Você está na página 1de 92

COLECTÂNEA EXAMES

1.º ANO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

2
Exame de Frequência

Introdução ao Estudo do Direito

7 de Dezembro de 2007

l. A lei X/2002 proíbe a caça de lobos. Na aldeia serrana Y, desde tempos idos, sempre que os

lobos atacam os rebanhos organiza-se uma caçada àqueles animais. Estas iniciativas de caçar

lobos após ataques a rebanhos têm continuado depois da entrada em vigor da sobredita lei.

Quid juris?

2. António teve uma avaria durante a noite, numa serra, numa estrada com muito pouca

circulação. Bernardo passou por lá e António pediu-lhe auxílio, mas aquele recusou-se a

prestar-lhe auxílio e seguiu o seu caminho. Neste contexto, não há nenhuma regra de direito

positivo que imponha a Bernardo o dever de auxílio, mas António quer responsabilizá-lo por

falta de solidariedade para com o seu semelhante. Quid juris?

3. O direito de usufruto, previsto nos arts. 1439.° e segs. do Código Civil, é direito objectivo ou

direito subjectivo?

4. Carlos pegou fogo ao automóvel novo que Duarte tinha ido ontem buscar ao stand. Carlos

foi condenado a indemnizar Duarte nos termos previstos no art. 562.° do Código Civil. É uma

sanção? Em caso afirmativo, de que tipo? Antes da condenação, Carlos e Duarte poderiam

acordar que a questão seria resolvida com base na equidade?

5. Durante uma noite de temporal, o navio Z estava em risco de naufragar pelo que o capitão

ordenou o alijamento da carga, lançando ao mar 5 contentores carregados de frigoríficos.

Depois de o navio ter atracado no porto de destino, o proprietário dos frigoríficos quer que o

capitão do navio seja preso. Quid juris?

3
Faculdade de Direito de Lisboa

Teste de Avaliação Contínua de Introdução ao Estudo do Direito – Turma B

4 de Novembro de 2008

Duração: 50 minutos

Caracterize e distinga, de forma sucinta, as seguintes figuras: «sanção premial» e sanção

compulsória. Exemplifique cada uma das figuras.

(8 valores)

II

Imagine a seguinte situação:

António circulava de automóvel no bairro do Castelo, em Lisboa, quando vê Bento correr na

sua direcção, ofegante. António pergunta-lhe se pode ajudar, ao que Bento responde

negativamente. De imediato, António continua a circular em direcção à Graça, à medida que

vê Bento correr no sentido de Alfama.

Uns Segundos depois, António ouve dois tiros e verifica que os pneus do seu carro tinham sido

atingidos. Logo de seguida, é surpreendido por Caio que caminha na sua direcção, gesticulando

furiosamente. António, assustado com os tiros e receando nova ameaça, esmurra Caio,

deixando-o inconsciente.

Veio a apurar-se que ambos os tiros tinham sido disparados por Caio, com a intenção de deter

António e de reaver os galos de Barcelos furtados da sua loja por Bento um minuto antes.

Provou-se ainda que Caio supões (i) que os galos de Barcelos estavam dentro do carro de

António e (ii) que este era cúmplice de Bento.

Quid iuris?

(12 valores)

4
Faculdade de Direito de Lisboa

Introdução ao Estudo do Direito

Avaliação Contínua – Turma A

3 de Abril de 2006

Duração: 50 minutos

Considere a seguinte hipótese

A lei n.º 3/2003, de 10 de Janeiro, determina que (artigo único): “1. As instalações de gás

devem ser objecto de inspecções periódicas bianuais. 2. As instalações a que se refere o

número anterior devem ser requeridas pelos proprietários dos prédios respectivos”.

O DL n.º5/2005, de 2 Abril, determina que (artigo único): “1. As instalações de gás de

estabelecimentos de restauração devem ser objecto de inspecções periódicas trimestrais. 2. As

inspecções a que se refere o número anterior devem ser requeridas pelos proprietários dos

estabelecimentos e podem ser oficiosamente realizadas pelas Câmaras Municipais”.

A Lei n.º6/2006, de 4 de Janeiro, determina que (artigo1.º) “As instalações de gás devem ser

objecto de inspecções semestrais. (art. 2.º): “ A presente lei entra em vigor no dia imediato ao

da sua publicação”.

António, proprietário do restaurante “Insular”, no Funchal, foi autuado em 12 de Julho de

2005 pela Câmara Municipal respectiva, por incumprimento do DL n.º 5/2005, «uma vez que

decorreu já o prazo de três meses, sem que tenha requerido inspecção às instalações de gás
do

restaurante “Insular”».

António contestou a imputação da Câmara, alegando que o DL n.º 5/2005 fora revogado pela

Lei n.º 6/2006 e que, assim sendo, foi reposta em vigor a Lei n.º 3/2003.

Responda sucinta, mas fundamentadamente, às seguintes questões:

5
1. Aprecie a pretensão da Câmara Municipal do Funchal.

2. Aprecie a argumentação de António, determinando, de entre as normas legais referidas,

quais as que se encontram actualmente em vigor relativamente aos estabelecimentos de

restauração, considerando apenas os dados fornecidos.

II

Distinga fundamentadamente:

1. A regra especial e a regra excepcional.

2. Jurisprudência constante e costume jurisprudencial.

6
Faculdade de Direito de Lisboa

Introdução ao Estudo do Direito

Avaliação Contínua

15 de Maio de 2006

Duração: 50 minutos

Considere a seguinte hipótese

Amândio (A), residente em Viseu, contratou em Dezembro de 2000 os serviços da sociedade

Belcabo SA (B), fornecedora de televisão por cabo e linha telefónica. À data da celebração do

contrato, a actividade do fornecimento daqueles serviços era regulada pelo DL X, de

20.05.1995. O referido DL X determina que a facturação do serviço deve realizar-se

mensalmente, mas nada dispõe sobre o modo de celebração do contrato, pelo que A e B

optaram por celebrá-lo verbalmente.

Entretanto, em 10 de Outubro de 2006, foi publicado o DL Y, que, tendo por objecto a

actividade de fornecimento daqueles mesmos serviços, dispõe que (i) o contrato de

fornecimento de televisão por cabo e linha telefónica deve ser celebrado por escrito e que (ii)

a facturação deve ser detalhada, se o cliente o solicitar.

Tendo experimentado vários dias de sinal televisivo de má qualidade e quebras de linha

telefónica que o impediram de telefonar diversas vezes, e deparando com a recusa constante

por parte de B de apresentação de facturas detalhadas, A pretende agora saber:

a) se o facto de o contrato ter sido celebrado verbalmente afecta a sua validade considerando

o que dispõe o DL Y;

b) se pode exigir a entrega de facturas detalhadas e, em caso afirmativo, desde quando.

Responda, justificadamente, às questões suscitadas por A.

II

7
Responda, fundamentadamente, às seguintes questões.

1. Explicite em que correspondem as correntes subjectivista e objectivista na interpretação da

lei, referindo se e de que modo as mesmas têm consagração no art. 9.º do CC.

2. Distinga interpretação doutrinal e interpretação autêntica.

Cotação: I - 12v. / II – 1: 4v.;2: 3 v./Português e organização das respostas = 1 v.

8
Introdução ao Estudo do Direito

21/05/07

Amílcar e Bernardo são grandes amigos e trabalham juntos na sociedade “WXZ, S.A.”.

Amílcar tem 17 anos, completou a escolaridade obrigatória, e desempenha funções de

ajudante da secretaria. Bernardo, de 22 anos, optou por realizar um curso técnicoprofissional

de jardinagem, tendo sido contratado, há seis meses, para se ocupar dos frondosos jardins da

sede da empresa.

No passado dia 15 de Março, foi publicado o Decreto-Lei n.º112/07 que alterou,

substancialmente, o Código do Trabalho (CT). Entre as alterações mais discutidas em sede de

concertação social contam-se as introduzidas nos artigos 33.º e 54.º que rezam assim: “Artigo

33.º - São nulos os contratos de trabalho celebrados com menores.” E ainda “Artigo 54.º - É

expressamente proibido aos trabalhadores fumar no local de trabalho.”

Há dois dias, Carlos, administrador da sociedade chamou Amílcar ao seu gabinete e

comunicou-lhe que, com muita pena sua, deveria abandonar imediatamente a empresa,

porque a lei tinha deixado de permitir que os menores desempenhassem funções laborais.

Amílcar aceitou, resignado, a infeliz notícia e foi procurar o seu amigo Bernardo nos jardins da

empresa. Bernardo ficou irritadíssimo com a injustiça, tanto mais que deixaria de gozar da

boleia de Amílcar para o trabalho, e aconselhou-o a voltar a estudar enquanto não fazia 18

anos. Já Amílcar se havia afastado quando Bernardo, acariciando as últimas rosas deste estio

de Maio, acendeu um pensativo cigarro… eis senão quando Carlos aparece e ameaça despedilo

com o fundamento de que, desde Março, é expressamente proibido fumar no local de

trabalho e que, por isso, deveria apagar imediatamente o seu cigarro. Bernardo responde,

agastado, que todos os trabalhadores vinham ao jardim fumar e que não via razões para que

ele não pudesse fazer o mesmo. Carlos retorquiu lembrando-lhe ser o jardim o seu local de

9
trabalho e que, nos termos do artigo 54.º do CT, é expressamente proibido fumar no local de

trabalho. Bernardo replicou dizendo que trabalha na empresa há quatro anos e que quando

começou a trabalhar “isto não era nada assim…”.

Quid juris? (12 valores)

II

Distinga, sucinta e fundamentadamente:

a) Excepcionalidade material e excepcionalidade formal; (3valores)

b) Retroactividade ordinária e retroactividade agravada. (3valores)

Ponderação Global: 2 valores

10
I

Clara tornou-se Leitora da Biblioteca Municipal de Cascais no dia 17 de Novembro. No

momento da sua inscrição, foi-lhe exigido o pagamento de cinco euros nos termos do referido

artigo 7º do Regulamento da Biblioteca. No dia 20 de Novembro, Clara encontrou o seu amigo

Armindo e este contou-lhe que fora alterado o artigo 7º do Regulamento da Biblioteca e que a

inscrição como Leitor passara a ser grátis.

