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¢ ¢¢
Percebe-se que quem tem uma boa base da parte geral e da teoria geral
das obrigações tem seu caminho muito facilitado pelo Direito Civil, pois não há
como estudar o restante do Direito Civil sem saber muito bem essa base e por isso,
sistematicamente o Professor vem lecionando aos advogados módulos sobre esse
tema.
Muitas pessoas nem percebem isso, pois são atos praticados comumente,
quase inconscientes, que integram a rotina, mas isso ocorre porque os leigos em
direito acham que o contrato é aquele que é assinado e registrado em cartório, mas
sabemos que não é isso. Daí conhecer a teoria geral das obrigações facilita o dia a
dia. A palavra obrigação é usada em várias obrigações.
1* %#&' #,# ( ( + (
,#2 a natureza humana é tendente a não pagar, somente o pródigo tem o
prazer de pagar, quem gosta de pensar no pagamento é credor, porque é ele que vai
receber, isso porque há uma transferência de patrimônio do devedor para o credor.
Então, para evitar que não ocorra o não pagamento, a sociedade criou mecanismos
de coerção.
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43 5
62 37
7
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6 8
988
8 :;3 <4 3
3
=
>*,
e que os bens do devedor não podem ficar indisponíveis, eles ficam disponíveis ou
indisponíveis, mas sem poder haver redução maliciosa de patrimônio com a
finalidade de frustrar o credor.
98
, uma vez que a obrigação
é um vínculo. A relação obrigacional tem como idéia um processo, um
encadeamento de atos, uma sucessão de atos (nascimento da obrigação até a
extinção da obrigação).
Alias, o autorc Clóvis do Couto e Silva, notável jurista gaúcho, até elaborou
uma obra, sua tese de cátedra, tinha o título ´ A obrigação como um processoµ, que
estudou a obrigação desde seu nascimento até sua morte, como um processo e que
ressalta a 7
3 sendo aquilo que se refere a um encadeamento de
atos.
=4
83
>4
* , é o que ocorre nas %#&B "
( ,# (aval, fiança). O fiador não deve nada ao credor, quem deve é o
afiançado, mas o fiador se responsabiliza pelo pagamento, assume a
responsabilidade, mas não assume o débito.
*
83
² %#&B " #+#".
Essas são a regra geral, mas há outro tipo atípico de obrigação ² ² do
nome se tira ² obrigação sobre a coisa ² constituem ema zona intermediária entre o
Direito das Obrigações e os Direitos Reais, mas tem natureza jurídica de direito
pessoal obrigacional.
98
: IPVA, IPOU. Oodo os impostos 8
que tem como
fato gerador a propriedade de uma coisa será uma relação obrigacional, que se não
paga utiliza o próprio bem como satisfação do credor.
4D3=3 *
7
, que
ligam os vizinhos e nasce da propriedade dos imóveis vizinhos. Agora, vejam como
concurso é pegadinha: questão feita pelo Professor mais de 5 vezes em vários
concursos: 6 3 D AE
(
+D3=3F
3
* =
8
e estão no livro dos
direitos reais por mera opção legislativa.
03
AE é um comando da lei dirigido a certas pessoas caso lhes
convenha manter um direito, ou seja, para preservar um direito elas deverão
praticar a conduta. Ex. a revelia ² é um direito do réu silenciar, mas é ônus, pois se
ele quiser preservar o princípio do contraditório ele deverá contestar, mas para não
perder o direito ao contraditório, deve ele contestar.
¢* "%$ #+" ² se refere aos sujeitos (credor (es) e devedor (es)), que
podem se modificar durante o curso da obrigação, sendo esta mantida a mesma ( é
o que ocorre na transferência das obrigações, salvo nas obrigações
personalíssimas). Morto o devedor, a obrigações se transfere aos herdeiros nos
limites da herança.
Em relação às " ,#(( ", estas não são o mesmo que a forma ² são
circunstancias da forma: o casamento tem a forma civil, mas para que ele possa
produzir efeitos deverá obedecer algumas solenidades.
.¢
""#r#&' (" %#&B "
POSITIVAS
- FAZER ± FUNGÍVEIS/INFUNGÍVEIS
NEGATIVAS
- NÃO FAZER
esse caso, o prejuízo é suportado pelo devedor, pois ficou sem a coisa e
sem o preço. O devedor inteligente entregar logo a coisa não é? Pois se ele demora,
ele corre o risco da coisa se perder, mesmo que sem culpa sua. Daí surgiu a regra
´
µ ² a coisa perece para o dono da coisa.
A coisa deve ser entregue no local em que se encontra, mas nada impede
que se estabeleça local diverso, sendo que todas as regras dos Direitos das
Obrigações são dispositivas, ou seja, passíveis de alteração, desde que expressas.
3
72 todo possuidor direto de uma coisa é devedor de uma
obrigação de restituir, pois a posse direta é provisória em razão de contrato que
envolve um direito real.
* 7 3 8
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5"5 .
Assim, as obrigações de fazer não tinha uma tutela eficaz até o surgimento
do Código do Consumidor (Lei 8.078/90) com o art. 84, que criou a CHAMADA
OUOELA EFEOIVA DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E ÃO FAZER -
exemplificadamente, com mecanismos de coerção indireta sobre o patrimônio do
devedor que se recuse sem justa causa, para levá-lo a fazer o serviço.
Essa regra foi tão importante, que logo após sua edição o CPC foi
reeditado para a criação do art. 461, tendo em vista que o art. 84 era somente para
a relação de consumo. Assim, o CPC criou um capítulo chamado ´das execuçõesµ e
ao lado está ´ da execução das obrigações de fazerµ.
Antigamente a lei dizia que somente caberiam perdas e danos, mas hoje
isso é uma opção do credor ente requerer esses mecanismos ou as perdas e danos.
ão se recriou a escravidão, pois a lei continua respeitando a liberdade individual,
mas colocou um ´preçoµ ² multa diária e etc...(coerção indireta sobre o patrimônio
do devedor),
O ovo Código Civil foi mais além, pois ele cumprindo o princípio da
efetividade do direito, para criar um direito útil e entregar a parte o bem da vida ao
qual ela faz jus,
G3, o credor pode mandar realizar um serviço
por outrem, independente de autorização judicial (antes da execução) para cobrar
do devedor originário depois e pedir perdas e danos. Se não for caso de urgência o
credor deverá propor a ação de execução civil da obrigação de fazer.
3= $3
.¢¢;
OOAS DA REDAÇAO
(http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2030382/sumula-
410-do-stj)
Somente nos resta tratar das obrigações pecuniárias para depois falarmos
das obrigações de não fazer.
autor não precisará fazer tal pedido constar da petição inicial, pois o juiz
provavelmente condenará.
Ooda vez que o Professor cita como exemplo de obrigação de não fazer a
obrigação de não construir no seu terreno para não tirar a vista do vizinho ou a
obrigação de não impedir a passagem do vizinho pelo seu terreno, há quem
confunda juridicamente a
4 7 8
4
com a obrigação de não
fazer consistente em não construir.
8 8* :
?D3 *
8* ?
3
E 3 A> 4 ¢1 ?E
F
Isso foi um caso concreto, no Jardim Botânico, onde havia 2 prédios, onde
o proprietário de um deles obrigou-se perante o outro a não construir em seu
terreno, mas o credor dessa obrigação não morava no Brasil e quando soube disso,
o prédio no terreno ao lado já estava construído e vendido. Ele entrou com uma
ação pedindo perdas e danos e a demolição do prédio. Esse caso foi ao SOF, que
entendeu que pelo princípio da ponderação de interesses, seria anti-social demolir
um prédio no qual já estavam de boa-fé instaladas 16 famílias.
Assim, 37 *
, tendo em vista que a obrigação negativa não vai a
registro e não é oponível , o que também levou à boa-fé daquelas famílias
que ali já moravam e, para satisfazer o direito do credor, aumentou-se a perdas e
danos. Apesar do credor ter o direito de pleitear a demolição, havia o interesse de 16
famílias, que teriam um prejuízo muito maior. Assim, as perdas e danos foram
maiores.
das prestações para estar desobrigado, ter direito à quitação. Essas últimas estão
no Código, pelos problemas que causam na prática.
1)c J
= 8
7 6
> 8 F É o devedor, pois
essa é uma regra que facilita o pagamento, sendo certo que o devedor irá escolher
aquela prestação que lhe for menos onerosa, mas nada impede que seja
previamente ajustado de forma diversa. Isso também é chamado de
CO CE ORAÇÃO DO DÉBIOO (ato de escolha da prestação). Há uma afinidade com
as obrigações de dar coisa incerta, nas quais isso também ocorre, como já dito
anteriormente.
3)c H 8
Isso está expresso no Código. O devedor tem que oferecer uma das obrigações por
inteiro.
7)c J3
= 8
7
8
8 8 8 4 , o credor terá direito às perdas e danos por
qualquer uma das prestações que se perderam, isso porque o devedor deixou o
credor escolher e, por isso, deverá o devedor suportar a escolha que o credor fizer.
ão há concentração automática.
7 (4
E4 ² é aquela que pode ser oferecida ao credor em
parcelas ou frações. (ex. devo R$ 6.000,00 reais a João e o pagamento é ajustado
em 3 parcelas de R$ 2.000,00 ² obrigação pecuniária divisível). (ex2. Eu me obrigo a
entregar 60 sacas de café, mas em 3 carregamentos de 20 sacas ² obrigação de dar
divisível).
7 #3 4
E4 ² é aquela na qual a prestação deverá ser entregue
por inteiro, não se admitindo o parcelamento, sendo certo que a indivisibilidade
pode surgir de 4 (quatro) causas diversas:
"2
Se na obrigação houver mais de um credor, ou mais de um devedor, a
presunção é de que a prestação é divisível, sendo a prestação divisível por quantos
forem os credores ou devedores. (ex. A, B e C são devedores de D, a presunção é de
que a prestação é divisível, salvo pela natureza do objeto). Se a obrigação é de
9.000,00 cada um somente tem direito a 3.000,00, mas nada impede que as partes
estabeleçam que a obrigação é indivisível.
