Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Índice
INVENTÁRIO E BALANÇO...............................................17
O INVENTÁRIO: NOÇÃO E CLASSIFICAÇÃO......................................................17
BALANÇO......................................................................20
NOÇÃO E CLASSIFICAÇÕES.......................................................................20
A CONTA.......................................................................26
NOÇÃO, PARTES CONSTRUTIVAS E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA...................................26
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA.......................................................................27
DISPOSITIVOS DA CONTA...........................................................29
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS CONTAS........34
CLASSIFICAÇÃO..................................................................................34
CARACTERIZAÇÃO DE ALGUMAS CONTAS.........................................................36
MÉTODOS DE REGISTO CONTABILÍSTICO.......................................................40
MÉTODOS DE REGISTO CONTABILÍSTICO.......................41
MÉTODO DIGRÁFICO:...........................................................................41
LANÇAMENTOS..............................................................44
NOÇÃO...........................................................................................44
DOCUMENTOS ..................................................................................44
LIVROS ..........................................................................................44
ESPÉCIES DE LANÇAMENTOS.....................................................................47
DIÁRIO E RAZÃO...........................................................52
ESCRITURAÇÃO...................................................................................52
ESTORNOS NO DIÁRIO................................................................59
ESTORNOS NO RAZÃO...........................................................................63
BALANCETES E BALANÇOS.............................................64
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS........................................69
SISTEMAS DE CONTAS...........................................................................69
SISTEMAS DE COORDENAÇÃO....................................................................70
3
MANUAL DE CONTABILIDADE
SISTEMA CLÁSSICO..............................................................................70
ESQUEMA DO SISTEMA CLÁSSICO..................................71
4
MANUAL DE CONTABILIDADE
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE
OBJECTIVOS :
Montante e origem do resultado
Justeza das decisões
Posições perante terceiros
Evolução do património
5
MANUAL DE CONTABILIDADE
Uma das funções do serviço de controlo orçamental, entre muitas outras, consiste em
analisar, com e para os responsáveis, os desvios, utilizando as informações contidas nos
diferentes sistemas contabilísticos.
O AUDITOR verifica a coerência e a correcta aplicação dos regulamentos, quer internos quer
externos, definidos pela lei ou pelos gestores, no sentido amplo do termo. Por outro lado,
certifica-se da qualidade e do significado das informações fornecidas pelos diferentes serviços
e unidades da empresa. O auditor deve estar directamente em ligação com a administração.
Ele dispõe de um amplo poder de investigação e a sua independência deve permitir-lhe propor
múltiplas reformas em todos os domínios.
6
MANUAL DE CONTABILIDADE
CONSIDERAÇÕES GERAIS
7
MANUAL DE CONTABILIDADE
EXERCÍCIO 1
RESOLUÇÃO:
NOÇÃO:
8
MANUAL DE CONTABILIDADE
O PATRIMÓNIO
Toda a unidade económica para exercer a sua actividade, necessita de um certo conjunto de
valores, ou seja, de máquinas, edifícios, mercadorias, dinheiro, ferramentas e outros. Digamos
que ao exercício de qualquer actividade estão sempre alienados valores que são pertença de
alguém. Do ponto de vista jurídico, os valores utilizados por cada unidade económica são de
sua pertença ainda que, normalmente, os seus direitos não incidam sobre a globalidade
desses valores.
Podemos designar por património, o conjunto de valores sujeito a uma gestão e afectos a um
determinado fim(1). O património de um comerciante, (2) é o conjunto de valores utilizados
por esse comerciante na sua actividade comercial. Contudo, os valores pertencentes a esse
comerciante mas não afectos aquela actividade (ex. os utensílios domésticos) não devem ser
considerados seu património comercial. Serão seu património, não como comerciante, mas
sim como pessoa jurídica (privado) que é.
Cada componente de um dado património (ex: as mercadorias, um edifício, uma viatura,
etc.), denomina-se de elemento patrimonial.
9
MANUAL DE CONTABILIDADE
APLICAÇÃO 2
Património de Y
ACTIVO
500 000$00
PASSIVO
100 000$00
- A sua composição
- O seu valor
Entende-se por valor do património «a quantia que seria preciso dar para obter, isto é,
para receber em troca todo o activo, ficando ao mesmo tempo com o encargo de
pagar todo o passivo».
10
MANUAL DE CONTABILIDADE
Sendo a situação líquida dada pela diferença entre o activo e o passivo e vistas que foram
as noções destes últimos, facilmente se depreende que ela representa o conjunto de valores
que pertencem efectivamente ao proprietário da empresa, ou seja, representa os direitos
deste último sobre as propriedades da mesma. Em termos monetários, a situação líquida ou
capital próprio de um dado momento, representa o valor que o proprietário da empresa teria
direito a receber se cessasse a sua actividade, liquidando o património (do ponto de vista
contabilístico), nesse momento.
O activo é superior ao passivo, havendo um excesso de valores sobre os passivos. Neste caso
a situação líquida diz-se ACTIVA. É o mais frequente e representa o capital próprio.
Esquematicamente:
O activo e o passivo são iguais, não havendo, neste caso situação líquida, ou seja, ela é nula:
A = P S. L. Nula; ou seja, A = P
Por último, o activo pode ser inferior ao passivo. Neste caso existe um excesso de valores
passivos sobre os activos ( deve-se mais do que se possui e se tem a receber ). Logo, a
situação líquida diz-se Passiva e é considerada negativa.
Consideremos a seguinte transacção: aquisição de uma viatura 200 000$00. Esta operação
deve ser escriturada nos registos contabilísticos do comprador por aquele valor. Pode a viatura
em questão ter sido avaliada por outro valor, podem ter oferecido ao comprador no dia da
compra um valor superior a 200 000$00. Tudo isto, do ponto de vista contabilístico não tem
interesse, visto existir na contabilidade um principio básico que determina o seu registo pelo
preço de aquisição.
11
MANUAL DE CONTABILIDADE
Mas consideremos agora que o comprador contrai um empréstimo de 80c para aquisição da
viatura. Neste caso será:
Valor da viatura = Valor dos direitos dos terceiros + Valor dos direitos do proprietário
200 000$00 = 80 000$00 + 120 000$00
Como os direitos de terceiros representam dívidas a pagar, isto é, valores passivos, teremos:
O Activo pode designar-se por Capital Total ou Financeiro, ou seja, é o montante de valores
utilizados pela empresa no desempenho da sua actividade.
O Passivo é o Capital Alheio, ou seja, o conjunto de valores utilizados pela empresa mas que
não são de sua pertença. São os valores sobre que incidem direitos de terceiros.
Valor actual + Quebra Verificada = Valor dos direitos + Valor dos direitos do
da viatura de terceiros do proprietário
160 000$00 + 40 000$00 = 80 000$00 + 120 000$00
Ora sabe-se que a quebra ocorrida constitui um prejuízo ou perda, ou ainda e que é o mesmo,
uma situação líquida passiva ( negativa ).
Virá então:
12
MANUAL DE CONTABILIDADE
ou ainda
Esta equação constitui o cerne de todo o trabalho contabilístico baseando-se nela o princípio
da partidas dobradas que adiante estudaremos.
APLICAÇÃO 3
Património de Z
Vimos atrás que o Activo representa o capital total ou financeiro, o passivo o capital alheio e a
situação líquida o capital próprio. Diremos, no exemplo citado que «Z» dispõe na sua
actividade de recursos no valor de 1 600 contos, os quais foram obtidos da seguinte forma:
400 contos de terceiros por meio de créditos e 1 200 do próprio.
Isto possibilita-nos uma outra reflexão. De um lado, o Activo ( e situação líquida passiva )
representa as aplicações dadas aos capitais. Por outro lado o Passivo e a situação Líquida
Activa, as origens desses mesmos capitais. Em síntese: o primeiro membro da equação
fundamental representa as aplicações de capitais, enquanto que o segundo membro
representa a sua origem. O Passivo representa uma origem alheia, ou seja, capitais utilizados
pela empresa mas propriedade de terceiros A. S. L. Activa representa uma origem própria.
Vejamos, por meio de um exemplo, a forma como se verifica, por um lado a alteração dos
elementos patrimoniais, e por outro, a manutenção da igualdade referida.
13
MANUAL DE CONTABILIDADE
APLICAÇÃO 4
Suponhamos que o comerciante K inicia a sua actividade, com um capital de 1 000 contos
( representado em dinheiro ), dedicando-se à comercialização de produtos electrónicos.
Os valores iniciais seriam representados por:
Estes elementos são ambos activos, visto representarem valores que passaram a pertencer
ao comerciante.
- fornecedores será criada no passivo, visto que esta operação originou uma divida do
comerciante. A dívida a pagar corresponde à globalidade da compra (10 x 6 000$00 = 60
000$00) e representa o direito do credor em receber esta quantia dentro de certo prazo.
14
MANUAL DE CONTABILIDADE
Neste caso, serão diminuídos, dois elementos: um do activo e outro do passivo, pelo
mesmo valor.
Pediu um empréstimo ao BPA de 200 contos, ficando esta quantia, deduzida dos juros pagos
antecipadamente de 5 contos, depositada no referido Banco e á ordem do comerciante.
- uma diminuição do capital próprio pelo juro obrigado a pagar. Recebendo apenas 195
000$00 e obrigando-se a pagar 200000$00 o comerciante vê o seu capital suportar a
diferença entre o recebido e o valor a pagar.
Dep. em Emprést.
