis
para subsidiar a elaboração do Laudo Pericial Contábil ou do Parecer Pericial
Contábil, e que por decorrência legal ou determinação de autoridade competente,
também como colaborador, esteja obrigado a fornecer elementos de prova.

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53. O perito-contador ou perito-contador assistente devem observar os prazos a que


estão obrigados por força de determinação legal, e dessa forma, sempre
mencionarem o tempo máximo para o cumprimento da solicitação a que está
obrigado o diligenciado.

54. O Termo de Diligência deve conter quando possível a relação dos documentos,
coisas ou dados que o perito-contador ou perito-contador assistente tenham
mencionado em petição de honorários judicial ou em contrato.

55. Quando se referir a requisição de elementos de prova, o Termo de Diligência deve


relacionar livros, documentos, coisas, informações e dados a serem fornecidos pelo
diligenciado, contemplando inclusive trabalhos especificados previamente na
petição ou proposta de honorários.

56. Deve ser apensada ao laudo ou parecer cópia do termo de diligência contendo o
ciente do diligenciado ou do seu representante legal. Deve compor o texto do
laudo, as informações colhidas ou não durante as buscas das provas, bem como as
providências tomadas para o cumprimento do seu labor.

57. Caso ocorra a negativa da entrega da prova ou para a colaboração na busca da


verdade a que está adstrito o perito-contador ou o perito-contador assistente, deve o
mesmo se reportar diretamente a autoridade competente que o nomeou, contratou
ou indicou, narrando os fatos por meio de provas e solicitando as providências
cabíveis e necessárias, para que não seja imputado responsabilidades por omissão
na atividade profissional.

ESTRUTURA

58. O termo de diligência deve conter os seguintes elementos:

(a) identificação do diligenciado;

(b) identificação das partes ou dos interessados, e, em se tratando de perícia


judicial ou arbitral, o número do processo, o tipo e o juízo em que tramita;

(c) identificação do perito-contador ou perito-contador assistente, com indicação


do número do registro profissional no Conselho Regional de Contabilidade;

(d) indicação de que está sendo elaborado nos termos do item XXXX desta
norma;

(e) indicação detalhada dos livros, documentos, coisas e demais elementos a


serem periciados, consignando as datas e/ou períodos abrangidos, podendo
identificar o quesito a que se refere;

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(f) indicação do prazo e do local para a exibição dos livros, documentos, coisas
e elementos necessários à elaboração do laudo pericial contábil ou parecer
pericial contábil, devendo o prazo ser compatível com aquele concedido
pelo juízo, contratante ou convencionado pelas partes, considerada a
quantidade de documentos, as informações necessárias, a estrutura
organizacional do diligenciado e o local de guarda dos documentos;

(g) após atendidos os requisitos da letra e, quando o exame dos livros,


documentos, coisas e elementos, tiver de ser realizado junto à parte ou ao
terceiro que detém em seu poder tais provas, haverá a indicação da data e
hora para sua efetivação; e

(h) local, data e assinatura.

LAUDO PERICIAL CONTÁBIL

59. O Decreto-Lei nº 9.295/46, na letra “c” do art. 25, determina que o Laudo Pericial
Contábil somente seja elaborado por contador que esteja devidamente registrado e
habilitado em Conselho Regional de Contabilidade.

60. Laudo Pericial Contábil é um documento escrito, no qual o perito-contador deve


registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e
as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova
necessários para a conclusão do seu trabalho.

61. Obriga a Norma que o perito-contador, no encerramento do Laudo Pericial Contábil,


apresente, de forma clara e precisa, as suas conclusões.

APRESENTAÇÃO DO LAUDO PERICIAL CONTÁBIL

62. O Laudo Pericial Contábil é orientado e conduzido pelo perito-contador, que


adotará padrão próprio, respeitada a estrutura prevista nesta norma. Nele serão
registrados de forma circunstanciada, clara e objetiva, sequencial e lógica, o objeto
da perícia, os estudos e observações realizadas, as diligências executadas para a
busca de elementos de prova necessários, a metodologia e critérios adotados, os
resultados devidamente fundamentados e as suas conclusões.

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63. Não deve o perito-contador utilizar-se dos espaços marginais ou interlineares para
lançar quaisquer escritos no Laudo Pericial Contábil.

64. Não pode o perito-contador utilizar as entrelinhas, produzir emendas ou rasuras,


pois não será aceita a figura da ressalva, especialmente quando se tratar nas
respostas aos quesitos. A linguagem adotada pelo perito-contador deverá ser
acessível aos interlocutores, possibilitando aos julgadores e às partes da demanda
conhecimento e interpretação dos resultados obtidos nos trabalhos periciais
contábeis. Devem ser utilizados termos técnicos e o texto conter informações de
forma clara. Os termos técnicos devem ser inseridos na redação do laudo pericial
contábil, de modo a se obter uma redação técnica, que qualifique o trabalho pericial,
respeitadas as Normas Brasileiras de Contabilidade, e as Normas Internacionais de
Contabilidade, no que couber, bem como a legislação de regência da profissão
contábil.

65. Tratando-se de termos técnicos atinentes à profissão contábil, devem os mesmos,


quando necessário, ser acrescidos de esclarecimentos adicionais e recomendada a
utilização daqueles de maior domínio público.

66. O Laudo Pericial Contábil deverá ser escrito de forma direta, devendo atender às
necessidades dos julgadores e dos interessados e ao objeto da discussão, sempre
com conteúdo claro e limitado ao assunto da demanda, de forma que possibilite os
julgadores a proferirem justa decisão. O Laudo Pericial Contábil não deve conter
documentos, coisas, e/ou informações que conduzam a duvidosa interpretação, para
que não induza os julgadores e interessados a erro.

67. O perito-contador deverá elaborar o Laudo Pericial Contábil utilizando-se do


vernáculo, sendo admitidas apenas palavras ou expressões idiomáticas de outras
línguas de uso comum nos tribunais judiciais ou extrajudiciais.

68. O Laudo Pericial Contábil deve contemplar o resultado final de todo e qualquer
trabalho alcançado por meio de elementos de prova inclusos nos autos ou adquiridos
em diligências que o perito-contador tenha efetuado, por intermédio de peças
contábeis e quaisquer outros documentos, tipos e formas.

TERMINOLOGIA

69. Forma Circunstanciada – Entende-se a redação pormenorizada, minuciosa, efetuada


com cautela e detalhamento em relação aos procedimentos e aos resultados do
Laudo Pericial Contábil.

70. Síntese do Objeto da Perícia – Entende-se o relato sucinto de forma que resulte
numa leitura compreensiva dos fatos relatados ou na transcrição resumida dos fatos

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da lide sobre as questões básicas que resultaram na nomeação ou na contratação do


perito-contador.

71. Diligências – Entende-se todos os procedimentos e atos adotados pelo perito-


contador na busca de documentos, coisas, informações ou quaisquer outros
elementos de prova, bem como todos os subsídios necessários à elaboração do
Laudo Pericial Contábil, mediante Termo de Diligência, quando possível, desde que
tais provas não estejam insertas nos autos. Ainda são consideradas diligências, as
comunicações às partes, aos Peritos Contadores Assistentes ou a terceiros, ou
petições judiciais, em decorrências de necessidade de arrecadar elementos de prova.

72. Critérios da Perícia – São os procedimentos que servem de norma para julgar ou
decidir o caminho que deve seguir o perito-contador na elaboração do trabalho
pericial. É a faculdade que tem de distinguir como deva proceder em torno dos fatos
alegados.

73. Metodologia – É o conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar o resultado da
perícia por meio do conhecimento técnico ou científico, de maneira que possa ao final inseri-lo no
corpo técnico do laudo pericial contábil.

74. Resultados Fundamentados – Representam as conseqüências do trabalho técnico do perito-


contador, por meio da explicitação da forma técnica pelo qual o perito-contador chegou
às conclusões da perícia.

75. Conclusão – É a quantificação, quando possível, do valor da demanda, podendo


reportar-se a demonstrativos apresentados no corpo do laudo ou em documentos. É
na conclusão que o perito-contador colocará outras informações que não foram
objeto de quesitação, porém, as encontrou na busca dos elementos de prova e que,
de alguma forma, servirão de apoio para a opinião ou julgamento.

76. Anexos - são documentos elaborados pelas partes ou terceiros com o intuito de
complementar a argumentação ou elementos de prova, arrecadados ou requisitados,
pelo Perito-contador durante as diligências.

77. Apêndices - são documentos elaborados pelo Perito-contador com o intuito de


complementar a argumentação ou elementos de prova.

78. Palavras e termos ofensivos - O perito contador que se sentir ofendido por
expressões injuriosas, de forma escrita ou verbal, no processo, poderá tomar as
seguintes providências:

a) Sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer das partes ou seus advogados, o
perito contador poderá requerer a autoridade competente que mande riscar os
termos ofensivos dos autos ou cassada a palavra.