J
72
= 83E8 6 D 6
7
A 8
5
6
7 * 4
E4F é o Princípio do
! =
. É o princípio segundo o qual nas obrigações múltiplo-
subjetivas a prestação se dividirá em quantas parcelas de acordo com o número de
sujeitos, concorrendo as partes igualmente, cada uma com a sua parcela. Assim,
nas obrigações múltiplo-subjetivas, a presunção é de que a obrigação é divisível, em
razão do princípio %
.
Pode ter um credor (A) e 3 devedores. Se a obrigação for solidária, (A) pode
cobrar 9.000,00 de (B) ou de (C) ou de (D), mas se for obrigação múltiplo-subjetiva,
(A) pode cobrar 3.000 de (B), 3.000 de (C) e 3.000 de (D). a obrigação divisível,
enquanto o devedor não pagar a sua obrigação, a última parcela, ele estará
inadimplente (deve 10, mas somente pagou 7).
6
4 37 8
8
F se houve
culpa.o devedor pagará perdas e danos pelas parcelas que não pagou, se não houve
culpa, resolve-se a obrigação. Se o devedor pagar a última parcela, haverá
presunção de que pagou todas. as obrigações divisíveis se o devedor pagar a
última parcela há presunção de que ele pagou as parcelas anteriores, sendo
presunção relativa, cabendo ao credor provar o contrário.
V v¢
Se a obrigação é indivisível, (B) tem que pagar a dívida de uma única vez,
se não pagar, verificaremos a existência de culpa. A dificuldade começa quando
temos mais de um credor ou mais de um devedor.
3) Se esse credor (A) não tiver a autorização, ele não poderá receber parte
da obrigação, (D) poderá pagar a (A) o total dessa obrigação, desde que (A) preste
caução de recebimento (sinônimo de garantia ² pessoal ou real, ao devedor de que
entregará os quinhões de (B) e (C) ² fiador, anel, carro).
#34 3 =8<
4
3 6
7 * 3 4
E42
7
8 >
34 4
E4
4 F 34 3 5
7 8
3
7 * 3 8 por
culpa dos devedores, ou seja,
7 6 3 4
E4 8
4
E4. Se a culpa foi dos 3 devedores, o credor deverá cobrar 1/3 de cada
devedor (na proporção dos quinhões), isso porque a indenização é sempre feita em
dinheiro, que ao ser dividido, por diminuir o valor, facilita o pagamento.
Entretanto,
8 *
3
4
F A regra muda,
pelo equivalente do valor da obrigação (substituição da prestação pelo dinheiro),
4
83 7 83 3 887
63=
, mesmo tendo sido somente um o culpado, mas os devedores não-
culpados terão ação de regresso contra o devedor culpado, para obter a quantia
desembolsada para o pagamento do credor,
8
3
3
8 7
4 6 ? 8 pelo resultado, pois perdas e
danos estão restritas ao causador do dano.
=8<
2 (A) credor e (B) - devedor de uma obrigação de R$
9.000,00 ² (B) morre, deixando os herdeiros (E) e (F), consequentemente o quinhão
de (B) - R$ 3.000,00 passou para seus herdeiros ² nos limites da herança, devendo
cada um R$ 1.500,00, havendo ainda outros dois devedores (C) e (D) ² (* 4
7 8 : * M ; #
* 8 3 F
8
2 Sim, pois a regra é que a indivisibilidade persiste em relação
aos herdeiros do co-devedor morto (ou co-credor), pois indivisibilidade pressupõe
unicidade da prestação. Se o devedor (E) é cobrado pelo total da dívida vai propor
ação de regresso em face dos demais na proporção de seus quinhões. Caso (A),
credor, que tivesse morrido, deixando dois herdeiros, um deles poderia cobrar a
totalidade da dívida dos demais.
+
3 6
7
> 8
8
4 Evidente
que o A não quer isso, pois não tem interesse que a prescrição ocorre. Aí ele resolve
somente interpelar o B para interromper a prescrição, mas não interpelou os
demais. Pergunta: a prescrição ficou interrompida em relação a C e D?Sim, pois a
obrigação é indivisível, sendo dispensável interpelar os demais devedores.
3)c A solidariedade implica em que cada credor poderá agir como se fosse
o único credor, ou cada devedor será tratado como se fosse o único devedor. Por
isso, temos 3 espécies de solidariedade:
| | |
D(devedor)
A (credor) pode celebrar uma novação com o devedor sem ouvir os demais,
mas responderá perante os demais pela obrigação original. Oambém poderá
transacionar com o devedor sem autorização dos demais, mas internamente será
responsável pela obrigação original.
A move ação contra D para cobrar R$ 9.000,00, obtém êxito, mas não
executa a sentença que transitou em julgado. Pode o outro credor ajuizar nova
ação? A obrigação é solidária e B, desejando sua parte, pode entrar nos autos para
executar aquela sentença com base na solidariedade? Pode? Pelo Direito civil sim,
mas pelo Direito Processual Civil não pode. Indefiram esse pedido, pois a coisa
julgada somente opera seus efeitos entre os litigantes,ele ÃO É PAROE LEGÍOIMA,
O credor (A) pode ajuizar ação contra os 3 devedores no pólo passivo, mas
pode querer mover somente contra (B), podendo o devedor = 8
os
demais devedores, mas quando mudar o CPC e o chamamento ao processo acabar,
não se sabe como vai se resolver isso, mas por ora, se o devedor é demandado
sozinho poderá chamar ao processo os demais devedores, não tendo o credor
ingerência sobre isso. Se não houver chamamento ao processo, ele iria depois
ajuizar ações de regresso.
Se B (um dos devedores) morre e tem dois herdeiros, não poderá ´Aµ
cobrar a integralidade do débito de nenhum dos herdeiros. A solidariedade cessa em
relação ao (B), pois os herdeiros não participaram da formação do vínculo da
solidariedade.
Vamos imaginar que (B) entregou um automóvel que vale 12.000 para
pagar R$9.000,00, mas somente poderá cobrar de (C) e (D) 6.000,00, pois somente
poderá regredir pelo valor da obrigação original.
Para ceder o crédito não é preciso que este esteja vencido, aliás em 90%
do crédito ainda não está vencido, pode ser vincendo ou vencido ,m as nunca pago,
pois do contrário seria estelionato. A cessão poderá ser feita por instrumento
público (oponível a terceiros) ou particular (pressupostos de validade observados).
A cessão pode até ser feita simbolicamente, nos títulos de crédito, nas
cambias ² quando ocorre por mero endosso, pois se é um título ao portador, quando
há a entrega do título ao portador equivale a cessão, mas se é um tiltulo
nominativo, deverá haver o endosso. Evidente que a cessão deve ser inequívoca,
somente sendo admitida a cessão pela simples tradição quando se tratar de título
ao portador.
Antônio comprou o crédito de José por R$ 9.000,00, mas quando ele foi
receber do devedor, ou a dívida já estava paga ou não existia. Pode Antônio exigir o
que pagou pelo crédito? Sim, pois não estamos falando de iliquidez do crédito, mas
de certeza do crédito. A regra é que o cedente não responde pela liquidez do crédito,
salvo responsabilização expressa em contrato, mas responde pela certeza do crédito
(existência). ão confundam liquidez do crédito com existência do crédito.
. ¢¢
O
8 3 3 8
3 * 3
6KG3 AE , ou seja, a
extinção da obrigação, ou seja, o pagamento é morte natural da obrigação, pois
quando o devedor paga ele se libera do vínculo e do credor. A sociedade perfeita
seria aquela na qual todas as obrigações morressem pelo pagamento, mas isso é
uma utopia, pois sempre haverá um nível de não pagamento.
Então, para pagar bem o devedor deve pagar ao credor legítimo ou a quem
o represente regularmente. É de elementar prudência do devedor ao pagar é
examinar a legitimidade do accipiens, de verificar a quem está pagando. Somente há
uma hipótese na qual se paga a quem não é credor e não o representa, mas isso é
exceção: ocorre no pagamento ao credor putativo, que é aquele que qualquer pessoa
normal suporia ser o legítimo credor, consequentemente o erro do devedor será
desculpável não sendo obrigado o devedor a repetir o pagamento.
O terceiro não interessado que paga em nome próprio pode executar uma
hipoteca ² sim, pois não havendo subrogação legal, mas há subrogação
convencional que depende da vontade do credor. Se isso acontecer, esse terceiro
não interessado poderá executar a hipoteca como subrogado convencional.
Havendo subrogação convencional (dependente da vontade do credor), o terceiro
não interessado que pagou em nome próprio pode executar a hipoteca.
Evidente que nada impede que o credor aceite prestação diversa, mas ele
não pode ser nunca obrigado, nem como não pode ser compelido a receber em
partes, se assim, não foi convencionado.
O devedor pode se considerar quitado sem ter quitação? Ele não tem um
documento provando pagamento e se considera quitado, é o que se chama de
Pagamento presumido ² é o que se considera feito ainda que sem quitação dada pelo
credor.
Exemplos:
b) para outros, essa ressalva é válida, desde que o devedor aceite, pois ele
pode consignação a prestação se o credor não retirar a ressalva, mas se ocorre a
ressalva, mas e o devedor paga mesmo assim, ocorre a renúncia do devedor a essa
presunção legal.
3 =>
3
6
8
37 37 4: Ex.
Consórcio de automóveis, quando a pessoa dá um lance para ficar com o veículo,
esse lance corresponde a 10 parcelas, mas a quitação nesse tipo de contrato ocorre
de trás para frente e, se houvesse a presunção o sujeito não estaria devendo nada.
Oemos outro exemplo: José deve R$ 10.000,00 a João e já estão vencidos R$
1.000,00 de juros e José paga, mas o recibo que João lhe dá diz (recebeu
11.000,00), mas se ele não disser expressamente que José pagou juros, presume-se,
pois o CC/02 diz que pago o principal, presume-se o pagamento dos juros vencidos.
:6
E4
* ² é aquela em que se convenciona que o lugar do pagamento é domicílio
do devedor, o credor vai ao domicílio do devedor para receber; ou * 8
:8 >4
* ² é aquela em que se convenciona que o lugar do pagamento o é
domicílio do credor, ou em outro local indicado pelo credor, se o devedor não
encontra o credor ele deverá consignar o pagamento para não ficar em mora.
Caberá ao juiz a análise do motivo grave e isso rompe a regra geral. o art.