Caixa + Mob. diverso + Mercad. + Equip. + Clientes + + = Fornec. + + Cap. Próprio
Bancos Bancário
2
- - +54 000$ +6 000$ - - = +60 000$ - -
900 000$ 100 000$ 54 000$ 6 000$ 60 000$ 1 000 000$
3
+ 6 000$ - -12 000$ - +8 000$ - = - - +4 000$
906 000$ 100 000$ 42 000$ 6 000$ 8 000$ 60 000$ 1 004 000$
4
-36 000$ - - - - - = -36 000$ - -
872 000$ 100 000$ 42 000$ 6 000$ 8 000$ 24 000$ 1 004 000$
15
MANUAL DE CONTABILIDADE
16
MANUAL DE CONTABILIDADE
INVENTÁRIO E BALANÇO
O inventário consiste numa relação ( rol, lista ) dos elementos patrimoniais com a indicação
do seu valor. Proceder a inventário consiste, pois, em analisar os elementos de um dado
património, descrevê-los e atribuir-lhes um valor.
No inventário devemos considerar três fases:
Quanto à disposição dos elementos patrimoniais, podem considerar-se dois casos distintos:
Os inventários que as empresas elaboram devem ser transcritos para o livro de Inventário e
Balanços que, como adiante veremos, é um dos livros obrigatórios para qualquer comerciante.
Nas Grandes empresas, devido à grande extensão dos seus elementos patrimoniais, os
inventários gerais correspondem à reunião de vários inventários parciais que serão elaborados
em folhas próprias e em separado.
APLICAÇÃO 5
a) Inventário simples:
17
MANUAL DE CONTABILIDADE
ACTIVO
PASSIVO
Dívidas a:
H. Fagundes ………………………… 16 000$00
S. Antunes ………………………… 9 000$00
Aceites n.º
11, saque de J. Fernandes …………………………… 18 000$00
12, saque de M. Pereira …………………………… 12 000$00
Dívida à Papelaria Progresso …………………………… 10 000$00
Emprést. Contraído no BPA …………………………… 150 000$00
Total do passivo …………………………… 215 000$00
b) Inventário classificado
ACTIVO
Disponível
Dinheiro em caixa ……………… 50 000$00
Depósito no BPA ……………… 145 000$00 195 000$00
Clientes
M. Castro ……………… 3 000$00
F. Santos ……………… 15 000$00 18 000$00
Letras a receber
Saque nº6 s/ B. Carvalho ……………… 17 000$00
Saque nº7 s/ C. Matos ……………… 13 000$00 30 000$00
Equip. de escritório
18
MANUAL DE CONTABILIDADE
PASSIVO
Letras a pagar
Aceite nº11, saque de J. ……………… 18 000$00
Fernandes
Aceite nº12, saque de M. Pereira ……………… 12 000$00 30 000$00
Fornecedores
H. Fagundes ……………… 16 000$00
S. Antunes ……………… 9 000$00
Papelaria Progresso ……………… 10 000$00 35 000$00
Empréstimos Bancários
Empréstimo do BPA ……………… 150 000$00
215 000$00
Nota: Inventariar um património não é um trabalho tão fácil quanto parece à primeira vista. Há casos em que
se poderão ( e deverão ) incluir valores ainda não registados e excluir outros que embora existindo já
não pertencem à empresa. Como exemplo, podemos referir que ao proceder-se a um inventário, os
bens já adquiridos, mas que ainda não entraram na empresa, devem ser considerados, o mesmo não
acontecendo àqueles que já tenham sido vendidos mas que ainda não saíram.
Os inventários efectuados periodicamente, denominam-se ordinários. Por sua vez, são denominados
inventários extraordinários aqueles que são elaborados em consequência de condições excepcionais. Os
primeiros são regulares e previsíveis; os segundos são excepcionais e, consequentemente,
imprevisíveis.
19
MANUAL DE CONTABILIDADE
BALANÇO
NOÇÃO E CLASSIFICAÇÕES
Elaborado o inventário geral torna-se necessário comparar o activo com o passivo para conhecer o valor e
natureza da situação líquida. Esta comparação, constitui o balanço. Assim, enquanto que o inventário
constitui apenas um arrolamento (listagem) dos valores activos e passivos, o balanço, por sua vez leva a
cabo a comparação (balanceamento) entre aquelas classes de valores. São estes aspectos que marcam a
sua diferença. Acrescentando a situação líquida ao quadro do inventário, o balanço constitui o mapa da
situação patrimonial da empresa num determinado momento.
Segundo Dumarchey « o balanço é, pois, a expressão da relação existente entre o activo, o passivo e a
situação líquida ».
Em pontos precedentes vimos que a situação patrimonial de qualquer empresa obedece sempre à
fórmula:
ou
Sendo o balanço constituído por dois membros, o primeiro membro engloba o primeiro conjunto de
valores: Activo e Situação Líquida Passiva (ou apenas o Activo se esta última for incluída no segundo
membro com sinal negativo); por sua vez, o Passivo e a Situação Líquida Activa constituem o segundo
membro do balanço.
Como aparece representado um balanço e, consequentemente, seus membros ?
Na prática existem dois tipos de representação:
representação horizontal, em que o primeiro membro aparece do lado esquerdo, segundo a ordem:
Activo; Situação Líquida Passiva. O segundo membro vem do lado direito, sendo a ordem: Situação
Líquida Activa ou a inversa.
representação vertical em que o segundo membro vem imediatamente abaixo do primeiro, mantendo-se
a ordem indicada em i) dentro de cada membro.
APLICAÇÃO 6
20
MANUAL DE CONTABILIDADE
Disposição Horizontal
BALANÇO
Activo ..................... 1 820 c Passivo ........................... 780 c
S.L.Activa ........................... 1 040 c
1 820 c 1 820 c
Disposição vertical
BALANÇO
É claro que se torna desnecessário referir que os membros de qualquer balanço são sempre de igual valor.
O primeiro membro nunca pode ser superior ao segundo e vice-versa, face ao exposto sobre a equação
fundamental.
Exemplo: BALANÇO
Activo ..................... 1 000 c Passivo ..................... 600 c
S.L.Activa ..................... 400 c
1 000 c 1 000 c
Activo = Passivo
BALANÇO
Activo .................... 700 c Passivo ..................... 700 c
.
21
MANUAL DE CONTABILIDADE
Exemplo: BALANÇO
Activo .................. 800 c Passivo .................... 950 c
S.L.Passiva .................. 150 c
950 c 950 c
Ou ainda
BALANÇO
Activo ............... 800 c Passivo ........................ 950 c
.
S.L.Passiva ........................ -150 c
.
800 c 800 c
Esta terceira situação é, sem margem para dúvidas, francamente desfavorável na medida em que as
dúvidas a pagar superam o montante do activo. Ou seja, deve-se mais do que se possui e se tem a
receber.
Será tanto mais analítico quanto maior for a sua pormenorização, isto é, quanto mais discriminados forem
os valores activos e passivos. Por sua vez, o balanço sintético é aquele em que o grau de pormenorização
é mínimo. O mais sintético dos balanços é aquele que nos dá apenas a conhecer os valores totais do
activo, passivo e situação líquida.
Tal como se viu para o inventário, o balanço também pode ser, ou não, classificado. Será classificado
quando os elementos que o compõem são dispostos e ordenados segundo uma certa ordem, dependente
das suas características, natureza ou função. Na prática os balanços são classificados.
22
MANUAL DE CONTABILIDADE
APLICAÇÃO 7
Balanço Sintético
BALANÇO 1 / 10 /n
Activo .................. 900 000$ Passivo .................. 215 000$
.. .
S. L. Activa .................. 685 000$
.
900 000$ 900 000$
Balanço Analítico
BALANÇO 1 / 10 /n
ACTIVO PASSIVO
Disponível ............. Dívidas a pagar ............
Caixa ............. 50 000$ Fornecedores ............ 35 000$
Dep. Em ............ 145 000$ 195 000$ L. Pagar ............ 30 000$
bancos
Dívidas a ............. Empréstimos ............ 150 000$ 215 000$
receber
Clientes ............. 18 000$ Total passivo ............ 215 000$
L. Rec. ............. 30 000$ 48 000$ SIT. LÍQUIDA
Existências ............. Capital ............. ............ 685 000$
Mercadorias ............. 36 000$
Imobilizado .............
M. Administ. ............. 101 000$
Imóveis ............. 520 000$ 621 000$
900 000$ 900 000$
É evidente que estes balanços também poderão ser representados sob a forma vertical. Utilizamos a
horizontal por ser a mais corrente.
Usualmente o balanço é só elaborado com uma certa periodicidade em geral um ano. Ora, estando o
património em contínua transformação ( alteração ), o balanço apenas nos dá a conhecer os valores nas
datas da sua elaboração; daí que, um só balanço corresponde a uma situação estática, enquanto que a
comparação de balanços sucessivos representa uma situação dinâmica, porquanto vai dando a conhecer
a evolução patrimonial da empresa.
No início de um exercício económico haverá um balanço inicial com a correspondente situação líquida; ao
fim daquele corresponderá um balanço final e a consequente situação líquida final.
A situação final ( a que corresponde ao balanço de fim de exercício ) não é senão a situação líquida inicial
( corresponde ao balanço inicial ) alterará pelos lucros ou prejuízos do exercício. Esses lucros e/ou
prejuízos acumulados durante vários exercícios económicos, constituem com a situação líquida inicial a
denominada situação líquida adquirida.
23
MANUAL DE CONTABILIDADE
Teremos:
+ Lucros
S. L. Final = S. L. Inicial
- Prejuízos
Saliente-se que quaisquer que sejam os tipos de operação efectuados pela empresa durante o exercício
económico, a igualdade entre os membros do balanço não será desfeita, como foi referenciado na equação
fundamental.
