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Cada fonte sonora tem suas próprias características tais como forma de
onda, dinâmica do som, características da fase e faixa de freqüência.
Dificilmente um microfone responderá fielmente a essas características,
porém existem microfones específicos que melhor se aplicam a cada
tipo de som. Por esse motivo, temos uma gama imensa de microfones
no mercado a nossa disposição.
Microfones Ominidirecionais
Omnidirecional, ou esférico, a cápsula é exposta somente às ondas
acústicas pelo lado da frente do microfone, por isso, não há
cancelamentos por haver sons chegando por ambos os lados no mesmo
tempo. Esse tipo de microfone é capaz de produzir sons muitos planos
(flat), com uma resposta de freqüência, em todo o espectro do áudio,
sem buracos (Ballou, 2002).
Microfones omnidirecionais começam a se tornar mais direcionais
quando o tamanho do diâmetro do microfone se aproxima do
comprimento da onda da freqüência em questão, por isso os microfones
têm que ter o menor diâmetro possível se as características
omidirecionais são desejadas em altas freqüências. Isso é devido ao
efeito da difração que ocorre quando o comprimento da onda é muito
superior em relação ao tamanho de um objeto, no caso o microfone.
Como o comprimento de onda se torna pequeno em relação à cápsula,
ela não consegue envolvê-la e passa sem ser captada. Assim, só as
ondas que incidem direcionalmente na cápsula são captadas. Essa
freqüência é dada por:
f = v/10D,
onde v é a velocidade do som em metros por segundo e D o diâmetro da
cápsula em metros (Ballou, 2002).
Por causa do padrão de captação ser esférico, a eficiência na captação
da energia em qualquer ponto é de 100%, e a relação de resposta entre
frente e costas é de 1:1, ou seja, sinais de qualquer parte têm a mesma
sensibilidade de captação. Portanto, é altamente indicado para
gravações de orquestras e quando se deseja captar o som do ambiente.
E não é indicado quando num local barulhento (Ballou, 2002).
• Robustos
• Relativamente barato
• Suporta altos níveis de SPL
Microfonando a bateria
O grandes estúdios de hoje, são muitas vezes julgados pelo som de
bateria. É uma grande tarefa atingir o som desejado com orçamento
disponível. Mas, o que seria um bom som de bateria? O melhor som é o
que, principalmente, soa melhor aos ouvidos dos músicos e do produtor.
São eles quem decidem se está bom ou não. Cabe aos técnicos a
desenvoltura necessária para satisfazê-los.
Apesar de muitas pessoas pensarem que o computador pode suprir um
bom músico, isso ainda não é verdade. Um ponto chave ainda é a
qualidade do músico. Um músico experiente, principalmente em
gravações, faz quase qualquer estúdio ou técnico soar bem. Mas,
infelizmente, nem sempre podemos contar com isso.
Fora o músico, devemos nos concentrar em várias coisas essenciais e
uma das mais importantes é a microfonação do instrumento.
Existem tantos métodos de microfonação quanto desejarmos. Existem
muitas maneiras comumente usadas, mas a principal é a captação
individual para cada peça e com o microfone próximo (closed caption).
Para isso o instrumento deve ser de boa qualidade e estar devidamente
afinado com peles em boas condições (Ballou, 2002).
Microfonando cada peça
O modo mais utilizado atualmente consiste em um microfone para cada
peça do instrumento e um ou mais microfones suspenso acima da
bateria para captar o som geral ou principalmente pratos. O quão perto
o microfone deve estar vai depender de várias características como:
Bumbo
Para gravação, o bumbo normalmente é usado só com a pele da frente.
Quando tem as duas, a pele de trás é furada. Isso depende somente do
som desejado, podendo ter as duas peles sem furo nenhum (Ballou,
2002).
Quando há somente a pele de trás, costuma se colocar o microfone
dentro do bumbo na direção do eixo do batedor, à uma distância de
aproximadamente 5 cm. Experimentações devem ser feitas. Quanto
mais próximo, mais médio e médio agudo da batida na pele é captado.
Quanto mais longe, mais médio grave e grave, porém sem muita
definição do ataque.
Uma outra forma interessante, que é pouco abordada, é a colocação do
microfone dentro do bumbo com as duas peles. O cabo do microfone sai
pelo furo da saída de ar. O resultado que obtido é um som muito mais
grave. Existem empresas que fabricam esse sistema, porém muitas
vezes fica inviável obtê-lo.
Tambores
Usualmente a microfonação superior e padrão cardióide são adotados. O
microfone é colocado a mais ou menos 3 cm da pele de cima, num
ângulo de 45 graus. Um detalhe que deve ser observado é o vazamento
sonora de outras peças, principalmente os pratos (escutar). Quando há
uma sobra excessiva dos pratos nos canais dos toms, a equalização fica
prejudicada. Ao colocar agudo nos tons, na faixa de 7 kHz por exemplo,
os pratos ficam sujos e estridentes. Para evitar isso, ou ao menos
minimizar, é só usar o fato da captação cardióide ser frontal. Colocando
se o microfone de costas para os pratos , temos uma redução
significante do vazamento (Bartlet, 2001).