330 a cláusula é aberta, pois pagamento reiterado vai depender de cada caso (se são
10 parcelas e 3 foram pagas fora do local indicado ² é reiterado, mas 3 de 60 não).
9
8
3
433
3 8
:são hipóteses em
que o credor pode exigir o pagamento antes do vencimento, com execução inclusive.
O código enumera 3 hipóteses:
Como o nome mesmo já diz, pagamento indevido é aquele que é feito por
erro, portanto o pagamento acarreta uma consequência jurídica de restituir o que se
recebeu indevidamente e este é exemplo clássico de dever jurídico (restituir o que se
recebeu indevidamente) e não é uma simples obrigação, pois se não devolvêssemos
estaríamos violando o princípio da vedação do enriquecimento sem causa, que um
dos princípios ético-jurídicos fundamentais.
a)c "%$ #+ , #,( +#( - é quando você paga uma obrigação a
quem pensa ser o credor e depois se verifica que não o era; ou quando você paga a
obrigação supondo que quem paga é o devedor, mas depois percebe-se que quem
pagou não era devedor - o erro refere-se a um dos sujeitos do pagamento, por isso
se chama subjetivamente indevido.
Para haver pagamento indevido é preciso que o pagamento seja feito por
erro, sendo essencial examinar se houve erro quando o devedor pagou. O erro tem
que ser escusável, porque se alguém paga sabendo que não deve, sabendo que
aquele não é o seu credor, o caminho seria resistir à cobrança, não pagar. Se paga
consciente do pagamento indevido o faz como generosidade e arcará com as
conseqüências do erro inescusável, mas cada caso deve ser analisado para
verificação do erro.
¢5 3?
7 (quando as figuras do credor e do devedor se fundem na
mesma pessoa - você é seu próprio credor ou o seu próprio devedor) - Ex: josé
emprestou 10.000 a seu único filho (herdeiro universal) e antes do vencimento da
obrigação José morre. o momento da morte de José opera-se a confusão (crédito é
parte da herança e o filho herdou o crédito, portanto, o filho será credor dele mesmo
- ele herdou o crédito do pai falecido). Ex: banco A empresta 1.000 ao banco B.
Banco A é o credor e o banco B é o devedor. Antes do vencimento o banco A
incorpora o banco B assumindo seu ativo e seu passivo. esse caso, no passivo do
banco B há a dívida de 1000 ao banco A.
obrigação. O caso do filho e do banco que incorporou. Se José tivesse 2 filhos, José
e Maria. O crédito de 10.000 será partilhado entre os herdeiros. Então a confusão
só vai ocorrer em relação a 5.000. Isso é confusão parcial. A confusão parcial não
extingue a obrigação; apenas reduz a prestação.
Se o filho tiver filho, o herdeiro do pai será o neto. O neto será o herdeiro.
Quem foi afastado do testamento terá que ou cumprir a obrigação ou
repetir/devolver a prestação ao neto que é o herdeiro. o caso do banco o mesmo:
se o ato de incorporação for anulado, a obrigação será restaurada. A corrente
dominante entende que a obrigação que foi extinta pode se restaurar em caso do
motivo da confusão ter sido anulado.
5
Questão: Oodo credor pode remitir seu devedor a seu livre arbítrio? o
crédito é bem patrimonial, portanto disponível, porém o direito não é absoluto.a
remissão pode ser anulada por terceiro. Só pode remitir o devedor o credor que após
a remissão continuar solvente.
3 #3
: o direto é quando o devedor entrega a prestação na
data, local e forma previstos. Pode haver situação em que o devedor encontra
dificuldades para pagar diretamente, quais são:
isso já foi um grande avanço porque a maioria das ações consignatórias referem-se
a obrigações pecuniárias.
O que o credor tem que provar na ação consignatória que a recusa foi
justa (a prestação foi oferecida em local diverso, a prestação entregada era menor).
açnao de depóstivo o depositário tem 3 dias apar depositar a coisa. Oem buscar e
apreendsão.
inquilino não incluiu aumento autorizado por lei, não haverá lugar para a consignação, O
motivo apresentado para a recusa é justo, pois ninguém é obrigado a receber menos do que
lhe é devido. Se, no entanto, não houver base legal para o acréscimo pretendido, a
consignação será procedente. Observe-se que a consignação ainda terá lugar se o credor
concordar em receber o pagamento, mas recusar-se a fornecer a quitação, ou se não puder
recebê-lo nem fornecê-lo, porque se trata de meio liberatório do devedor.
O caso em estudo contempla a hipótese de dívida em que o pagamento deve ser
efetuado no domicílio do credor. É necessário que tenha havido oferta real, efetiva,
incumbindo ao autor prová-la: bem corno a recusa injustificada do credor. A este incumbe,
ao contrário, o ônus de provar a existência de justa causa para a recusa.
N C8<
- >>. ## - é ´> $ !?>@$?+A$ =$? +>B B+@??>!>E>? !$ +$ |F?
D>B$>!$+@ HA$@>4 @$". Orata-se de dívida & (quesível), em que o pagamento deve
efetuar-se fora do domicílio do credor, cabendo a este a iniciativa. Permanecendo inerte,
faculta-se ao devedor consignar judicialmente a coisa devida, ou extrajudicialmente a
importância em dinheiro, para liberar-se da obrigação.
>N C8<
- >>. ### 5 a ï D>> @> $ !?>@$? >? +!I @> ?>!>E>? $|
@>!$+ï>! @$ >? @$ @>!?@$ |>+D> $| ?> @ ? >B |F? +!>?D$ $| @> !>$
>? F$$$|@ =J! . O
0em razão de sua condição, não deve receber o pagamento. A
exigência da lei é que o devedor pague ao seu representante legal. Mas se ; por algum
motivo, o pagamento não puder ser efetuado a este (por inexistência momentânea ou por
ser desconhecido, ou se recusar a recebê-lo sem justa causa, p. ex.), a solução será
consigná-lo. Em geral, as obrigações são contraídas com pessoas conhecidas. Mas pode o
por fato posterior, tornar-se desconhecido como, por exemplo, na hipótese de
sucessão decorrente da morte do credor originário ou da transferência de título ao portador.
Aumente éa pessoa que desaparece de seu domicílio, sem dar notícia de seu paradeiro nem
deixar um representante ou procurador para administrar-lhe os bens (CC, art. 22). Como a
ausência há de ser declarada por sentença, caso em que se lhe nomeará curador,
dificilmente se caracterizará a hipótese descrita na lei. pois o pagamento pode ser feito ao
referido representante legal do ausente. E dificilmente será este desconhecido, podendo seu
nome ser apurado no processo de declaração de ausência. A residência em lugar incerto, ou
de acesso perigoso ou difícil constitui também circunstância que enseja a consignação,
pois não se pode exigir que o devedor arrisque a vida para efetuar o pagamento.
VN C8<
- >>. #+ 5 apresenta-se quando ocorre "@K4 @ $E?> G|>B @>4
>F D BB>+D> ?>!>E>? $ $EC>D$ @$ FB>+D$".
Se dois credores mostram-se interessados
em receber o pagamento, e havendo dúvida sobre quem tem direito a ele, deve o devedor
valer-se da consignação para não correr o risco de pagar mal, requerendo a citação de
ambos. É o caso, por exemplo, de dois municípios que se julgam credores de impostos
devidos por determinada empresa, que tem estabelecimentos em ambos.
.N C8<
- >>. + - > >+@>? DJF $ $E?> $ $EC>D$ @$ FB>+D$ Estando o
credor e terceiro disputando em juízo o objeto do pagamento, não deve o devedor antecipar-
se ao pronunciamento judicial e entregá-lo a um deles, assumindo o risco (CC, art. 344),
mas sim consigná-lo judicialmente, para ser levantado pelo que vencer a demanda.
O art. 892 do Código de Processo Civil permite, quando se traía de prestações periódicas, a
continuação dos depósitos no mesmo processo, depois de efetuado o da primeira, desde que
se realizem até cinco dias da data do vencimento. O parágrafo único do art. 896 do mesmo
diploma obriga o demandado que alegar insuficiência do depósito a indicar o montante que
entende devido.
Antigamente uma frase elegante, mas sem nenhuma verdade técnica, dizia que a ação
consignatória era uma execução as avessas, assim como se exigia liquidez e certeza para se
manejar a execução, também se exigia que em sede de ação consignatória, não se
discutisse o & . Isso limitava muito o campo da ação consignatória, hoje
em dia, já se permite essa discussão. O CPC admite que, constando nos autos elementos
convincentes o juiz deverá declarar na sentença o valor real da consignação e não aquele
que o devedor ofereceu e o credor recusou. Isso faz com que a sentença venha a funcionar
como título judicial, permitindo, nos próprios autos, discutir essa cobrança. Então em sede
consignatória é possível discutir esse valor.
Oambém é interessante uma outra questão em que a prestação já vier sendo discutida em
juízo por mais de um credor. ,
4 *
? 8<
AED.
H ;3 =8<
6 4 ?> 8
3 8 3
37 3 83 3
8
3 , pelo contrário, ele deve depositar em juízo, até que se resolva quem
é o verdadeiro credor.
É possível também o pagamento por consignação quando o devedor ignorar quem seja o
credor, nas hipóteses do título ao portador. 98: alguém emite uma nota promissória
ao portador, obrigando-se a pagar determinada quantia e, no dia do vencimento, ninguém
aparece portando o título para receber. O devedor quer pagar, mas não sabe a quem e,
então só lhe resta a via da ação consignatória. A ação será proposta em fase daquele
portador do título, note que nesse caso, não será o réu identificado. Cita-se por edital o
portador do título tal e, aparecendo o credor, qualifica-o e extingue-se a obrigação do
devedor.
o código civil o instituto aparece com o seguinte título ´
µ
e no código de processo, há uma inversão, ou seja, ´
µ
(
% ).
3 5
=4 D7 *3 8
34
7
84
. a verdade,
há uma razão técnica para essa inversão, ou seja, no código civil o que se quer designar e
disciplinar é o ato do pagamento e as suas conseqüências, então o pagamento por
consignação seria uma das modalidades do pagamento. Já o legislador processual, está
mais preocupado com o procedimento para se fazer o pagamento e, por isso, é que o
procedimento aparece antes, ou seja, ´
µ, objetivando a
extinção da obrigação. Essa é a razão para a inversão.