APLICAÇÃO 8
BALANÇO em 1/11
1º membro 2º membro
Caixa .......... 15 000$00 fornecedores .......... 30 000$00
Depósitos ordem .......... 25 000$00 capital .......... 60 000$00
Mercadorias .......... 10 000$00
Imobilizado .......... 40 000$00
90 000$00 90 000$00
após a operação:
BALANÇO em 1/11
1º membro 2º membro
caixa ( + 5 ) .......... 20 000$00 fornecedores .......... 30 000$00
Depósitos à ordem .......... 25 000$00 capital .......... 60 000$00
Mercadorias (-3,5 ) .......... 6 500$00 lucros .......... 1 500$00
Imobilizado .......... 40 000$00
91 500$00 91 500$00
O lucro de 1 500$00 provém da venda de mercadorias por 5 000$00, que havia comprado por apenas 3
500$00.
BALANÇO em 1/11
ACTIVO PASSIVO
caixa .......... 40 000$00 fornecedores ......... 70 000$00
.
Depósitos à ordem .......... 120 000$00 Emp. Bancário ......... 170 000$00
.
Clientes .......... 60 000$00 Total do Passivo ......... 240 000$00
.
Mercadorias .......... 80 000$00 SIT. LÍQUIDA
Imobiliário diverso .......... 140 000$00
Imóveis .......... 400 000$00 capital ......... 600 000$00
.
24
MANUAL DE CONTABILIDADE
840 000$00 840 000$00
Comprou mercadorias por 60 000$00. 50% das quais a pagamento imediato e os restantes 50% a
crédito;
Vendeu mercadorias por 90 000$00, que lhe haviam custado 70 000$00. Recebeu 60% do valor
desta venda;
Pagou dívidas aos fornecedores no montante de 45 000$00
Recebeu dos seus clientes 40 000$00
Reembolsou uma fracção de 70 000$00 do empréstimo bancário, por meio de transferência
bancária.
Os lucros vão aumentando a S. L. Activa, por isso a sua inclusão nesta S. L., ou seja, no segundo membro
do balanço. Os prejuízos constituem S. L. Passiva, pelo que a havê-los deverão incluir-se no primeiro
membro do balanço. Segundo o plano oficial de contabilidade, os resultados deverão sempre ser incluídos
no segundo membro do balanço ( situação líquida ), com sinal + ( positivo), sendo lucros; com sinal -
(negativo ), sendo prejuízos.
25
MANUAL DE CONTABILIDADE
A CONTA
Já foi referido que o património de uma empresa é constituído por um grande e complexo número de
elementos de natureza diferente. Contudo, esses elementos podem ser mensuráveis, ou seja, traduzidos
numa unidade de valor comum. Isto é, transformam-se as matérias ou os objectos em valores,
possibilitando a sua comensurabilidade, que é o mesmo, a comparação entre si. Um televisor e um livro
apresentam-se com características diferentes mas, graças à sua quantificação ( tradução na mesma
unidade ) podem facilmente ser comparáveis.
É graças a esta quantificação que o trabalho contabilístico se pode levar a cabo nas unidades económicas.
Sem aquela, ele seria não só de difícil execução, como também perdia o seu significado, na medida em
que se referia, a um conjunto de elementos entre os quais não seria possível estabelecer qualquer relação.
Mas a contabilidade, como conjunto de processos atinentes ao registo, classificação e controlo dos factos
patrimoniais, tornar-se-ia impraticável se o fizesse em relação a cada elemento em particular. Por outras
palavras, o registo, a classificação e controlo não seriam de fácil execução, se a observação fosse feita
elemento a elemento patrimonial.
Daí que consoante a sua natureza ou função que desempenhem na empresa, os valores patrimoniais
possam ser agrupados em classes com características comuns. Chegamos assim à noção de conta, que
podemos definir como um conjunto de elementos patrimoniais expresso em unidades de valor.
Porém numa perspectiva mais prática, a conta aparece associada a uma série de notações ou registos
referentes a um dado objecto, ordenadamente dispostos num quadro. Portanto, na primeira noção a conta
define-se pelas características dos elementos que engloba, enquanto que na segunda, é considerado o
aspecto dinâmico ou evolutivo desses elementos, ou seja, o conjunto dos registos das suas variações.
Representam assim, duas formas distintas de definir uma mesma realidade: a conta representa uma
classe de valores ou elementos patrimoniais, mas a sua disposição é tal que permite registar todas as
variações sofridas por esses elementos.
Partes Constitutivas
O título é a expressão ( ou palavra ) por que se designa a conta. Deve ser escolhido de tal forma que
revele imediatamente a natureza dos elementos que a
compõem, isto é, nos dê a conhecer o seu conteúdo. Tem como finalidade identificar a conta e distingui-la
de todas as outras, pelo que será fixo e imutável. Deve ser claro no que respeite à característica comum
dos elementos a que diz respeito.
Vejamos um exemplo:
Os escritórios das empresas estão geralmente equipados com móveis diversos, tais como,
secretárias, estantes, cadeiras e outros. Todos esses elementos possuem a característica comum
26
MANUAL DE CONTABILIDADE
de se destinarem ao indispensável apetrechamento dos escritórios; a denominação para a conta
que englobe estes elementos poderá ser, por ser, por exemplo, Mobiliário de Escritório.
O valor representa a qualidade, expressa em unidades monetárias contida na conta no momento
em que se analisa. O valor registado na contabilidade deve ser verídico, ou seja, deve estar de
acordo com a verdadeira extensão dos elementos que representa.
Se o título é fixo e imutável, a extensão já não o é. Pelo contrário, ela constitui o elemento variável
da conta, na medida em que os elementos patrimoniais que engloba estão sujeitos a variações
contínuas provocadas pelas operações realizadas.
A conta constitui a bases de toda a escrituração, dado que é a partir dela que se desenvolve todo o
trabalho contabilístico. Como tal, a conta deve obedecera requisitos próprios, para que o trabalho
se processe com fundamento e regularidade.
A integralidade. A conta deve incluir todos os elementos que gozam da característica comum por
ela definida. Deste modo a conta Mercadorias, deverá incluir todos os tipos de mercadorias
transaccionadas pela empresa, assim como as suas variações.
Em suma, a conta deve ser « homogénea » e « integral »dado que só poderá admitir movimentos ligados
com a respeito classe de valores, não excluindo qualquer deles.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
A cada conta corresponde um gráfico ou quadro, que constitui o dispositivo prático para acompanhar as
suas variações quantitativas.
Inscrevendo-se neste quadro a extensão inicial da conta e as variações seguintes, consegue saber-se a
todo o momento o valor dos elementos patrimoniais que agrupa.
No aspecto gráfico, a conta apresenta-se normalmente na forma de um T. Sobre o traço horizontal indica-
se o título da conta, podendo ainda distinguir-se um lado esquerdo e um lado direito.
27
MANUAL DE CONTABILIDADE
Título da conta
O lado esquerdo é designado « Débito » ou « deve » e o lado direito « Crédito » ou « haver ». Estes
termos provêm de um processo onomatológico ligado à história da contabilidade, na fases em que as
contas representavam, exclusivamente, as pessoas dos devedores e dos credores.
As variações aumentativas da conta de uma pessoa devedora constituíam o seu débito
( aumentando o débito de um devedor, e ele deve mais ) e as diminutivas o seu crédito, tal
como as variações aumentativas da conta de uma pessoa credora ( aumentando o crédito de um
credor, ele tem a haver mais ) e as diminutivas constituem seu débito.
Ex.: Clientes e Fornecedores
Por extensão do princípio das contas pessoais ás contas de coisas e de factos, os termos «Débitos» e
«Créditos» ou «Deve» e «haver» respectivamente, não representam mais do que variações aumentativas
ou diminutivas no valor das respectivas contas.
A diferença entre o débito e o crédito duma conta, no momento considerado, chama-se saldo dessa
conta.
Ao balancear uma conta, ou seja ao comparar o seu débito com o seu crédito, três hipóteses podem
ocorrer:
Uma vez determinado o saldo, este adiciona-se ao lado cujo soma for de menor valor, obtendo-se assim
uma igualdade entre os dois lados da conta.
Atendendo ás três hipóteses consideradas anteriormente, teremos:
D > C Sd donde: D = C + Sd
D = C So donde: D = C
D < C SC donde: D + Sc = C
28
MANUAL DE CONTABILIDADE
DISPOSITIVOS DA CONTA
A disposição apresentada anteriormente, em forma semelhante a um T, não ´´e a única existente. É-lhe
atribuída a denominação de dispositivo horizontal ou bilateral, sendo o seu traçado o seguinte:
É também utilizado o dispositivo vertical ou unilateral que comporta as seguintes subdivisões: de coluna
simples; de coluna dupla; e, de coluna dupla com saldos à vista.
O disposto vertical ou unilateral de coluna simples, tem apenas uma coluna para inscrever o valor dos
débitos e dos créditos.
Poderá apresentar-se da seguinte forma:
Título da conta
Data Descrição Valor D/C
D
-C
O dispositivo vertical ou unilateral de coluna dupla, tem duas colunas - uma para os débitos e outra para
os créditos:
Título da conta
Data Descrição Débito Crédito
O dispositivo vertical ou unilateral de coluna dupla com saldos à vista, tem as mesmas duas colunas e
ainda uma ou duas outras para os saldos apurados após cada registo:
29
MANUAL DE CONTABILIDADE
Título da conta
Data Descrição Débito Crédito Saldo
Título da Conta
Data Descrição Débito Crédito Saldos
Deved. Cred..