Responda fundamentadamente às seguintes questões:

1. Clara, tem esperança que lhe sejam devolvidos os seus cinco euros. O que lhe parece?

2. Se Clara puder exigir a devolução dos seus cinco euros estaremos perante uma situação de

retroactividade?

3. Quantas regras identifica no Regulamento da Biblioteca? Qual a sua previsão e estatuição?

II

Responda sucinta mas fundamentadamente às seguintes questões:

1. Distinga nulidade de anulabilidade;

2. Distinga lei em sentido formal de lei em sentido material;

3. Será correcto dizer que o Direito é um mínimo ético em relação à moral?

4. Distinga ratio legis, vacatio legis e occasio legis.

11
Faculdade de Direito de Lisboa

Exame Final Introdução ao Estudo do Direito

06.06.2006

Duração: 3h00

Considere a seguinte hipótese:

Vasco (V) proprietário de um estabelecimento de jardim de infância em Tavira, celebrou

verbalmente em 10 de Outubro de 2005, um contrato com a sociedade transportadora Zulmira

– Autocarros do Sul, Lda. (Z). O contrato destinava-se ao transporte dos alunos do jardim de

infância e foi celebrado pelo prazo de um ano.

À actividade de transporte de crianças reportava-se então o DL X/2000, de 31 de Janeiro, que,

nada determinado quanto à forma da celebração dos contratos de transporte1, estabelecia,

entre outras coisas, que (a) os motoristas devem receber formação adequada, (b) o presente

Decreto-Lei entra em vigor no prazo de um mês.

A Lei Y/2006, de 22 de Maio, regulando a mesma matéria, veio determinar que (c) só podem

celebrar contratos de transporte de crianças as empresas transportadoras licenciadas pelo

Ministério dos Transportes e Comunicações, devendo os contratos ser celebrados por escrito,

(d) os motoristas devem receber formação adequada, com a duração mínima anual de 30

horas, (e1) o preço do transporte cobrado pelos estabelecimentos de ensino aos encarregados

de educação não pode exceder €30 por mês, (e2) a regra anterior aplica-se aos transportes

efectuados desde 15 de Setembro de 2005, (f) é interdito aos vigilantes das viaturas de

transportes de crianças o consumo de bebidas alcoólicas.

Desde o início de vigência do DL X/2000 que a sociedade Z forma os seus motoristas em cursos

com a duração de 15 horas anuais.

1
Cfr. O art. 219.º do CC.

12
O preço actualmente praticado por V por cada criança transportada é de €50 por mês, com

vencimento no dia 1 de cada mês.

Manuel (M) é um dos vigilantes do transporte de crianças efectuado por V. No passado

Domingo, Noé (N), o gerente da empresa transportadora, encontrou M num bar de praia,

tendo reparado que bebia algumas cervejas. Por tal facto, N instaurou a M um processo

disciplinar, com fundamento na violação da regra (f) da Lei Y/2006.

1 Cfr. O art. 219.º do CC.

Responda fundamentadamente, às seguintes questões, considerando apenas os

dados fornecidos:

1. Em que data iniciou o DL X/2000 a respectiva vigência? (1,5v.)

2. A sociedade Z pretende saber se a regra (d) da Lei Y se aplica aos motoristas afectos ao

serviço de V. Quid iuris? (2,5v.)

3. Os encarregados de educação pretendem exigir a diferença paga relativamente à quantia

fixada pela lei Y/2006. Quid iuris? (2v.)

4. Aprecie a actuação de N relativamente a M. (3v)

5. António (A) é proprietário de uma empresa de transportes de passageiros, actividade que é

regulada pelo DL U/2001, que determina deverem os motoristas ter “formação anual

adequada”. A pretende saber se a formação de 10 horas anuais que actualmente fornece aos

respectivos motoristas é adequada, tendo presente o que se dispõe sobre a matéria na Lei

Y/2006 (3 v.).

II

Responda, sucinta mas fundamentadamente, às seguintes questões:

1.Distinga sanção reconstitutiva e sanção compensatória (1,5 v.);

2. Distinga regra especial e regra excepcional (1,5 v.).

III

13
«O positivismo jurídico do século XIX teve uma tarefa manifestamente histórica; teve que

recolocar o aspecto existencial do direito, o seu carácter positivo, no campo de visão. Contudo,

após o terrível abuso do direito causado pelo pensamento positivista extremo do nosso século

[XX], é agora nossa missão descobrir algo de “indisponível”, que coloque a arbitrariedade na

disposição e interpretação do direito dentro de limites (…)» [Arthur Kaufmann, in Introdução à

filosofia do direito e à teoria do direito contemporâneas, AA. VV (trad. Portuguesa de M. Keel e

M. S. Oliveira), FGG, Lisboa, 2002].

Comente a afirmação, considerando a oposição entre os movimentos positivistas e

antipositivistas (máximo de 40 linhas; 4v.)

Ponderação global: 1v.

14
Universidade de Lisboa – Faculdade de Direito

Exame Final de Introdução ao Estudo do Direito – Turma A

Prof. Doutor Miguel Teixeira de Sousa

4 de Julho de 2007 – Duração: 3 horas

Com o objectivo de promover a reabilitação da zona histórica do Bairro Alto, que há muito se

vem degradando, e de, consequentemente, promover o turismo nessa zona, a Câmara

Municipal de Lisboa emanou o Regulamento nº 3/2007 do seguinte teor:

Artigo 1.º: Os proprietários de imóveis em estado degradado na zona histórica do Bairro Alto

em Lisboa, têm de os restaurar, ainda que com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.

Artigo 2.º: Os contratos de arrendamento que tenham por objecto imóveis degradados

situados na zona histórica do Bairro Alto, são nulos, se esses imóveis não forem previamente

sujeitos à restauração exigida nos termos do artigo 1.º.

Artigo 3.º: Por motivos de ordem estética, as Escolas de Música de Conservatórios Nacionais

que funcionem em edifícios históricos do Bairro Alto não podem pendurar bandeiras ou

estandartes com os seus símbolos nas fachadas desses edifícios.

Artigo 4.º: Com o objectivo de evitar uma maior degradação dos imóveis situados na zona

histórica do Bairro Alto, é expressamente proibida a entrada de veículos motorizados nessa

zona.

Artigo 5.º: Este regulamento entra em vigor no dia 25 de Maio de 2007.

1. Alda, proprietária de um imóvel degradado na zona histórica do Bairro Alto, que adquiriu no

dia 15 de Abril, pretende saber se esse imóvel terá de ser restaurado ou se as regras do

Regulamento nº 3/2007 se aplicam unicamente aos novos proprietários. Quid iuris? (2,5

valores)

2. Alda pretende ainda saber se o contrato de arrendamento que celebrou com Bento, no dia

15
20 de Abril de 2007, é válido, dado que o imóvel de que é proprietária ainda não foi

restaurado. Quid juris? (2 valores)

3. Dado que apenas existe uma Escola de Música do Conservatório Nacional a funcionar num

edifício histórico do Bairro Alto, diga se o Regulamento nº 3/2007 é uma lei formal ou material,

atendendo, especificamente, ao seu artigo 3.º. (2valores)

4. Cátia entrou na zona histórica do Bairro Alto com o seu automóvel para ir

buscar a sua mãe Idalina que está gravemente doente e a necessitar de internamento

hospitalar urgente, para esse efeito tendo destruído uma cancela que serve para impedir a

entrada de veículos no Bairro Alto. Cátia considera que agiu licitamente atendendo ao

disposto no artigo 4.º do Regulamento n.º 3/2007. Quid juris? (2 valores)

5. No passado dia 30 de Maio, Dário encontrava-se a circular com a sua nova mota na Rua da

Rosa, situada na zona histórica do Bairro Alto, quando foi confrontado por Eduardo, agente da

autoridade, com a proibição contida no artigo 4.ºdo Regulamento nº 3/2007. Eduardo

pretende autuar Dário e, enquanto este não pagar a coima, pretende apreender a sua mota.

Dário defende-se dizendo que a regra contida no artigo 4.º do Regulamento nº 3/2007 apenas

proíbe a entrada de veículos motorizados na zona histórica do Bairro Alto, mas não proíbe a

circulação destes veículos nessa mesma zona.

5.1. Quid juris? (3 valores)

5.2. Quais as sanções que Eduardo pretende impor a Dário? (1,5 valores)

II

Responda sucinta mas fundamentadamente às seguintes questões:

1. Distinga regras injuntivas de regras dispositivas. (2valores)

2. Que critérios lhe parecem mais adequados para distinguir direito e moral? (3 valores)

Ponderação global: 2 valores

16
PERGUNTAS DE ORAIS

01. Distinga direitos patrimoniais de direitos não patrimoniais

02. Distinga direito público de direito privado.

03. Distinga direitos relativos e direitos absolutos.

04. Qual a diferença entre leis e decretos-lei?

05. Todas as regras que compõem a ordem social são regras de direito?

06. Distinga ordem de facto e ordem normativa?

07. Distinga ordem moral e ordem religiosa.

08. Distinga direito de moral.

09. Defina justiça.

10. Quais as diferenças entre o ser e o dever ser?

11. O que representa a ordem natural?

12. Comente a seguinte afirmação:”ubi societas, ibi jus”.

13. Defina instituições.

14. Distinga instituições de grupos.

15. A sociologia do direito teorética analisa o direito através dos factos sociais. Porque é que
esta

teoria é errada?

16. Qual a diferença entre facto jurídico lato sensu e facto jurídico stricto sensu?

17. E entre facto jurídico stricto sensu e acto jurídico?

18. Defina efeito jurídico.

19. Os direitos subjectivos podem recair sobre o quê?

20. Quais os tipos de sociedade que conhece?

21. O que significa o princípio da subsidiariedade?

22. Qual a diferença entre coercibilidade e imperatividade?

17
23. Quais os desvalores do acto jurídico?

24. Quais as suas principais diferenças?

25. Defina sanção.

26. O que representa, no artigo 1324º do CC, uma sanção premial?

27. Distinga sanção reconstitutiva, compulsória e compensatória.

28. Quais as características da ordem jurídica? / O que é o direito?

29. Porque é que a estatalidade é ou não é característica do direito?

30. Relacione agora a coercibilidade com a estatalidade.

31. O que significa a reconstituição natural?

32. O que significa a execução específica? Artigo 827º CC.

33. Qual a diferença entre coação e coerção e coercibilidade?

34. Como se distinguem os tribunais arbitrais dos tribunais comuns?

35. Distinga legítima defesa, acção directa e estado de necessidade.

36. É admissível a legítima defesa contra legitima defesa?