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b) Sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer dos peritos contadores assistentes,
o perito contador poderá requerer a autoridade competente que mande riscar os
termos ofensivos dos autos ou cassada a palavra. Poderá ainda, ser comunicado o
ocorrido mediante protocolo ao Conselho Regional de Contabilidade da sua
jurisdição.

c) As providências adotadas, na forma prevista nos itens precedentes, não impedem


outras medidas de ordem civil ou criminal.

79. Havendo determinação de esclarecimentos do laudo pericial contábil sem a


realização de audiência, o perito os fará por escrito, observando em suas respostas
os mesmos procedimentos adotados quando da feitura do esclarecimento em
audiência, no que for aplicável, constante do item 13.6.7.4 desta norma.

80. Quesitos novos e honorários suplementares - O perito contador deve observar os


quesitos suplementares formulados pelas partes ou pelo julgador. Poderá, nesta fase,
cobrar honorários periciais, entendendo que a resposta demandará tempo e outras
obrigações na forma definida na Norma Brasileira de Perícia, no item Honorários
Periciais.

81. O perito-contador deve, na conclusão do Laudo Pericial Contábil, considerar as


formas explicitadas nos itens seguintes:

(a) Omissão de Fatos - o perito-contador não pode omitir nenhum fato relevante
encontrado no decorrer de suas pesquisas ou diligências, mesmo que não tenha
sido objeto de quesitação e desde que esteja relacionado ao objeto da perícia;

(b) a conclusão com quantificação de valores é viável em casos de: apuração de


haveres; liquidação de sentença, inclusive em processos trabalhistas; dissolução
societárias; avaliação patrimonial, entre outros;

(c) pode ocorrer que na conclusão seja necessária a apresentação de alternativas,


condicionada às teses apresentadas pelas partes, casos em que cada parte
apresentou uma versão para a causa, e o perito deverá apresentar ao juiz as
alternativas condicionadas às teses apresentadas, devendo, necessariamente, ser
identificados os critérios técnicos que lhes dêem respaldo. Tal situação deve ser
apresentada de forma a não representar a opinião pessoal do perito, consignando
os resultados obtidos, caso venha a ser aceita a tese de um ou de outro
demandante, como no caso de discussão de índices de atualização e taxas;

(d) a conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas nos quesitos;

(e) a conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da perícia, não
envolvendo, necessariamente, quantificação de valores.

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ESTRUTURA

82. O Laudo Pericial Contábil deve conter, no mínimo, os seguintes itens:

(a) Identificação do processo e das partes;

(b) Síntese do objeto da perícia;

(c) Metodologia adotada para os trabalhos periciais;

(d) Identificação das diligências realizadas;

(e) Transcrição e resposta aos quesitos;

(f) Conclusão;

(g) Anexos;

(h) Apêndices;

(i) Assinatura do Perito-Contador - que nele fará constar sua categoria profissional de
Contador e o seu número de registro em Conselho Regional de Contabilidade,
comprovando mediante certidão de regularidade. É permitida a utilização da
certificação digital, em consonância com a legislação vigente e as normas
estabelecidas pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil.

ASSINATURA EM CONJUNTO

83. Quando se tratar de Laudo Pericial Contábil assinado em conjunto, pelo(s) perito(s)
contador(es) nomeado(s) ou contratado(s) ou escolhido(s) e perito(s) contador(es)
assistente(s), haverá responsabilidade solidária sobre o referido documento.

84. Em se tratando de Laudo Pericial Contábil realizado por peritos contadores não
oficiais para a área criminal, o exame só poderá ser realizado após a prestação de
compromisso de bem e fielmente desempenharem o encargo.

85. Quando se tratar de Laudo Pericial Contábil realizado para área criminal, assinado
em conjunto pelos peritos não oficiais, haverá responsabilidade solidária sobre o
referido documento.

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Laudo e Parecer de Leigo ou profissional não habilitado

86. O Decreto Lei nº 9.295/46 e a Norma Brasileira de Contabilidade consideram leigo


ou profissional não-habilitado para a elaboração de laudos periciais contábeis e
pareceres periciais contábeis, qualquer profissional que não seja Contador habilitado
perante Conselho Regional de Contabilidade.

87. Em seu resguardo, nos termos do artigo 3º - parágrafo V do Código de Ética


Profissional do Contabilista - CEPC, deve o contador comunicar, de forma
reservada, ao Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição ao juízo e à
parte contratante, a falta de habilitação profissional do perito.

88. Ao perito-contador assistente é vedado assinar em conjunto Laudo Pericial


Contábil, quando este não tiver sido elaborado por Contador habilitado perante o
Conselho Regional de Contabilidade, devendo o mesmo comunicar ao Conselho
Regional de Contabilidade de sua jurisdição, e citar o fato na petição de
apresentação do seu laudo.

89. Sendo o laudo pericial elaborado por leigo ou profissional não-habilitado, pode o
perito-contador assistente apresentar um parecer, na forma de laudo pericial
contábil, sobre a matéria a ser periciada, em conformidade com esta norma,
podendo efetuar comentários e críticas sobre as respostas e conclusões do Laudo
Pericial apresentado.

Esclarecimentos do Laudo Pericial Contábil em audiência

90. São respostas oferecidas pelo perito contador aos pedidos de esclarecimentos do
laudo pericial contábil, determinados pelas autoridades competentes, quando estas
por algum motivo entenderem a necessidade da presença do perito contador, na
audiência, para descrever e explicar de maneira ordenada e pormenorizada o
conteúdo do laudo pericial.

91. O perito contador pode ser intimado a prestar esclarecimentos sobre o conteúdo do
laudo pericial contábil que produziu, devendo ater-se às normas legais, tais como
prazos e outros procedimentos adotadas para a consecução do seu trabalho. Os
quesitos de esclarecimentos efetuados poderão ser respondidos de duas maneiras:

a) de forma escrita – Os quesitos de esclarecimentos deferidos e apresentados ao


perito, no prazo legal, poderão ser respondidos por escrito e, neste caso, deverá
ser entregue o original, na audiência, para a juntada nos autos.

b) de forma oral - Os quesitos de esclarecimentos deferidos e apresentados ao


perito, no prazo legal, poderão ser respondidos de forma oral, cuidando para

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sanar as obscuridades, omissões, contradições ou interpretações distintas


daquelas constantes no laudo pericial contábil.

92. Se for necessário efetuar diligências para arrecadar novos documentos ou outros
elementos de prova, o perito contador adotará todas as providências constantes na
Norma Brasileira de Perícias, não podendo, no entanto, requerer honorários
complementares para aquele feito.

Quesitos e respostas

93. O perito contador deve observar as perguntas efetuadas pelas partes, no momento
próprio dos esclarecimentos, pois tal ato se limita às respostas a quesitos integrantes
do laudo pericial, às explicações sobre o conteúdo da lide ou sobre a conclusão do
laudo pericial contábil.

Quesitos novos e honorários complementares

94. O perito contador deve observar se os quesitos formulados nesta fase processual são
pedidos de esclarecimentos sobre o seu Laudo Pericial Contábil ou se tratam de
quesitos novos. Mesmo atinente ao objeto da discussão, as respostas a esses novos
quesitos ficam sujeitos ao deferimento do julgado da causa. Havendo necessidade
de responder tais quesitos, poderá o perito contador pleitear cobrança de honorários
complementares, na forma definida no item Honorários Periciais das Normas
Brasileiras de Perícia Contábil.

PARECER PERICIAL CONTÁBIL

95. O Decreto-Lei nº 9.295/46, na letra “c” do art. 25, determina que o Parecer Pericial
Contábil somente seja elaborado por contador que esteja devidamente registrado e
habilitado em Conselho Regional de Contabilidade

96. Parecer Pericial Contábil é um documento escrito, no qual o perito-contador deve


registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e
as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova
necessários para a conclusão do seu trabalho.

97. Obriga a Norma que o perito-contador, no encerramento do Parecer Pericial


Contábil, apresente, de forma clara e precisa, as suas conclusões.

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APRESENTAÇÃO DO PARECER PERICIAL CONTÁBIL

98. O Parecer Pericial Contábil é orientado e conduzido pelo perito-contador assistente,


que adotará padrão próprio, respeitada a estrutura prevista nesta norma. Neles serão
registrados de forma circunstanciada, clara e objetiva, sequencial e lógica, o objeto
da perícia, os estudos e observações realizadas, as diligências executadas para a
busca de elementos de prova necessários, a metodologia e critérios adotados, os
resultados devidamente fundamentados e as suas conclusões.

99. Não deve o perito-contador assistente utilizar-se dos espaços marginais ou


interlineares para lançar quaisquer escritos no Parecer Pericial Contábil.

100. Não pode o perito-contador assistente utilizar as entrelinhas, produzir


emendas ou rasuras, pois não será aceita a figura da ressalva, especialmente quando
se tratar nas respostas aos quesitos.