Embora qualquer conta possa ser escriturada em qualquer dispositivo, vamos, de seguida, referir-nos ás
vantagens e inconvenientes dos vários dispositivos da conta, que foram apresentados.
A CONTA (síntese):
Há a considerar:
O titulo é imutável.
O valor não é imutável.
A conta deve ser homogénea e integral dado que só pode admitir movimentos ligados com a respectiva
conta de valores, não excluindo quaisquer deles.
30
MANUAL DE CONTABILIDADE
Título da conta
PESSOAS
devia tinha haver
débito crédito
Entrada saída
Activo passivo
31
MANUAL DE CONTABILIDADE
Se:
C > D Sc
D > C Sd
D = C So
A subtileza está em saber, em relação a quem ou a quê há entradas de valores e em relação a quem ou a
quê há saída de valores, o que não depende de qualquer automatismo mas apenas do raciocínio.
... Por extensão do princípio das contas pessoais às contas de coisas e factos, os termos “débito” e
“crédito” ou “deve” e “haver” respectivamente, não representam mais do que variações aumentativas ou
diminutivas no valor das respectivas contas.
Aspecto gráfico:
32
MANUAL DE CONTABILIDADE
D > C Sd donde: D = C + Sd
D = C So donde: D = C
D < C Sc donde: D + Sc = C
Determinado o saldo, este adiciona-se ao lado cuja soma for de menor valor, obtendo-se assim uma
igualdade entre os dois lados da conta :
Conta saldada é
33
MANUAL DE CONTABILIDADE
CLASSIFICAÇÃO
No ponto anterior, ao referirmo-nos à noção de conta, definimo-la como uma classe de valores
patrimoniais com denominação própria e com extensão numérica. Podendo estes valores ser concretos e
abstractos, a conta terá assim, por objecto, elementos concretos - os que compõem o Activo e o Passivo
e, por elementos abstractos - os correspondentes à Situação Líquida.
Teremos então numa primeira classificação: contas do Activo (compreendendo todos os elementos
patrimoniais - aqueles com a característica de serem propriedade do titular do património); contas do
Passivo (compreendendo todos os elementos patrimoniais passivos - as obrigações pecuniárias que o
titular do património terá de satisfazer); e contas de Situação Líquida (englobando os valores patrimoniais
abstractos por que se traduz a diferença entre o Activo e o Passivo).
Dentro destas grandes classes inserem-se outras de âmbito mais reduzido, cujos elementos patrimoniais
foram agrupados em obediência a um determinado ponto de vista ou característica.
As contas podem, pois, ter um âmbito mais ou menos vasto, compreenderem mais ou menos elementos
patrimoniais, isto é, serem mais ou menos simples, ou mais ou menos complexas.
Uma conta é tanto mais simples quanto maior identidade houver nos elementos que agrupa; e, tanto
mais complexa quanto maior for a diversidade dos mesmos.
34
MANUAL DE CONTABILIDADE
Exemplo:
Banco A
DEPÓSITO A ORDEM Banco H
Banco Z
...
CLIENTES Fagundes
Agapito
...
Philips
Televisores Grundig
MERCADORIAS National
...
Ventoinhas
Máquinas de lavar
Frigoríficos
...
É claro que sendo a conta colectiva subdividida em contas divisionárias ou sub-contas, é natural que a sua
extensão seja igual à soma das extensões das suas sub-contas. Portanto, em qualquer momento, o débito
duma conta colectiva è igual à soma dos débitos das suas sub-contas e o seu crédito igual à soma dos
créditos das mesmas.
As contas colectivas irão corresponder, como adiante veremos, ao Razão Geral; por sua vez, as contas
divisionárias corresponderão ao Razão Especial ou Auxiliar. Portanto, o Razão Especial corresponde ao
desdobramento do Razão Geral.
Por vezes reúnem-se numa só conta elementos patrimoniais que pertencem aos dois membros do balanço
(activo e passivo). Tais contas são denominadas mistas. Por exemplo, as contas «Outros Devedores» (do
activo) e «Outros Credores» (do passivo), são por vezes reunidas numa única conta denominada «Outros
Devedores e Credores» onde se registarão as variações das dívidas a receber e das dívidas a pagar.
Nas contas mistas, para apuramento da situação real ao fim da determinado período, deve efectuar-se a
discriminação entre os valores activos e os valores passivos, separando-os, ainda que sob o mesmo título
da conta.
Devido à grande generalidade de algumas contas, estas são divididas em outras contas mais específicas e
necessariamente, de maior significado, cujos saldos deverão ser transferidos para as contas de que fazem
parte. As primeiras, ou seja, as que tratam de valores de maior generalidade dizem-se principais; as
segundas, que resultam do desdobramento das principais para efeitos de registo contabilístico e cujo saldo
se deve transferir para aquelas, dizem-se subsidiárias.
35
MANUAL DE CONTABILIDADE
Resumindo, diremos que existe um desdobramento horizontal ou paralelo entre as contas principal e
subsidiária, e um desdobramento vertical ou descendente entre as contas colectiva e divisionária.
No actual Plano Oficial de Contabilidade (POC), as contas estão distribuídas por dez classes, segundo a
sua natureza.
Para a caracterização elementar de algumas contas, seriamo-las de acordo com a natureza dos elementos
patrimoniais que englobam, ou seja, pelos grupos a que pertencem: Activo, Passivo e Situação Liquida.
CONTAS DO ACTIVO
36
MANUAL DE CONTABILIDADE
EDIFÍCIOS Respeita aos edifícios fabris, administrati-
E OUTRAS CONSTRUÇÕES vos e habitacionais, utilizados na activida-
de.
CONTAS DE PASSIVO
37
MANUAL DE CONTABILIDADE
Efectuando os balanços referentes ao início e ao fim do exercício e deduzindo à Situação Líquida Final a
Situação Líquida Inicial. Portanto, através da Situação Líquida Adquirida.
Mas o resultado assim obtido, nada nos diz quanto à origem e natureza dos aumentos e diminuições do
valor do património ocorridos no decurso do exercício em questão. O conhecimento desses elementos é
possível através das contas de custos e de proveitos que agrupam as variações patrimoniais quantitativas
de acordo com a natureza. Eis, então, a segunda via:
Comparando os custos e os proveitos do exercício económico considerado.
- A via 1) determina o resultado global; a via 2) determina o resultado pela via analítica e
implica o conhecimento e registo contabilístico, em separado, de todos os custos e de todos os
proveitos.
38
MANUAL DE CONTABILIDADE
Com o objectivo de automatizar e ter um controlo contabilístico das compras é habitual utilizar-se uma
conta com a designação COMPRAS, cuja movimentação em geral faz-se no âmbito das contas de
existência.
Para além das contas do activo, do passivo e da situação líquida, aparecem no balanço das chamadas
contas de regularização destinadas a rectificar o valor doutras contas e que correspondem a dois grupos:
39
MANUAL DE CONTABILIDADE
Caracterização
As primeiras contabilidades conhecidas, as do século XIII, comportavam somente as contas de devedores,
credores e banqueiros, ou seja, contas de «pessoas». O método de registo contabilístico adoptado então
ficou conhecido por método das partidas simples ou unigrafia, que consistia na inscrição em cada conta
(pessoal) dos movimentos que lhe respeitam, sem qualquer interligação com inscrições feitas noutras
contas.
40
MANUAL DE CONTABILIDADE
MÉTODO DIGRÁFICO:
Todo o débito numa conta origina o crédito noutra ou noutras e vice-versa, C.R., cada facto
patrimonial determina um registo em duas ou mais contas, por forma a que ao valor de cada
débito (ou créditos corresponde sempre um crédito (ou créditos) de igual valor.
A + S.L.P. = P + S. L. A.
Sejam:
a, a’
sp, sp’
p, p’
as, as’
então:
ou
[(A + a) - a’] + [(SLp + Sp) - Sp’] + [p’ - (P + p)] + [Sa’ - (SLa + Sa)]
ACTIVO S. L. P. PASSIVO S. L. A.
a sp p sa'
- + - + - + -
41
MANUAL DE CONTABILIDADE
Ou
As contas do activo debitam-se pela extensão inicial e pelos aumentos; creditam-se pelas
diminuições.
Exemplos:
D (s ) C (s)
∑ D= ∑ C
42
MANUAL DE CONTABILIDADE
APLICAÇÃO 9
Resolução:
43
MANUAL DE CONTABILIDADE
LANÇAMENTOS
NOÇÃO
O património, como conjunto de valores activos e passivos sujeitos a uma gestão, não se
mantém constante. Pelo contrário, está sujeito a variações que mais não são do que a
consequência da própria actividade da empresa. Sendo assim, além da representação dos
valores patrimoniais, existe a necessidade de representar e inscrever em documentos, livros e
registos de vária natureza, os factos patrimoniais que provocam a sua variação.
DOCUMENTOS
Os factos patrimoniais registados pela contabilidade são descritos e comprovados por meio de
escritos comerciais - os documentos. Os documentos são pois a base de todo o registo
contabilístico, sem os quais o mesmo não se poderá processar. Aliás, as empresas estão
sujeitas a incorrerem em multa se procederem ao registo de factos não devidamente
documentados.
LIVROS
44
MANUAL DE CONTABILIDADE
Art. 34.º O Diário servirá para os comerciantes registarem, dia após dia por
ordem de datas, em assento separado, cada um dos seus actos que
modifiquem ou possam vir a modificar a sua fortuna.
Art. 36.º O Copiador servirá para nele se transladarem, à mão ou por máquina,
na íntegra, cronológica e sucessivamente, toda a correspondência e
telegramas que o comerciante expedir.