37. O que é o sistema jurídico?

38. Qual a estrutura da regra jurídica?

39. O que são princípios jurídicos?

40. Distinga princípios jurídicos materiais e formais.

41. Explicite os princípios de justiça, segurança e eficiência.

42. Quais os tipos de sanções que conhece? Explicite cada uma delas.

43. Na sanção reconstitutiva o que significa a execução específica?

44. O que representa a indemnização compensatória?

45. Existe direito fora do Estado? Porquê?

46. Defina ineficácia.

47. Distinga, com base no CC, os regimes de nulidade e anulabilidade.

18
48. O que representa a inexistência?

49. A inexistência pode ser considerada uma sanção?

50. De acordo com o artigo 338º CC o que significa a pressuposição errónea da legítima
defesa?

51. Porque é que a acção directa tem carácter residual em relação aos outros tipos de auto-
tutela?

52. O direito de retenção é uma sanção de que tipo? Em que consiste?

53. Distinga fontes de direito intencionais e não intencionais.

54. Defina equidade.

55. A equidade é uma fonte de direito? Porquê?

56. Qual a diferença entre fontes mediatas e imediatas do direito?

57. A doutrina é uma fonte de direito?

58. O costume é fonte de direito? Porquê?

59. Distinga fontes internas e fontes externas.

60. Os tribunais, segundo a óptica de divisão de poderes, podem ser fontes de direito?
Porquê?

61. A jurisprudência é fonte de direito? Porquê?

62. O que representa a jurisprudência constante?

63. Explicite o que é a uniformização da jurisprudência.

64. O costume é constituído por dois elementos. Quais?

65. O que é o costume contra legem?

66. Qual a diferença entre uso e costume?

67. Quais os pretensos requisitos do costume?

68. Qual a diferença entre costume secundum legem e praeter legem?

69. Qual a diferença entre costume contra legem e desuso?

19
70. O costume contra legem afasta a vigência da lei? Como relaciona isso como artigo 7º, nº1
CC?

71. O desuso afasta a vigência da lei?

72. Distinga lei em sentido material e lei em sentido formal.

73. Defina lei.

74. Defina vacatio legis.

75. A ausência de publicação da lei implica a sua ineficácia?

76. Qual o período de vacatio legis? Esse período pode ser alterado pelo legislador?

77. Em que casos pode cessar a vigência de uma lei?

78. O que é uma lei revogatória?

79. Distinga revogação expressa de revogação tácita.

80. Distinga revogação simples de revogação substitutiva.

81. Distinga revogação individual de revogação global.

82. Distinga revogação total de revogação parcial.

83. A revogação global pode ser parcial?

84. Em que consiste o princípio da não repristinação? Identifique excepções a esse princípio.

85. Em que consiste a caducidade?

86. Quais os três princípios básicos da revogação?

87. Como é constituída a hierarquia das leis?

88. Qual a relevância da hierarquia das leis?

89. Leis ordinárias e decretos-lei do governo têm igual valor?

90. Pode o costume tornar-se um uso?

91. Distinga abrogação de derrogação.

92. Distinga jurisprudência constante de jurisprudência uniformizada.

93. Em que consiste o costume jurisprudencial?

20
94. Em que consistem os acórdãos com força obrigatória geral?

95. O que eram os assentos?

96. Qual a diferença entre regras injuntivas e dispositivas?

97. Em que consistem as ficções legais? Distinga-as de presunções absolutas.

98. Distinga presunções ilidíveis de presunções inilidíveis.

99. Distinga normas principais de normas derivadas.

100. Distinga normas de valoração de normas de conduta.

101. Distinga normas dispositivas permissivas de normas dispositivas supletivas.

102. Distinga regras especificas excepcionais de regras específicas especiais.

103. O que são regras supletivas?

104. Quando a lei se aplica no tempo tem de se ter em conta se a lei nova regula factos ou
efeitos.

Explicite, fundamentando com o artigo 12º do CC.

105. Explique os diferentes graus de retroactividade.

106. O que entende por direito transitório?

107. Distinga direito transitório formal de direito transitório material.

108. Distinga factos instantâneos de factos continuados.

109. Distinga efeitos instantâneos de efeitos continuados.

110. Quando a lei nova regula efeitos continuados abstraindo dos factos como se processa

a aplicação o artigo 12º do CC? E quando não abstrai desses factos eu lhe deram origem?

111. Quais os elementos de interpretação da lei?

112. O que entende por occasio legis?

113. Em que consiste a interpretação abrogante da norma? Qual o tipo de lacuna resultante
deste tipo

de interpretação?

21
114. Em que consiste a interpretação enunciativa?

115. Quais os sub-elementos do elemento histórico e do elemento sistemático de


interpretação?

116. Defina lacuna.

117. Distinga lacuna da lei de lacuna da ordem jurídica.

118. Distinga lacunas intencionais de lacunas não intencionais.

119. Distinga lacunas manifestas, de colisão e ocultas.

120. Distinga interpretação declarativa lata, média e restritiva.

121. Distinga interpretação declarativa, extensiva e restritiva.

122. Na integração de lacunas o que significa o princípio non liquet?

123. Havendo lacuna é possível não dar uma interpretação ao caso?

124. Como se procede à integração de lacunas?

125. Em que consiste a interpretação correctiva?

126. Distinga analogia legis de analogia iuris.

127. Em que consiste a lacuna teleológica?

128. Distinga jurisprudência dos conceitos de jurisprudência dos interesses.

22
TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL

23
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

1° ANO - Turma: B (Dia) - 2007/2008

FREQUÊNCIA ESCRITA DE TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL

REGÊNCIA: Professor Doutor Pedro Pais de Vasconcelos

10/12/2007

Duração: 60 minutos

I - Aprecie dois dos seguintes três casos:

1. Alfredo, futebolista célebre, cedeu ao seu Clube, por contrato, o direito à exploração da sua

imagem, o que o Clube fez cedendo-o por quantias elevadas para campanhas de publicidade

várias. Mais tarde, Alfredo recebeu uma proposta de comercialização directa da sua imagem

em exclusivo para um fabricante de roupa masculina, com uma remuneração muito superior e

aceitou, com efeito imediato, comunicando imediatamente ao seu clube que lhe retirava a

autorização para explorar a sua imagem. O clube não aceitou, e continuou a fazer o que já

fazia.

Quid júris1?

2. António herdou uma moradia que passou a habitar. Como estava muito degradada, fez nela

obras de substituição das redes de água e electricidade, instalou um sistema de aquecimento

central e procedeu à sua pintura geral interior e exterior. Na piscina, retirou o revestimento

interior, cuja cor lhe desagradava e substituiu-o por azulejos antigos muito caros. Embora o

telhado não estivesse em mau estado, substituiu as telhas, por telhas vidradas (mais bonitas).

O testamento veio, porém, a ser anulado e António teve de restituir a casa. Agora pretende ser

compensado das despesas que fez nela. Quid juris?

3. A Associação para a Defesa dos Golfinhos recebeu um donativo anónimo e aplicou-o na

compra de Dólares dos E.U.A., na convicção de que a sua cotação já não podia baixar mais e

que iria subir. Com isto, obteria mais fundos para prosseguir o seu fim.

24
Quid juris?

II - Responda a duas das seguintes três questões:

A - Diferença entre o fundamento da interdição e da inabilitação.

B- Diferença entre partes integrantes e coisas acessórias

C - Diferença entre legitimidade e capacidade

Cotação: l - 6 valores cada; 11-4 valores cada

25
FACULDADE DE DIREITO DE LISBOA

FREQUÊNCIA DE TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL

27 de Novembro de 2007

1° SEMESTRE

TURMA A

Duração da prova: 60 minutos

I Grupo:

Considere as questões seguintes, respondendo em não mais de 15 linhas, e escolhendo

APENAS DUAS QUESTÕES:

1 - Situe no tempo a terceira sistemática, caracterizando-a, e evidencie a sua importância no

actual Direito Civil Português.

2 - Diga o que entende por "dogmática integrada" evidencie a sua importância no processo de

construção do Direito.

3 — Justifique a seguinte afirmação: " Não existem, verdadeiramente, relações Jurídicas

absolutas”.

4 - Distinga: “expectativa de facto " de "expectativa jurídica", caracterizando o tipo de

situação jurídica a que se reconduzem.

II Grupo:

Considere as seguintes hipóteses, apresentando justificação legal e doutrinal para as soluções

que apresente:

Hipótese 1:

Anacleto pretendia há já muito tempo adquirir um jogo para a sua Playstation 3. Bento, seu

amigo, sabendo desse seu desejo, colocou na mochila de Anacleto o seguinte bilhete: " Tenho

o PÉS 2008. Vendo-to por 40 euros. Responde-me assim que possas. 20 - 11- 2007. Bento. "

Anacleto, que não se apercebera da actuação do amigo, só encontrou o bilhete, no final do

26
sexto dia. Apressado, correu para casa de Bento, onde só chegou às 23:00h. Apercebendo-se

do adiantado da hora, optou por deixar na caixa do correio um bilhete onde aceitava o
negócio.

No dia seguinte, Bento faltou às aulas e, durante urna conversa no messenger com César, este

diz-lhe: ”Estou mesmo com vontade de experimentar o PÉS 2008. Já conheces? Dizem que é

genial. Estou mal de finanças, mas ainda assim sempre pagaria até 50 euros por ele…" Bento,

que tinha o dito PES, imediatamente responde: "Vendo-to por 50 euros. Aceitas?”

César responde logo que sim, e diz-lhe que vai já até lá a casa buscar o jogo. Entretanto, toca a

campainha: era Anacleto, que dizia vir buscar o PÉS 2008, estendendo simultaneamente a

Bento um envelope com os 40 euros. Este recusa-se a entregar-lho, dizendo que acabara de o

vender a César. Anacleto insiste que o jogo é dele, pois deixara aceitação na caixa postal de

Bento no dia anterior. Bento dirige-se à caixa postal onde efectivamente encontra um bilhete

de Anacleto. Contudo, nessa noite chovera muito, e só a muito custo se conseguia entender o

que lá estava escrito.