101. A linguagem adotada pelo perito-contador assistente deverá ser acessível aos
interlocutores, possibilitando aos julgadores e às partes da demanda conhecimento e
interpretação dos resultados obtidos nos trabalhos periciais contábeis. Devem ser
utilizados termos técnicos e o texto conter informações de forma clara. Os termos
técnicos devem ser inseridos na redação do Parecer Pericial Contábil, de modo a se
obter uma redação técnica, que qualifique o trabalho pericial, respeitadas as Normas
Brasileiras de Contabilidade, e as Normas Internacionais de Contabilidade, no que
couber, bem como a legislação de regência da profissão contábil.

102. Tratando-se de termos técnicos atinentes à profissão contábil, devem os


mesmos, quando necessário, ser acrescidos de esclarecimentos adicionais e
recomendada a utilização daqueles de maior domínio público.

103. O Parecer Pericial Contábil deverá ser escrito de forma direta, devendo
atender às necessidades dos julgadores e dos interessados e ao objeto da discussão,
sempre com conteúdo claro e limitado ao assunto da demanda, de forma que
possibilite os julgadores a proferirem justa decisão. O Parecer Pericial Contábil não
deve conter documentos, coisas, e/ou informações que conduzam a duvidosa
interpretação, para que não induza os julgadores e interessados a erro.

104. O perito-contador assistente deverá elaborar o Parecer Pericial Contábil


utilizando-se do vernáculo, sendo admitidas apenas palavras ou expressões
idiomáticas de outras línguas de uso comum nos tribunais judiciais ou
extrajudiciais.

105. O Parecer Pericial Contábil deve contemplar o resultado final de todo e


qualquer trabalho alcançado por meio de elementos de prova inclusos nos autos ou
adquiridos em diligências que o perito-contador ou perito contador assistente tenha

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efetuado, por intermédio de peças contábeis e quaisquer outros documentos, tipos e


formas.

106. O Parecer Pericial Contábil somente deve ser emitido se houver divergência
parcial ou total em relação ao Laudo Pericial Contábil. Em havendo total
concordância com o Laudo Oficial, querendo, o perito contador assistente
protocolizará petição declarando sua concordância com as apurações e conclusões
do Laudo Oficial, devendo comunicar suas conclusões a parte contratante.

107. No Parecer Pericial Contábil o perito contador assistente deve se abster de


emitir qualquer opinião a respeito da pessoa do perito-contador, limitando-se única
e exclusivamente em emitir opiniões técnicas sobre as respostas e conclusões do
Laudo Pericial Contábil, respeitado o Código de Ética do Contabilista e os
princípios da urbanidade.

108. No Parecer Pericial Contábil deve o perito contador assistente transcrever o


quesito onde houver divergência total ou parcial na resposta, apresentando a
resposta do perito contador, a sua resposta e justificativas.

TERMINOLOGIA

(a) Forma Circunstanciada – Entende-se a redação pormenorizada, minuciosa, efetuada


com cautela e detalhamento em relação aos procedimentos e aos resultados do
Parecer Pericial Contábil.

(b) Síntese do Objeto da Perícia – Entende-se o relato sucinto de forma que resulte
numa leitura compreensiva dos fatos relatados ou na transcrição resumida dos fatos
da lide sobre as questões básicas que resultaram na nomeação ou na contratação do
perito-contador.

(c) Diligências – Entende-se todos os procedimentos e atos adotados pelo perito


contador assistente na busca de documentos, coisas, informações ou quaisquer
outros elementos de prova, bem como todos os subsídios necessários à elaboração
do Parecer Pericial Contábil, mediante Termo de Diligência, quando possível,
inclusive acompanhamento ao Perito Oficial quando este for realizar diligências
junto a qualquer das partes. Ainda são consideradas diligências, as comunicações às
partes, aos Peritos Contadores ou a terceiros, ou petições judiciais, em decorrências
de necessidade de arrecadar elementos de prova.

(d) Critérios da Perícia – São os procedimentos que servem de norma para julgar ou
decidir o caminho que deve seguir o perito-contador assistente na elaboração do
trabalho pericial. É a faculdade que tem de distinguir como deva proceder em torno
dos fatos alegados.

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(e) Metodologia – É o conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar o resultado da
perícia por meio do conhecimento técnico ou científico, de maneira que possa ao final inseri-lo no
corpo técnico do Parecer Pericial Contábil.

(f) Resultados Fundamentados – Representam as conseqüências do trabalho técnico do perito-


contador assistente, por meio da explicitação da forma técnica pelo qual o perito-contador
assistente chegou às conclusões da perícia.
(g) Conclusão – É a quantificação, quando possível, do valor da demanda, podendo reportar-se a
demonstrativos apresentados no corpo do laudo ou em documentos. É na conclusão que o perito-
contador assistente colocará outras informações que não foram objeto de quesitação, porém, as
encontrou na busca dos elementos de prova e que, de alguma forma, servirão de apoio para a opinião
ou julgamento.

109. O perito-contador assistente deve, na conclusão do Parecer Pericial Contábil,


considerar as formas explicitadas nos itens seguintes:
(a) a conclusão com quantificação de valores é viável em casos de: apuração de
haveres; liquidação de sentença, inclusive em processos trabalhistas; dissolução
societárias; avaliação patrimonial, entre outros;

(b) pode ocorrer que na conclusão seja necessária a apresentação de alternativas,


condicionada às teses apresentadas pelas partes, casos em que cada parte apresentou
uma versão para a causa, e o perito contador assistente deverá apresentar ao juiz as
alternativas condicionadas às teses apresentadas, devendo, necessariamente, ser
identificados os critérios técnicos que lhes dêem respaldo. Tal situação deve ser
apresentada de forma a não representar a opinião pessoal do perito contador
assistente, consignando os resultados obtidos, caso venha a ser aceita a tese de um
ou de outro demandante, como no caso de discussão de índices de atualização e
taxas;

(c) a conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas nos quesitos;

(d) conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da perícia, não
envolvendo, necessariamente, quantificação de valores.

ESTRUTURA

110. O Parecer Pericial Contábil deve conter, no mínimo, os seguintes itens:

(a) Identificação do processo e das partes;

(b) Síntese do objeto da perícia;

(c) Metodologia adotada para os trabalhos periciais;

(d) Identificação das diligências realizadas;

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(e) Transcrição e resposta aos quesitos, onde houver divergência parcial ou total nas
respostas;

(f) Conclusão;

(g) Assinatura do Perito-Contador Assistente- que nele fará constar sua categoria
profissional de Contador e o seu número de registro em Conselho Regional de
Contabilidade. É permitida a utilização da certificação digital, em consonância com
a legislação vigente e as normas estabelecidas pela Infra-Estrutura de Chaves
Públicas Brasileiras - ICP-Brasil.

Laudo e Parecer de Leigo ou profissional não habilitado


111. O Decreto Lei nº 9.295/46 e a Norma Brasileira de Contabilidade
consideram leigo ou profissional não-habilitado para a elaboração de laudos
periciais contábeis e pareceres periciais contábeis, qualquer profissional que não
seja Contador habilitado perante Conselho Regional de Contabilidade.

112. Em seu resguardo, nos termos do artigo 3º - parágrafo V do Código de


Ética Profissional do Contabilista - CEPC, deve o contador comunicar, de forma
reservada, ao Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição ao juízo e à
parte contratante, a falta de habilitação profissional do perito.

113. Ao perito-contador assistente é vedado assinar em conjunto Laudo Pericial


Contábil, quando este não tiver sido elaborado por Contador habilitado perante o
Conselho Regional de Contabilidade, devendo o mesmo comunicar ao Conselho
Regional de Contabilidade de sua jurisdição, e citar o fato na petição de
apresentação do seu parecer.

114. Sendo o laudo pericial elaborado por leigo ou profissional não-habilitado,


deve o perito-contador assistente apresentar um Parecer Pericial Contábil, sobre a
matéria a ser periciada, em conformidade com esta norma, podendo efetuar
comentários e críticas sobre as respostas e conclusões do Laudo Pericial
apresentado.

Esclarecimentos do Parecer Pericial Contábil em audiência

115. São respostas oferecidas pelo perito contador assistente aos pedidos de
esclarecimentos sobre o Parecer Pericial Contábil, determinados pelas autoridades
competentes, em audiência, quando estas por algum motivo entenderem a
necessidade da presença pessoal do perito contador assistente, para descrever e
explicar de maneira ordenada e pormenorizada o conteúdo do Parecer Pericial
Contábil.