Art. 37.º Os livros de actas das sociedades servirão para neles se lançarem as
actas das reuniões de sócios, interessados ou administradores,
devendo cada uma delas expressar a data em que foi celebrada, os
nomes dos assistentes, os votos emitidos, as deliberações tomadas e
tudo o que possa servir para conhecer e fundamentar estas, e ser
assinada pela mesa, quando houver, e, não havendo, pelos
assistentes.
Além destes, que são obrigatórios par todos os comerciantes (o livro de actas só é obrigatório
para as sociedades), outro livros são impostos pela legislação comercial (Código e diplomas
complementares) e fiscal, apenas para o registo de determinadas operações, em algumas
sociedades, ou para certos ramos de actividade (bancos e seguros, por exemplo).
Comerciantes que façam vendas por grosso ou a revendedores (Dec. n.º 9 490, de 21 de
Março de 1931, art. 15.º):
- Copiador de facturas de vendas a prazo;
- Registo de extractos de facturas.
45
MANUAL DE CONTABILIDADE
2 - O registo a que se refere o n.º 1 deverá comportar, para cada um dos seus bens, os
seguintes elementos:
Contribuintes que não possuam contabilidade regularmente organizada nos termos do Código
do IRS ou do IRC.
Art. 50.º do Código do IVA: 1 - Os sujeitos passivos não enquadrados nos regimes especiais
previstos na secção IV do presente capítulo ou que não possuam contabilidade regularmente
organizada nos termos do Código do IRS ou do IRC utilizarão, para cumprimento das
exigências constantes dos n.os 1 dos artigos 45.º e 48.º, os seguintes livros de registo:
Retalhistas sujeitos ao regime especial de Tributação previsto no artigo 60.º do Código do IVA.
46
MANUAL DE CONTABILIDADE
Sociedades anónimas e em comandita por acções (arts. 12.º e 13.º do Decreto Lei n.º 27 153,
de 31/10/1936):
ESPÉCIES DE LANÇAMENTOS
O lançamento é, como foi dito, a notação de qualquer facto patrimonial nos livros próprios da
contabilidade, e compõe-se dos seguintes elementos.
Data
Título ou cabeçalho, que é a indicação da(s) conta(s) a debitar e da(s) conta(s) a creditar;
usualmente escreve-se em caracteres mais destacados.
Descrição ou histórico, que consiste na explicação sucinta do facto patrimonial que dá origem
ao lançamento.
Importância ou valor, que é o montante correspondente às variações provocadas nas contas.
47
MANUAL DE CONTABILIDADE
Aos lançamentos da 1.º fórmula dá-se o nome de lançamentos simples. Os das demais
fórmulas dizem-se lançamentos complexos ou compostos.
APLICAÇÃO 10
Esquematicamente:
um débito = um crédito
1.ª fórmula
Líquida a dívida que tinha para com a Sociedade Beta, Lda. relativa à factura
n.º 718, no montante de 125 000$00, do modo seguinte: entrega em cheque s/ o banco M:
- 100 000$00; entrega do restante em notas do Banco de Portugal.
Todas elas sofrem variações diminutivas. Como fornecedores é uma conta do passivo e
depósitos à ordem e caixa são contas do activo, teremos:
48
MANUAL DE CONTABILIDADE
Esquematicamente:
D Caixa H
... ...
25 000$00
- Custos financeiros, pelos juros do financiamento pagos por Banco M, no valor de 25 000$00.
As duas primeiras contas são de balanço (empréstimos obtidos é uma conta de passivo
e depósitos à ordem é uma conta do activo) e a última conta (despesas financeiras) é uma
conta de gestão, um custo por natureza. Assim,
Esquematicamente:
D Empréstimos Obtidos H
... ...
250 000$00
49
MANUAL DE CONTABILIDADE
d)Adquire à Sociedade Imobiliária do Centro, Lda. um edifício para armazenamento das suas
mercadorias no valor de 1 200 contos e uma camioneta de carga no valor de 300 contos. As
condições de pagamento são as seguintes:
Edifícios e outras construções, pelo valor de aquisição do edifício para armazenamento das
mercadorias;
Equipamento de transporte, pelo valor da aquisição da camioneta;
Depósitos à ordem, pela saída de dinheiro da conta à ordem no Banco M, no total de 950
contos;
Outros credores, pela dívida existente para com a Sociedade Imobiliária do Centro, Lda.
As três primeiras contas são contas de activo e a última é uma conta do passivo. Atendendo
às suas variações, iremos,
Esquematicamente:
50
MANUAL DE CONTABILIDADE
- Lançamentos de abertura
Respeitam ao registo dos valores iniciais das contas de um comerciante, no início da
sua escrita.
- Lançamentos correntes
Respeitam ao registo das operações realizadas e dos acontecimentos ocorridos durante cada
exercício económico.
- Lançamentos de estorno
Têm por finalidade rectificar as omissões, duplicações e erros cometidos nos lançamentos
efectuados.
- Lançamentos de regularização
Visam rectificar o saldo das contas que não correspondam à realidade; normalmente,
efectuam-se no fim de cada exercício económico antes de se proceder ao apuramento de
resultados e a elaboração do balanço.
- Lançamentos de reabertura
Registam, no início de cada exercício económico, os valores iniciais das contas (saldos finais
das contas no exercício anterior).
51
MANUAL DE CONTABILIDADE
DIÁRIO E RAZÃO
ESCRITURAÇÃO
Dos livros anteriormente referidos como sendo obrigatórios a qualquer comerciante (art. 31º
do C.C.), interessa-nos, neste momento, referir em particular dois dos livros citados: O Diário
e o Razão.
Estabelece o art. 32º do Código Comercial que o livro de inventário e balanços e o diário
deverão ser, antes de escritos, apresentados para que sejam numerados e rubricadas as
folhas e lançados os termos de abertura e de encerramento nas primeira e última páginas,
respectivamente, às seguintes entidades:
A data do primeiro registo dos livros acima indicados não pode ser anterior àquela em que foi
lavrado o termo de abertura, pois só a partir desta é que o livro está legalmente «apto» a ser
escriturado.
Vejamos agora as finalidades específicas do Diário e do Razão, bem como os elementos que
comportam o respectivo processo de escrituração.
O Diário servirá para os comerciantes registarem, dia a dia, por ordem de datas, em assento
separado, cada um dos seus actos que modifiquem ou possam vir a modificar o seu
património.
Portanto, os factos patrimoniais são registados, por ordem de datas, no Diário e por ordem de
contas, no Razão. O Diário é um registo cronológico; o Razão é um registo sistemático, é o
livro das contas.
Como tudo o que se escritura no Diário tem de constar no Razão e nos restantes livros,
entende-se praticamente por lançamento a simples contabilização no Diário da empresa, visto
que, implicitamente tem de ser trasladado para outros livros, com o fim de se dispor do
detalhe conveniente nos livros adequados.
52
MANUAL DE CONTABILIDADE
Quer isto dizer que o caminho a percorrer na contabilização dos factos patrimoniais é o
seguinte:
a) b) c) d) e) f)
Dado que um mesmo facto pode originar movimentos (variações) em mais do que duas
contas, quando tal acontece, são os títulos das diversas contas substituídos no cabeçalho pela
palavra «Diversos». Os títulos dessas contas entram no corpo do lançamento, juntamente
com a descrição, obedecendo à ordem indicada anteriormente entre as contas debitadas e
creditadas.
Cada lançamento no Diário é fechado por um traço descontínuo em cujo intervalo se escreve a
data (dia e mês) do lançamento seguinte. Contudo, se o lançamento anterior for feito no
mesmo mês poderá indicar-se apenas o dia no lançamento seguinte. Caso o lançamento
seguinte seja efectuado no mesmo dia do lançamento anterior, limitamo-nos a deixar o dito
intervalo em branco ou a pôr umas aspas.
O Diário pode ser analítico, se descreve os factos patrimoniais um a um, ou sintético se reúne
os lançamentos efectuados nos registos analíticos. Pode ainda ser analítico-sintético se uns
factos são descritos um a um e outros por resumo.
53
MANUAL DE CONTABILIDADE
Estes diários simplificados podem revestir dispositivos diversos, sendo usual e por razões de
processamento utilizar-se modelos similares ao seguinte:
O Razão na sua forma clássica, apresenta-se como um livro de folhas cosidas designadas por
fólios. Cada fólio é reservado a uma conta, em cuja página esquerda se escreve o «Deve» ou
«Débito» da mesma e na direita o «Haver» ou «Crédito».
No início do livro das contas (Razão) faz-se a recapitulação de todas as contas, pelos fólios
respectivos.
a b) c) d) e) f) g) a b c) d) e) f) g)
) ) )
a) b) c) d) e) a) b) c) d) e)
54
MANUAL DE CONTABILIDADE
a), b) Data
Preposição a ou de
Contrapartida da conta movimentada
Importância.
Anteriormente, definimos o Razão como o livro das contas, mas é evidente que não podemos
reunir no mesmo livro contas de diferentes graus, donde, a necessidade de vários «Razões».