A afinação é importantíssima, principalmente quanto a propagação de
harmônicos. Os tambores são frequentemente fixados no bumbo,
quando o bumbo é tocado eles vibram gerando uma sobra de
harmônicos graves que atrapalham a definição do som. Cortando um
pouco a sustentação na afinação, esse fenômeno é evitado. A relação de
notas também é importante para que cada tambor soe distinto um do
outro. O estilo vai determinar se deve ser mais grave ou mais agudo.
HiHats e over heads
Os HiHats podem ser microfonados tanto por cima quanto por baixo,
mas a microfonação superior é mais usada. Os over heads são
posicionados, como o próprio nome diz, em cima do instrumento
captando o som geral e principalmente os pratos. Normalmente, são
microfones condensadores colocados segundo técnicas de microfonação
em estéreo (ab, xy, etc). Os padrões de captação do microfone
(cardióide, hipercardióide, omnidirecional, figura oito) são escolhidos
conforme a técnica utilizada. O quanto alto deve ficar depende do efeito
desejado. Quando colocado relativamente alto, observa-se um aumento
da influência da acústica do ambiente (Ballou, 2002).
Os over heads influem muito na sonoridade geral, principalmente nas
freqüências médias e altas, por isso é indispensável.
Microfones indicados para o HiHat:
• ATM 4041
• Neumann KM-84
• SM-81
• 451 AKG
• AKG C-12
• ATM 4050
• AKG 414 (escutar)
• Shure SM81
• DPA
• AT3031
Caixa
A caixa seja talvez a peça mais difícil de se gravar e mixar, muitas
coisas influem no seu som. Ela ainda define todo um padrão estético da
música e do estilo.
A afinação é o primeiro passo para um bom som. Cada estilo pede um
modo diferente de afinação, mais grave, mais aguda, sem abafadores,
com mais ou menos esteira, isso deve ser resolvido pelo produtor e pelo
músico.
Usualmente são usados microfones dinâmicos, com padrão cardióide e
com alto SPL (sound pressure level). Os SM-57 ou Beta 57 , ambos da
Shure, são mundialmente usados. Eles são colocados a 45°, a
aproximadamente 3 cm da pele com a parte de trás em baixo do HiHat
afim de se evitar vazamentos. Quanto mais perto da borda da caixa o
microfone é colocado, mais os harmônicos de alta freqüência aparecem.
Mais próximo do centro o som fica mais seco e com mais ataque.
Há também a possibilidade de se colocar um microfone na pele de baixo
da caixa (escutar) para reforçar o som da esteira que pode, dependendo
da situação, não ter sido devidamente captado pelo microfone de cima.
Deve se tomar cuidado com cancelamentos de fase, o problema é
resolvido invertendo se a fase do microfone de baixo através de
recursos do console ou do computador (Bartlet, 2001).
Caixa:
Caixa:
• 300Hz-500Hz: Aqui temos a parte mais escura da caixa. Se a intenção for um som
mais gordo, adicione um pouco dessa região.
• 700hz-1000Hz: Corpo da caixa, região principal, principalmente na equalização do
reverb.
• 2Khz-3Khz: O ataque da baqueta, principalmente em ring shot, está nessa faixa.
Cuidado, principalmente com caixas finas de 3.5"e 4.5" elas podem soar feito latas.
A esteira também realça bem dando um ganho nessa região.
• 5Khz-6Khz: É muito comum dar um boost nessa região para realçar os harmônicos
da peça e para dar presença. Muitas vezes, não adianta só aumentar o volume, é
necessário realça-la um pouco na equalização.
Tambores
Essa é a parte mais subjetiva de todas. Os tambores são as peças mais
fáceis de soarem diferentes. Peles, tamanhos, profundidade da peça,
marca, modelo da bateria e afinações, tudo isso faz uma diferença
enorme, muito mais do que nas outras peças.
Muitas vezes temos dez discos com estilos muito próximos em que a
caixa, o bumbo e os pratos têm sonoridades próximas, mas os tambores
são diferentes em todos. Portanto, fica muito difícil estipular parâmetros
ou partir de um ponto certo de equalização para cada estilo.
Devemos ficar atentos às sobras na região dos 100Hz-300Hz e também
se houver vazamento dos pratos nos microfones dos tambores prestar
bastante atenção na região dos 4Khz para não "sujar" o som da bateria
inteira.