3
5
72
porque o afiançado não pagou ocorre um pagamento com sub-rogação. Isso não é
um pagamento direta, mas é pagamento indireto porque o credor está satisfeito.
Questão: C pagou 8.000, A ainda tem a recebe 2.000, mas B só tem 6.000.
ão tendo o devedor bens suficiente para pagar os 2 credores, primeiro quita-se a
obrigação original - 2.000. Então paga-se 4.000 a C, que ficará em 4.000 no
prejuízo.
não pode ter sido pago), enquanto a sub-rogação só se dá quando o crédito foi pago
- o pagamento foi realizado e produziu uma consequência - a sub-rogaçnao, que é
efeito do pagamento.
& a verdade, o que ocorre é que haverá um terceiro ocupando o lugar
do credor. A primeira vista, não haveria nenhuma diferença.
finalidade seria que ele iria conduzir a execução, pois do contrário, ele seria um mero
espectador.
Outra hipótese de sub-rogação automática é aquela do adquirente de imóvel
hipotecário que paga ao credor hipotecário a dívida do alienante. 98: ´Aµ é credor de
´Bµ em R$ 20.000,00 que como garantia deu hipoteca do imóvel. Só que ´Bµ vendeu esse
imóvel para ´Cµ por R$ 40.000,00. ão pagando a dívida que tem com ´Aµ (credor originário
e preferencial) o adquirente do imóvel ´Cµ, percebendo que está na iminência de perder o
imóvel, poderá pagar a ´Aµ os R$ 20.000,00 e se sub-rogar nos direitos de cobrar de ´Bµ
aquele valor.
Essa sub-rogação poderá ser total, ou seja, quando o terceiro pagar inteiramente
a dívida. este caso, o credor original é expelido da relação obrigacional, ficando em seu
lugar o sub-rogado.
Se a sub-rogação for parcial, ou seja, na eventualidade de haver um fiador que
não consiga pagar toda a obrigação, o credor original ainda permanece, transferindo
parcialmente os direitos da sub-rogação ao fiador. este caso, o devedor terá dois
credores. este caso haverá o credor original pelo que sobejar do crédito e o credor sub-
rogado pelo que pagou.
Imagine se a dívida original era de R$ 20.000,00, sendo que o fiador pagou R$
15.000,00, logo resta ao credor original um crédito de R$ 5.000,00. o entanto, o
patrimônio do devedor é de 17.000,00. Como resolver essa questão? (
).
8
² o credor original terá preferência absoluta, ou seja, receberá o saldo
restante de R$ 5.000,00 e o sub-rogado (fiador) receberá o restante, ou seja, R$ 12.000,00,
ficando com crédito de R$ 3.000,00.
A confusão que se faz entre a sub-rogação e a cessão de crédito é principalmente
pela proximidade dos institutos, que o próprio código diz que se aplicam as mesmas regras
da sub-rogação convencional as da cessão de crédito (art.348 CC).
Quer dizer que o credor original na cessão de crédito, não se responsabilizará
pela solvência do devedor, mas se responsabilizará pela existência do crédito (se depois de
sub-rogado se verificar que aquela divida não existia, já tinha sido extinta ele (cessionário)
poderá recuperar o que pagou), mas se depois da cessão de crédito, o sub-rogado regredir
contra o devedor e verificar que o mesmo está insolvente é problema dele.
O inciso II do art.347 do Código Civil trata de uma hipótese que os leigos ficam
abismados, é que normalmente a sub-rogação é de iniciativa de um terceiro que paga.
Quem é que normalmente sub-roga para um terceiro é o credor.É o credor que recebe o
crédito de um terceiro não interessado e sub-roga em seus direitos.
O examinador pode fazer uma pergunta instigante, perversa, qual seja: ï
& p
&
8
: Orata-se a hipótese do inciso II do art.347 Código Civil. 98: ´Aµ
é credor de ´Bµ de R$ 20.000,00 e tem a garantia dessa dívida uma hipoteca de um imóvel
de ´Bµ. A obrigação está vencida e ´Bµ não conseguiu pagar. O devedor pode procurar uma
pessoa (terceiro) ´Cµ e o devedor então propõem o pagamento transformando-se em credor
hipotecário daquele imóvel, ou seja, ´Cµ empresta o dinheiro e recebe do credor ´Aµ a
hipoteca daquele imóvel como garantia da dívida. este caso houve um mútuo, tem que
ficar expressa a condição de ficar o mutuante ´Cµ sub-rogado nos direitos do credor
original. Orata-se de uma hipótese bem mais rara, mas em concurso, normalmente o que se
pergunta são as hipóteses mais raras.
as cessões de crédito não se aplicam as hipóteses do art.347 II Código Civil.
geral, por valor diverso deste, enquanto a sub-rogação legal ocorre na exata proporção do
pagamento efetuado. esta, ocorre pagamento, enquanto a cessão de crédito é feita antes
da satisfação do débito.
O pagamento com sub-rogação também não se confunde com novação subjetiva
por substituição de credor, por lhe faltar o
Orata-se, na realidade, de
instituto autônomo e anômalo, em que o pagamento promove apenas uma alteração
subjetiva da obrigação, mudando o credor. A extinção obrigacional ocorre somente em
relação ao credor, que fica satisfeito. ada se altera para o devedor, que deverá pagar ao
terceiro, sub-rogado no crédito.
¢;¢
#&' ,
Imputar o pagamento é um direito do devedor para facilitar o pagamento,
mas a maioria nem sabe que tem esse direito e ,por isso, na prática nem o fazem. O
credor não pode recusar a imputar, pois esta não lhe causa prejuízo, já que nada o
impede de que no dia seguinte ele ajuíze a ação para obrigar o devedor ao
pagamento do saldo, ou seja, por uma quantia menor.
(
&
(
& Por exemplo, se houver capital e juros vencidos um mútuo de R$
100.000,00, já há juros de R$ 12.000,00 vencidos. O sujeito só tem R$ 40.000,00 para
pagar. Como resolveria essa questão? O primeiro ponto a ser resolvido será os juros, o que
sobrar é que irá abater no principal, pois se puder abater primeiro no principal ao invés dos
juros, irá diminuir a base para os cálculos dos juros, com isso prejudicaria o credor. ote
que nada tem haver com anatocismo. Oal situação ocorre igualmente com a dívida externa
brasileira. (primeiro abate os juros para depois pagar o principal).
43
. Se houver parcelas líquidas e ilíquidas, 8 7
> 8 3
E6
Imputar o pagamento é um direito do devedor, tanto que o credor não pode recusar,
podendo inclusive ensejar ao devedor consignar a importância. ão há nenhum prejuízo
para o credor.
A quem cabe imputar o pagamento, ou indicar quais as prestações a serem
pagas: a principio o devedor quem vai indicar ao devedor o que pretende pagar, mas nada
impede que isso seja repassado ao credor, mas para isso é preciso que haja prévio acordo,
pois no silêncio das partes a faculdade é do credor.
c)c O devedor não pode, ainda, pretender que o pagamento seja imputado no
capital, quando há juros vencidos, "salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar
a quitação por conta do capital" (CC, art. 354).
A imputação por indicação do credor ocorre quando o devedor não declara qual
das dívidas quer pagar. O direito é exercido na própria quitação. Com efeito, dispõe o art.
353 do Código Civil que, "não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e
vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a
reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência
ou dolo".
Dá-se a imputação por determinação legal se o devedor não fizer a indicação do
art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação (CC, art. 355), Verifica-se, assim,
que o credor que não fez a imputação no momento de fornecer a quitação não poderá fazê-
lo posteriormente, verificando-se, então, a imputação legal. Os critérios desta são os
seguintes:
a)c Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros
vencidos (CC. art. 354);
b)c Entre dívidas vencidas e não vencidas, u imputação far-se-á nas primeiras;
(&' ,
Outra modalidade de pagamento indireto, que ocorre quando o devedor
não dispondo da prestação avençada, propõe ao pagamento substituí-la, sendo que
o credor a aceita. É evidente que isso facilita e permite o pagamento, que o interesse
Para que haja dação é preciso duas condições, que dificultam sua
ocorrência: a) anuência do credor: o devedor nunca pode compelir o credor a
receber prestação diversa, mesmo que valiosa ² a dificuldade é que é no momento
do pagamento, ou seja, do vencimento da prestação, que se propõe a dação,
momento em que o credor por não receber a prestação já está insatisfeito ² logo, a
tendência do credor é quase sempre recusar a prestação que anteriormente foi
pactuada; b) concordância do credor e devedor quanto ao valor da prestação
substitutiva ² se não houver esse acordo, a dação não irá se operar.
Jose devia 50.000 ao banco, e não tendo dinheiro oferece ao banco sua
casa, o banco aceita a casa pelo valor da dívida. Meses após, a casa apresenta vício
redibitório. O credor (banco) dispõe da ação redibitória para devolver a coisa
exigindo a devolução do preço? Muitos candidatos raciocinaram que não pode haver
devolução de preço, pois na dação não há preço, mas qual a conseqüência de essa
pretensão ser julgada procedente? seria o retorno da dívida original com os
consectários da mora. esse caso, a quitação é ineficaz.
do que ocorre no direito francês, não constitui novação objetiva, nem se situa entre os
contratos.
De acordo com o art. 357 do mesmo diploma, "determinado o preço da coisa dada em
pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e
venda". Como ocorre uma verdadeira compra, e sendo idênticas as regras, responde o
alienante pela evicção (CC, art. 359). Se quem entregou bem diverso em pagamento não for
o verdadeiro dono, o que o aceitou tornar-se-á evicto. A quitação dada ficará sem efeito e
perderá este o bem para o legítimo dono, restabelecendo-se a relação jurídica originária,
inclusive a cláusula penal, ou seja. o débito continuará a existir, na forma inicialmente
convencionada.
Se o objeto da prestação não for dinheiro e houver substituição por outra coisa, não
haverá analogia com a compra e venda, mas com a troca ou permuta. Se for título de
crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão (CC, art. 358). O
fato deverá ser, por essa razão, notificado ao cedido, nos termos do art. 290 do mesmo
diploma.
a aplicação dos princípios da compra e venda, tem a jurisprudência proclamado a
nulidade da dação em pagamento de todos os bens do devedor (CC, art. 548), bem como
sua anulabilidade quando feita por ascendente a descendente sem o consentimento dos
outros descendentes e do cônjuge do alienante (art. 496).