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116. O perito contador assistente pode ser chamado pela justiça a prestar
esclarecimentos sobre o conteúdo do Parecer Pericial Contábil, devendo ater-se às
normas legais, tais como prazos e outras posturas adotadas para a consecução do seu
trabalho perante a justiça. Assim, os quesitos efetuados na forma de perguntas
poderão ser respondidos na forma de esclarecimentos de duas maneiras:

a) – de forma escrita – As perguntas entregues ao perito contador assistente, no


prazo legal poderão ser respondidas por escrito, desde que efetuadas também dessa
forma. Optando por esta maneira, deverá ser entregue original para a juntada nos
autos.

b) – de forma oral - As perguntas efetuadas por escrito, poderão ser respondidas na


forma de oral, sempre se atendo às respostas tidas como obscuras ou interpretadas
de formas diferentes daquelas escritas no Parecer Pericial Contábil.

117. Se necessário efetuar diligências para arrecadar novos documentos ou outras


provas, o perito contador assistente adotará todas as providências constantes nesta
norma.

Palavras ofensivas
a) - sendo ofensivas as palavras verbais ou escritas por qualquer das partes ou seus
advogados, o perito contador assistente poderá requerer a autoridade competente que
tome as providências legais que o caso requer, tais como riscar as palavras dos autos.
b) - sendo ofensivas as palavras verbais ou escritas por qualquer dos peritos contadores
assistentes, poderá ser requerido as providências contidas na letra “a” precedente e
deverá ser comunicado por escrito ao Conselho Regional de Contabilidade da sua
jurisdição.
118. O modelo exemplificativo anexo aplica-se ao laudo pericial contábil e, no
que couber, ao parecer pericial contábil.

MODELOS DE TERMO DE DILIGÊNCIA


119. O perito elaborará o termo de diligência, podendo adotar os modelos
sugeridos a seguir:

Modelo 1: na Perícia Judicial

TERMO DE DILIGÊNCIA Nº.../PROCESSO Nº...

IDENTIFICAÇÃO DO DILIGENCIADO

VARA:
PARTES:

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PERITO-CONTADOR: (categoria e nº do registro)


PERITO-CONTADOR ASSISTENTE: (categoria e nº do registro)

Na qualidade condição de perito-contador, nomeado pelo Juízo em referência e/ou


perito-contador assistente indicado pelas partes, nos termos do artigo 429 do Código do
Processo Civil e das Normas Brasileiras de Contabilidade solicita-se que sejam fornecidos
ou postos à disposição, para análise, os documentos a seguir indicados:

1.
2.
3.
4.
etc.

Para que se possa cumprir o prazo estabelecido para elaboração e entrega do laudo
pericial contábil ou parecer pericial contábil, é necessário que os documentos solicitados
sejam fornecidos ou postos à disposição deste perito-contador ou perito-contador assistente
da perícia até o dia __-__-__, às __h, no endereço ........(do perito-contador e/ou perito-
contador assistente, e/ou parte). Solicita-se que seja comunicado quando os documentos
tiverem sido remetidos ou estiverem à disposição para análise.

Em caso de dúvida, solicita-se esclarecê-la diretamente com o signatário perito no


endereço e telefones indicados.

Local e data
Assinatura
Nome do Perito-Contador ou Perito-Contador Assistente
Contador – Nº de registro no CRC

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Modelo 2: na Perícia Extrajudicial

TERMO DE DILIGÊNCIA Nº.../PROCESSO Nº..

ENDEREÇAMENTO DO DILIGENCIADO

EXTRAJUDICIAL
PARTE CONTRATANTE:
PERITO-CONTADOR: (categoria e nº do registro)
PERITO-CONTADOR ASSISTENTE: (categoria e nº do registro)

Na condição de perito-contador e/ou perito-contador assistente, escolhido pelas


partes, em consonância com as Normas Brasileiras de Contabilidade, nos termos
contratuais, solicita-se que sejam fornecidos ou postos à disposição, para análise, os
documentos a seguir indicados:

1.
2.
3.
4.
5.
6.
etc.

Para que se possa cumprir o prazo estabelecido para elaboração e entrega do laudo
pericial contábil ou parecer pericial contábil, é necessário que os documentos solicitados
sejam fornecidos ou postos à disposição deste perito-contador ou perito-contador assistente
até o dia __-__-__, às __h, no endereço ........(do perito-contador e/ou perito-contador
assistente, e/ou parte). Solicita-se que seja comunicado quando os documentos tiverem sido
remetidos ou estiverem à disposição para análise.

Em caso de dúvida, solicita-se esclarecê-la diretamente com o signatário perito no


endereço e telefones indicados.

Local e data
Assinatura
Nome do Perito-Contador ou Perito-Contador Assistente
Contador – Nº de registro no CRC

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Modelo 3: na Perícia Arbitral

TERMO DE DILIGÊNCIA Nº.../PROCESSO Nº...

ENDEREÇAMENTO DO DILIGENCIADO

ARBITRAL
CÂMARA ARBITRAL:
ÁRBITRO:
JUIZ ARBITRAL:
PARTES:
PERITO-CONTADOR: (categoria e nº do registro)

Na condição de perito-contador, escolhido pelo árbitro, e/ou perito-contador


assistente, indicado pelas partes, nos termos da Lei nº 9.307/96 ou do regulamento da
Câmara de Mediação e Arbitragem, ......, e ainda em consonância com as Normas
Brasileiras de Contabilidade, solicita-se que sejam fornecidos ou postos à disposição, para
análise, os documentos a seguir indicados:

1.
2.
3.
4.
5.
6.
etc.

Para que se possa cumprir o prazo estabelecido para elaboração e entrega do laudo
pericial contábil ou parecer pericial contábil, é necessário que os documentos solicitados
sejam fornecidos ou postos à disposição deste perito-contador ou perito-contador assistente
até o dia __-__-__, às __h, no endereço ........(do perito-contador e/ou perito-contador
assistente, e/ou parte). Solicita-se que seja comunicado quando os documentos tiverem sido
remetidos ou estiverem à disposição para análise.

Em caso de dúvida, solicita-se esclarecê-la diretamente com o signatário nos


endereços e telefones indicados.

Local e data
Assinatura
Nome do Perito-Contador ou Perito-Contador Assistente
Contador – Nº de registro no CRC

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NBC
PP
01

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE


NBC PP 01 – NORMA PROFISSIONAL DO PERITO

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NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE


NBC PP 01 – NORMA PROFISSIONAL DO PERITO

OBJETIVO

1. Esta norma tem como objetivo estabelecer procedimentos inerentes à atuação do


contador na condição de perito.

CONCEITO

2. Perito é o Contador regularmente registrado em Conselho Regional de


Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser
profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria periciada.

3. Perito-contador nomeado é o designado pelo juiz em perícia contábil judicial;


contratado é o que atua em perícia contábil extrajudicial; e escolhido é o que exerce
sua função em perícia contábil arbitral.

4. Perito-contador assistente é o contratado e indicado pela parte em perícias


contábeis, em processos judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral.

COMPETÊNCIA TÉCNICO-PROFISSIONAL

5. Competência técnica pressupõe ao perito manter adequado nível de conhecimento


da ciência contábil, das Normas Brasileiras e Internacionais de Contabilidade, das
técnicas contábeis, da legislação relativa à profissão contábil e aquelas aplicáveis à
atividade pericial, atualizando-se, permanentemente, mediante programas de
capacitação, treinamento, educação continuada e especialização. Para tanto, deve
demonstrar capacidade para:

(a) Pesquisar, examinar, analisar, sintetizar e fundamentar a prova no laudo


pericial contábil e no parecer pericial contábil.

(b) Realizar seus trabalhos com a observância da eqüidade significa que o


perito-contador e o perito-contador assistente devem atuar com igualdade
de direitos, adotando os preceitos legais e técnicos inerentes à profissão
contábil.

6. O espírito de solidariedade do perito-contador e do perito-contador assistente não


induz nem justifica a participação ou a conivência com erros ou atos infringentes às
normas profissionais, técnicas e éticas que regem o exercício da profissão, devendo
estar vinculado à busca da verdade fática a fim de esclarecer o objeto da perícia de
forma técnica.

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HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

7. O Perito deve comprovar sua habilitação profissional por intermédio da


Declaração de Habilitação Profissional – DHP, de que trata a Resolução “CFC
871/2000”. É permitida a utilização da certificação digital, em consonância com a
legislação vigente e as normas estabelecidas pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas
Brasileiras - ICP-Brasil.

8. A DHP será afixada abaixo da assinatura do perito-contador ou do perito-


contador assistente, e no caso da DHP-Eletrônica, será colocada na primeira folha
após a assinatura de cada profissional, no laudo pericial contábil ou no parecer
pericial contábil.

9. A nomeação, a contratação e a escolha do perito-contador para o exercício da


função pericial contábil, em processo judicial, extrajudicial e arbitral devem ser
consideradas como distinção e reconhecimento da capacidade e honorabilidade do
contador, devendo este escusar os serviços sempre que reconhecer não ter
competência ou não dispor de estrutura profissional para desenvolvê-los,
contemplada a utilização do serviço de especialistas de outras áreas, quando parte
do objeto da perícia assim o requerer.