Enquanto os amigos discutiam, chega César, entusiasmado, e perguntando pelo seu jogo. Ao

entrar em casa de Bento, César escorrega no soalho de madeira, que pouco antes havia sido

encerado. Cai, parte uma costela, e exige a Bento que lhe pague as despesas do hospital e lhe

entregue o PES, pois sempre se poderá entreter enquanto durar o internamento.

Quid iuris?

Hipótese 2:

Antónia necessitava lavar um casaco de pele. Ao passar por uma lavandaria lê o seguinte

letreiro: "Promoção da semana: 20% de desconto na lavagem e tratamento de casacos de


pele.

" Assim, no dia seguinte Antónia leva o casaco à dita lavandaria, pagando de imediato o preço

devido. Passada uma semana, no dia do levantamento do casaco, Antónia verifica que o

27
mesmo se encontrava totalmente manchado. Indignada exige que a lavandaria lhe devolva o

preço pago pelo serviço e a indemnize pelo dano sofrido. Bernardete, dona da lavandaria

chama-a à atenção para o aviso colocado na parede, e reproduzido no verso do talão de

levantamento das peças: "Este estabelecimento não se responsabiliza por danos apresentados

nas peças de pele. "

Quid iuris?

Cotação:

I grupo: 2,5 valores cada questão

II grupo: Hipóteses 1-9 valores; Hipótese 2-6 valores.

28
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL I

Exame do 1° Semestre do Ano Lectivo 2007/2008

Turma A

8 de Janeiro de 2008

Duração da Prova: 120 minutos

I Grupo:

Considere as seguintes questões, respondendo a apenas duas em não mais de 15 linhas.

1) Explicite o sentido e significado da primazia da materialidade subjacente na concretização

da boa-fé.

2) Distinga e enquadre juridicamente os conceitos de “responsabilidade patrimonial" e

"responsabilidade civil”.

3) Explicite as razões pelas quais é possível afirmar que os institutos da autonomia privada e da

boa fé não são sempre, na sua aplicação prática, concordantes; apresente exemplos que

permitam ilustrar essa afirmação.

II Grupo:

Considere a seguinte hipótese, enquadrando e resolvendo as questões suscitadas com a

devida fundamentação jurídica, legal e doutrinal:

Antónia, professora do 12° ano de escolaridade, que até ao momento sempre tinha andado

destacada a prestar serviço em vários locais do país, teve no presente ano lectivo uma boa

notícia: segundo informação do Ministério da Educação, Antónia passaria a ocupar uma vaga

definitiva numa escola de Lisboa.

Encantada com a novidade, assim que soube, Antónia começou a procurar casa. Assim, tendo

passado por uma conhecida imobiliária, Antónia viu afixado na respectiva montra, o seguinte

anúncio: “Vende-se apartamento, 3assoalhadas, 3 frentes, box para dois carros, situado no

29
Parque dos Príncipes, por 175 mil euros. ". Conhecedora do preço da propriedade em Lisboa,

Antónia, entusiasmada, entra na imobiliária e declara que pretende adquirir o dito imóvel.

Bento, agente imobiliário, sugere que se faça uma visita ao local, advertindo

porém que a decisão terá de ser rápida, pois trata-se de um imóvel em "saldo". Antónia, certa

de que faria um bom negócio, declara que pretende marcar imediatamente a respectiva

escritura, pelo que prescinde da dita visita.

No dia aprazado, Antónia e Bento, deslocam-se ao cartório notarial onde é lavrada a escritura

do referido imóvel pelo preço de 100 mil euros, tal como ambos tinham combinado. Satisfeita

com a aquisição, Antónia desloca-se então ao imóvel adquirido. Lá chegada, é com desagrado

que verifica que o imóvel, ao invés de ter 3 quartos, como esperava, possuía apenas 2 e sala de

estar. Assim, Antónia telefona a Bento declarando que não lhe enviará o cheque dos 75 mil

euros remanescentes, porquanto o imóvel não correspondia ao descritivo anunciado e, tivesse

ela sabido disso, jamais o teria adquirido.

No dia seguinte, Antónia toma conhecimento de que, afínal, a informação segundo a qual

tinha sido colocada definitivamente, em Lisboa, não correspondia à realidade, devendo-se

apenas a "um lamentável erro do sistema informático". Imediatamente, Antónia contacta o

seu gestor de conta, dando ordem para cancelar o cheque de 100 mil euros que tinha emitido

à ordem da imobiliária onde Bento trabalhava.

Bento contacta-o, brilhante jurista formado pela excelsa Faculdade de Direito de Lisboa, para

saber o que poderá fazer para resolver esta situação.

O que lhe diria?

Colação: I Grupo: 3 valores cada questão; II Grupo: 14 valores.

FACULDADE DE DIREITO DE LISBOA

Teoria Geral do Direito Civil - I

2° ano - Turma B

30
Teste 8 de Janeiro de 2008

I.

Mário e Maria são casados. Maria engravida de Mário e diz-lhe que se considera muito nova

para a maternidade, que esta gestação prejudicaria a sua carreira profissional e que pretende

abortar nas primeiras 10 semanas da gravidez. Não se verifica qualquer outro dos

fundamentos de não punibilidade de interrupção voluntária de gravidez previstos na Lei.

Mário, invocando a qualidade de pai e de representante legal do nascituro, requer ao Tribunal

que Maria seja impedida de abortar, de modo a prevenir a ofensa ao direito à vida do seu filho

e o seu próprio direito à paternidade.

Em simultâneo, embora em processo separado, requer em Juízo a interdição de Maria por

anomalia psíquica revelada, pela vontade de abortar que, segundo alega, põe em risco a

própria vida e integridade psíquica de Maria e dá publicidade à acção nos termos da lei.

Maria contesta invocando ter direito subjectivo a dispor do seu corpo e da sua gravidez, e à

maternidade responsável, que qualifica como "um novo direito de personalidade", acrescenta

que o embrião não é pessoa, mas antes uma coisa móvel, um fruto natural pendente que lhe

pertence enquanto não for separado. Alega ainda que Mário não tem o direito que se arroga e

que, se o tivesse, estaria a exercê-lo com abuso de direito.

O Tribunal entende que o embrião é uma coisa móvel em compropriedade de Mário e Maria,

por resultar do contributo genético dos dois, e que, por aplicação "extensiva ou analógica" do

art. 1408° do Código Civil, só com o acordo de ambos pode ser destruído.

Quid júris?

II.

Diga o que se lhe oferecer sobre duas das três seguintes questões:

- O princípio da especialidade das pessoas colectivas põe em crise a capacidade ou a

legitimidade na sua actuação?

31
- Qual a diferença entre representação sem poderes e abuso da representação?

- Qual a relevância do princípio de autonomia privada e do princípio da equivalência na fixação

do preço?

Tempo da prova: 2 horas e 30 minutos

Cotações: 1(10), II (6); qualidade da argumentação, da expressão, da ortografia e da caligrafia

(4)

Faculdade de Direito de Lisboa

Teoria Geral do Direito Civil

1º ano, turma B

Teste

14 de Janeiro de 2008

I.

O semanário Tretas, numa reportagem sobre o mundo da moda, afirmou que a conhecidíssima

modelo Piggy era viciada em tabaco e andava em tratamento nos fumadores anónimos. Nessa

reportagem publicou fotografias de Piggy de cigarro aceso na boca.

Piggy processou a jornalista social Tricky, autora do texto e directora do semanário. Alegou ser

falso que fosse viciada em tabaco, que aquela fotografia tinha sido tirada no exercício da sua

profissão de modelo para publicidade de uma marca de tabaco e que tal publicação

prejudicava gravemente a sua reputação pessoal e profissional, constituindo difamação. Pediu

uma indemnização no valor das perdas de contratos e de clientela subsequentes à publicação

e dela consequentes, acrescida de €10.000 pelo uso não autorizado da fotografia (o que

constituiria o seu valor de mercado). Alegou ainda ter ficado em depressão em consequência

da notícia, tendo começado a beber e a fumar.

No número seguinte do semanário, Tricky escreveu que Piggy fumava às escondidas nas casas

de banho e exibiu imagens de Piggy a fumar na casa de banho de um bar, obtidas pelas

32
câmaras CCTV de segurança desse bar.

Piggy, acusou então Tricky de violar a sua privacidade e requereu a destruição dos vídeos (que

teriam sido gravados com finalidades de segurança) dizendo que o seu uso constituiria abuso

do direito.

Tricky invoca o direito constitucional de informar e Piggy o direito constitucional à honra e à

privacidade.

O namorado de Piggy, produtor de televisão, lançou uma nova telenovela, chamada Risky

Business, cuja personagem central é Risky, uma jornalista social muito ambiciosa e gananciosa,

viciada em cocaína, que constrói e destrói reputações a troco de dinheiro. No início e no fim de

cada episódio é exibida uma inscrição “obra de ficção: qualquer semelhança com pessoas ou

acontecimentos reais é pura coincidência”. Não obstante, o público identificou Risky com

Tricky, os leitores deixaram de levar Tricky a sério e o Tretas caiu nas vendas e tiragens

tornando-se irrelevante.

Tricky acusa o produtor da novela de lhe destruir a reputação e dignidade, de lhe

causar danos materiais e morais, e pretende que seja intimado a interromper a emissão da

Risky Business e a destruir os respectivos suportes audiovisuais.

O produtor responde que Tricky não pode ser atingida na sua reputação nem na dignidade

porque a obra é de ficção, sendo bem publicitado que não se refere a pessoas nem a factos

reais, e que Tricky já não tinha nem reputação nem dignidade, não sendo possível destruir o

que não existe. Invoca ainda o direito de criação artística que faz parte do direito ao livre

desenvolvimento da personalidade.

Aprecie este caso, nas perspectivas dos intervenientes e diga, fundamentando, como deve ser

julgado.

II

Relacione:

33
1. Poder potestativo e ónus.

2. Representação sem poderes e abuso de representação.

Tempo da prova: 90 minutos

Cotações: I- 12; II-8; a qualidade de argumentação e de expressão podem conduzir a um

acréscimo ou decréscimo de 3 valores.

Teoria Geral do Direito Civil

1º ano B, 13 de Novembro de 2008

Num jantar da sua subturma, António tira uma fotografia para recordação desse dia. A

fotografia mostrava todos os colegas, em volta da mesa, a brindarem para a objectiva. Em

casa, António imprime a fotografia e coloca-a no seu quarto.

