A cura através da música

Ludmila Mihaleff
A Musicoterapia já é uma profissão reconhecida através da União Brasileira das Associações
Musicoterapia - UBAM.
A regulamentação acaba de ser aprovada pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço P
ico, mas há algum tempo
os sons, ritmos, melodias e harmonias já vêm sendo utilizadas como ferramentas de ap
oio no tratamento de pessoas com
problemas psicológicos, emocionais, deficiência física e mental. Nas empresas, a Music
oterapia é aplicada como alternativa
de prevenção a doenças ligadas ao stress profissional.
Através das respostas dadas pela música, o musicoterapeuta pode avaliar o estado físic
o, emocional, comportamental e
comunicativo do paciente. As seções, individuais ou em grupo, abrangem a improvisação mu
sical, audição, composição,
discussão, imaginação, performance e aprendizado através da música. No entanto, não é neces
que o paciente tenha
alguma habilidade musical.
O seu campo de atuação é bastante amplo, podendo beneficiar não só deficientes e pessoas c
om stress profissional,
mas também outros casos. Segundo a musicoterapeuta Iara Del Padre Iarema, a Musico
terapia pode ser aplicada no
tratamento de dependentes químicos e soropositivos, promovendo um autoconhecimento
e auto-reponsabilidade dos
pacientes, além de trabalhar com a ansiedade e sociabilização. Com gestantes, trabalha
com a respiração e favorece
o relacionamento entre mãe e bebê; com idosos, favorece uma melhora dentro do possível
nos comprometimentos físicos
e na auto-expressão.
Quem faz o tratamento aprova. É o caso da estudante Ana Claudia Pereira, de 20 ano
s, que ficou paraplégica aos 15,
após um acidente de carro. A estudante descobriu os benefícios da Musicoterapia há 3 a
nos e diz que sua vida melhorou
muito após o início do tratamento. "Ela ajudou muito no meu emocional. Pude, através d
ela, aceitar a minha condição.
Também me ajuda quando faço exercícios fisioterápicos".
A Musicoterapia utiliza não só conceitos da música, mas também da física, da psicologia e
da medicina, não podendo ser
confundida com essas ciências. No Brasil, já conta com profissionais que a defendem
como uma ciência da área de saúde.