,7 8
3?3 7 8
3
7 ? 4, embora
haja uma enorme afinidade entre ambas. a obrigação facultativa, essa substituição da
prestação, A>
> 843 43 3 E
3, ou seja, já está prevista
a possibilidade de substituir a prestação, desde que esteja indicada no titulo obrigacional.
o entanto, a dação em pagamento se verifica no momento do pagamento, ou seja,no
momento do pagamento, que o devedor não dispondo da prestação propõe ao credor a
possibilidade de substituir a prestação. A dação em pagamento verifica-se no momento do
pagamento, ela não é antecipadamente ajustada. Por esta razão é que se criou a obrigação
alternativa, justamente para evitar esse constrangimento, assim, no momento da formação
da obrigação já estariam previamente ajustados.
#, : Pelo código antigo, não haveria dação em pagamento se a prestação
substitutiva fosse dinheiro. 98; tenho que emprestar ao Banco a importância de
R$10.000,00 e, no dia do vencimento, ofereço ao Banco um terreno para saldar aquela
dívida.
o código antigo, se o sujeito tivesse que entregar um cavalo e substituísse por
dinheiro, essa substituição por dinheiro não era tida como dação em pagamento.
m
)
(
& A resposta era que dação é uma forma de pagar e a
substituição por dinheiro é uma forma de indenizar o credor, ou seja, é uma forma de
ressarcir o devedor inadimplido e como o instituto é do pagamento, então, isso não seria
uma forma de pagamento e sim indenização.
Hoje em dia, há duas correntes, sendo que a primeira entende que quando houver
substituição da prestação por equivalente a dinheiro, não haverá pagamento estará em
verdade, havendo indenização.
J
6 A> E 3
3443 3
7
8
3 2
:José devia R$ 50.000,00 ao Banco, não tendo dinheiro, propôs
pagar a dívida com uma casa no mesmo valor, tendo o Banco aceitado receber pelo mesmo
valor como pagamento, quitando o devedor. Só que passados três meses, a casa começou a
afundar, ou seja, tinha um defeito oculto. %3 4 7 < (
). ote que na questão, o Banco não pagou nada pela casa,
é uma espécie de ação redibitória atípica, pois a conseqüência da aceitação dessa ação é o
renascimento da dívida. esse caso, o Banco pode devolver a casa ao devedor e a
obrigação renascerá com todos os consectários da mora, ou seja, juros, correção, etc. ote
que essa quitação dada pelo Banco torna-se ineficaz e não nula.
$
: O Banco recebe a casa por R$ 50.000,00 e, depois percebe que a
mesma estava com uns vazamentos e, em conseqüência, tem o seu preço diminuído. Então
o Banco propõe uma ação estimatória, pedindo o ressarcimento pela diferença daquele
preço. o entanto, como na questão acima, o Banco não pagou preço algum. A
conseqüência é que aquela dação que antes era integral
3
?> 8 e a
sentença irá fixar o valor, tendo o devedor que arcar com o restante para quitar a sua divida
original.
#
: O devedor devia R$ 50.000,00 contra o Banco e paga através de
uma casa (dação em pagamento), passados dois anos, surge um terceiro movendo uma
ação reivindicatória contra o Banco e vem a ganhar. Pode o credor (Banco) exigir em razão
do alienante evicção, visto que ele não efetuou nenhum preço? É possível a evicção (atípica),
pois se aplica na dação em pagamento, todas as regras da compra e venda, ficando o credor
evicto, ou seja, perdendo para um terceiro a coisa que recebeu em forma de dação, a
conseqüência é o ressurgimento da obrigação original, ficando ineficaz a quitação dada ao
devedor.
& Sim, pois neste exemplo ela (dação)
se equipara a uma cessão de crédito.
m
: José tem quatro filhos, fez um empréstimo com um deles, no
vencimento do mútuo, não tinha o dinheiro para pagar a obrigação e propõe o pagamento
com um imóvel que possui. O filho credor aceitou aquele imóvel, tendo quitado a obrigação,
passados uns anos, os outros filhos propuseram ação visando anular essa dação, sob o
argumento de que não anuíram com a dação. H 3
> 3G3
?=
F
J
8D 8
3F A ação é absolutamente procedente, pois se aplicam na
dação as mesmas regras da compra e venda, logo só poderia haver a dação se houvesse a
anuência dos demais filhos. Essa ação pode ser proposta perfeitamente em vida do devedor
(pai), pois não se discute herança futura e sim validade do ato jurídico, depende do
momento da celebração. , 6 37
3?3 3 3
E , é um
direito pessoal e pelo novo código, o prazo prescricional será de dez anos, ou seja,
prescrição ordinária.
A doação de ascendente para descendente não precisa de anuência dos demais
herdeiros, pois aquele beneficiário ficará obrigado a trazer à colação, salvo se o doador dizer
expressamente que aquele bem saiu da parte disponível.
c
,"&'
Exceções:
- prestações alimentícias
8 4
E
3
6 8
3
A ? 33
37
3 83
7. ote que a compensação 37 * 3
3 ,
ou seja, ficará ao arbítrio das partes. ão é freqüente, pois a compensação só trás benefício
para as partes facilitando o pagamento.
"H# "2A compensação pode ser, como visto, total ou parcial. Pode ser,
também, legal, convencional e judicial.
,"&' éa que decorre da lei. Opera-se automaticamente, de pleno
direito. o mesmo instante em que o segundo crédito é constituído, extinguem-se as duas
dívidas. O juiz apenas reconhece, declara sua configuração, desde que provocado, pois não
pode ser proclamada de ofício. Pode ser argüida em contestação, em reconvenção e até
mesmo nos embargos à execução (CPC, art. 741, VI). esta última hipótese, exige-se que a
compensação seja fundada em execução aparelhada. ão existindo ação ou execução em
andamento, pode ajuizar ação declaratória o devedor que desejar fazer reconhecer a
compensação legal, que depende de alguns requisitos, como se verá adiante.
,"&' ,+ ,#, é a que resulta de um acordo de vontades,
incidindo em hipóteses que não se enquadram nau de compensação legal. As partes, de
comum acordo, passam a aceitá-la, dispensando alguns de seus requisitos, como, por
exemplo, a identidade de natureza ou a liquidez das dividas. Pela convenção celebrada,
dívida ilíquida ou não vencida passa a compensar-se com dívida líquida ou vencida, dívida
de café com dívida em dinheiro etc. Sem ela, inocorreria compensação, pelo não-
preenchimento de todos os seus requisitos.
,"&' $(## é a determinada pelo juiz, nos casos em que se acham
presentes os pressupostos legais. Ocorre principalmente nas hipóteses de procedência da
ação e também da reconvenção. Se o autor cobra do réu a importância de RS 100.000,00, e
este cobra, na reconvenção, R$ 110.000,00, e ambas são julgadas procedentes, o juiz
condenará o autor a pagar somente R$ 10.000,00, fazendo a compensação. O art. 2 J do
Código de Processo Civil também determina que, se cada litigante for em parte vencedor e
vencido, sejam compensados entre eles os honorários 4 E
e as despesas.
J#"#" ( ,"&' 2
Os requisitos da compensação legal, que valem também para a compensação
judicial, são:
a)c Reciprocidade do crédito e débito,
b)c Liquidez e exigibilidade das dívidas;
3c Fungibilidade das prestações (dívidas da mesma natureza).
d)c Devem ser líquidas
e)c Já estejam vencidas
* 8 * * :
O primeiro requisito é, pois, a existência de obrigações e créditos recíprocos,isto
é, entre as mesmas partes, visto que a compensação provoca a extinção de obrigações pelo
encontro de direitos opostos. O terceiro não interessado, por exemplo, embora possa pagar
em nome e por conta do devedor (CC, art. 304, parágrafo único), não pode compensar a
dívida com eventual crédito que tenha em face do credor. A lei abre, no entanto, uma
em favor do fiador atendendo ao fato de se tratar de terceiro interessado,
permitindo que alegue, em seu favor, a compensação que o devedor (afiançado) poderia
argüir perante o credor (CC, an. 371, 2a parte).
Preceitua o art. 376 do mesmo diploma que uma pessoa, obrigando-se por
terceiro, "não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever". A regra não
se confunde com a do citado art. 371, e se aplica precipuamente aos contratos com
estipulação em favor de terceiro. Assim, quem se obriga (seguradora, p. ex.) em favor de
terceiro (beneficiário) não lhe paga o que lhe prometeu, mas sim o que prometeu ao
estipulante (contratante). E em virtude de obrigação contraída com este que a seguradora
realiza o pagamento ao terceiro. ão há, pois, reciprocidade entre a seguradora e o
> 6
8
A
6 , ou seja, café tipo exportação e café tipo
comum, são de qualidades diferentes.
Se houver conversão das prestações em dinheiro, ou seja, coisas infungíveis e
depois converter em dinheiro. este caso, haverá, desde que as partes estejam de acordo,
uma transação (para a conversão) e aí sim, haverá uma compensação entre as obrigações.
* r3
8
2
É necessário que as prestações sejam fungíveis,da mesma natureza. ão basta
que as obrigações tenham por objeto coisas fungíveis (dinheiro, café, milho etc.). É
necessário que sejam fungíveis entre si. Assim, dívida em dinheiro só se compensa com
outra dívida em dinheiro. Dívida consistente em entregar sacas de café só se compensa com
outra dívida cujo objeto também seja a entrega de sacas de café. ão se admite a
compensação de dívida em dinheiro com dívida em café.
A restrição legal vai além: "embora sejam da mesma natureza as coisas fungíveis,
objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade,
quando especificada no contrato" (CC, art. 370). essa conformidade, se uma das dívidas
for de café tipo "A" 9&
%
3só se compensará com outra dívida também de
café tipo "A".
* (4
E6
Ambas as prestações recíprocas devem ser líquidas. Assim, se ´Aµ deve a ´Bµ uma quantia de R$ 1.000,00 e ´Bµ
deve uma obrigação a ´Aµ que, ainda não esteja quantificada pelo seu valor (ilíquida). É necessário que tenha havido a
compensação de ambas as obrigações.