Alguns meses depois, António aborrece-se com Berta, sua colega. António, então, que é

dotado para o desenho, resolve estudar a fotografia e elaborar uma caricatura de Berta, que

baptizou de “A Badalhoca” e cedeu a uma das listas concorrentes à Associação de alunos 8sem

esclarecer acerca da origem da caricatura), para que fosse usada como “bombo da festa” da

campanha.

A caricatura, elaborada a carvão, não obstante as deformidades, permitia a quem conhecesse

Berta, associá-la ao desenho.

Berta, muito agastada, pretende uma indemnização de António e, ainda, a eliminação da

caricatura e de todas as sua reproduções.

António afirma que Berta não pode coarctar a sua liberdade de expressão e a sua criatividade

e que, se se identifica com A Badalhoca, o problema é seu.

Quid iuris?

II

Identifique, fundamentadamente, a ou as situações jurídicas de que quer António quer Bento

34
são titulares:

António adquiriu um terreno que não tem comunicação com a via pública.

Nos termos do art. 1550.º, n.º1, do Código Civil, António declara a Bento proprietário do

prédio rústico vizinho, que pretende passar por certo local do prédio de Bento.

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

1º ANO – Turma: B (Dia) – 2007/2008

FREQUÊNCIA ESCRITA DE TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL

REGÊNCIA: Professor Doutor Pedro Pais de Vasconcelos

10/12/2007 Duração: 60 minutos

I – Aprecie dois dos seguintes três casos:

1. Alfredo, futebolista célebre, cedeu ao seu clube, por contrato, o direito à exploração da sua

imagem, o que o Clube fez cedendo-o por quantias elevadas para campanhas de publicidade

várias. Mais tarde, Alfredo recebeu uma proposta de comercialização directa da sua imagem

em exclusivo para um fabricante de roupa masculina, com uma remuneração muito superior e

aceitou, com efeito imediato, comunicando imediatamente ao seu clube que lhe retirava a

autorização para explorar a sua imagem. O clube não aceitou, e continuou a fazer o que já

fazia.

Quid Júris?

2. António herdou uma moradia que passou a habitar. Como estava muito degradada, fez nela

obras de substituição das redes de água e electricidade, instalou um sistema de aquecimento

central e procedeu à sua pintura geral interior e exterior. Na piscina, retirou o revestimento

interior, cuja cor lhe desagradava e substituiu-o por azulejos antigos muito caros. Embora o

telhado não estivesse em mau estado, substituiu as telhas, por telhas vidradas (mais bonitas).

O testamento veio, porém, a ser anulado e António deve de restituir a casa. Agora pretende

ser compensado das despesas que fez nela.

35
Quid Júris?

3. A Associação para a Defesa dos Golfinhos recebeu um donativo anónimo e aplicou-o na

compra de Dólares dos E.U.A., na convicção de que a sua cotação já não podia baixar mais e

que iria subir. Com isto, obteria mais fundos para prosseguir o seu fim.

Quid Júris?

II – Responda a duas das seguintes três questões:

A – Diferença entre o fundamento da interdição e da inabilitação.

B – Diferença entre partes integrantes e coisas acessórias.

C – Diferença entre legitimidade e capacidade.

Cotação: I – 6 valores cada; II – 4 valores cada

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Teoria Geral do Direito Civil II

Teste de avaliação contínua – Turma: 1º ano/Noite. Subturma 2 – 18.Abril.2008

Em 5 de Março Armindo enviou a Belmiro uma carta, com o seguinte conteúdo:

“Estou a pensar vender o meu Fiat, que conheces, por 10.000 euros. Caso te interesse,

contacta-me”.

No dia 10 de Março, Belmiro remeteu o seguinte fax a Armindo: Compro o carro, mas apenas

por 9.000 euros. Responde-me, com urgência”.

Dois dias depois, Armindo deixou uma mensagem no gravador de chamadas de Belmiro,

manifestando a sua concordância. Porém, esta mensagem só foi ouvida em 14 de Março, por

Célia, viúva de Belmiro, que falecera no dia 11.

Na semana seguinte, Armindo soube da morte de Belmiro e vendeu, por escrito, o Fiat a

Daniel, que o adquiriu para transporte de contrabando.

Quid Juris?

36
DIREITO CONSTITUCIONAL

37
Direito Constitucional I

(cotação: 1,5 vals. X 4 = 6 Vals)

Abel, cidadão português, casou com Beatriz, nascida no Texas e titular de cidadania

norte-americana e brasileira. O casamento ocorreu em Lisboa, em Janeiro de 2007, residindo

ambos em Madrid.

1) Poderá Abel adquirir, à luz da lei da nacionalidade portuguesa, a cidadania norte-americana

por efeito do casamento?

2) Poderá dizer-se que Beatriz também é titular de uma cidadania texana?

3) Qual a nacionalidade pela qual Beatriz deve ser tratada em Portugal?

4) Pode Beatriz, enquanto estrangeira, ser professora de uma universidade pública

portuguesa?

II

(cotação: 1,5 vals x 5 = 7,5 vals)

Num máximo de dez linhas por resposta, estabeleça as seguintes diferenças:

1) Órgão / agente

2) Federação / Confederação

3) Jean Bodin / Ius commune constitucional

4) Democracia humana / republicanismo

5) Função administrativa / função técnica

III

(cotação: 6,5 Vls.)

Comente a seguinte afirmação:

“O constitucionalismo é hoje, simultaneamente, herdeiro e opositor de Rousseau, revelandose

bem mais importantes os contributos de Marsílio de Pádua e Pufendorf”.

38
Época de recurso

Direito Constitucional I

Turma A

2 de Julho de 2008

Factores conducentes à formação do Estado Moderno.

II

Em sua opinião, quais os problemas político-constitucionais deste dealbar do século XXI?

III

Em que sentido é a Constituição de 1976 uma Constituição compromissória?

IV

Quais as condicionantes das formas de Estado?

Existe uma relação necessária entre representação política e separação de poderes?

VI

O semipresidencialismo em Portugal e na França.

Direito Constitucional I

Turma A

7 de Janeiro de 2008

Distinga, o mais sucintamente possível:

a) O conceito de povo dos regimes democráticos e o conceito de povo do regime de Salazar

b) Descentralização e desconcentração

c) Federação e união real

d) Soberania na ordem interna e soberania na ordem internacional

39
2 x 4 = 8 valores

II

Responda a uma, e só uma, das seguintes questões:

A) O Presidente da República nos Estados Unidos e na V República francesa: semelhança e

diferença.

B) Existe hoje uma crise do Estado?

C) Sentido básico do princípio da representação política

4 valores

III

Em 1 de Fevereiro realizaram-se eleições para a Assembleia da República e os mandatos

ficaram assim distribuídos: partido A – 100 Deputados; Partido B – 60; Partido C – 50; Partido D

– 10; Partido E – 5; Partido F – 5.

Ouvidos os partidos, o Presidente da República, X, por nenhum ser maioritário, em 27 do

mesmo mês, nomeou Primeiro-Ministro Y, personalidade independente, sugerida pelos

partidos B e D.

Submetido o programa do Governo à Assembleia, o partido A apresentou uma moção de

rejeição, a qual obteve 105 votos a favor, 70 votos contra e 35 abstenções. Em face desse

resultado, o partido A exigiu a demissão do Governo, mas o Primeiro –ministro, com o aval do

Presidente da República, afirmado em mensagem à Assembleia em 13 de Março, negou-a e

declarou que, pelo contrário, o Governo poderia exercer, doravante, em plenitude, as suas

funções.

Entretanto, em 1 de Maio houve eleições presidenciais e em 10 tomou posse

como Presidente da República, Z, cuja candidatura havia sido apoiada pelo partido A.

Em 16, ouvido o Conselho de Estado, o novo Presidente dissolveu o Parlamento e marcou

eleições parlamentares para 15 de Julho.

40
Pergunta-se:

1. O Presidente X respeitou a Constituição em 27 de Fevereiro?

2. E em 13 de Março?

3. O Presidente Z, por seu turno, podia ter dissolvido o Parlamento?

4. Em que condições ficou o Governo após a dissolução?

8 valores

Direito Constitucional I

Turma A

Prova de frequência

Proceda a quatro, e só quatro das seguintes distinções:

a) Povo e sociedade civil;

b) Estado de Direito e Estado de Polícia;

c) Regiões autónomas e autarquias locais;

d) Assembleias estamentais e Parlamentos modernos;

e) Formas de governo e sistemas de governo;

f) Legitimidades tradicional, carismática e legal-racional.

4 x 3 valores – 12 valores

II

Responda a uma, e só uma, das seguintes questões:

a) Os parlamentarismos de tipo inglês, de tipo francês e racionalizado;

b) A instabilidade constitucional durante o período liberal português.

8 valores

Recomendações:

1. Não escreva muito, procure escrever bem.

41
2. Escreva um português correcto.

3. Organize o tempo em razão das cotações das perguntas.

4. Pode citar artigos da Constituição, mas não os transcreva.

Direito Constitucional I

(cotação: 2 vals. X 3 = 6 valores)

Responda a três das seguintes questões:

1. Em que medida a designada “Questão dos Índios das Américas” é ainda hoje uma temática

com a actualidade?

2. Como se compatibiliza a proibição de retrocesso da protecção de direitos fundamentais com

o principio democrático ou a reversibilidade decisória de Zagrebelsky?

3. Será que existe uma dicotomia rígida entre funções jurídicas e funções não jurídicas do

Estado?

4. Quais os principais contributos da experiência constitucional norte-americana para a ciência

do Direito Constitucional?

II

(cotação: 1,5 Vals. X 5 = 7,5 Vals)

Num máximo de dez linhas por resposta, estabeleça as seguintes diferenças:

1. Estado antiliberal / democracia totalitária

2. Nação / Estado / Pátria

3. Quorum / voto de desempate

4. Poder constituinte formal / Constituição “não oficial”

5. Locke / Rousseau

III

(cotação: 6,5 Vals.)

42
Comente uma das seguintes afirmações:

A) “O sistema de governo orleanista é ponto de chegada e, simultaneamente, ponto de partida

de outros sistemas de governo dos séculos XIX e XX”.

