Rabi Shalom Dovber, o 5º Rabi de Lubavitch, foi certa vez inquirido
por um chassid (adepto): "Por que o senhor enfatiza tanto a qualidade e valor dos judeus simples? Como podem ser comparados à óbvia grandeza dos eruditos notáveis e dos piedosos?" Sabendo que o chassid era um mercador de diamantes, o Rabi pediu-lhe para exibir vários diamantes de valores diferentes. O chassid concordou. Embora ficasse surpreso pelo pedido, sabia que os desejos do Rabi tinham um significado mais profundo.
O Rabi estudou os diamantes por algum tempo, pegou um deles e
exclamou: "Esse deve ser o mais valioso do lote, estou certo?" O chassid não desejava contrariar o Rabi, embora esta pedra em particular não fosse a mais preciosa. O Rabi insistiu: "É esta ou não?" O chassid abrandou e disse que não. "Como é possível? Parece tão lindo. Tão grande e brilhante."
"Bem," continuou o chassid, "apenas um olho treinado pode
apreciar o verdadeiro valor de um diamante. O olho nu é incapaz de discernir o valor do diamante - sua lapidação, os quilates, a limpidez e a cor." O Rabi sorriu e disse: "Querido amigo, o mesmo - e ainda mais - acontece com as almas. O olho nu não pode ver o valor das almas. Precisa-se de um olho treinado para poder distinguir o verdadeiro valor de uma alma."