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HERPES

• O herpes é uma doença viral recorrente,


geralmente benigna, causada pelos vírus
 Herpes simplex 1 e 2, que afeta
principalmente a mucosa da boca ou
região genital, mas pode causar graves
complicações neurológicas. Traz muitos
incômodos, não tem cura, mas alguns
remédios podem ser utilizados para
diminuir os sintomas.
Vírus Herpes Simples
(HSV) 1 e 2
Grupo: Grupo I (DNA)
Família: Herpesviridae
Subfamília: Alphaherpesvirinae
Gênero: Simplexvirus
Espécie: Herpes simex vírus 1 (HSV-1)
Espécie: Herpes simplex vírus 2 (HSV-2)
Vírus Herpes Simples(VHS 1 e 2)
parte 1

HSV são dois vírus da família dos Herpesvírus, com genoma de DNA


 bicatenar (dupla hélice) que se multiplicam no núcleo da célula-
hóspede, produzindo cerca de 90 proteínas víricas em grandes
quantidades. Têm nucleocapsídeo de simetria icosaédrica e envelope
 bilipídico. Têm a propriedade de infectar alguns tipos de células de
forma lítica (destrutiva) e outras de forma latente (hibernante). Os
HSV1 e 2 são líticos nas células epiteliais e nos fibroblastos, e latentes
nos neurônios, donde são reativados em alturas de fragilidade do
indivíduo, como estresse, febre, irradiação solar excessiva, trauma ou
terapia comglucocorticóides (corticosteróides). 
Vírus Herpes Simples(VHS 1 e 2 )
parte 2

A produção de proteínas víricas pelas células tomadas pelo vírus têm três fases: na
primeira, produzem-se as proteínas envolvidas na replicação do seu genoma e essa
replicação ocorre; na segunda, há produção de proteínas reguladoras víricas que
regulam o metabolismo da célula para maximizar o número de vírionsproduzíveis; e
na terceira, há produção das proteínas do nucleocapsídeo e construção das novas
unidades virais, após o qual a célula é destruída pela grande quantidade de vírus
que é fabricada.
Os HSV1 e HSV2 são muito semelhantes, mas apresentam algumas diferenças
significativas. O HSV1 tem características que o levam a ser particularmente
infeccioso e virulento para as células damucosa oral. O HSV2 tem características de
maior virulência e infecciosidade para a mucosa genital. No entanto, o HSV1
também pode causar herpes genital e o HSV2, herpes bucal.
Epidemiologia

São muito frequentes. Em alguns países, especialmente pobres, 90% das pessoas têm
anticorpos contra o HSV1, ainda que possam não ter tido sintomas. Um quinto dos
adultos terá herpes genital, incluindo a Europa e os EUA.
O herpes oral, particularmente se causado por HSV1, é uma doença primariamente da
infância, transmitida pelo contato direto e pela saliva. O herpes genital é transmitido pela
via sexual.
Dentistas e outros profissionais de saúde que lidam com fluidos bucais estão em risco de
contrair infecção dolorosa dos dedos devido ao seu contacto com os doentes.
O vírus tem sido implicado na doença de Alzheimer e mal de Alzheimer vários genes de
susceptibilidade à doença, incluindo as principais APOE, Clusterin, complementam um
receptor e PICALM estão envolvidos no ciclo de vida do herpes simples como curadora
em este banco de dados
Progressão e sintomas

Após infecção da mucosa, o vírus multiplica-se produzindo os característicos exantemas


(manchas vermelhas inflamatórias) e vesículas (bolhas) dolorosas (causadas talvez mais
pela resposta destrutiva necessária do sistema imunitário à invasão). As vesículas contêm
líquido muito rico em virions e a sua ruptura junto à mucosa de outro indivíduo é uma
forma de transmissão (contudo também existe vírus nas secreções vaginais e do pênis ou
na saliva). Elas desaparecem e reaparecem sem deixar quaisquer marcas ou cicatrizes. É
possível que ambos os vírus e ambas as formas coexistam num só indivíduo.
Os episódios agudos secundários são sempre de menor intensidade que o inicial (devido
aos linfócitos memória), contudo a doença permanece para toda a vida, ainda que os
episódios se tornem menos freqüentes. Muitas infecções e recorrências são
assintomáticas.
Herpes Oral ou Labial

• A infecção por herpes simples 1


normalmente é oral, mas pode ocorrer da
pessoa ter o vírus e apenas eclodir dias,
meses ou ate anos depois e produz
gengivoestomatite (inflamação das
gengivas) e outros sintomas como febre,
fadiga e dores de cabeça. O vírus invade os
terminais dos neurónios dos nervos
sensitivos, infectando latentemente os seus
corpos celulares no gânglio nervoso
trigeminal (junto ao cérebro). Quando o 
sistema imunitário elimina o vírus das
mucosas, não consegue detectar o vírus
quiscente dos neurônios, que volta a ativar-
se em períodos de debilidade, como
estresse, trauma, imunossupressão ou
outras infecções, migrando pelo caminho
inverso para a mucosa, e dando origem a
novo episódio de herpes oral com
exantemas e vesículas dolorosas.