10. A indicação ou a contratação para o exercício da atribuição de perito-contador


assistente, em processo extrajudicial, devem ser consideradas como distinção e
reconhecimento da capacidade e da honorabilidade do Contador, devendo este
recusar os serviços sempre que reconhecer não estar capacitado a desenvolvê-los,
contemplada a utilização de serviços de especialistas de outras áreas, quando parte
do objeto do seu trabalho assim o requerer.

11. A utilização de serviços de especialistas de outras áreas, quando parte do objeto da


perícia assim o requerer, não implica presunção de incapacidade do perito, devendo
tal fato ser, formalmente, relatado no laudo pericial contábil ou no parecer pericial
contábil para conhecimento do julgador, das partes ou dos contratantes.

12. A indicação ou a contratação de perito-contador assistente ocorrem quando as partes


ou contratantes necessitarem comprovar algo que depende de conhecimento técnico
específico, razão pela qual o contador só deverá aceitar o encargo se reconhecer
estar capacitado com conhecimento técnico suficiente, discernimento e irrestrita
independência para a realização do trabalho.

13. Para efeito de controle técnico dos laudos e pareceres periciais contábeis, os
Conselhos Regionais de Contabilidade manterão atualizados relatórios contendo, no
mínimo, identificação do número do processo e local de tramitação do mesmo, para
os quais foram utilizados a DHP. Tratando-se de perícia extrajudicial, inclusive

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arbitral, devem ser indicadas as partes para as quais foram utilizadas tais
declarações.

EDUCAÇÃO CONTINUADA

14. O perito, no exercício de suas atividades, deve comprovar a sua participação em


programa de educação continuada, na forma a ser regulamentada pelo Conselho
Federal de Contabilidade.

INDEPENDÊNCIA

15. O perito deve evitar e denunciar qualquer interferência que possa constrangê-lo em
seu trabalho, não admitindo, em nenhuma hipótese, subordinar sua apreciação a
qualquer fato, pessoa, situação ou efeito que possam comprometer sua
independência.

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO

16. São situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito de exercer,


regularmente, suas funções ou realizar atividade pericial em processo judicial ou
extrajudicial, inclusive arbitral. Os itens explicita os conflitos de interesses
motivadores dos impedimentos e das suspeições a que está sujeito o perito nos
termos da legislação vigente e do Código de Ética Profissional do Contabilista.

17. Para que o perito possa exercer suas atividades com isenção, é fator determinante
que ele se declare impedido, após, nomeado, contratado, escolhido ou indicado
quando ocorrerem as situações previstas nesta Norma.

18. Quando nomeado em juízo, o perito-contador deve dirigir petição, no prazo legal,
justificando a escusa ou o motivo do impedimento.

19. Quando indicado pela parte, não aceitando o encargo, o perito-contador assistente
deve comunicar à parte, por escrito, com cópia ao juízo, a recusa devidamente
justificada.

Impedimento Legal

20. O perito-contador nomeado ou escolhido deve se declarar impedido quando não


puder exercer suas atividades com imparcialidade e sem qualquer interferência de
terceiros, ou ocorrendo pelo menos uma das seguintes situações exemplificativas:

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(a) for parte do processo;

(b) tiver atuado como perito contador contratado ou prestado depoimento


como testemunha no processo;

(c) tiver cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou em


linha colateral até o terceiro grau, postulando no processo ou entidades
da qual esses façam parte de seu quadro societário ou de direção;

(d) tiver interesse, direto ou indireto, mediato ou imediato, por si, por seu
cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou em linha
colateral até o terceiro grau, no resultado do trabalho pericial;

(e) exercer cargo ou função incompatível com a atividade de perito-


contador, em função de impedimentos legais ou estatutários;

(f) receber dádivas de interessados no processo;

(g) subministrar meios para atender às despesas do litígio; e

(h) receber quaisquer valores e benefícios, bens ou coisas sem autorização


ou conhecimento do juiz ou árbitro.

Impedimento Técnico

21. O impedimento por motivos técnicos a ser declarado pelo perito decorre da
autonomia, estrutura profissional e da independência que devem possuir para ter
condições de desenvolver de forma isenta o seu trabalho. São motivos de
impedimento técnico:

(a) a matéria em litígio não ser de sua especialidade;

(b) constatar que os recursos humanos e materiais de sua estrutura


profissional não permitem assumir o encargo; cumprir os prazos nos
trabalhos em que o perito-contador for nomeado, contratado ou
escolhido; ou em que o perito-contador assistente for indicado;

(c) ter o perito-contador assistente atuado para a outra parte litigante


na condição de consultor técnico ou contador responsável, direto ou
indireto em atividade contábil ou em processo no qual o objeto de perícia
seja semelhante àquele da discussão, sem previamente comunicar ao
contratante.

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Suspeição

22. O perito-contador nomeado ou escolhido deve declarar-se suspeito quando, após,


nomeado, contratado ou escolhido verificar a ocorrência de situações que venha
suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, desta
maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em relação à decisão.

23. Os casos de suspeição aos quais estão sujeitos o perito-contador são os seguintes:

(a) ser amigo íntimo de qualquer das partes;

(b) ser inimigo capital de qualquer das partes;

(c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus
cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha colateral até o
terceiro grau ou entidades das quais esses façam parte de seu quadro
societário ou de direção;

(d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos


seus cônjuges;

(e) ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes;

(f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do


objeto da discussão; e

(g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de


alguma das partes.

24. Poderá ainda o perito declarar-se suspeito por motivo íntimo.

SIGILO

25. O perito, em obediência ao Código de Ética Profissional do Contabilista, deve


respeitar e assegurar o sigilo do que apurar durante a execução de seu trabalho,
proibida a sua divulgação, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo.

26. O dever de sigilo subsiste mesmo na hipótese de o profissional se desligar do


trabalho antes de tê-lo concluído.

27. Em defesa de sua conduta técnica profissional, o perito-contador e o perito-


contador-assistente deverão prestar esclarecimentos sobre o conteúdo do laudo
pericial contábil ou do parecer pericial contábil, em atendimento a determinação do
juiz ou árbitro que preside o feito ou a pedido das partes.

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RESPONSABILIDADE

28. O perito deve conhecer as responsabilidades sociais, éticas, profissionais e legais,


às quais está sujeito no momento em que aceita o encargo para a execução de
perícias contábeis judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral.

29. O termo “responsabilidade” refere-se à obrigação do perito em respeitar os


princípios da moral, da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e
honestidade no desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil,
criminal, ética e profissionalmente por seus atos.

Responsabilidade e Ética

30. A responsabilidade do perito decorre da relevância que o resultado de sua atuação


pode produzir para solução da lide.

31. A responsabilidade ética do perito decorre da necessidade do cumprimento dos


princípios éticos, em especial, os estabelecidos no Código de Ética Profissional do
Contabilista e nesta Norma.

32. Ciente do livre exercício profissional deve o perito-contador, sempre que possível e
não houver prejuízo aos seus compromissos profissionais e suas finanças pessoais,
em colaboração com o Poder Judiciário aceitar o encargo confiado, na condição de
perito-contador do juízo, ou escusar-se do múnus, no prazo legal, apresentando
suas razões.

33. Cumpre ao perito-contador no exercício de seu ofício atuar com independência.

34. O perito-contador no desempenho de suas funções deve propugnar pela


imparcialidade, dispensando igualdade de tratamento às partes e especialmente aos
perito-contadores assistentes. Não se considera parcialidade, dentre outros, os
seguintes:

(a) atender a uma das partes ou perito-contadores assistentes, desde que se


assegure igualdade de oportunidade à outra parte, quando solicitado;

(b) trabalho técnico-cientifico anteriormente publicado pelo perito-contador


que verse sobre o tema objeto da perícia.

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Responsabilidade Civil e Penal

35. A legislação civil determina responsabilidades e penalidades para o profissional


que exerce a função de perito-contador, as quais consistem em multa, indenização
e inabilitação.

36. A legislação penal estabelece penas de multa, detenção e reclusão para os


profissionais que exercem a atividade pericial que vierem a descumprir as normas
legais.

ZELO PROFISSIONAL

37. O termo “zelo” para o perito refere-se ao cuidado que o mesmo deve dispensar na
execução de suas tarefas, em relação à sua conduta, documentos, prazos,
tratamento dispensado às autoridades, aos integrantes da lide e aos demais
profissionais, de forma que sua pessoa seja respeitada, seu trabalho levado a bom
termo e, conseqüentemente, o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil
dignos de fé pública.