B) “O Estado liberal traduz um modelo egoísta de sociedade, herdeiro das preocupações de

Hobbes, enquanto que o moderno Estado social revela preocupações de solidariedade,

próximas do contributo judaico-cristão”.

7 de Janeiro de 2008

Direito Constitucional I

Turma B Dia

Teste

20 de Novembro de 2007

(20 minutos)

Em cada um dos seguintes 10 grupos de questões, há apenas uma resposta certa, que deve

assinalar.

1. Quanto ao problema da essência do fenómeno constitucional:

a) Fazer do Estado o centro da Constituição não constitui homenagem ao pensamento

hegeliano;

b) A interrogação “o que é o Homem?” surgiu, pela primeira vez, com o filósofo Immanuel

Kant;

c) Para o republicanismo, o homem antes de ser cidadão é pessoa;

d) O Direito Constitucional ainda é muitas vezes reconduzido a um simples fenómeno estadual.

2. Quanto à evolução da tutela da pessoa humana e ao contributo da civilização gregoromana:

a) Não há uma diferença de maior entre a raiz das liberdades fundamentais na experiência

inglesa e nas restantes experiências europeias;

b) Platão nunca reconheceu a necessidade de existência de leis;

43
c) Platão não foi o precursor da ideia de Estado de Direito;

d) Para Aristóteles, a justiça, em íntima relação com a igualdade, é o bem supremo.

3. A respeito da antecipação da modernidade constitucional:

a) Marsílio de Pádua considerava a liberdade o bem supremo do homem;

b) Marsílio de Pádua recebeu influências tanto de Aristóteles como de Cícero, vindo, por seu

lado, a ser um precursor de Rousseau;

c) Não se pode dizer que Kant ou Locke tenham tido um precursor em Marsílio de Pádua;

d) Entre as marcas da modernidade de Marsílio de Pádua está o facto de considerar a

democracia como a melhor forma de governo.

4. Quanto à Idade Moderna:

a) O pensamento judaico-cristão, em matéria dos valores da pessoa, nunca foi estruturalmente

perturbador do poder político;

b) Para Maquiavel, o príncipe devia fazer-se odiar, uma vez que os fins justificam sempre os

meios;

c) Para Erasmo de Roterdão, o principal dever do príncipe era o bem-estar do povo;

d) Quanto à dimensão ética da actuação do príncipe, Lutero em nada se afasta da concepção

de Maquiavel.

5. Sobre o contributo liberal:

a) Montesquieu, embora advogasse os “governos moderados”, não considerava a escravatura

contrária ao direito natural;

b) Para Rosseau, quanto mais Estado, mais cresce a liberdade;

c) À semelhança de Locke, Rosseau também entende que a propriedade é uma mera

instituição convencional humana;

d) Para John Locke, o fim único do Estado reside na protecção dos direitos da pessoa humana,

servindo a lei para determinar esses direitos e defender a propriedade.

44
6. Idem: Kant e Hengel:

a) Kant evita estabelecer qualquer ligação entre a propriedade privada e a paz, ainda que

considere a segunda como o fim último do Direito;

b) Para Kant, a autonomia da vontade tem o seu fundamento na dignidade humana;

c) Kant e Hegel partilham do grande relevo concedido ao princípio da reciprocidade

(reconhecimento do outro como pessoa);

d) Para Hegel, o homem não vale por ser homem, nem como ser humano concreto.

7. A respeito da crítica ideológica ao liberalismo:

a) Edmund Burke, tal como Joseph de Maistre, manifesta um marcado desprezo pelas

liberdades individuais da pessoa;

b) Para Marx, o homem é o ser supremo;

c) Para o socialismo marxista-leninista, o proletariado jamais precisará do Estado;

d) A Encíclica Rerum Novarum não defende a inviolabilidade da propriedade privada.

8. Quanto a desenvolvimentos mais recentes:

a) Tal como Platão, Sören Kierkegaard separa a alma do corpo;

b) Kierkegaard, ao recusar pensar o homem como abstracção, aproxima-se de Hegel e afastase

de Kant;

c) Deve-se ao austríaco Karl Popper a teorização da ideia de “consenso de sobreposição”;

d) Kant e Rousseau não constituem influências marcantes em Jürgen Habermas.

9. A respeito do Estado de direitos humanos:

a) No âmbito dos direitos humanos universais recorta-se, com exclusão de qualquer outra, a

categoria dos direitos pessoais universais;

b) O alargamento do conceito de direito fundamental, tal como a abertura constitucional a

novos direitos traduzem inequívocas vias de reforço da tutela da pessoa humana;

c) O conceito de Estado de direitos fundamentais está particularmente vinculado à garantia

45
dos direitos dos seres humanos que se encontram em situação mais débil;

d) O Estado de direitos humanos corresponde a um modelo conceptual ainda imperfeito.

10. Sobre a dignidade da pessoa humana:

a) Da dignidade humana não pode decorrer o alargamento das tarefas e da margem de

intervenção do Estado;

b) Todos os direitos fundamentais têm a mm proximidade com a dignidade humana;

c) A proibição do retrocesso em matéria de direitos sociais pressupõe a exclusão de toda e

qualquer intervenção legislativa que pretenda sacrificar o grau de implementação já

alcançado;

d) A dignidade humana pode servir de fundamento a restrições e a limitações dos direitos

fundamentais da pessoa.

Teste

Direito Constitucional I

27 de Outubro de 2008

No máximo de dez linhas, responda a três das seguintes questões (4 valores por questão)

1) Quais as marcas da especificidade britânica no que respeita aos direitos da pessoa humana

e à limitação do poder de Estado?

2) Em que autores, e em que domínios, se manifestou particularmente o legado de Marsílio de

Pádua?

3) Em que medida o totalitarismo é antiliberal?

4)Quais os momentos e as dimensões marcantes da internacionalização dos direitos humanos?

II

Desenvolva um dos seguintes temas (6 valores)

A) A limitação do poder do Estado no pensamento liberal e contemporâneo.

46
B) A cláusula constitucional do bem-estar social: surgimento, concretização e crise

Redacção e sistematização das respostas: 2 valores

Constitucional II

Turma A

(seis valores)

Desenvolva o seguinte tema:

“ A proibição de recusa de promulgação da lei de revisão constitucional prevista no artigo

286º, nº 3: o sentido da proibição e o seu alcance”

II

(quatorze valores)

Hipótese

O Governo, no uso de autorização legislativa, aprovou em 25 de Março um decreto sobre a

liberdade de reunião e manifestação. A 2 de Abril, enviou-o ao Presidente da República para

ser promulgado como decreto-lei.

Através desse decreto, o Governo revogava a anterior lei aprovada pela Assembleia da

República e criava um novo regime sobre a matéria.

Todavia, esse decreto viria a ser vetado pelo Presidente da República a 1 de Junho, com os

seguintes argumentos:

a) O Presidente discordava do conteúdo de algumas disposições, apesar de o Tribunal

Constitucional não as ter considerado inconstitucionais;

b) Face ao teor da autorização legislativa, o presidente considerava muito duvidosa a

possibilidade de o Governo revogar a anterior lei que a Assembleia da República aprovara

sobre a matéria em causa;

c) No entender do Presidente, o Governo não poderia ter legislado sobre a matéria, uma vez

47
que o prazo previsto na autorização tinha o seu termo no dia 31 de Março.

Face ao veto presidencial, o Governo apresentou o mesmo diploma como proposta de lei à

Assembleia da República, mantendo todo o seu conteúdo e acrescentando apenas algumas

normas através das quais restringia especialmente a liberdade de manifestação e reunião dos

militares.

A proposta de lei viria a ser aprovada na Assembleia da República, também sem qualquer

alteração, com os votos favoráveis de 118 Deputados e enviada ao Presidente da República

para promulgação.

Comente todas as questões que considere juridicamente relevantes, fundamentando sempre

com apoio na Constituição.

Direito Constitucional II

I (10 vals.)

Nos termos de uma lei de bases de 1956, a plataforma continental tem como limite externo a

linha de 200 metros de profundidade das águas.

Em 10.01.2008, a Assembleia da República (AR) conferiu ao Governo uma lei de autorização

legislativa que, durante dois anos, lhe permitia desenvolver os direitos do Estado português

sobre os fundos marinhos contíguos até às 200 milhas marítimas da linha da costa.

Em vez de elaborar um decreto-lei, o Conselho de Ministros aprovou, em 12.02.2008, uma

proposta de lei que regulava os poderes do Estado sobre a sua plataforma continental,

incluindo a revogação do seu limite externo baseado no critério da profundidade das águas.

Em 13.03.2008, apresentada essa proposta de lei, a AR aprovou-a com 30 votos a favor, dez

contra e quarenta abstenções.

Enviado o decreto para promulgação, o Presidente da República (PR), invocando que setratava

de uma diploma violador da lei de bases de 1956, solicitou, em 14.04.2008, ao Tribunal

Constitucional (TC) a fiscalização preventiva da constitucionalidade.

48
Em 16.04.2008, antes de qualquer decisão do TC, o PR resolveu vetar politicamente o diploma,

anexando à sua mensagem um articulado alternativo para o diploma e uma exortação para

que os deputados apresentassem uma moção de censura ao Governo.

Em 20.04.2008, o Governo aprovou um decreto-lei que procedeu à deslegalização de todas as

leis de bases anteriores a 1976. O diploma foi de imediato promulgado.

Hoje, 29.04.2008, a AR, invocando a inconstitucionalidade do decreto-lei de 20.04.2008,

revogou-o através de resolução.

Quid Juris?

II (5 vals.)

Desenvolva o seguinte tema:

A influência do poder moderador no constitucionalismo republicano português.

III (5 vals.)

Responda às duas seguintes questões:

1- Como se manifesta o princípio da prevalência do Direito do Estado face às regiões

autónomas?

2- Pode o Tribunal da Comarca de Vila Real conhecer hoje da validade

constitucional de uma lei de 1960 que foi publicada sem promulgação?

Direito Constitucional II

I (10 vals.)

Uma lei de bases de 1945 conferia ao Ministro da Educação o poder de julgar quaisquer

crimes, salvo atentados contra a vida, ocorridos em estabelecimentos de ensino público

universitário, envolvendo docentes e alunos.

Em 2.02.2007, a Assembleia da República (AR) conferiu ao Governo uma lei de autorização

legislativa que, durante dois anos, lhe permitia fixar as bases de um novo código penal

regulador das relações entre alunos e professores universitários, conferindo aos reitores o

49
poder de julgar tais crimes.