* $>
A 43
É necessário que ambas as prestações já estejam vencidas, ou seja, exigíveis. o
entanto, se uma das prestações ainda não venceu, nada impede que as partes possam fazer
uma compensação dessas obrigações, desde que haja um acordo entre elas.
Presentes esses pressupostos, a compensação será devida e, se uma das partes
recusar, poderá a outra parte, inclusive, impô-la, mediante consignação em pagamento da
diferença. A parte só poderá recusar a compensação, se estiver expressamente previsto no
titulo obrigacional ou se houver a ausência de um dos pressupostos.
&Pois, em nenhum momento, isso causará prejuízo para a
outra parte. A simples recusa estando presente os pressupostos ensejaria um mero
capricho, não tolerável pelo direito.
# (" "&B " #,!# H # +, :
98: ´Aµ é inquilino de ´Bµ em R$ 1.000,00 e lhe deve tal quantia em razão
de alugueis. o entanto, ´Bµ comprou uma determinada mercadoria de ´Aµ e lhe deve R$
500,00. É perfeitamente possível tal compensação, mesmo uma das obrigações sendo
oriundas de um contrato de locação e a outra de um contrato de compra e venda (
), isso é inteiramente irrelevante.
Contudo, há exceções, ou seja, existem determinadas prestações que em razão de sua origem (causa), não
admitem compensação, quais sejam:
pode compelir a mulher a receber apenas R$ 800,00, compensando assim o valor que a
mulher lhe deve, a razão é que, uma vez admitida tal compensação, poderá ensejar num
prejuízo da subsistência da mulher, pois a obrigação da mulher é decorrente de prestação
alimentícia, diferente daquela obrigação do marido decorrente de uma compra e venda.
O marido terá que prover a cobrança por ação própria. Mas nada impede que eles
cheguem a um consenso e a mulher após receber o valor devido venha a efetuar o
pagamento ao marido.
- Outra exceção será em relação as obrigações decorrentes de salários,
ou seja, o patrão não pode compelir o empregado a compensar uma determinada quantia
em função de dívidas que o empregado tem com ele. A razão é idêntica, pois guarda o
salário a natureza de prestações alimentícias, ou seja, deverá prevalecer o seu próprio
sustento. Assim, o empregador deverá pagar integralmente o salário ao empregado e depois,
em ação autônoma cobrar aquilo que o empregado lhe deve.
ote que o vale fornecido pelo empregador, em nada se assemelha com a
compensação, pois, em verdade, trata-se de um mero adiantamento do salário e, por isso, é
perfeitamente possível que o empregador ao término, venha descontar aqueles valores.
4 37 * E4
3 3 . Por isso é que eles são descontados, mas
nunca compensados.
Quanto as obrigações naturais ou prescritas, em havendo concordância, poderá
perfeitamente ser objeto de compensação, mas, ressalte-se que tal situação deverá ser
plenamente acordada com a outra parte, 33 8
.
r" ( ,"&':
#3
² se ambas as prestações forem iguais. 98: José deve R$ 1.000,00
a João, que por sua vez, também deve o mesmo valor a José. este caso, far-se-á a
compensação integral resolvendo a obrigação. a linguagem de rua é ´
%
µ.
² é a forma mais freqüente. Exemplo: José deve R$ 1.000,00 a João, que
por sua vez deve R$600,00 a José, neste caso, deverá haver uma compensação de José em
relação à diferença.
E4 83
*
?
F Em princípio não. O novo código
admitia a compensação de dívidas fiscais (art.374), mas tal dispositivo está revogado pela
Lei 10.677 de 22/5/03. Para compensar créditos fiscais é preciso que ocorra legislação
especial, ou seja, dependerá de autorização especial legislativa.
Oodos os institutos ditos anteriormente são formas de pagamento de maneira
indireta - pagamento por consignação; pagamento com sub-rogação; pagamento por dação;
imputação no pagamento; novação; compensação.
em todos esses institutos
ocorre um pagamento, ainda que não seja direto.
Oambém não se admite compensação em prejuízo do direito de terceiro. O devedor que se torne credor de seu
credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exeqüente a compensação, de que contra o próprio credor
disporia (CC, art. 380). Sendo modo abreviado de pagamento, a compensação não pode prejudicar terceiros estranhos à
operação.
,+&'
Essa novação pode ser subjetiva, quando a nova obrigação tem sujeitos
diferentes, mas pode ser objetiva, quando a nova obrigação tem os mesmos sujeitos,
mas a prestação é diferente.
¢O 6
- EXISO CIA DE OBRIGAÇÃO JURÍDICA A OERIOR,visto que a novação visa
exatamente à sua substituição. É necessário que seja válida a obrigação a ser novada. Dispõe,
com efeito, o art. 367 do Código Civil: "Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não
podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas". ão se pode novar o que não
existe, nem extinguir o que não produz efeitos jurídicos. A obrigação simplesmente anulável,
entretanto, pode ser confirmada pela novação, pois tem existência, enquanto não rescindida
judicialmente. Podendo ser confirmada, interpreta-se sua substituição como renúncia do
interessado ao direito de pleitear a anulação.
As obrigações naturais não comportam novação, porque seu pagamento não pode
ser exigido compulsoriamente. ão se pode revitalizar ou validar relação obrigacional
juridicamente inexigível. A matéria, entretanto, é controvertida, havendo entendimentos
contrários a este. As obrigações condicionais contudo, podem ser novadas. A nova dívida
poderá ser pura e simples, ou também condicional. o último caso, a validade da novação
dependerá do implemento da condição estabelecida.
O 6
- CO SOIOUIÇÃO DE OVA DÍVIDA, PARA EXOI GUIR E SUBSOIOUIR A A OERIOR
- A novação só se configura se houver diversidade substancial entre a dívida anterior e a nova.
ão há novação quando se verifiquem alterações secundárias na dívida (exclusão de uma
garantia, alongamento ou encurtamento do prazo, estipulação de juros etc.). A nova obrigação
há de ser válida. Se for nulaineficaz será a novação, subsistindo a antiga. Se anulável, e vier
a ser anulada, restabelecida ficará a primitiva, porque a extinção é conseqüência da criação
da nova. Desfeita esta, a anterior não desaparece.
>O 6
- + B| +$4+@ ,E imprescindível que o credor tenha a intenção de
novar, pois importa renúncia ao crédito e aos direitos acessórios que o acompanham. Quando
não manifestada expressamente, deve resultar de modo claro e inequívoco das circunstâncias
que envolvem a estipulação. a dúvida, entende-se que não houve novação, pois esta
Dispõe, com efeito, o art. 361 do Código Civil: " ão havendo ânimo de novar,
expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira".
Coexistem as duas dívidas, que, entretanto, não se excluem. ão ocorre novação, por exemplo,
quando o credor simplesmente concede facilidades ao devedor, como a dilatação do prazo, o
parcelamento do pagamento ou ainda a modificação da taxa de juros, pois a dívida continua a
mesma, apenas modificada em aspectos secundários.
F ote que
não seria novação, 8
37
8 34
7 3, a novação pressupõe
extinguir a obrigação anterior e fazer uma nova, mas na verdade, a anterior era nula
(
), ou seja, é como se ela nunca tivesse existido. a verdade, o pai não
está fazendo nenhuma substituição, ele está fazendo é uma nova relação que, aliás, é a única,
visto que àquela anterior já nasceu morta (celebrada por um menor incapaz).
Diferente se esse mesmo contrato fosse celebrado por um menor com 17 anos
(
), neste caso, sem a representação, tal contrato é anulável, portanto,
poderia haver uma ratificação com a assinatura do representante legal embaixo da assinatura
do filho, mas se preferir faz-se uma nova locação e, aí sim haverá uma novação.
& Em princípio sim, mas é necessário
que em relação às obrigações anuláveis, para serem suscetíveis de novação, ambas as partes
tenham que conhecer o vício no momento da celebração. 347
<
> 4>
8
63 34 3= 4E 6 4 8, se uma das
partes desconhecia o vício, a segunda obrigação (novada) é tão anulável quanto a primeira. Se
ambas as partes sabiam que o menino com 17 anos celebrou o contrato (locador e o pai do
menor), não haveria problema algum, mas se houver um desconhecimento não será possível,
pois se trata de um erro e, por conta disso, pede-se a anulação daquela primeira obrigação.
>
937 ? :
3
7* *
347 ?
3G3. A novação extingue as garantias da obrigação anterior,
pois a fiança tem que ser expressa.
c
v ¢
(exemplos)
definido, para que seja concedido um prazo razoável para o pagamento. Contudo há
hipóteses de exceção, quando há vencimento determinado, mas a mora somente se
constgitui por meio de interpelação ² (ex. contrato de compra e venda ou promessa
de compra e venda) ² a densidade econômica desses contratos criou a exceção, pela
Dec 58/37 e Dec 745/70. Aqui a mora será ex-personae. Isso ocorre também na
alienação fiduciária, a busca e apreensão somente se fará mediante prévia
interpelação do devedor ² dec 911/67, se não houver notificação, o juiz irá indeferir
a liminar na ação de busca e apreensão.
(...)
Quanto mais cedo o devedor entregar a prestação menor o risco que ele
corre.
defeito deveremos verificar se isso ocorreu por culpa do devedor, caso tenha sido,
haverá perdas e danos, mas se foi sem culpa não há que se falar em perdas e danos
(natureza de pena ao inadimplente ² devidas somente quando há culpa).
Qual a teoria adotada pelo direito brasileiro para apurar as perdas e danos
² teoria da causalidade direta e imediata (ou da causalidade adequada) ² art. 403
CC ² mesmo que o inadimplemento ocorra por dolo, o devedor somente indenizará o
credor (...)
A grande dificuldade das perdas e danos são os lucros cessantes, pois são
com base em estimativa, mas os danos emergentes não, pois representam o que
efetivamente o credor perdeu. Oem que haver um mínimo daquele lucro se realizar.
ada impede que mesmo contrato figurem as duas clausulas, isso porque
sempre poderá haver inadimplemento absoluto ou parcial, ocorrendo o primeiro, a
clausula penal compensatória engloba a segunda. A clausula penal funciona como
reforçadora de vínculo obrigacional, bem como antecipação das perdas e danos e
evitar o ingresso em juízo e, por isso, a doutrina clássica sustenta que havendo
clausula penal (...).
a maioria das vezes a clausula penal não era suficiente para ressarcir o
credor integralmente, logo, a jurisprudência passou a admitir que o credor viesse
pleitear em juízo a indenização complementar. (...)