38. O zelo profissional do perito-contador e do perito-contador assistente na realização


dos trabalhos periciais compreende:

(a) cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos termos
contratados em perícia extrajudicial, inclusive arbitral;

(b) assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações prestadas,


quesitos respondidos, procedimentos adotados, diligências realizadas,
valores apurados e conclusões apresentadas no Laudo Pericial Contábil
e no Parecer Pericial Contábil;

(c) O perito-contador prestará os esclarecimentos determinados pelo juiz ou


pelo árbitro, respeitados os prazos legais ou contratuais;

(d) o perito-contador assistente respeitará o prazo determinado pelo juiz, ou


contrato quando se tratar de perícia extrajudicial, bem como as normas
do juízo arbitral;

(e) propugnar pela celeridade processual, valendo-se dos meios que


garantam eficiência, segurança, publicidade dos atos periciais,
economicidade, o contraditório e a ampla defesa;

(f) ser prudente na formação de suas conclusões, atuando de forma


cautelosa, no limite dos aspectos técnicos, e, atento às conseqüências
advindas dos seus atos;

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(g) ser receptivo aos argumentos e criticas, podendo ratificar ou retificar o


posicionamento anterior.

39. A transparência e o respeito recíproco entre o perito-contador e o perito-contador


assistente pressupõem tratamento impessoal, restringindo os trabalhos,
exclusivamente, ao conteúdo técnico.

40. O perito é responsável pelo trabalho de sua equipe técnica, a qual compreende os
auxiliares para execução do trabalho complementar do laudo pericial contábil e/ou
parecer pericial contábil, tais como: digitação, pesquisas e análises contábeis,
cálculos e pesquisas pertinentes.

41. O perito pode valer-se de trabalhos realizados por especialista contratado para a
realização de parte da perícia que exija conhecimento específico em outras áreas
do conhecimento humano. Tal obrigação assumida pelo perito perante o julgador
ou contratante não exime o especialista contratado da responsabilidade pelo
trabalho executado. São exemplos de trabalho de especialista: analista de sistema,
atuário, tecnólogo, geólogo, especialista em obras de artes e outros avaliadores.

42. O perito ao contratar os serviços de profissionais de outras profissões


regulamentadas, deve certificar-se de que eles se encontram em situação regular
perante o seu conselho profissional. São exemplos de laudos interprofissionais para
subsidiar a perícia contábil:

(a) avaliação de engenharia;

(b) de medicina para subsidiar a perícia contábil em cálculo de


indenização de perdas e danos, para apuração de danos emergentes ou lucros
cessantes;

(c) de perito criminal em documentos, cópia e grafotecnia para reconhecer


a autenticidade ou a falsidade de documentos;

43. No caso de perícia judicial, o prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos,
fixado pelo juiz, deve ser cumprido pelo perito-contador como forma de não obstar
a celeridade processual. O perito-contador assistente deve cumprir o prazo fixado
em lei, para suas manifestações sobre o laudo pericial, de forma a não prejudicar a
parte que o indicou.

44. Sempre que não for possível concluir o laudo pericial contábil no prazo fixado pelo
juiz, deve o perito-contador requerer a sua dilação antes de vencido aquele,
apresentando os motivos que ensejaram a solicitação.

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45. Na perícia extrajudicial, o perito deve estipular, de comum acordo com a parte
contratante, os prazos necessários para a execução dos trabalhos, junto com a
proposta de honorários e com a descrição dos serviços a executar.

46. A realização de diligências para busca de provas, quando necessária, é de


responsabilidade exclusiva do perito, podendo mediante delegação expressa
autorizar terceiros, na arrecadação de provas.

UTILIZAÇÃO DE TRABALHO DE ESPECIALISTA

47. O perito pode valer-se de especialistas de outras áreas para a realização do


trabalho, desde que parte da matéria objeto da perícia assim o requeira. Neste caso
o parecer do especialista será anexado ao laudo pericial contábil, ou ao parecer
técnico contábil, justificando as conclusões técnicas que o perito-contador ou
perito-contador-assistente chegaram sobre a matéria abordada pelo especialista.

48. O perito-contador pode requerer ao juiz a nomeação de especialistas de outras


áreas que se fizerem necessários para a execução de trabalhos específicos. Neste
caso, o especialista nomeado pelo juiz protocolizará o seu Laudo em juízo e o
perito-contador, ou perito-contador-assistente, poderá valer-se das apurações e
conclusões ali constantes.

HONORÁRIOS

49. Na elaboração da proposta de honorários, o perito deverá considerar os seguintes


fatores: a relevância, o vulto, o risco, a complexidade, a quantidade de horas, o
pessoal técnico, o prazo estabelecido, a forma de recebimento e os laudos
interprofissionais, entre outros fatores.

50. A relevância é entendida como a importância da perícia no contexto social e sua


essencialidade para dirimir as dúvidas de caráter técnico contábil, suscitadas em
demanda judicial ou extrajudicial.

51. O vulto está relacionado ao valor da causa no que se refere ao objeto da perícia; à
dimensão determinada pelo volume de trabalho; e à abrangência pelas áreas de
conhecimento técnico envolvidas.

52. O risco compreende a possibilidade de os honorários periciais não serem


integralmente recebidos, o tempo necessário ao recebimento, bem como a
antecipação das despesas necessárias à execução do trabalho. Igualmente, devem
ser levadas em consideração as implicações cíveis, penais, profissionais e outras de
caráter específico a que poderá estar sujeito o perito-contador.

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53. A complexidade está relacionada à dificuldade técnica para a realização do


trabalho pericial em decorrência do grau de especialização exigido; à dificuldade
em obter os elementos necessários para a fundamentação do laudo pericial
contábil; e ao tempo transcorrido entre o fato a ser periciado e a realização da
perícia. Deve ser considerado também o ineditismo da matéria periciada.

54. As horas estimadas para a realização de cada fase do trabalho é o tempo


despendido para a realização da perícia, mensurado em horas trabalhadas pelo
perito-contador, quando aplicável.

55. O pessoal técnico é formado pelos auxiliares que integram a equipe de trabalho do
perito-contador, estando os mesmos sob sua orientação direta e inteira
responsabilidade.

56. O prazo determinado nas perícias judiciais ou contratado nas extrajudiciais deve
ser levado em conta nos propostas de honorários, considerando-se eventual
exigüidade do tempo que requeira dedicação exclusiva do perito-contador e da sua
equipe para a consecução do trabalho.

57. O prazo médio habitual de liquidação compreende o tempo necessário para


recebimento dos honorários.

58. A forma de reajuste e de parcelamento dos honorários, se houver.

59. Os laudos interprofissionais e outros inerentes ao trabalho são peças técnicas


executadas por perito qualificado e habilitado na forma definida no Código de
Processo Civil e de acordo com o Conselho Profissional ao qual estiver vinculado.

Elaboração de Proposta

60. O perito-contador deve elaborar a proposta de honorários, observando o disposto


no item XXXXX e seus subitens, estimando, quando possível, o número de horas
para a realização do trabalho, por etapa e por qualificação dos profissionais
(auxiliares, assistentes, seniores, etc.) considerando os trabalhos a seguir
especificados:

61. retirada e entrega dos autos;

(a) leitura e interpretação do processo;

(b) preparação de Termos de Diligências para arrecadação de provas e


comunicações às partes, terceiros e peritos-contadores assistentes;

(c) realização de diligências;

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(d) pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e societários;

(e) realização de planilhas de cálculos, quadros, gráficos, simulações e análises


de resultados;

(f) laudos interprofissionais;

(g) elaboração do laudo;

(h) reuniões com peritos-contadores assistentes, quando for o caso;

(i) revisão final.

(j) despesas com viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc.

(k) outros trabalhos com despesas supervenientes;

62. O perito considerará, na proposta de honorários, o seguinte:

(a) Relevância e valor da causa;

(b) Prazos para execução da perícia;

(c) Local da coleta de provas e realização da perícia.

Quesitos Suplementares

63. O perito-contador deve, em sua proposta de honorários, ressaltar que esta não
contempla os honorários relativos a quesitos suplementares e, se estes forem
formulados pelo juiz e/ou pelas partes, poderá haver incidência de honorários
suplementares a serem requeridos, observando os mesmos critérios adotados para
elaboração da proposta anterior.

Quesitos de Esclarecimentos

64. O oferecimento de respostas aos quesitos de esclarecimentos formulados pelo juiz


e/ou pelas partes não ensejará novos honorários periciais, uma vez que se referem à
obtenção de detalhes do trabalho realizado e não de novo trabalho.

65. O perito-contador deve analisar com zelo os quesitos de esclarecimentos, uma vez
que as partes podem formulá-los com essa denominação, mas serem quesitos
suplementares, situação em que o trabalho deve ser remunerado na forma prevista

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no item 63. Para tanto, o perito-contador poderá requerer honorários


suplementares, justificando o pleito, pela caracterização de quesito suplementar.

Apresentação de Proposta dos Honorários

66. O perito-contador apresentará sua proposta de honorários fundamentada ao juízo


ou contratante, podendo conter o orçamento ou este constituir-se em um
documento anexo.

67. O perito-contador assistente explicitará a sua proposta no contrato que,


obrigatoriamente, celebrará com o seu cliente, observando as normas estabelecidas
pelo Conselho Federal de Contabilidade.