HiHat
Normalmente é necessário tirar o grave. Se você tiver um equalizador
tipo highpass filter , pode filtrar toda a região abaixo dos 300Hz até
700Hz. Também é interessante dar um boost na região dos 10Khz para
realçar o brilho da peça, assim como, se necessário, tirar um pouco da
região dos 1Khz até 4Khz que costuma ser irritante, som de lata. Porém
cuidado, se for tirado muito, o HiHat pode soar meio bobo e sem graça.
Muito magrinho.
Over Heads
Os overs costumam ser outra parte complexa da mixagem Tudo que
devemos saber é o quanto e como queremos que eles apareçam? Se for
só para ter os pratos, podemos filtrar as freqüências graves e dar um
brilho com um boost por volta dos 10Khz. Mas, se o interesse for tê-los
como uma captação completa da bateria e da sala, podemos pensar em
equaliza-los como se todo os seus microfones fossem esses. Ou seja,
equalizá-los de forma que o som, só com esses dois microfones, fique
completo. A seguir, adicionar os outros microfones e equalizá-los a fim
de completar alguma coisa que tenha faltado nos overs.
Esse processo, aparentemente inverso, dá ótimos resultados. Só
devemos tomar cuidado com excessos, por exemplo, por bastante grave
nos overs e depois no bumbo e nos tons também.
Referências Bibliográficas
• BORWICK, John - Sound Recording Practice, 3ªed – New York - Oxford
University,1996
• BARTLET, Bruce - Pratical Recording Techniques 3ª Ed - Boston - Focal
Press 2002.
• DICKREITER, Michael - Tonmeister Technology – New York –T.
Enterpriser -1989.
• BALLOU, Glen (editor) - Handbook For Sound Engineers 3ª Ed –
Indianapolis - Sams - 2002
• GIBSON, David – The AudioPro Home Recording Course – Vallejo –
MixBooks - 1996
• GIBSON, David – The Art Of Mixing – Vallejo – MixBooks - 1997
Nesta parte, faremos uma análise de como os volumes das peças
estão distribuídos de acordo com alguns estilos mais comuns, tais
como, rock, pop, blues, jazz, country e eletrônico. Faremos tais
análises a partir de níveis de volume, por alguns motivos básicos:
• ser de mais fácil identificação, ou seja, dá para se ter certeza do
volume usado, ao contrário de configurações de efeitos,
compressores ou até mesmo técnicas de microfonação.
• é um ponto extremamente característico das épocas e estilos
musicais, muito mais do que efeitos ou outro tipo de processamento.
Caixa
O volume da caixa depende, como já foi dito, do estilo, da canção e
do que está na mente dos integrantes da banda, assim como do
vocal. O volume da caixa variou com o tempo do nível 2 ao 5 e isso
foi, provavelmente, impulsionado pelo Rock`n Roll assim como ao
final da década de 60 e década de 70 a dance pela music e o disco.
Volume aparente 2
Várias formas de Rock como Led Zeppelin por exemplo têm a caixa
na frente assim. Cuidado, na confundir caixa com bastante volume
com caixa com bastante reverb. Muitas vezes há montes de reverb
e, no entanto, pouco volume. Para a caixa ser usada com esse ela
precisa ter um bom som, “gordo” e agradável. Muitos estilos
requerem caixas mais agudas e por isso acabe soando meio irritante
com níveis como este de volume. Musicas com andamentos mais
lentos costumam ficar ótimas com a caixa nesse nível, dá-se a
sensação de haver mais espaço, inclusive para reverb. Inclusive o
próprio reverb da caixa costuma estar nesse volume. Exemplo “In
my place”- Coldplay – A rush of blood to the head.
Volume aparente 3
Este é o volume mais usual. A caixa é usada assim em heavy metal,
blues, e agora, em country e musica sertaneja (aqui no Brasil).
Exemplo: She`s gone country – Alan Jackson – Greatest Hits.
Volume aparente 4
Big Bands, rock nacional e rock da década de 50 e 60 costumam
usar a caixa neste volume (razoavelmente “atrás”). Algumas baladas
usam a caixa assim, ao invés de usar nosso nível dois (vale a pena
fazer duas mix uma em cada nível e comparar). Hip Hop
normalmente usa a caixa neste nível por causa do tempo acelerado
e do arranjo cheio. Exemplo: “A hard day`s night” – Beatles e a
maioria das gravações da banda.
Volume aparente 5
Big Bands e alguns estilos de música brasileira costumam usar a
caixa nesse nível. Exemplo: “I let a song out of my heart”- Duke
Ellington e outras gravações de swing dessa época.
Bumbo
Novamente, o estílo determinará o volume desta peça na mix. O
rock foi claramente responsável pelo aumento do volume do bumbo,
assim como o metal que o elevou mais um pouco. Em seguida, o hip
hop e o rap e atingiu o ápice da montanha! Podemos encontrar
volumes altíssimos de bumbo em muitos estílos de música moderna,
até Peter Gabriel tem um bumbo bem no estílo rap ( rap boom) no
disco us.