As partes não estão livres para estabelecer a clausula penal, isso para que
essa cláusula não se torne enriquecimento sem causa, assim, há limites: 1) legal ²
próprio título obrigacional, mas nada impede que seja estabelecida em instrumento a
parte, mas desde que faça expressa remissão a obrigação principal. Ela também já
pode nascer junto com a obrigação principal, mas nada impede que ela venha a ser
cominada posteriormente, no curso da obrigação, mas desde que haja um consenso do
devedor e o credor. Oambém é obvio que em se tratando de uma pena, ela só será
aplicável ao devedor se o inadimplemento decorrer de culpa sua. Se o inadimplemento
não for imputável ao devedor não o suportará a clausula penal que também é
conhecida na linguagem popular como multa.
E, este seu caráter acessório resulta da própria lei. Art.409 CC. O art. 409
abrange dois artigos do código antigo 916 e 917. Olhem só, conjuntamente com a
obrigação principal, entendem assim, ou em ato posterior. Então, a natureza dela é
sempre de pacto acessório. Pode ela estar no próprio contrato ou pode ela ser fixada
em pacto acessório. Então, está aí a natureza acessória da clausula penal.
a)c Compensatória.
b)c Moratória
A) 83
<2 É desta espécie quando estipulada para a hipótese de
total inadimplemento da obrigação (CC, art. 410). Por essa razão, em geral é de valor
elevado, igual ou quase igual ao da obrigação principal.
o direito italiano não há limitação, eles entendem que as partes são livres
para estabelecer a clausula penal porque só elas poderá saber o prejuízo ou
inadimplemento que a mora poderá lhes causar.
Finalmente como se isto não bastasse ainda se insere no CC/16- artigo 924
e no CC 413 estabelece um dispositivo que permite ao juiz, uma faculdade do juiz
reduzir a clausula penal reduzir a clausula penal proporcionalmente ao tempo do
contrato já cumprido. Aí, mais uma vez o juiz funcionará como grande equilibrador
ético das relações obrigacionais, isto porque a clausula penal não foi feita para
enriquecer o credor e tão somente para compensar o prejuízo e por isso ela não deve
ultrapassar este limite necessário. Oambém não foi feita para levar o devedor a ruína
e por isso que a lei confere aos juizes essa discricionariedade para reduzir a multa se
entender excessiva.
Se alguém fixar que o valor da cláusula penal será de R$600,00, o juiz ao apreciar a
matéria, ex officio poderá reduzi-la para R$500,00, que é o valor máximo, que é o valor
da obrigação principal.
p & Está naquela lei dos condomínios de
1964. Acho que é Lei 4591/64. E no novo código está no art.1336: ´São deveres do
condômino: I) contribuir para as despesas do condomínio na proporção de suas
frações ideaisµ. Então, ele tem o dever de contribuir, não é isso? Então, vem lá, §1º: ´
O condômino que não pagar sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios
convencionados
( 7O# O
.µ Então, vejam só, se o condômino não pagar e não cumprir com sua obrigação
que é de pagar as despesas comuns, vai ser aplicado em relação a ele juros moratórios
de 1%, se não convencionados. Aí, você pode perguntar já que a clausula penal de 20
caiu para 2 (sic) e agora permite-se a convenção entre as partes de juros moratórios
acima de 1%, então, eu posso colocar juros moratórios de 19%am ou 19% do valor
total? ão pode, pois seria fraude a lei.
r #" ( (#"#,&' , " (" "H# "2 Dispõe o art. 410 do Código
Civil: "Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da
obrigação, está converter-se-á em alternativa a benefício do credor". O dispositivo
proíbe a cumulação de pedidos.
V
&
Claro que não. Aliás, o CC diz que ela é alternativa para o credor e não para as partes.
O devedor não pode dizer ao credor que como existe uma multa prevista no contrato
ele prefere pagar a multa a cumprir a obrigação. Isto o devedor não pode fazer, até
porque se pudesse fazer isto a clausula penal perderia a sua principal finalidade que é
reforçar a obrigação. este caso, a clausula penal fragilizaria a obrigação porque
permitiria ao devedor pagar a multa e não cumprir a obrigação. Por isso que o CC fala
que a clausula penal é alternativa para o credor e não para o devedor.
2) 8?97
8
3
:
3 * 4
D7 3 83 3 É que a clausula penal é pré-fixação das
perdas e danos decorrentes da mora ou do inadimplemento. Com isso evitam as partes
que tenham que ir a juízo para apurar estas perdas e danos. Ao invés de apurar estas
perdas e danos as partes já estabelecem através da clausula penal. Por isso em
havendo clausula penal não há como se reclamar perdas e danos porque haveria um
.
O CC muda por completo essa situação (ver parágrafo único do artigo 416).
Havendo clausula penal não pode o credor demandar por indenização complementar,
mesmo que o seu prejuízo tiver sido muito maior que a clausula penal, salvo se tiver
houver no título obrigacional uma ressalva feita pelo credor de que aquela clausula
penal é apenas o início da indenização. Poderá agora, o credor reservar o direito de
demandar por indenização complementar provando que a clausula é insuficiente para
ressarcir integralmente. E aí o CC diz que nesse caso se o credor tiver feito essa
ressalva. Se o credor tiver feito esta ressalva de demandar por indenização
complementar ele ficará obrigado a provar o prejuízo complementar, ou seja, a redação
do p. único do 416 é rigorosamente a positivação da jurisprudência.
Já a astreint é uma sanção econômica fixada pelo juiz, até mesmo de ofício,
nas obrigações de fazer ou não fazer. E uma sanção pecuniária fixada pelo juiz a
acordo, dispõe o art. 413 do Código Civil que "a penalidade deve ser reduzida
eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se
o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza
e a finalidade do negócio". Considerou o legislador, assim, justa a redução do
montante da muita, compensatória ou moratória, quando a obrigação tiver sido
satisfeita em parte, dando ao devedor que assim procede tratamento diferente do
conferido àquele que desde o início nada cumpriu. Ao mesmo tempo impôs ao juiz o
dever de reprimir abusos, se penalidade convencionada for manifestamente excessiva,
desproporcional à natureza e à finalidade do negócio.
Para alguns, a norma do citado art. 924 era de caráter dispositivo e podia,
desse modo, ser alterada pela vontade das partes, por estar em jogo apenas o interesse
particular. Assim, consideravam válida a cláusula, inserida no contrato, pela qual o
valor da pena convencional não poderia ser reduzido em caso de cumprimento parcial
de avença. Prevalecia, contudo, o entendimento de que se tratava de disposição
cogente, de ordem pública, não podendo as partes retirar do juiz a faculdade, que lhes
era outorgada pela lei, de reduzir o valor da multa, proporcionalmente ao
cumprimento parcial do contrato.
O art. 413 do novo Código Civil não dispõe que a penalidade "poderá", mas
sim que "deve" ser reduzida pelo magistrado, nas hipóteses mencionadas, retirando o
caráter facultativo da redução e acentuando a natureza pública e o caráter cogente da
norma.
A ,# ,# é outro instituto que, embora guarde semelhança com a
cláusula penal, dela se distingue nitidamente. Esta é instituída em benefício do
credor. O art. 410 do Código Civil expressamente refere-se à alternativa "a benefício do
credor". este compete, pois, escolher entre cobrar a multa compensatória ou exigir o
cumprimento da prestação. O devedor não pode preferir pagar a multa para não
cumprir a prestação, se o credor optar por esta última solução. A multa penitencial,
ao contrário, é estabelecida em favor do devedor.Caracteriza-se sempre que as partes
convencionam que este terá a opção de cumprir a prestação devida ou pagar a multa.
Entende-se que. neste caso, pode o devedor, em vez de cumprir a prestação, exonerar-
se mediante o pagamento de importância previamente fixada, de comum acordo.
b)c A primeira pode ser reduzida pelo juiz, em caso de cumprimento parcial
da obrigação ou de montante manifestamente excessivo, sendo que tal não ocorre com
as arras;
porque nenhuma condenação pode ser objeto de presunção. Então, o lesado tem que
entrar com a prova do seu prejuízo.
Y
&
O mesmo raciocínio. Você tem que provar prejuízo. O que você não tem que provar é
culpa ² elemento volitivo, subjetivo ² mas o dano você tem que provar. O dano tem que
ser provado. Quando, por exemplo, a pessoa responde de forma objetiva, apenas o
elemento subjetivo que é a culpa não precisa ser comprovada. Existe uma posição
excelente na Fazenda, que quando o autor na inicial alega culpa do agente publico,
dizendo que ele dirigiu com excesso velocidade. Aí, existe uma posição, que acho ser
do CELSO A OO IO BA DEIRA DE MELO, que afirma se o autor da inicial argüiu a
culpa do agente publico, no caso, a relação que é objetiva torna-se subjetiva. Então,
numa inicial, U CA trabalhe com a culpa do agente publico. Afirmem que não há
necessidade de provar culpa. O dano está comprovado ² R$10.000,00 ² o nexo causal
está comprovado. A culpa você nem questiona ² se ele avançou o sinal, se ele dirigiu
com excesso velocidade. ão há necessidade de proferir cognição sobre isso. Compete,
no caso, a rD3 ; provar o contrario. Provar, que no caso, ele não avançou o
sinal. Celso Antonio afirma que se você trabalhar com elemento subjetivo a
responsabilidade que era objetiva, transforma-se em subjetiva. Até quem me contou
isso foi o PEDRO RAPOSO, que Celso Antonio, realmente, tem essa posição.
O 927, §único não trazia, não tinha esse comentário se a cláusula penal
teria ou não cumulação com perdas e danos. A regra é que não tem, salvo se provar
que o prejuízo excedeu o valor da cláusula penal.