Herpes Oral ou Labial

• No Brasil, o herpes labial atinge 85%


da população, segundo dados da
Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A sintomatologia aparece em 50% dos
protadores do vírus anualmente.
Cerca de 5-10% sofrem com mais de
seis crises de herpes anuais.
• Complicações raras são a
queratoconjuntivite do olho que pode
levar à cegueira e à encefalite. Esta
cursa com multiplicação do vírus no 
cérebro, especialmente nos 
lobos temporais com convulsões,
anormalidades neurológicas e
psiquiátricas. É altamente letal, e 70%
dos casos resultam em morte, apenas
20% dos sobreviventes não
apresentam sequelas neurológicas.
Raramente é causada pelo HSV2.

Herpes Oral ou Labial

• Algumas plantas medicinais podem


ser usadas no combate aos sintomas
do herpes labial. Os óleos essenciais
de melissa têm sido descritos como
eficazes no combate ao vírus.
Praparações à base de óleos
essenciais de tomilho, manjerona,
junípero dentre outras também podem
auxiliar no combate à doença[1].
• Medicamentos alopáticos para o
herpes labial incluem cremes e
pomadas à base de aciclovir. Outros
antivirais que podem ser usados são
o valaciclovir, o penciclovir e 
famciclovir[2]. É sempre importante
consultar um médico antes do uso de
qualquer medicamento, seja ele
fitoterápico ou não.
• [ed
Herpes Genital
A infecção com o herpes simplex 2 é
semelhante (10% dos casos são por HSV1,
o que se atribui ao aumento da prática do
sexo oral). Há infecção da mucosa genital,
no homem na glande do pênis, na mulher
na vulva ou vagina, com exantemas e
sensibilidade dolorosa. Também pode
ocorrer no ânus. Outros sintomas são febre,
mal-estar, dores musculares e de cabeça,
dores ao urinar e corrimento vaginal ou da 
uretra no pênis. A maioria das infecções no
entanto é assintomática.
Simultaneamente ocorre a invasão dos
neurônios sensitivos com migração no
interior dos axônios para os corpos celulares
nos gânglios nervosos lambosacrais. Aí
ficam em estado de latência sem se
reproduzir, indetectáveis enquanto os virions
ativos da mucosa são destruídos pela 
resposta citotóxicaimunitária. 
Herpes Genital
• Após período de debilidade voltam
a migrar pelos axônios para a
mucosa e estabelecem novo
episódio doloroso típico. As
recorrências podem ser de todos
os meses a raras.
• Os episódios de recorrência são
menos intensos e freqüentemente
antes da erupção das vesículas
há irritação (comichão) da
mucosa. O vírus é transmitido
mesmo na ausência de sintomas.
• As complicações são mais raras e
mais moderadas quando ocorrem
somente na forma labial. Um tipo
de complicação específico do
HSV2 é a meningite, que é pouco
perigosa, sendo a encefalite muito
rara. 
Herpes genital
•  Contudo, se a mãe infecta o
recém-nascido via ascensão
pelo útero na gravidez ou no
nascimento, a infecção é
especialmente virulenta,
devido ao sistema imunitário
ainda pouco eficaz do bebê. A
mortalidade e probabilidade de
deficiências mentais são
significativas, apesar de
ocorrer numa minoria dos
casos.
• O herpes pode ser mortal