68. O perito-contador assistente deverá estabelecer, mediante “Contrato Particular de


Prestação de Serviços Profissionais de Perícia Contábil”, o objeto, as obrigações
das partes e os honorários profissionais, podendo, para tanto, utilizar-se dos
parâmetros estabelecidos nesta Norma com relação aos honorários do perito-
contador. O perito-contador assistente deverá adotar, no mínimo, o modelo
constante nesta norma referente ao seu contrato de prestação de serviços.

Levantamento dos Honorários

69. O perito-contador requererá o levantamento dos honorários periciais, previamente


depositados, na mesma petição em que requer a juntada do laudo pericial aos autos.

70. O perito-contador poderá requerer a liberação parcial dos honorários quando julgar
necessário para o custeio de despesas durante a realização dos trabalhos.

Execução de Honorários Periciais

71. Quando os honorários periciais forem aprovados por decisão judicial, estes podem
ser executados, judicialmente, pelo perito-contador em conformidade com os
dispositivos do Código de Processo Civil.

Despesas Supervenientes na Execução da Perícia

72. Nos casos em que houver necessidade de desembolso para despesas


supervenientes, tais como viagens e estadas, para a realização de outras diligências,
o perito requererá ao juízo ou solicitará ao contratante o pagamento das despesas,
apresentando a respectiva comprovação, desde que não estejam contempladas na
proposta inicial de honorários.

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MODELOS

73. Em anexo, são apresentados os seguintes modelos:

(a) modelo de declaração de situações de impedimento e suspeição para


serem utilizados em comunicação da escusa antes da nomeação ou da
renúncia após nomeação ou contratação;

(b) modelo de escusa em perícia judicial;

(c) modelo de renúncia em perícia arbitral;

(d) modelo de renúncia em perícia extrajudicial;

(e) modelo de renúncia à indicação em perícia judicial;

(f) modelo de renúncia à indicação em perícia arbitral;

(g) modelo de renúncia em assistência em perícia extrajudicial;

(h) modelo de petição de honorários periciais; e

(i) modelo de petição de juntada de laudo pericial contábil e pedido de


levantamento de honorários;

(j) modelo de contrato particular de prestação de serviços profissionais do


assistente.

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MODELO N° 01 - ESCUSA EM PERÍCIA JUDICIAL


(IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO – PERITO-CONTADOR)

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) ............................

Autor:
Réu:
Ação:
Processo n°:

............................., Contador (a) registrado (a) no CRC ........, na condição de perito-


contador nomeado no processo acima referido, vem à presença de Vossa Excelência
comunicar, nos termos do art. ....... do Código de Processo Civil (citar n° do item do
Impedimento Legal, Técnico ou Suspeição) e da Norma Brasileira de Contabilidade NBC
PP 01, do Conselho Federal de Contabilidade, o seu impedimento para a produção da prova
pericial contábil, pelos motivos esclarecidos a seguir:

Obs.: Tais motivos são somente aqueles insertos no art. .......... do Código de Processo Civil
e nos itens do Impedimento Legal ou Impedimento Técnico da NBC PP 01.

Termos em que pede deferimento.

......................, de ............... de .........

Nome do perito-contador
Registro no CRC

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MODELO N° 02 - RENÚNCIA EM PERÍCIA ARBITRAL


(IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO - PERITO-CONTADOR)

Senhor(a) Presidente(a) da Câmara.............. ou do Tribunal Arbitral...........................

Requerente:
Requerido:
Ação:
Processo n°:

............................., Contador(a) registrado(a) no CRC ........, na condição de Perito-


Contador escolhido no processo acima referido, vem à presença dessa Egrégia Câmara ou
Egrégio Tribunal comunicar nos termos do item ....... (citar n° do item do Impedimento
Legal, Técnico ou Suspeição), da NBC PP 01, do Conselho Federal de Contabilidade, o seu
impedimento para a produção da prova pericial contábil pelos motivos esclarecidos a
seguir:

Obs.: Tais motivos são somente aqueles insertos nos itens do Impedimento Legal ou
Impedimento Técnico, da NBC PP 01.

Certos da sua compreensão agradecemos antecipadamente.

......................, de ............... de .........

Nome do perito-contador
Registro no CRC

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MODELO N° 03 - RENÚNCIA EM PERÍCIA EXTRAJUDICIAL


(IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO - PERITO-CONTADOR)

Senhor(a)...............................
(Ou endereçado a empresa)

Assunto:
Referência:

............................., Contador(a) registrado(a) no CRC ........, na condição de perito-contador


contratado para execução da perícia ....................., vem pela presente comunicar, nos
termos do item (citar n° do item do Impedimento Legal, Técnico ou Suspeição) da NBC PP
01, do Conselho Federal de Contabilidade, o seu impedimento no desenvolvimento do
trabalho pericial contratado (citar o assunto ou referência) pelos motivos esclarecidos a
seguir:

Obs.: Tais motivos são somente aqueles insertos nos itens do Impedimento Legal ou
Impedimento Técnico, da NBC PP 01.

Certo da sua compreensão agradeço antecipadamente.

......................, de ............... de .........

Nome do perito-contador
Registro no CRC

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MODELO N° 04 – RENÚNCIA À INDICAÇÃO EM PERÍCIA JUDICIAL


(IMPEDIMENTO - PERITO-CONTADOR ASSISTENTE)

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) ............................

Autor:
Réu:
Ação:
Processo n°:

............................., Contador(a) registrado(a) no CRC ........, na condição de perito-contador


assistente indicado pela parte ( requerente ou requerido) no processo acima referido, vem à
presença de Vossa Excelência comunicar, nos termos da Norma Brasileira de Contabilidade
NBC PP 01, do Conselho Federal de Contabilidade, o seu impedimento na assistência da
produção da prova pericial contábil, pelos motivos esclarecidos a seguir:

Obs.: Tais motivos são somente aqueles insertos no item Impedimento Técnico da NBC PP
01.

Termos em que pede deferimento.

......................, de ............... de .........

Nome do perito-contador
Registro no CRC

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MODELO N° 05 – RENÚNCIA À INDICAÇÃO EM PERÍCIA ARBITRAL


(IMPEDIMENTO - PERITO-CONTADOR ASSISTENTE)

Senhor(a) Presidente(a) da Câmara .................. ou do Tribunal Arbitral...........................

Requerente:
Requerido:
Ação:
Processo n°:

............................., Contador(a) registrado(a) no CRC ........, na condição de perito-contador


assistente indicado pela parte (requerente ou requerido) no processo acima referido, vem à
presença dessa Egrégia Câmara ou Egrégio Tribunal, comunicar nos termos do item .......
(citar n° do item do Impedimento Legal ou Impedimento Técnico), da NBC PP 01, do
Conselho Federal de Contabilidade, o seu impedimento na assistência da produção da prova
pericial contábil, cuja participação foi homologada por esse Juízo Arbitral pelos motivos
esclarecidos a seguir:

Obs.: Tais motivos são somente aqueles insertos nos itens do Impedimento Legal ou
Impedimento Técnico, da NBC PP 01.

Certo da sua compreensão agradeço antecipadamente.

......................, de ............... de .........

Nome do perito-contador
Registro no CRC

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MODELO N° 06 – RENÚNCIA EM ASSISTÊNCIA EM PERÍCIA


EXTRAJUDICIAL
(IMPEDIMENTO PERITO-CONTADOR ASSISTENTE)

Senhor(a)...............................
(Ou endereçado a empresa)

Assunto:
Referência:

............................., Contador(a) registrado(a) no CRC ........, na condição de perito-contador


assistente, indicado pela parte (requerente ou requerida) no processo acima referido vem
pela presente comunicar, nos termos do item (citar n° do item do Impedimento Legal ou
Impedimento Técnico) da NBC P 2.3 – Impedimento e Suspeição, do Conselho Federal de
Contabilidade, o seu impedimento na assistência da produção da prova pericial contábil
pelos motivos esclarecidos a seguir:

Obs.: Tais motivos são somente aqueles insertos nos itens do Impedimento Legal ou
Impedimento Técnico, da NBC P 2.3 – Impedimento e Suspeição.

Certo da sua compreensão agradeço antecipadamente.

......................, de ............... de .........

Nome do perito-contador
Registro no CRC

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MODELO DE PETIÇÃO DE HONORÁRIOS


PERICIAIS CONTÁBEIS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ _________DA (especificar a vara) VARA


__________ DA ______________(COMARCA, CIRCUNSCRIÇÃO, SEÇÃO JUDICIÁRIA),
(especificar Cidade e Estado)

Processo nº:
Ação:
Autor/Requerente:
Réu/Requerido:
Perito:

................................................., perito-contador (a), habilitado (a) nos termos do artigo 145 do Código
de Processo Civil, conforme certidão do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de (identificar
o Estado), cópia anexa, estabelecido na rua,(especificar o endereço completo do escritório do perito),
tendo sido nomeado nos autos do processo mencionado, vem à presença de Vossa Excelência apresentar
proposta de honorários para a execução dos trabalhos periciais na forma que segue:

Para elaboração desta proposta, foram considerados: a relevância,o vulto, o risco e a complexidade dos
serviços a executar; as horas estimadas para a realização de cada fase do trabalho; a qualificação do
pessoal técnico que irá participar da execução dos serviços e o prazo fixado. (Acrescentar os laudos
interprofissionais e outros inerentes ao trabalho, se for o caso).