O livro de contas do 1º grau será o Razão Geral; os livros de contas divisionárias (2º grau e
seguintes) dizem-se Razões Auxiliares. Naturalmente, haverá um Razão Auxiliar para cada
conta colectiva:
APLICAÇÃO 11
55
MANUAL DE CONTABILIDADE
Lisboa, 2 de Janeiro de N
1 Caixa 1
a Caixa 2
Valor com que J. Castro inicia a sua actividade 1 500 000$00
_________________ 4 ________________
2 Depósitos à Ordem 3
a Caixa 1
Guia de depósito nº 34 079 1 000 000$00
_________________ 8 ________________
3 Equipamento Administrativo 4
a Outros Credores 5
Factura nº 17 da Fábrica de Móveis Lousada 120 000$00
_________________ 12 _______________
4 Fornecimentos e Serviços Externos 6
a Caixa 1
Pagamento das rendas dos meses de Janº e Fevº 30 000$00
_________________ 18 _______________
5 Equipamento de Transporte 7
a Diversos
Aquisição de uma viatura de carga
a Caixa 1 200 000$00
a Outros Credores 5 200 000$00 400 000$00
_________________ 22 ______________
6 Diversos
a Diversos
Compra de mercadorias M1 e M2
Compras 8 104 500$00
Custos Financeiros 9 500$00
106 000$00
a Depósitos à Ordem 3 74 500$00
a Fornecedores c.c. (1) 10 31 500$00 106 000$00
_________________ " ________________
7 Fornecedores c.c. 10
a Fornecedores Títulos a pagar 11
Aceite de uma letra 31 500$00
_________________ 23 _______________
8 Fornecimentos e Serviços Externos 6
a Caixa 1
Pagamento de diversas despesas: água, electricida-
de e telefone 2 400$00
_________________ 25 _______________
9 Caixa 1
56
MANUAL DE CONTABILIDADE
a Vendas 12
Venda da mercadoria M1 21 500$00
_________________ 27 _______________
10 Outros Credores 5
a Diversos
Liquidação da fact. Nº17 da Fábrica de Móveis
Lousada
a Depósitos à Ordem 3 114 000$00
a Proveitos Financeiros 13 60 000$00 120 000$00
TOTAL 3 331 400$00
Resolução da alínea b)
57
MANUAL DE CONTABILIDADE
58
MANUAL DE CONTABILIDADE
ESTORNOS NO DIÁRIO
Sendo a escrituração comercial um meio de prova em caso de litígio, não deverá,
necessariamente, apresentar irregularidades. De acordo com o artigo 39º do Código
Comercial, se houver cometido erro ou omissão em qualquer assento será ressalvado por
meio de estorno.
- Omissão de lançamentos;
- Duplicação de lançamento;
- Inversão de Contas (debitar a conta que se devia ter creditado e/ou vice-
versa);
- Substituição de contas (debitar e/ou creditar contas diferentes das que se
deviam ter debitado e/ou creditado);
- Alteração de quantias (lançar uma importância diferente da variação sofrida
pela conta).
Exemplo:
... , 20 de Novembro de N
Depósitos à Ordem
a Caixa
N/ depósito efectuado no dia 2, conforme guia
nº
887 651, por lapso não registado nessa data 10 000$00
Exemplo:
... , 20 de Novembro de N
Clientes c/c
a Caixa
Anulação do lançamento nº 136, efectuado no
passado dia 16, por ser a duplicação do lança -
59
MANUAL DE CONTABILIDADE
60
MANUAL DE CONTABILIDADE
Caixa
a Fornecedores c/c
Pagamento da sua factura nº 10 12 000$00
Verifica-se que as contas foram inversamente movimentadas. Houve uma saída de Caixa, logo
esta conta deveria ser creditada; as dívidas a fornecedores diminuiram, pelo que esta conta
deveria ter sido debitada.
Fornecedores c/c
a Caixa
Estorno do lançamento nº.... 12 000$00
Fornecedores c/c
a Caixa
Pagamento da sua factura nº 10 12 000$00
Fornecedores c/c
a Caixa
Estorno e rectificação do lançamento nº ... 24 000$00
61
MANUAL DE CONTABILIDADE
Exemplo: Pelo recebimento dum cheque no montante de 20 000$00, para liquidação da dívida
do cliente C, efectuou-se por lapso o seguinte lançamento:
Depósitos à Ordem
a Clientes c/c
Liquidação da dívida de F 20 000$00
Clientes c/c
a Depósitos à Ordem
Estorno do lançamento nº ... 20 000$00
Caixa
a Clientes c/c
Liquidação da dívida de F 20 000$00
Caixa
a Depósitos à Ordem
Estorno e rectificação do lançamento nº ... 20 000$00
Exemplo: Pela compra a pronto pagamento de uma camioneta no valor de 330 000$00,
fizemos sob o nº 203, o seguinte lançamento:
Equipamento de Transporte
a Caixa
Aquisição de uma viatura, matrícula ... 300 000$00
62
MANUAL DE CONTABILIDADE
Caixa
a Equipamento de Transporte
Estorno do lançamento nº 203 300 000$00
Equipamento de Transporte
a Caixa
Aquisição de uma viatura, matrícula ... 330 000$00
Equipamento de Transporte
a Caixa
Rectificação do lançamento nº 203 30 000$00
ESTORNOS NO RAZÃO
No primeiro caso, os erros são corrigidos com a passagem ao Razão dos lançamentos
de estorno efectuados no Diário.
No segundo caso serão apenas emendados no Razão. Esta rectificação será efectuada
por meio de um traço a tinta de cor diferente, sobre os elementos que careçam de emenda,
deixando-os legíveis. Com a mesma tinta faz-se a correspondente inscrição na linha seguinte,
do elemento correcto.
O essencial é que as emendas ou aditamentos não dêem lugar a suspeitas de fraude,
deixando-se legível o teor da primeira inscrição. Deste modo vê-se imediatamente o motivo
por que foram feitos.
63
MANUAL DE CONTABILIDADE
BALANCETES E BALANÇOS
BALANCETE
Fólio Contas Débitos Créditos Saldos
Devedores Credores
Total ......................... D C Sd Sc
..
donde : D = C e Sd = Sc
O balancete é, pois, um resumo do Razão onde a soma dos totais do débito e do crédito deve
ser igual, coincidindo também, com o total do Diário; consequentemente, os totais das somas
dos saldos devedores e credores devem ser iguais.
Se qualquer das igualdades não se verificar, então pode ter havido erro, sendo necessária
uma análise do trabalho efectuado. Deste facto se infere uma característica importante: a
possibilidade de verificar essa concordância de valores, como método de controlo, de
verificação contabilística.
Os balancetes não evidenciam erros cometidos no Diário, tais como substituição ou inversão
de contas, omissão ou duplicação de lançamentos por quanto as quantias registadas a débito
e a crédito das contas podem ser iguais. Só quando isto não acontece, isto é, quando se
regista num e não no outro, os erros são detectados pelo balancete.
64
MANUAL DE CONTABILIDADE
APLICAÇÃO 12
Soma dos totais do débito = Soma dos totais do crédito = Soma do total do Diário
Conjuntamente com o balancete do Razão Geral devem elaborar-se balancetes dos Razões
Auxiliares das contas colectivas. Nestes balancetes não se verifica a tripla igualdade
característica do Razão Geral (soma dos totais do débito = soma dos totais do crédito = soma
do total do Diário). Porém, sabemos que toda a importância que é levada a débito ou a crédito
de uma das contas divisionárias, reflecte-se no débito, respectivamente crédito, da conta
colectiva correspondente; então, as somas dos totais ( a débito e crédito) e dos saldos do
balancete dos razões especiais duma conta colectiva devem necessariamente coincidir com o
total do débito, crédito e saldo, respectivamente dessa mesma conta colectiva, ostentados no
balancete do Razão Geral.
65
MANUAL DE CONTABILIDADE
Um balancete é quase um balanço; aliás, como o seu próprio nome sugere, o balancete é um
balanço pequeno, um balanço resumido e provisório. Apresentando os saldos de todas as
contas, o balancete permite-nos fazer uma ideia, embora aproximada, da situação da
empresa. Dizemos aproximada, uma vez que os saldos de algumas contas poderão não
corresponder rigorosamente à realidade (por exemplo, nas contas bancárias talvez ainda haja
a considerar os juros). Para se obterem indicações exactas é necessário proceder à
regularização daquelas contas (lançamentos de regularização ou de rectificação), o que
acontece geralmente apenas no fim de cada exercício económico.
A terminar podemos dizer que a diferença entre o balanço e o balancete reside no facto de
este compreender não só os saldos, como também as acumulações a débito e a crédito das
contas, enquanto que aquele se compõe apenas de saldos.
66
MANUAL DE CONTABILIDADE
APLICAÇÃO 13
67
MANUAL DE CONTABILIDADE
Resolução:
68
MANUAL DE CONTABILIDADE
SISTEMAS CONTABILÍSTICOS
SISTEMAS DE CONTAS
O volume e a natureza das contas a criar nas empresas, estão intimamente ligados, quer com
a própria dimensão da empresa, quer com o tipo de informação que se deseja obter e o grau
de pormenores que se pretenda.
Em cada empresa as contas não devem ser consideradas isoladas, pelo contrário, devem estar
relacionadas entre si de forma a constituírem um conjunto coerente. Um sistema de contas é,
pois, um conjunto organizado destas de modo a que elas mantenham uma certa coerência e
ligação entre si.
O sistema dualista designa-se por duplo contabilístico, quando existem duas contabilidades
claramente separadas, ambas realizáveis pelo método digráfico; a contabilização por partidas
dobradas das operações internas obriga a criar maior ou menor número de contas de
contrapartida a que também se dá o nome de contas reflectidas (é nestas contas que se
executam os lançamentos que, de contrário, se teriam de fazer nas correspondentes contas de
contabilidade geral, dado que as contas desta última nas correspondentes contas de
contabilidade geral, dado que as contas desta última nunca são debitadas nem creditadas por
contrapartida das contas da contabilidade analítica de exploração).
O sistema dualista diz-se duplo misto quando a parte da contabilidade correspondente aos
apuramentos internos é executada através de registos extradigráficos; portanto, não se faz
por partidas dobradas, mas por meio de mapas, não havendo necessidade de pôr duas vezes
em destaque o mesmo montante.