Herpes Zoster
É a erupção vesicobolhosa causada pelo Herpesvirus varicellae. A primo-infecção se manifesta pela varicela, (vesículas de
pequeno diâmetro sobre base eritematosa na pele e mucosas, principalmente em tronco. Muito importante para o
diagnóstico é verificar que há vesículas em diferentes estágios evolutivos). O tratamento é sintomático com repouso,
paracetamol , dipirona e anti-histamínico.
• O VZV é um vírus humano exclusivo, que pode causar varicela e que se torna latente nos nervos cranianos e nas raízes
dorsais dos gânglios nervosos e que freqüentemente recidivam décadas depois, produzindo herpes zoster e a neuralgia
pós-herpética (principalmente em idosos). É possível desenvolver o herpes zoster após contato com doente com varicela e
vice-versa.
• O vírus fica alojado nos nervos sem causar sintomatologia (latência). Geralmente o vírus infecta o hospedeiro quando
criança. A reativação ocorre com aumento da idade e por algum fator causador de imunossupressão. Os locais mais
freqüentes de latência do vírus são o nervo trigêmeo e gânglios torácicos.
• O quadro clínico é composto por dores neurálgicas precedendo lesões cutâneas que cicatrizam em 2 semanas. Vesículas
sobre base eritematosa, confluentes, unilaterais, parando na linha média, seguindo o trajeto do nervo. Cerca de 20%
apresentam neuralgia intensa.
• O tratamento pode ser conduzido com aciclovir ou famciclovir. Pode-se associar anestésico, opióides e antibióticos,
dependendo da necessidade. O tratamento da neuralgia pós herpética é feito com carbamazepina, amitriptilina e até mesmo
bloqueio ganglionar.
Outras Manifestações

• A faringite herpética causa em
jovens adultos dores de
garganta.
• A infecção dos dedos em
profissionais de saúde é
dolorosa e adquirida pelo
manuseio sem luvas das áreas
infectadas de doentes.
• A Herpes do Gladiador é uma
infecção disseminada na pele
 (adquirida por vezes na luta
corpo a corpo daí o nome).
• E é uma doença que traz
muitos incômodos e não tem
cura. Apenas remédios para
diminuir os sintomas.
Herpes de Garganta
• É uma doença habitual da garganta,
que ocorre pelo contágio por outra
pessoa infectada e tem um período de
incubação de dois a sete dias. Todos
os seus sintomas ficam localizados,
principalmente, na faringe e no
pescoço. Esta é uma inflamação que,
via de regra, acomete a amígdala.
• A faringite é causada por diferentes
microorganismos: os vírus e as
bactérias.
• Manifesta-se com dor na deglutição
(de saliva ou alimentos),
acompanhado de inchação,
vermelhidão, placas, possíveis úlceras
na faringe ou na amígdala (tonsila), e
inflamação nos gânglios do pescoço.
Pode haver comprometimento do
estado geral e sintomas como febre,
cansaço e vômitos.

Possível ligação com o mal de
Alzheimer
• Durante uma pesquisa feita no Reino Unido pela Universidade de Manchester,
cientistas sugeriram uma ligação entre o vírus do herpes e o Mal de Alzheimer.
• Na pesquisa os cientistas infectaram um cultura de células do cérebro com o
vírus HSV-1 e verificou-se um grande aumento na quantidade de proteína beta
amilóide, proteína esta que forma placas no cérebro de doentes de Alzheimer
destruindo os neurónios.
• Em experiência paralela, os pesquisadores examinaram partes do cérebro de
doentes que faleceram na decorrência de Alzheimer e detectaram o material
genético do vírus do herpes acumulado sobre as placas de proteína beta
amilóide.
• Em pesquisas anteriores já se havia sugerido que o vírus HSV-1 era encontrado
em 70% dos cérebros dos doentes com Alzheimer.
• É possível que esta descoberta possa abrir caminho para a criação de uma
vacina que previna o mal de Alzheimer.
• "O Alzheimer é disparado por vários factores e a nossa pesquisa aponta que
uma série de mutações genéticas e o vírus do herpes podem estar contribuindo
para a doença. No futuro, as pessoas poderão ser imunizadas contra o vírus
HSV-1, o que poderia ajudar na prevenção da doença degenerativa". Ruth
Itzhaki, líder da pesquisa.
Vírus do herpes tem ligação com
o mal de Alzheimer
• O vírus do herpes labial pode estar conectado com o mal de Alzheimer. Foi
o que descobriu uma equipe de cientistas da Universidade de Manchester,
no Reino Unido. A revelação pode contribuir para o desenvolvimento de
novas terapias contra a doença neurodegenerativa. 
Na pesquisa, publicada na revista Journal of Pathology, os especialistas
explicam que o vírus herpes simplex 1 (HSV1), que gera feridas nos lábios,
é um dos causadores das placas de proteínas achadas no cérebro dos
doentes de Alzheimer. Tais placas contêm o vírus do herpes. Os cientistas
de Manchester admitem que o estudo ainda está na fase inicial, mas não
escondem o otimismo de que o mal possa ser tratado com agentes
antivirais. 