Em 3.03.2008, o Conselho de Ministros, em vez de elaborar um decreto-lei, aprovou uma

proposta de lei contendo um novo código regulador dos crimes envolvendo professores e

alunos, confiando aos tribunais, todavia, o poder de julgar esses crimes, após parecer

vinculativo do reitor.

Em 4.04.2008, apresentada essa proposta de lei, a AR aprovou-a com 30 votos a favor, dez

contra e quarenta abstenções.

Enviado o decreto para a promulgação, o Presidente d República (PR), invocando que se

tratava de um diploma violador, anexando à sua mensagem um articulado alternativo para o

diploma e uma enxortação para que os deputados apresentassem uma noção de censura ao

Governo.

Em 20.04.2008, o Governo aprovou um decreto-lei que procedeu à desgalização de todas as

leis de bases anteriores a 1976. O diploma foi de imediato promulgado.

Hoje, 29.04.2008, a AR, invocando a insconstitucionalidade do dedreto-lei de 20.04.2008,

revogou-o através de resolução.

Quid Juris?

II (5 Vals.)

Responda às duas seguintes questões:

1- Será que existe um princípio de subordinação hierárquico-normativa dos decretos

legislativos regionais às leis e decretos-leis?

2- Pode o Supremo Tribuna de Justiça conhecer hoje conhecer hoje da validade constitucional

de uma decreto-lei de 1972 ferido de inconstitucionalidade orgânica?

III (5 vals.)

Desenvolva o seguinte tema:

A influência da ditadura militar de 1926-1933 no constitucionalismo português.

50
PERGUNTAS DE ORAIS

1. Pode o presidente da Republica apresentar propostas de lei à Assembleia da Republica?

2. Distinga entre Iniciativa e Competência legislativas.

3. Pode um Governo de Gestão apresentar propostas de lei à Assembleia da Republica?

4. Em que situação pode o Governo ou a Assembleia Legislativa da R. A. Apresentar propostas

de alteração a um projecto ou proposta de lei?

5. Onde é realizada a discussão e votação na especialidade?

6. Quais os actos normativos sujeitos a promulgação?

7. Quid Iuris se o P.R. não promulga nem veta após o prazo de 20 dias?

8. O veto jurídico é cumulável com o veto político?

9. O que é um impulso legiferante?

10. O que sucede se, ao 21º dia após ter recebido um decreto da Assembleia da República, o
P.R.

nada tiver feito?

11. Em caso de pronúncia pela inconstitucionalidade, por parte do Tribunal Constitucional, em

relação a uma norma constante de um decreto legislativa regional, poderá a Assembleia

Legislativa da R.A. confirmá-lo?

12. Após o Tribunal Constitucional se pronunciar pela inconstitucionalidade, e do consequente

veto do P.R., quais as opções ao dispor do Governo?

13. Que tipos de actos legislativos conhece no Direito Constitucional Português?

14. Distinga entre reserva de lei e reserva de competência.

15. Qual o desvalor resultante da violação de uma lei de valor reforçado por outra lei?

16. Por que razões o estatuto de uma R.A. é uma lei de valor reforçado?

17. Poderá uma autorização legislativa ser pedida por um Governo demitido?

51
18. O Governo é obrigado a utilizar a autorização legislativa, emitindo o decreto-lei
autorizado?

19. Qual o desvalor de um decreto-lei autorizado que não respeite os parâmetros indicados na
lei

de autorização?

20. Poderá a Assembleia da República revogar a lei de autorização?

21. Possuirão as leis de autorização legislativa valor reforçado?

22. O que são leis de base?

23. Mencione diferenças entre uma lei de autorização legislativa e uma lei de bases?

24. Poderá a A.R. desenvolver leis de bases ou competirá essa função ao Governo?

25. O que são leis orgânicas?

26. Poderá o Governo revogar uma lei orgânica?

27. As leis orgânicas têm valor reforçado?

28. Poderá um decreto-lei revogar uma lei?

29. Existe um primado do Parlamento no que concerne à competência legislativa?

30. Quais as entidades com poder para requerer ao Tribunal Constitucional?

31. O que é um Governo de gestão?

32. Que tipos de actos pode um Governo de gestão praticar?

33. Qual a natureza do sistema de governo português?

34. Qual o sistema de governo das regiões autónomas?

35. Que condições históricas propiciaram o surgimento do sistema parlamentar de gabinete?

36. O governo detinha competência legislativa na Constituição de 1933?

37. Quais as fases do procedimento legislativo parlamentar segundo Prof. Jorge Miranda?

38. Perante um projecto ou proposta de lei, poderão os Deputados apresentar propostas de

aditamento, de substituição ou de eliminação?

52
39. Em que situação o Governo ou a Assembleia Legislativa da Região Autónoma poderão

apresentar propostas de alteração?

40. Poderá a Assembleia da República vir alterar o Estatuto político-administrativo regional em

matérias não abrangidas pela proposta de lei da Assembleia da Região Autónoma?

41. O que acontece caso P.R. vete imediatamente um diploma invocando razões jurídicas?

42. Pode a A.R. confirmar decreto vetado juridicamente pelo P.R? Se sim, qual a maioria para

confirmação?

43. Qual a maioria para confirmação de decretos por parte da Assembleia da República, em
caso

de veto politico?

44. Quais as diferenças entre P.R. e Representante da República?

45. Em caso de pronúncia pela inconstitucionalidade, por parte do Tribunal Constitucional, em

relação a uma norma constante de um decreto legislativo regional, poderá a Assembleia

Legislativa da Região Autónoma confirmá-lo?

46. Quais as fases do procedimento referendário?

47. Em que casos será a recusa de referenda vinculada?

48. Após um veto politico do P.R. a um decreto do Governo, quais as diferenças em relação às

opções da A.R?

49. Terá o Governo interesse em não aprovar um decreto-lei, mas em iniciar outra espécie de

procedimento?

50. Poderá o P.R. vetar diplomas sobre a organização do Governo? Quais as particularidades

desse tipo de veto?

51. Quais os diferentes tipos de inconstitucionalidade?

52. Distinga lei e reserva de competência.

53. Que tipos de actos legislativos conhece no Direito constitucional português?

53
54. Qual o desvalor resultante da violação de uma lei de valor reforçado por outra lei?

55. É a Assembleia Legislativa da Região Autónoma que aprova o Estatuto?

56. Pode a A.R. apresentar projecto para alteração o Estatuto?

57. Será o Estatuto uma lei duplamente reforçada?

58. Poderá a A.R. autorizar o Conselho de Ministros a legislar sobre a matéria do nº1 do artº
165?

59. Poderá uma lei de autorização legislativa conter disposições exequíveis por si

mesmas?

60. Poderá o Governo legislar em matérias previstas em alíneas dos artigos 164º e 165º, nº 1, a

fim de evitar uma inconstitucionalidade por omissão?

61. O governo é obrigado a utilizar autorização legislativa, emitindo decreto-lei autorizado?

62. A partir de que momento poderá o Governo emitir o decreto-lei autorizado?

63. 66.Como proceder à contagem do inicio do prazo de duração fixado nas autorizações

legislativas?

64. Qual a consequência de o decreto-lei autorizado exceder a autorização quanto ao tempo?

65. Poderá Governo aprovar o segundo decreto-lei autorizado divergindo do primeiro?

66. O que significa execução parcelada?

67. Poderá a A.R. revogar a lei de autorização?

68. O que são leis de bases?

69. Qual o órgão com competência para desenvolver uma lei de bases?

70. Mencione as diferenças entre uma lei de autorização legislativa e uma lei de bases.

71. Poderá o governo aprovar um decreto-lei de bases?

72. Poderá uma lei de bases desenvolver a matéria de modo detalhado?

73. Será a competência para desenvolver leis de bases na área concorrencial reservada ao

governo?

54
74. Poderá o governo revogar uma lei de bases aprovada pela A.R?

75. Poderá a A.R. desenvolver a lei de bases, na área concorrencial, por si aprovada?

76. O que são leis orgânicas?

77. Poderá o governo revogar uma lei orgânica?

78. Quais as especialidade procedimentais das leis orgânicas?

79. Qual a maioria de aprovação de uma lei de valor reforçado?

80. As leis de valor reforçado inculcam a existência de relações de hierarquia entre os actos

legislativos?

81. Poderá um decreto-lei revogar uma lei?

82. Estarão todos os decretos-leis sujeitos a apreciação parlamentar?

83. Existe um primado do Parlamento no que toca à competência legislativa?

84. Qual a consequência, se o governo emitir um decreto-lei sem a existência de lei de

autorização legislativa?

85. Com pare o papel do Chefe de Estado nos sistemas de governo norte-americano e francês.

86. Um Decreto-Lei pode revogar uma Lei?

55
ECONOMIA POLÍTICA

56
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Economia Política I

Exame de frequência – 28 de Novembro de 2007 Turma B* Duração 50 min.

Grupo I

Responda, de forma directa e sucinta (sem exceder o número de linhas referido para cada

resposta) às seguintes questões, usando a terminologia apropriada, em especial os conceitos

económicos presentes no programa da disciplina. A cotação é apresentada em cada questão:

1- O que entende por “Racionalidade limitada”? Limite: 5 linhas; cotação: 1 valor

2- Joana, estudante, confidenciou hoje a uma amiga que o livro que ontem lera (o 3.º em 3

dias) foi bem menos proveitoso que o 1.º e que por isso estava arrependida de não ter

dedicado essas 3h numa ida ao cinema. Identifique, definindo-os, os conceitos económicos a

que Joana se refere. 7 linhas, 2 valores.

3- José atribui à dificuldade em encontrar trabalhadores capazes e às dificuldades em

coordenar os seus empregados a culpa dos seus rendimentos apenas terem crescido 40%

apesar de ele ter aumentado a dimensão da sua empresa para o dobro. Desenvolvendo-os

diga que conceitos económicos sustentam este descontentamento de José? 7 linhas; 2 valores.

