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IGREJA EM CÉLULAS

O CONPLEX reunido em Palmas, nomeou uma comissão mista para apresentar um


parecer sobre o movimento de igreja em células no governo dos 12, adotado por algumas
igrejas e combatido por outras dentro da denominação.

Em virtude das divergências teológicas e eclesiásticas, o CONPLEX apresenta as


seguintes diretrizes, considerando aspectos positivos e negativos que deverão ser
considerados e acatados pelas igrejas e pastores batistas nacionais.

Considerações preliminares:

A CBN em sua eclesiologia não elegeu, nem elege nenhum modelo de gestão
eclesiástica e crescimento como superior ou mais importante que outro. A multiforme
graça de Deus se manifesta diversamente; Os ministérios são diferentes, e nenhum deve
ser apresentado como superior ao outro: “o caminho mais excelente é o amor”.

Entendendo que o vaso é de barro e a excelência do poder é de Deus, concluímos


que modelos ou homens que deles se utilizam com sucesso não devem ser
supervalorizados, seguidos ou imitados cegamente. Solo Deo Glória.

Historicamente, igrejas e pastores batistas nacionais, reconhecem como


autoridade suprema sobre si o Senhor Jesus Cristo, não se submetendo a nenhum líder
que ostente ter autoridade diretiva e controladora sobre suas vidas e ministério.

Considerações sobre o movimento de igreja em células no governo dos 12

1 – O movimento se divide em três partes:

• Encontro - é um retiro espiritual, prática comum e recomendável entre as igrejas


renovadas.

• Células - um modelo de crescimento de igreja, anterior ao movimento,


comprovadamente de bons resultados.

• G12 – como sistema de governo eclesiástico, não pode ser adotado pelas igrejas
batistas nacionais.
Recomendações às igrejas:

1 - O modelo G12 não deve ser adotado como sistema de governo administrativo,
doutrinário e pastoral pelas igrejas batistas nacionais, e sim como modelo de
evangelismo, discipulado, comunhão e acompanhamento através de células;

2- As igrejas que adotarem o modelo de crescimento celular G12 deverão permanecer


fiéis aos princípios batistas e submissas às autoridades e órgãos representativos da
denominação, observando as diretrizes por ela estabelecidas.

3 – Igrejas no G12 ou em qualquer outro modelo de crescimento, não devem constranger


seus membros nem tão pouco discriminá-los.

4 – Encontros, Reencontros, podem ser feitos, desde que, com a finalidade de firmar o
novo convertido na fé, mas sem proselitismo. O evento deve ser elaborado de forma
pública e aberto, com conteúdo em conformidade com as doutrinas e práticas batistas
nacionais, e, os palestrantes, quando pastores, sejam filiados à ORMIBAN, e quando
leigos, membros de igreja batista nacional.

Recomendações aos pastores:

1 – As igrejas batistas nacionais não reconhecem o título de bispo ou de apóstolo. Não


há, de acordo com estatuto e a pragmática da ORMIBAN, ordenação para tais funções
que não fazem parte de nossa eclesiologia;

2 – Admite-se que pastor precisa ser pastoreado, entretanto tal relação não deve existir
fora do arraial batista nacional. Isso é tarefa da ORMIBAN;

3 – Um pastor batista nacional não pode fazer parte do grupo dos doze de nenhum outro
pastor, mesmo que pertencente à ORMIBAN, exceto a seu superior na igreja local;

4 – Julgamentos precipitados, ignorando o contexto e particularidades de cada igreja ou


pastor, não encontra amparo nas Escrituras. Dificuldades no relacionamento entre
pastores e pastores, pastores e igrejas ou igrejas e igrejas sobre o assunto, deverão ser
analisadas à luz das diretrizes apresentadas. Devem ser evitadas generalizações, e
respeitado o direito individual;

5- A aplicação e defesa do modelo devem ser feitas, apenas, no âmbito da igreja local.
Discriminação, detração ou maledicência não devem existir entre igrejas e pastores que
estão sob a bandeira batista nacional;
6 – A questão de ordenação de pastoras não deve, necessariamente, ser associada ao
movimento G12, visto precedê-lo. Quanto a isso, as igrejas e pastores devem observar a
decisão tomada pela ORMIBAN, aguardando decisão da questão em julho de 2004.

Recomendações às instituições da denominação:

1 – Recomenda-se ao CONPLEX a criação do Conselho ou Secretaria para assuntos


referentes a modelos de crescimento de igrejas, para dirimir dúvidas a respeito e exercer
permanente supervisão para análise casos concretos de desvio de igrejas das presentes
diretrizes e de outras que se fizerem necessárias;

2 – Recomenda-se que a LERBAN produza material para encontros e reencontros,


inclusive com sugestão de roteiros e temas de palestras.

Parecer da Comissão aprovado pelo CONPLEX reunido nos dias


14 a 17 de outubro de 2003 em Belo Horizonte (MG).

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