• Fonte: Correio Braziliense - Brasília


Vírus do herpes tem ligação com
o mal de Alzheimer
• 1) A proteína beta amilóide, que é a proteína específica de amilóide na doença de
Alzheimer, deriva de uma proteína maior, denominada proteína precursora do
amilóide (PPA), normalmente produzida por uma série de tipos diferentes de células
orgânicas por vias metabólicas ainda não totalmente entendidas. Muitos
pesquisadores (mas com certeza não todos) concluíram que o depósito de proteína
amilóide no cérebro seja o evento-chave que leva ao desenvolvimento da doença de
Alzheimer.
• Uma observação importante que sustenta a idéia de que o metabolismo da PPA é a
chave para o desenvolvimento da Doença de Alzheimer é a ocorrência dessa doença
na maioria de indivíduos com Síndrome de Down sobreviventes além da idade de 50
anos.
• 2) Emaranhado neurofibrilar é uma expressão que descreve o aparecimento dentro
dos neurônios de uma proteína citoesquelética densa, não sendo específicos da
doença de Alzheimer e não estão uniformemente presentes em pacientes idosos
com Doença de Alzheimer. O que chama a atenção é um componente particular dos
emaranhados: a proteína tau, que é hiperfosforilada num paciente com Alzheimer o
que difere da proteína tau de um cérebro normal. Alguns neurocientistas especulam
que a fosforilação da tau e de outras proteínas pode ser um processo importante que
traz disfunção celular na doença de Alzheimer.
•  
Diagnóstico e tratamento

• Na maior parte dos casos o simples exame clínico permite ao


médico diagnosticar o herpes. Em casos mais complexos ou menos
evidentes o vírus é recolhido de pústulas e cultivado em meios com
células vivas de animais. A observação pelo microscópio destas
culturas revela inclusões virais típicas nas células. Na encefalite
viral pode ser necessário obter amostras por biópsia.
• Não há tratamento definitivo, embora alguns fármacos possam
reduzir os sintomas e o risco de complicações.
• É possível reduzir o risco a contaminação evitando-se o contacto
direto com indivíduos infectados e com objetos utilizados por estes.

Tratamento para Herpes Bucal
• Em caso de herpes labial, aplique um creme apropriado desde sua aparição ou desde o momento em que perceber o início da ardência.
• - Os cremes contra a herpes são compostos muitas vezes de um agente antiviral(medicamentos análogos de nucleosídeos), o mais
conhecido e entre os mais eficazes está o princípio ativo aciclovir(Zovirax®,...).
Observação sobre as pomadas à base de aciclovir: algumas autoridades de saúde (como na França, a "Haute  Autorité de santé")
não recomendam as preparações à base de antivirais de uso externo (cremes), pois eles acreditam que estas seriam pouco eficazes, já
que até o momento não surgiram provas claras que comprovem a sua eficácia.
• Existem também outras moléculas que atuam de forma eficaz sobre o vírus e que são próximas do aciclovir, tais como ovalaciclovir, o
penciclovir ou o famciclovir. Aconselhamos tomar os medicamentos em forma de comprimidos à base de aciclovir ou valaciclovir
somente em caso de surtos recorrentes de herpes labial (mais de 6 crises por ano). Estes medicamentos podem ser comprados sob
prescrição médica,  portanto, converse com o médico para que ele este indique qual a melhor molécula.
• - Além disso, existem cremes a base de sulfato de zinco, à venda em farmácias, que servem para desinfetar e secar as vesículas
herpéticas. Estas pomadas geralmente devem ser aplicadas logo no início do surgimento da herpes. Peça conselhos na sua farmácia
sobre a utilização de cremes a base de zinco.
• A lidocaina e a benzocaina, podem ser usadas como analgésicos locais. Já o Zilactin é usado topicamente para proteger as feridas de
traumas e irritantes.
• Observação : infelizmente os tratamentos disponíveis atualmente contra a herpes labial tratam apenas os sintomas e não a causa,
sendo assim, os tratamentos deverão ser repetidos sempre que doença reaparecer, desde os primeiros sinais.
• Ler a sequência: fitoterapia herpes labial
• Informações complementares para especialistas
O aciclovir é metabolizado pela timidina quinase viral (HSV1), ele é fosforilado e gera o aciclovir monofosfato (ACMP). Como as células
não infectadas pela herpes não podem fosforilar o aciclovir – pois somente a timidina quinase viral e não humana pode gerar o ACMP –
esta molécula torna-se seletiva para as células humanas infectadas pelo vírus. 
Em seguida, o aciclovir monofosfato é novamente fosforilado mais duas vezes pela timidina quinase humana, esta vez para gerar o
aciclovir triofosfato, que age como antimetabólito. Acontece então, a inibição da formação do ADN viral (vírus da herpes) e isso bloqueia
a formação de novos vírus.
Bibliografia
• Doenças causadas por vírus (A80-B34)
• Doenças e infecções sexualmente
transmissíveis (DST/IST) (A50-A64)
• Wikipédia

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