Volume aparente 1
Raramente temos esse nível de volume, exceto quando pensamos
em rap boom daí teremos bumbo aqui.
Volume aparente 2
Rap booms, house e hip hop estão aqui. O bumbo em heavy metal
também aparece nesses níveis. As vezes em baladas ele fica por
aqui e em alguns poucos casos blues e reggae.Exemplo: “Jaded”-
Aerosmith – Just Push Play
Volume aparente 3
Esse é o nível mais comum para a maioria dos estilos de música,
especialmente rock, blues, jazz e country music/musica sertaneja.
Exemplo: “In my place” – Coldplay, “Hair of the dog”- Guns`n Roses
– The spaghetti incident.
Volume aparente 4
Jazz e new age, e um grande número de baladas estão aqui. É
interessante que muitas das músicas do Hendrix têm o bumbo nesse
nível, assim como rock antigo. Segundo consta o grave nas músicas
era reduzido, na época do vinil, por causa do tamanho físico da faixa
no disco. Quanto maior o grave, e aí o volume do bumbo adiciona
grave à faixa, maior a energia e maior o tamanho físico da faixa.
Então, pra se caber 10 faixas num disco, elas não podiam ser muito
grandes e por tanto não tinham tanto grave. Isso se tornou comum
na década de 60. Exemplo: “Lonesome town”- Paul McCartney – Run
devil run.
Volume aparente 5
Big bands costumam usar o volume do bumbo tão baixo assim. : “I
let a song out of my heart”- Duke Ellington.
Tambores
Depende do estílo de música mas, principalmente da vontade do
engenheiro e da banda. Porém, o brilho dos tambores faz uma
grande diferença no quanto eles são mascarados pelo resto dos
elementos da mixagem. Costumam variar de 1 a 6.
Volume aparente 2
As vezes os tambores são colocados neste volume por ter uma
duração curtíssima e serem tocados de forma espaçada. Quando eles
não soam muito longos, podem ser colocados nesta faixa: ele passa
antes de você saber! Também, porque os tambores são
normalmente cheios de boost mais do que a gente imagina.
Geralmente, quanto mais eles são usados na música, mais baixos
eles tendem a estar. Exemplo: “Full circle”- Aerosmith – Nine Lives.
Volume aparente 3
Este é o volume mais comum para a maior parte das canções, mas
não mais alto do que o rítmo em si (bumbo, caixa e hat). Exemplo:
“Walk on”- U2 – All that you can`t leave behind.
Volume aparente 4
Os tambores não são normalmente muito altos nas musicas em
geral, algo por aqui. Muito disso é por causa dos vazamentos dos
pratos nos microfones dos tambores. Quando isso acontece, pode
ser porque o som dos pratos foi também captado a partir da reflexão
deles nas peles dos tambores. Com isso, o vazamento desses sons
fica muito evidente se o volume do tambor estiver alto, e ainda, o
som dos pratos se torna muito irritante devido a faixa de freqüência
captada pelo mic do tambor. Por isso, pra não prejudicar a
sonoridade dos pratos, os tambores ficam mais baixos,
principalmente, quando precisam ser brilhantes e cheios de
equalização. Exemplo: “Elevation” – U2 - All that you can`t leave
behind.
Volume aparente 5 e 6
Dificilmente os tambores são postos nesse nível de volume. Somente
em situações muito especial ou então se o técnico esqueceu dos
tambores!
HiHat
Os detalhes da canção contam muito na hora de ajustar os volumes
do hat. Eles normalmente variam de 2 a 5 e são um pouco difícil de
controlar totalmente, principalmente pelos vazamentos no over-
head. Outro problema é o vazamento no microfone da caixa que os
deixam irritantes se a caixa não for microfonada com cuidado a fim
de se evitar esse isso.
Volume aparente 2
Em heavy metal e R&B o hi-hat normalmente aparece em níveis bem
altos de volume. Hip hop e jazz também costumam estar por aqui.
Exemplo: I Know – Helmet – Betty.
Volume aparente 3 e 4
Hi-hats normalmente flutuam nessa faixa de volume, principalmente
no rock`n roll. Exemplo: Knockin`on heaven`s door – Guns`n Roses
– Use your illusion II.
Volume aparente 5
Apesar dos hi-hats não ocuparem muito espaço na mix, eles são
muito presentes mesmo com volumes muito baixos. Isso se dá pela
faixa de freqüência e por serem “pontiagudos”. Então mesmo em
níveis pequenos de volume, eles ainda podem ser ouvidos
claramente. Exemplo: Testify – Phil Collins – Testify, no refrão desta
faixa o (3:00) os HiHats estão bem discretos e deslocados para
esquerda, mas mesmo assim são bem perceptíveis.