69
MANUAL DE CONTABILIDADE
a) Sistemas Monistas
b) Sistemas Dualistas
SISTEMAS DE COORDENAÇÃO
SISTEMA CLÁSSICO
Periodicamente, para conferência (controlo) das passagens do Diário para o Razão, elaboram-
se balancetes. Os saldos apresentados nas contas do Razão, depois das rectificações
necessárias, são elementos do balanço (quadro da situação patrimonial).
Apesar do seu reduzido interesse prático, este sistema tem uma importância fundamental
para a metodologia do ensino da contabilidade.
70
MANUAL DE CONTABILIDADE
A revelação destes diários é analítica, mas o diário geral, onde se resume periodicamente -
geralmente no fim de cada mês - o movimento daqueles, é de revelação sintética.
71
MANUAL DE CONTABILIDADE
SISTEMA CENTRALIZADOR
Outros se poderiam citar, como por exemplo: letras a receber; letras a pagar; etc.. A sua
criação depende das características e necessidades da empresa, bem como da sua dimensão e
organização contabilística.
O sistema centralizador é, na prática, o sistema mais utilizado, visto que permite uma grande
divisão do trabalho contabilístico, contrariamente ao que acontece com o sistema clássico o
mesmo com o Diário-Razão.
Apresenta contudo um grande inconveniente: é que uma mesma operação poderá ser
registada em mais de um diário divisionário, se o âmbito destes últimos não for definido com
clareza e precisão suficientes. Como exemplo podemos citar o caso dum depósito num banco
que numa empresa que utiliza os diários de Caixa, e de Bancos poderá lançar no Caixa,
porque é uma saída deste e nos Bancos porque é uma entrada nos depósitos.
72
MANUAL DE CONTABILIDADE
INTRODUÇÃO
Diremos então que será necessário definir um conjunto de princípios e critérios a serem
uniformemente seguidos pelas diversas unidades económicas na execução de sua
contabilidade. Neste sentido, deverão definir-se regras no que respeita à nomenclatura das
contas, ao seu âmbito e movimentação, às regras de valorização dos elementos, à
determinação dos resultados e à elaboração e apresentação das demonstrações financeiras.
Elaboração de um quadro de contas que devam ser seguidas pelas unidades económicas;
Definição do conteúdo, regras de movimentação e articulação das contas definidas no quadro
indicado em a);
Em síntese, normalizar, consiste em criar uma metodologia comum, a ser seguida pelas
unidades económicas visando, fundamentalmente, a compatibilidade das informações inter-
unidades, a universalidade dos dados recolhidos e a sua compreensibilidade pelos diversos
agentes económicos.
73
MANUAL DE CONTABILIDADE
São incontestadas as vantagens referidas, «no entanto, dever-se-á ter presente que quanto
maior for o campo de aplicação da normalização, mais gerais terão de ser as regras e
princípios que se estabelecem. Por exemplo, em relação à contabilidade interna, é utópico
pensar que podemos encontrar uma receita única que sirva para todas as empresas de um
país, para um banco e para uma casa agrícola, um comerciante e uma metalomecânica, um
estaleiro e uma empresa de pesca.
Assim, não parece que a normalização contabilística possa ultrapassar, com certo pormenor, o
âmbito sectorial, embora possam e devam existir, planos de contas e regras uniformes a nível
nacional que sirvam de normas orientadoras às normalizações sectoriais».
Paul Lausel refere «a elaboração de uma doutrina, a definição de princípios que tenham um
valor tão geral quanto possível, facilita a formação e o aperfeiçoamento de colaboradores de
contabilidade; ela tempera a tendência natural para a alteração de métodos ligados às
mutações de pessoas e por consequência facilita as comparações de resultados no tempo; ela
favorece as comparações no espaço entre empresas que apresentam analogias suficientes.
Pelo contrário, se a procura da uniformidade é levada demasiado longe, arrisca-se
comprometer a adaptação da contabilidade às características e às necessidades individuais
das empresas. Daí a oposição que geralmente se manifesta nos meios patronais quanto à
normalização pela via legal e sobretudo quando se trata de contabilidade analítica».
74
MANUAL DE CONTABILIDADE
75
MANUAL DE CONTABILIDADE
Fora estas duas excepções, grassava entre as empresas portuguesas a maior indisciplina em
matéria de contabilidade.
Artigo 31º
O balanço final do exercício deve ser exacto e completo e indicar expressamente o valor do
activo e do passivo, apresentando as respectivas contas com clareza e separadas das
correspondentes à situação líquida ou capital próprio e as relativas a valores de mera
informação ou de outra natureza.
Relativamente aos elementos do activo sujeitos a depreciação o balanço deve patentear as
amortizações ou reintegrações acumuladas.
Nada se dizia dos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais e sobre a uniformidade na
aplicação desses critérios e dos princípios contabilísticos, mas o artigo 35º estabelecida que o
Conselho Fiscal devia indicar no seu relatório, entre outros, «os critérios valorimétricos
adoptados e a respectiva aplicação», o que é muito pouco.
76
MANUAL DE CONTABILIDADE
Artigo 32º
A conta de resultados ou de ganhos e perdas deve indicar, salvo legislação especial, os custos
e proveitos discriminados conforme a sua natureza, com menção diferenciada do montante de
cada verba;
Quanto aos custos ou perdas, devem obrigatoriamente ser especificados: os custos relativos
às matérias-primas, matérias subsidiárias ou mercadorias, os encargos com os órgãos sociais,
as remunerações e outros encargos com o pessoal, os encargos com publicidade, os encargos
fiscais e para-fiscais, as amortizações e as provisões;
Quanto aos proveitos ou ganhos, devem ser obrigatoriamente especificados: os proveitos dos
vários ramos de actividade, os rendimentos de bens ou valores mantidos como reserva ou
fruição, os rendimentos financeiros, as remunerações recebidas pelo desempenho de cargos
em órgãos de outras sociedades, as remunerações ou rendimentos recebidos pela prestação
de serviços de assistência técnica ou cedência do uso de direitos de propriedade industrial,
ou elementos da mesma natureza não privilegiados, os benefícios fiscais e os proveitos da
anulação total ou parcial das provisões.
As discriminações referidas nos números anteriores são dispensadas, na medida em que
constem da conta de exploração e esta se encontre publicada.
Na sequência dos trabalhos da Comissão foi aprovado, pela primeira vez, um plano de contas
extensivo à generalidade das empresas.
77
MANUAL DE CONTABILIDADE
Este plano de contas foi aprovado pelo Decreto-Lei 47/77 de 7 de Fevereiro que estabeleceu o
seguinte:
Artigo 1º
Artigo 2º
Artigo 3º
Artigo 5º
78
MANUAL DE CONTABILIDADE
De salientar que esta revisão do Plano Oficial de Contabilidade foi sendo apreciada e debatida
ao longo de várias sessões, pelo Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística,
e finalmente aprovada na reunião de 4 de Agosto de 1988. Este órgão, de acordo com a
Portaria regulamentadora da sua actividade, integra 38 membros, representando os interesses
gerais do Estado (nomeadamente a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos, a
Inspecção-Geral de Finanças e o Banco de Portugal), associações profissionais de técnicos
(incluindo a Câmara dos Revisores Oficiais de Contas), instituições de ensino e científicas, o
sector público empresarial e o sector privado da economia (incluindo as Confederações).
79
MANUAL DE CONTABILIDADE
NOTA PRÉVIA
Para a maior parte das empresas abrangidas, o Plano Oficial de Contabilidade mostra-se, aliás,
suficientemente flexível, quer no sentido de possibilitar desdobramentos, quer devido ao facto
de a sua aplicação se restringir em função das situações concretas de cada empresa, em que
grande parte das contas e das notas do anexo poderá ser dispensada.
Foi-se, por último, ao encontro das necessidades das pequenas empresas, ao admitir a
elaboração de modelos alternativos de balanço, demonstração de resultados e anexo menos
pormenorizados, para efeitos de prestações de contas.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o
seguinte:
Artigo 1.º
É aprovado o Plano Oficial de Contabilidade, anexo ao presente diploma e que dele faz parte
integrante.
Artigo 2.º
1. O Plano Oficial de Contabilidade é obrigatoriamente aplicável às seguintes entidades:
Sociedades nacionais e estrangeiras abrangidas pelo Código das Sociedades Comerciais;
Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;
Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;
Empresas públicas;
Cooperativas;
Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos europeus de interesse
económico;
Outras entidades que, por legislação específica, já se encontrem sujeitas à sua adopção ou
venham a estar.
80
MANUAL DE CONTABILIDADE
Artigo 3.º
1. As empresas individuais reguladas pelo Código Comercial, os estabelecimentos individuais
de responsabilidade limitada, as sociedades por quotas, as sociedades anónimas e as
cooperativas que, à data do encerramento das contas, não tenham ultrapassado dois dos três
limites referidos no artigo 262.º do Código das Sociedades Comerciais, poderão apresentar
somente os modelos menos desenvolvidos de balanço, demonstração dos resultados líquidos e
anexo indicados no Plano Oficial de Contabilidade.
2. Sempre que os limites referidos no número anterior sejam excedidos durante dois anos
consecutivos, deixa de ser aplicável a faculdade nele referida.
3. Quando os limites indicados no número anterior deixarem de ser atingidos durante dois
anos consecutivos, só a partir do exercício seguinte será aplicável a faculdade nele referida.