HONORÁRIOS PERICIAIS
CUSTO DA PERÍCIA HORAS TOTAL
ESPECIFICAÇÃO DO TRABALHO PREVISTAS R$/HORA R$
Retirada e entrega dos autos
Leitura e interpretação do processo
Preparação de Termos de Diligências
Realização de diligências
Pesquisa e exame de livros e documentos
técnicos
Laudos Interprofissionais
Elaboração do Laudo
Reuniões com perito-contadores assistentes,
quando for o caso

Revisão final

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TOTAL

Os honorários propostos para a realização da perícia levou em consideração o valor da


hora sugerido pela (Sindicato, Associação, Federação, etc.) que é de R$
_________(por extenso), por hora trabalhada, totalizando R$ ____(por extenso).

É importante comunicar que, do valor acima, haverá ainda a responsabilidade do


perito quanto ao pagamento dos impostos e dos encargos referentes ao quantum dos
honorários periciais.

O valor desta proposta de honorários não remunera o perito para responder Quesitos
Suplementares, art. 425 do Código de Processo Civil, fato que, ocorrendo, garante ao
profissional oferecer nova proposta de honorários na forma deste documento.

Por último, requer de Vossa Excelência aprovação da presente proposta de honorários,


e na forma dos artigos 19 e 33 do Código de Processo Civil, determinação do depósito
prévio, para início da prova pericial.

Termos em que pede deferimento,

Cidade e data.

Nome completo
Contador CRC .......... nº ................

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MODELO DE PETIÇÃO DE JUNTADA DE LAUDO PERICIAL CONTÁBIL E


PEDIDO DE LEVANTAMENTO DE HONORÁRIOS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ ________ DA (especificar a vara)


VARA __________DA _______________(COMARCA, CIRCUNSCRIÇÃO,
SEÇÃO JUDICIÁRIA), (especificar Cidade e Estado)

Processo nº:
Ação:
Autor/Requerente:
Réu/Requerido:
Perito:

........................................., Perito Contador (a), nomeado e qualificado nos autos


acima identificado, vem, respeitosamente, requerer a V.Exa., a juntada do Laudo
Pericial Contábil anexo, que contém (quantidade de folhas e quantidade dos demais
documentos anexos), bem como o levantamento de seus honorários periciais,
previamente depositados (citar número das folhas).

Termos em que pede deferimento,

Cidade e data.

Nome completo
Contador CRC .......... nº ................

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MODELO DE JUNTADA DE LAUDO TRABALHISTA E PEDIDO DE


ARBITRAMENTO DE HONORÁRIOS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ TITULAR DA (especificar a Vara)


VARA DO TRABALHO (especificar Cidade e Estado)

Processo Nº:
Reclamante:
Reclamado:

................................................., perito-contador (a), habilitado (a) nos termos do


artigo 145 do Código de Processo Civil, conforme certidão do Conselho Regional de
Contabilidade do Estado (identificar o Estado), cópia anexa, nomeado nos autos
acima identificado, vem, respeitosamente, requerer a V.Exa., a juntada do Laudo
Pericial Contábil anexo, e o arbitramento de seus honorários, estimados em R$ ........,
devidamente atualizados desde a presente data.

Na oportunidade, apresenta votos de elevada estima e distinta consideração.

Termos em que pede Deferimento,

Cidade e data.

Nome completo
Contador CRC .......... nº ................

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MODELO DE CONTRATO PARTICULAR DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


PROFISSIONAIS DE PERITO CONTADOR ASSISTENTE

Contrato Particular de Prestação de Serviços Profissionais que entre si fazem, com


matriz estabelecida na............., devidamente inscrita no CNPJ n ............representada pelo
sócio: (qualificar o sócio), residente e domiciliado na.......doravante denominado
CONTRATANTE, e, do outro lado, como PERITO CONTADOR ASSISTENTE,...........
brasileiro,......, contador e perito judicial, inscrito no Conselho Regional de Contabilidade
do ......... sob o nº e C.P.F. nº .......com endereço profissional no ......., se obrigam mediante
as cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA 1ª - DO OBJETO

O objeto do presente é a prestação dos serviços profissionais do PERITO


CONTADOR ASSISTENTE, no acompanhamento da perícia judicial determinada
nos autos da Ação ...., Processo nº .......... que tramita perante a Vara Cível da
Comarca Judiciária......, estado do.....

CLÁUSULA 2ª - DAS OBRIGAÇÕES

O PERITO CONTADOR ASSISTENTE obriga-se a examinar o laudo pericial


contábil da lavra da Drª. Perita Judicial e emitir PARECER PERICIAL CONTÁBIL
sobre o mesmo, bem como estar presente em todas as instâncias judiciais no Estado
do....., quando houver necessidade legal, bem como assistir ao(a) advogado(a) da
CONTRATANTE nas orientações que se fizerem necessárias a respeito do trabalho
ora contratado.

As viagens necessárias para acidade de......, para a realização dos serviços


profissionais serão custeadas pelo CONTRATANTE, acrescidas das despesas
inerentes, inclusive de alimentação e estadia.
OBS: Penso que este dispositivo, por tratar de despesas inerentes ao cumprimento do
contrato, deveria estar alocado na cláusula 3ª, que dispõe sobre preço e pagamento.

O PERITO CONTADOR ASSISTENTE obriga-se a protocolar no Cartório da Vara


Cível de........seu PARECER PERICIAL CONTÁBIL inerente ao processo
mencionado na cláusula 1ª, no prazo previsto do artigo 433, parágrafo único do
C.P.C., ou conforme determinação do juízo.

CLÁUSULA 3ª - DO PREÇO E DO PAGAMENTO

A CONTRATANTE pagará ao PERITO CONTADOR ASSISTENTE, a título de


prestação de serviços profissionais, o valor de R$ ........da seguinte forma:

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R$ ...... em moeda corrente do país no ato da assinatura deste contrato e o restante na


entrega do PARECER PERICIAL CONTÁBIL;

Parágrafo primeiro. Caso ocorra a composição amigável entre as


partes litigantes, judicial ou extrajudicialmente, ou ainda as hipóteses de novação,
transação, subrogação, dação em pagamento, quitação, troca ou permuta,
compromisso, ou qualquer outra espécie de extinção ou modificação da obrigação, o
pagamento pela prestação dos serviços profissionais será devida pelo
CONTRATANTE ao PERITO CONTADOR ASSISTENTE.

Parágrafo segundo. O PERITO CONTADOR ASSISTENTE não arcará com o


pagamento de honorários sucumbenciais que porventura o CONTRATANTE venha a
ser condenado, em razão das manifestações de concordância com o Laudo Pericial
Contábil da Drª perita oficial, que poderá ocorrer de forma parcial ou total, no livre
exercício profissional do PERITO CONTADOR ASSISTENTE.
SUGESTÃO DE REDAÇÃO: As despesas com honorários sucumbenciais, caso venham a
ser arbitradas, deverão ser arcadas pelo CONTRATANTE, inclusive quando o parecer do
Perito Contador Assistente esteja em concordância com o laudo pericial contábil do perito
oficial.

Parágrafo terceiro. Por mera tolerância do PERITO


CONTADOR ASSISTENTE, que não importa em novação, o pagamento de seus
serviços profissionais poderá ser pago por intermédio de bens imóveis ou móveis,
desde que precedidos de avaliação, por profissional habilitado para tanto, indicado
pela partes ora contratantes.

Cláusula 4ª - DA ARBITRAGEM

Por intermédio desta cláusula compromissória, as partes comprometem-se a submeter à


arbitragem os litígios que possam vir a surgir inerentes a este instrumento e, pelo
compromisso arbitral, ficam submetidos também à arbitragem os porventura pendentes,
conforme disposição da Lei N. 9.307, de 23.9.96, que serão solucionados pelas decisões de
Câmara de Mediação e Arbitragem da cidade de ................, eleita para dirimir todas as
questões oriundas do presente instrumento.

Cláusula 5ª - DO FORO

As partes elegem o foro da Comarca de ..........., renunciando neste ato a qualquer outro, por
mais privilegiado que seja.

Estando assim ajustado e contratado, firmam o presente instrumento em duas vias, perante
as testemunhas abaixo.

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................, ,
18 de março de 2006.
Contratante
_______________________
Perito Contador Assistente – Contratado

Testemunhas
1. C.I.

2. C.I.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Código de Processo Civil.

BRASIL. Código Civil.

BRASIL. Constituição Federal do Brasil.

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