" :
3*2 Sobre esse assunto existem muitos mitos, mas o
primeiro deles é entender que as arras somente podem ser representadas por
dinheiro. ão nenhuma fundamentação para essa afirmativo, bens móveis
disponíveis podem ser dados com sinal em determinado contrato, nunca um bem
imaterial ou um bem imóvel, no entanto na realidade do dia-a-dia é bem mais fácil
que seja feito em dinheiro, pois se for bem diverso aquele que o recebe deverá
guardar o bem e zelar pelo seu estado até o pagamento.
o CC/16 a disciplina das arras estava no livro dos contratos, isto não era
adequado porque as arras não constituem um pré-contrato e muito menos um
contrato.
As arras também recebem o nome de sinal. E uma palavra que sempre deve
estar no plural. Ao contrário do que os leigos imaginam as arras não são
necessariamente representadas por dinheiro, embora em 99% dos casos assim se
proceda. Mas, qualquer bem, de qualquer valor pode ser dado a título de arras. Aliás,
no primitivo direito romano as arras eram representadas por um anel. A parte para
demonstrar a sua real intenção de celebrar um contrato entregava a outra um anel
que lhe era devolvido no momento da celebração do contrato. Depois, e que se passou
a se utilizar o dinheiro, vez que sendo dinheiro evita-se a devolução a quem as deu
quando celebrado o contrato. Sendo dinheiro, normalmente essas arras se convertem
em pagamento. Por outro lado, se não é dinheiro, a coisa dada a título de arras tem
que ser devolvida a quem as deu e isto obriga a parte a conservar a coisa, correndo o
risco de ter que responder pela perda ou deteriorização da coisa se isto depender de
culpa sua. Então, representar a arras em dinheiro tem uma grande utilidade prática.
Lc Confirmatórias e
Lc Penitenciais.
Preceitua o primeiro dispositivo citado (art. 418 do CC): "Se a parte que deu
as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a
inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por
desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado".
A parte inocente pode conformar-se apenas com ficar com o sinal dado pelo outro, ou
com o equivalente, ou pode, ainda, "pedir indenização suplementar, se provar maior
prejuízo, valendo as arras como taxa mínima". Pode, também, "exigir a execução do
contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização"
(art. 419). ão havendo nenhuma estipulação em contrário, as arras consideram-se
confirmatórias.
ão se exige prova de prejuízo real. Por outro lado, não se admite a cobrança
de outra verba, a título de perdas e danos, ainda que a parte inocente tenha sofrido
prejuízo superior ao valor do sinal. Proclama a "; V¢ "r: " o compromisso
de compra e venda com cláusula de arrependimento, a devolução do sinal, por quem o
deu, ou a sua restituição em dobro, por quem o recebeu, exclui indenização maior, a
título de perdas e danos, salvo os juros moratórios e os encargos do processo".
& A penitencia é rigorosamente igual. Oem que
devolver em dobro, vez que se tivesse que devolver o mesmo valor não teria pena
nenhuma, apenas estaria devolvendo o dinheiro da outra parte.
Então, pelo novo código, as arras serão sempre perdidas, a diferença reside
se cabe complementação ou não das perdas e danos. as arras confirmatórias elas
são acumuláveis com perdas e danos. Isto está no art.419 ² se as arras forem
confirmatórias elas podem se cumular com perdas e danos, ou seja, o valor das arras
perdido seria o patamar mínimo das perdas e danos.
Por outro lado, se as arras forem penitenciais, elas não se acumulam com
perdas e danos. Então, ela já representaria uma pré-fixação das perdas e danos.
V
)
.
Confesso a vocês que eu desconhecia esta posição. Então, ele cria uma terceira
espécie de arras, que são as arras assecuratórias. Data vênia, as arras assecuratórias
já seriam as arras confirmatórias. Quando ele fala que há três tipos de arras:
confirmatórias, assecuratórias, e penitenciais. Confesso que nunca havia visto isto em
doutrina. O objetivo é somente vincular as partes em contrato. Então, por exemplo,
você recebe as arras na reserva do lote, uma arras meramente assecuratória.
Particularmente, eu não entendi esta posição dele de arras assecuratória, ele apenas
fala que há três espécies, confirmatórias , penitenciais, e )
, só que isso já é a finalidade as arras
confirmatórias, assegurar o contrato, de vincular as partes a esse contrato.
ão, não existe diferença entre arras e cláusula penal. Vou chegar lá, vou
fazer o quadro comparativo, já, já. Espera um minutinho, ta! É assim, elas são
semelhantes a cláusula penal, mas há três distinções. Já vou chegar lá.
Bom, então, seria esta a posição do LEO I, dizendo que há três tipos de
arras.
ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou
outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou
computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal".
¢N (
37 - J, , ) :Isso é pacifico o que vou comentar com
vocês. Afirma-se que as
83 3
8
3 3 D . O que seria
natureza real? Seria um direito real? ão, não tem nada a ver com direito real.
Quando você fala natureza real, é que as arras existem fisicamente. Por exemplo, eu
posso dar esse gravador como arras no contrato de compra e venda, porque arras não
se refere apenas a espécie, a quantia, arras podem ser prestadas mediante qualquer
bem móvel. Eu posso dar meu carro velho como arras. Então, as arras tem existência
física, existência material, por isso tem existência real, física. Já a >
83, a
sua 3 D *
3 8
N (
37 - J, (&' @ rr##:É que as arras penitenciais
não podem ser reduzidas %%
Então, não pode haver redução das arras. Já a
cláusula penal, não só pode, como deve ser reduzida %%
, quando estiver
incompatível com o limite máximo, vimos agora pouco, 10% ou 20%, se for
condomínio, que vai cair para 2%. Então, se você tiver que celebrar um contrato com
arras penitencias, quando você empresta R$10.000,00 a título de arras penitenciais. O
bem vale R$50.000,00. Então, as arras que você emprestou equivale a 20% do valor
deste bem. Você não cumpre o contrato, então você vai perder os R$10.000,00, que
equivalem a 20% do valor do bem. Agora, você celebra um contrato de R$50.000,00 e
coloca um cláusula penal, se o contrato não for cumprido, i.e., se for cumprido com
atraso, a cláusula penal não pode ser de 20% - tinha que ser no máximo de 10%,
salvo 2% quando a hipótese for a relação de consumo. Então, se a hipótese for de
aplicação das arras ² sua perda ² o juiz não pode reduzir o patamar delas, porque
derivam do ajuste entre as partes. Se a hipótese for de aplicação da cláusula penal, se
ela se demonstrar excessiva, o juiz deve reduzir, %%
, não só pode, como deve
reduzir ex officio, reduzir a sua incidência.
>N (
37 - J, r,&' : A função das arras penitenciais é de
permitir o arrependimento culposo, i.e., possibilitar a desistência mediante perda do
valor das arras. Eu posso desistir, mas vou perder as arras. Então, o objetivo das
arras penitenciais é o de permitir o arrependimento culposo, no caso, que irei pagar as
arras. Já a função da cláusula penal é de evitar o arrependimento, de evitar a
desistência. Quem não vier cumprir o contrato, vai sofrer a condenação da cláusula
penal. A sua função é evitar o não cumprimento do contrato; o das arras penitenciais
é de possibilitar o não cumprimento do contrato, porém mediante perda das arras.
Então, a função é bem diferente. O efeito prático é idêntico, você vai perder uma
quantia, só que a função é diferente. Se eu celebro um contrato com arras
penitenciais, eu já sei ¶olha, eu posso desistir a qualquer momento do contrato, mas
sei que vou perder a quantia x.·; na cláusula penal ¶eu sei que tenho que cumprir o
contrato, se não serei condenado na quantia x·. Então, a função é diferente, mas em
ambas, tanto se faz se forem arras penitenciais ou cláusula penal, se eu não cumprir
o contrato, eu vou perder aquela quantia. Então, na prática, a função acaba sendo a
mesma, mas a função jurídica é diferente: uma é para permitir o arrependimento ²
arras penitenciais ² e a outra para evitar o arrependimento ² cláusula penal. Então a
cláusula penal pune quem não cumprir o contrato; as arras penitenciais possibilitam
o não cumprimento do contrato mediante sua perda, não tendo aquele caráter
punitivo, apesar do vocábulo ser arras penitenciais. ão tem tanto caráter punitivo
como tem a cláusula penal.
VN (
37 é a seguinte: As arras penitenciais fazem parte do pagamento,
i.e, se o contrato for cumprido corretamente, as arras são imputadas como parte do
pagamento. Então, você só vai pagar o resto, o remanescente, apenas. Já a cláusula
penal não integra o pagamento, é uma conseqüência do não pagamento.Então, são
essas as quatro distinções, só que em ambas teremos a perda de um valor pecuniário,
em razão do contrato não ter sido cumprido.
Isso, a parte é do devedor. Pode colocar isso. A cláusula penal pode haver
tanto desistência de ... olha só, quem presta as arras é sempre o devedor. Já a
cláusula penal, como ela é eventual, ela pode recair tanto sobre o devedor, como sobre
o credor. Agora, quem empresta as arras é sempre o devedor ² eu estou lá pagando,
tenho que emprestar as arras. Agora, pode ser que quem desista seja o credor, aí ele
vai perder as arras ² vai ter que devolver o que já foi pago e pagar, novamente, o que
eu teria pago a ele.
Então, essa .N (#"#,&' não é muito técnica, porque ... é inegável que a
cláusula penal possa recair tanto sobre o devedor, quanto sobre o credor, agora, quem
é que perde as arras? Oanto faz, também, pode ser credor ou devedor. quem empresta
as arras é o devedor, agora quem vai perder as arras? Oanto credor, como devedor. Se
o devedor que prestou as arras vier a desistir do contrato, ele vai perder as arras,
agora, ele prestou as arras. Agora, se for o credor quem desistir do contrato, ele vai
devolver as arras já prestadas pelo devedor, e vai devolver, quer dizer, vai prestar a
quantia equivalente as arras, quer dizer, ele vai devolver em dobro as arras, porque já
recebeu. Então, ele tem que devolver o que receber e prestar as arras, para indenizar o
devedor. Então, de certa forma, a cláusula penal recai tanto sobre credor e devedor,
agora, as arras, quem perde, depende: quem presta as arras é o devedor, enquanto
que quem perde as arras pode ser tanto o devedor, quanto o credor, que devolve as
arras em dobro. Então, esta quinta distinção nem sempre será real.