5. Ficam dispensados do previsto no n.º 1 aqueles que, exercendo a título individual qualquer
actividade comercial, industrial ou agrícola, não realizem na média dos últimos três anos um
volume de negócios superior a 30 000 contos.
Artigo 4.º
Enquanto não for alterado o plano de contas para as empresas que se dediquem a
operações de locação financeira, fica suspensa, por um período máximo de três anos, a
entrada em vigor da contabilização previstas no capítulo 12, «Notas explicativas», conta 42.
Artigo 5.º
Compete aos Ministros das Finanças e da Tutela, ouvida a Comissão de Normalização
Contabilística, a aprovação dos planos sectoriais das diversas actividades e das normas
regulamentares necessárias à aplicação do Plano Oficial de Contabilidade.
Artigo 6.º
1. É revogado o Decreto-Lei n.º 47/77, de 7 de Fevereiro.
3. As entidades a integrar a Comissão serão designadas por portaria do Ministro das Finanças
e representarão, à escala nacional, as instituições nacionais e particulares directamente
interessadas e tecnicamente mais válidas.
Artigo 7.º
1. São introduzidas no Plano Oficial de Contabilidade, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 410/89,
de 21 de Novembro, as normas de consolidação de contas e as demonstrações financeiras
consolidadas constantes do anexo I a este diploma, do qual faz parte integrante, que ficam a
constituir, respectivamente, os seus capítulos 13 e 14.
81
MANUAL DE CONTABILIDADE
INTRODUÇÃO
O seu objectivo primordial é a coordenação das disposições nacionais dos vários Estados
membros respeitantes à estrutura e conteúdo das contas anuais e do relatório de gestão, aos
critérios de valorimetria, assim como ao exame e divulgação desses documentos. A sua
aplicação estende-se às sociedades de responsabilidade limitada, designadamente as
anónimas e por quotas.
Pretendeu-se, assim, não só contribuir para a protecção dos interesses dos associados e de
terceiros, como também assegurar a comparabilidade e equivalência da informação financeira
divulgada.
2. Tendo em consideração que as contas anuais devem dar uma imagem verdadeira e
apropriada da posição financeira e dos resultados das operações das empresas, a 4.ª Directiva
estabelece esquemas de modelos obrigatórios para a elaboração do balanço e da
demonstração dos resultados, as informações a divulgar em notas anexas e o conteúdo
mínimo do relatório de gestão.
Uma das preocupações da directiva é a divulgação da informação sobre sociedades em regime
de grupo e a preparação das contas para a consolidação, matéria que veio posteriormente a
ser objecto de outra directiva daquele Conselho, a n.º 83/349/CEE (7.ª Directiva).
Apesar de ter mais de 10 anos de aplicação, pois entrou em vigor em 1977, o POC apresenta
uma concepção e estrutura que se adaptam, com relativa facilidade, à produção da
informação requerida, sem necessidade de alterações muito profundas a nível da lista das
contas e da sua terminologia e conteúdo.
82
MANUAL DE CONTABILIDADE
Por outro lado, deve-se dizê-lo, estão a ser desenvolvidos, no âmbito das organizações
europeias dos profissionais de contabilidade e em ligação com as estruturas da CEE, vários
trabalhos com vista a conseguir a harmonização contabilística mundial, objectivo máximo da
Internacional Federation of Accountants (IFAC). Para a sua consecução, estão a fazer-se
esforços no sentido de eliminar as divergências, não muito significativas, entre as normas
contabilísticas contidas pelo Internacional Accounting Standards Committee (IASC), órgão
dependente da IFAC. Neste sentido, o próprio IASC se propõe limitar as opções de políticas
contabilísticas contidas nas suas normas, de forma a facilitar a harmonização. Assim, a CNC
optou por uma revisão com o mínimo de alterações, com efeitos positivos não só para os
técnicos que o têm de aplicar, como também para os próprio utentes.
Além das contas indicadas são propostas contas de utilização facultativa, até ao apuramento
final do resultado global da empresa, que será explicitado na conta 88, resultados líquidos do
exercício.
- Contas de contabilidade de custos e outras contas de livre utilização.
- Formação de classes atendendo às massas patrimoniais e sem grandes desníveis de
densidade.
- Distribuição das contas, de sorte a conseguir-se um certo equilíbrio no tratamento das
diversas situações e fluxos.
83
MANUAL DE CONTABILIDADE
Como foi já referido, é tarefa da contabilidade o alcance de dois objectivos básicos, que são:
- a determinação dos resultados da actividade;
- a representação da situação patrimonial da empresa.
Quanto ao primeiro aspecto, não só tem interesse a apresentação do resultado em si, mas
também, e principalmente, a evidenciação dos seus componentes positivos e negativos.
No POC, estes aspectos são-nos evidenciados através das «contas de resultados» que
englobam as contas das classes 6, 7 e 8. As contas das classes 6 e 7 correspondem
respectivamente, aos componentes negativos e positivos do resultado, devendo o saldo das
contas que as compõem ser transferido para as contas da classe 8, permitindo, apurar os
resultados operacionais, os resultados financeiros e os resultados extraordinários.
Após apurados os resultados indicados, será possível através da conta 88, resultados líquidos,
apurar o resultado final da empresa (lucro ou prejuízo líquidos).
Isto significa que todas as contas das classes 6 e 7 são subsidiárias de contas de classe 8
estas, por sua vez, subsidiárias da conta 88, resultados líquidos, única conta que sendo de
resultados é também de balanço.
As contas no POC aparecem classificadas em categorias que se encaixam umas nas outras. Os
autores do plano adoptaram a classificação decimal a qual facilita a utilização de processos
informáticos.
Como se referiu, o conjunto de todas as contas está dividido em 10 classes, que são
designadas pelos números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0. Introduziu-se o 0 em vez de 10 porque
sendo um só algarismo torna-se mais fácil o trabalho informático.
Estas classes são, por sua vez, subdivididas em contas de 1.º grau representadas por um
número que vai de 1 a 9, colocado à direita do número da classe. Assim, a conta 12 designa a
conta de 1.º grau n.º2 da classe 1.
As contas de 1.º grau são por seu turno, subdivididas em contas de 2.º grau representadas
por um terceiro algarismo de 1 a 9, colocada à direita dos precedentes. Assim, a conta 132
será a conta de 2.º grau n.º2, pertencente à conta de 1.º grau n.º3, a qual pertence, por sua
vez, à classe n.º1.
84
MANUAL DE CONTABILIDADE
Ainda, as contas de 2.º grau são divididas em contas em contas de 3.º grau designados por
um quarto algarismo colocado à direita dos três outros e assim sucessivamente. Por exemplo,
a classe n.º6 compreende as contas de 1.º grau n.º61, 62, 63, ... , 69. Na conta 63 (1.º grau)
encontramos as contas 631, 632, ... de 2.º grau. Na conta 631 (de2.º grau) encontramos as
contas 6311, 6312, ... de 3.º grau.
Em esquema:
Classe 6
Conta de 1.º grau
63 Conta de 2.º grau
631 Conta de 3.º grau
6311
Na prática nem sempre o grau de uma conta corresponde a 1 só digito. De facto, quando
dentro de determinado grau se preveja a existência duma certa quantidade de contas,
deverão reservar-se os dígitos necessários para cobertura do número máximo de contas
previstas. Assim, uma empresa que tenha, em média, uma centena de clientes, deverá
reservar para o código do cliente um número não inferior a 3 dígitos. A estrutura para clientes
poderia ser:
APLICAÇÃO 14
1
Por não serem necessárias, excluímos as acumulações a débito e a crédito.
85
MANUAL DE CONTABILIDADE
11 Caixa 1 614
1 12 Depósitos à ordem 6 432
15 Títulos negociáveis 8 750
... 19 Prov. p/ aplicações tesouraria 1 210
21 Clientes 75 400
22 Fornecedores 40 600
23 Empréstimos obtidos 130 000
2 24 Estado e outros entes públicos 10 214
26 Outros devedores e credores 18 754 32 254
27 Acréscimos e diferimentos 1 685 520
28 Provisões p/ cobranças duvidosas 986
... 29 Provisões p/ riscos e encargos 8 635
3 31 Compras
... 32 Mercadorias 86 340
4 42 Imobilizações corpóreas 439 438
... 48 Amortizações acumuladas 136 550
5 51 Capital 150 000
... 57 Reservas 38 560
61 Custo das mercadorias vendidas 650 894
62 Fornecimentos serviços externos 88 091
63 Impostos 4 210
6 64 Custos com o pessoal 279 643
66 Amortizações do exercício 27 310
68 Custos e perdas financeiros 26 360
... 69 Custos e perdas extraordinários 2 223
71 Vendas 1 028 500
7 72 Prestações de serviços 135 950
78 Proveitos e ganhos financeiros 2 180
... 79 Proveitos e ganhos extraordinários 985
Totais 1 717 144 1 717 144
2
Continuamos a não utilizar as contas da classe 8, consideradas facultativas pelo POC. Para
desenvolvimento desta matéria veja CAPÍTULO 5 - Operações de fim de exercício.
86
MANUAL DE CONTABILIDADE
Resolução:
Com base no esquema apresentado nas páginas 118 e 119, teremos:
a4) Apuramento do resultado líquido (por transferência dos valores apurados nas contas 81,
82 e 84).
87
MANUAL DE CONTABILIDADE
5. Todavia o facto de a CNC ter optado por aquela revisão não a impediu de aproveitar a
oportunidade para introduzir modificações que a prática da aplicação recomendava, bem como
para desenvolver conceitos, princípios e normas de aceitação geral, dedicando especial
atenção às normas internacionais.
88
MANUAL DE CONTABILIDADE
QUADRO DE CONTAS
89