4- Adalberto, produtor de batatas, lamentou-se ontem sobre a sua colheita prevista para o

próximo ano. Devido à falta de chuva no Outono os produtores vão apenas colher 30% do

volume que colheram em 2007. Terá Adalberto razões para se preocupar? 7 linhas; 3 valores

5- Quando o preço dos leitores de DVD aumenta, diminui a procura de bilhetes de cinema mas,

em contrapartida aumenta a procura de filmes em DVD. Diga, definindo-o, que conceito

económico está aqui presente e use-o para classificar os bens em causa. 8 linhas; 4 valores

Grupo II

Explique (sem exceder 25 linhas; 8 valores):

6- “o propósito interventor [do Estado] é muitas vezes o da rectificação dos resultados quando

57
estes sejam tidos por injustos ou por ineficientes, mas (…) essa rectificação e os meios que

conduzem a ela são frequentemente iníquos e ineficientes também eles.” Fernando Araújo,

Introdução à Economia, 3.ª edição, p. 197.

Comente sem exceder 1 página na sua resposta e usando os conceitos económicos

subjacentes, a frase apresentada usando para o efeito a fixação administrativa de um preço

máximo.

Economia I

12-11-2008 | Duração: 30 minutos

Teste Escrito de Avaliação

1. Economicamente falando, há interesse numa exploração privada dos Bens Públicos? (10

valores)

2. Descreva, sucintamente, o mecanismo da formação dos preços em ambiente de

concorrência perfeita. (10 valores)

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Economia Política – 10 de Janeiro de 2008 *** Duração 90 min

Grupo I

Sem exceder 7 linhas por resposta, identifique os conceitos presentes nos seguintes excertos

(de Fernando Araújo, Introdução à Economia, 3ª edição) definindo-os, usando para tal

desiderato a terminologia própria de Economia Política:

1- “É que ao contrário do que acontece nos «jogos de soma zero» […] nas trocas económicas

os interesses que se contrapõem […] têm valores desiguais para as partes envolvidas” (p.49).

2- “Os Países mais afamados na produção de chocolate […] importam o cacau e


transformamno,

e a vantagem de que dispõem […] respeita a aptidões humanas, aos reflexos do

incremento da habilidade do produtor […]” (p.121).

58
3- “O preço máximo eficaz é, pois, uma barreira a que o preço suba até ao equilíbrio ajustador

da oferta e da procura” (p. 201.).

4- “O excedente total: é a diferença entre o valor para os compradores e o custo para os

vendedores” (p. 228).

5- “O problema […] foi pela primeira vez colocado por George Akerlof numa análise ao

mercado dos carros usados, concluindo-se que o mercado entraria em colapso […] se

porventura não fosse dado ao comprador […] perceber quais os caros bons e quais os carros

maus dentro do mercado dos carros usados” (+. 208).

6- “Quanto à conclusão perturbadora de que o mercado concorrencial tende para o

desaparecimento do lucro, ela deve ser entendida com subtileza” (p. 325).

7- A concorrência entre restaurantes numa grande cidade assenta geralmente, não na

estratégia de preços […] mas na diferenciação dos serviços que prestam e na publicitação

desses mesmos factores de diferenciação. (p.390).

Grupo II

8- Sem exceder uma página no total da sua resposta, identifique e concretize os conceitos

presentes na seguinte hipótese.

Aníbal é produtor de morangos, José é produtor de cerejas.

a) - Aníbal, após ter descoberto que, em regra, a elasticidade preço da procura de morangos é

de 0.5, quer o seu conselho sobre como deverá organizar a venda da sua produção.

b) – Com o aparecimento sazonal das cerejas produzidas por José, Aníbal, após ter detectado

que alguns dos seus clientes habituais lhe haviam deixado de comprar morangos, resolve

reduzir o preço praticado em 20%, tendo com esta medida recuperado esmagadora maioria

dos clientes. Que conceitos económicos estão presentes no comportamento de Aníbal?

c) – Aníbal que rentabilizar melhor as novas maquinas usadas no cultivo do morango, que

estão subaproveitadas. Consegui-lo-á se aumentar em 3hectares a dimensão actual da sua

59
exploração. Aníbal prevê que para fazê-lo necessita de 1 ano (período de tempo necessário

para adquirir o terreno e para prepará-lo para este tipo de cultura). O que procura Aníbal ao

adquirir o terreno e o que significa para ele o período de 1 ano?

Cotação: Grupo I – 14 valores (7x2) * Grupo II – 6 valores (1+3+2)

PERGUNTAS DE ORAIS

1. Lucro normal (rendimento médio que a actividade empresarial é capaz de gerar em


qualquer

sector) e lucro económico (custos implícitos)

2. Falhas de mercado e externalidades positivas

3. Eficiência de Pareto (trocas/produção/preferências) – grau máximo de bem-estar (situação

limite em que já não é possível uma soma positiva, mas uma soma zero)

4. Vantagens comparativas (dotações adquiridas/capital humano/dotações

naturais/especialização)

5. Juro (é o montante que faz o sujeito preferir o futuro ao presente, é o montante que faz o

sujeito abdicar do consumo presente em nome do consumo futuro) e desconto

6. Armadilha da pobreza e bem-estar

7. Risco moral, selecção adversa e bem-estar económico

8. Procura quebrada, Equilíbrio de Nash, Jogos sucessivos e aprendizagem

9. Custo de oportunidade e Custos irrecuperáveis

10. Esgotamento dos factores naturais – soluções

11. Exemplo: Empresa no litoral e Empresa no Interior (a Empresa no litoral poupa 10.000
euros

em transporte)

12. Vencimento de transferência e lucro supranormal

13. Bens superiores (normais de luxo) e bens primários

60
14. Os monopsonistas captam que tipo de excedente?

15. Renda económica no mercado de bens (tudo o que a empresa recebe acima do custo de

produção independentemente do preço) e no mercado de factores (diferença entre o que o

produtor despende num factor de produção e o mínimo necessário para a obtenção desse

factor)

16. Ciclos económicos e choques económicos

17. Efeito de crowding-out

18. DPIB e IPC

19. Perda absoluta de bem-estar: exemplos

20. Incentivo para a oferta de trabalho e selecção adversa

21. Lei dos rendimentos marginais decrescentes e maximização da produção

22. Se a oferta é infinitamente elástica existe renda económica no mercado de factores? Renda
é

zero

23. O que entende por atomicidade?

24. Os mercados contestáveis são dotados de atomicidade? (atomicidade potencial pela


simples

variação de preços)

25. O que entende por fluidez? (racionalidade e informação)

26. Distinga fluidez de liberdade de circulação própria do mercado?

27. Das trocas advêm vantagens para ambos os lados? (excedentes)

28. O que entende por especulação? (expectativa de evolução futura de preços – de que é que

depende esta evolução? Da taxa de desconto)

29. Distinga monopólio de direito de monopólio natural (escala mínima de eficiência, e


possíveis

economias de escala)?

61
30. Os monopolistas podem criar barreiras à entrada para além do monopólio natural?
(monopólio

pela detenção de factores produtivos, preços predatórios, limitados, reserva de excesso de

capacidade produtiva)

31. Que tipos de mercados oligopolistas conhece?

32. O que são falhas de intervenção do Estado? 1) informação limitada, na medida em que o

alcance dos programas públicos torna-se nebuloso; (2) limitação no controlo das respostas

dadas pelo mercado; (3) falta de controlo sobre a proliferação da burocracia e (4) limitações

impostas pelos processos políticos, já que, por vezes, há decisões favoráveis apenas a

determinados grupos de interesses

33. Vencimento de transferência e renda económica no mercado de trabalho?

34. Concorrência monopolística e formação do bem-estar?

35. Exemplos de informação imperfeita no mercado?

36. Pobreza e rendimento?

37. Correcção das externalidades negativas? (regulação, substituição, incentivo e quotas

negociáveis)

38. Taxa de desconto e taxa de juro?

39. Racionamento de crédito e selecção adversa

40. O que é que distingue um bem económico de um bem jurídico?

41. Em que consiste o raciocínio marginalista económico? (2 leis de Gossen)

42. Quais os factores que determinam uma alteração da oferta? Preços, custo dos factores,

rendibilidade de produções alternativas, tecnologia, dimensão do produtor, objectivos do

produtor, expectativas

43. Quais os factores que determinam uma alteração da procura? Preços, rendimento
disponível,

62
existência de bens sucedâneos e complementares, gostos, publicidade, expectativas

44. Defina preço de equilíbrio?

45. Efeito-rendimento e efeito-substituição?

46. Como se formam os preços de equilíbrio?

47. Como controlar os preços? (preços mínimos e preços máximos)

48. O que entende por elasticidade? Que tipo de elasticidades conhece?

49. O que representa a elasticidade cruzada? (a medida da variação das quantidades


procuradas

de um bem em função da variação percentual dos preços de outro bem/ é positiva no caso dos

bens sucedâneos, negativa no caso dos bens complementares e nula no caso dos bens que não

estejam relacionados no consumo – bens independentes) – importância para o comércio

internacional

50. Em que tipo de mercado é possível o produtor discriminar os preços? (monopólio)

51. As falhas de mercado estão relacionadas apenas com a inexistência de concorrência


perfeita?

52. Descreva-me o circuito económico?

53. Defina-me excedente do produtor?

54. Podemos satisfazer as nossas necessidades ilimitadamente? (restrição orçamental)

55. Distinga-me utilidade de bem-estar?

56. Aversão ao risco, o que é? (margem de probabilidade de desfechos negativos que se


prende

com todas as decisões projectadas para o futuro)/problemática da distribuição e da

transferência do risco [Distribuir a actividade económica por várias áreas vs. transferência dos

riscos]

57. Relacione a elasticidade com o poder de mercado? / Existem limites à actuação dos

monopolistas? (elasticidade-preço dos bens/ custo mínimo médio)

63
58. Distinga eficiência de justiça?

59. Lucro marginal e lucro médio em concorrência perfeita/monopólio/concorrência

monopolística?

60. Bens colectivos (recursos comuns) e bens públicos? Telefone

público/Barragem/Farol/Ilha/Fábrica de motorizadas do Estado

61. De que é que depende a escolha da quantidade de trabalho a oferecer? (do preço – da

substituição?/da utilidade marginal que fazemos dele?)

62. De que é que depende a escolha do nível de poupança? (Do rendimento? Do juro?)

63. O que é que há de comum entre o monopólio e o oligopólio? (o poder do mercado em

resultado da falta de atomicidade)

64. Um mercado fluído é sempre eficiente? E a falta de competição (liberdade e atomicidade)?

65. Exemplos de mercados livres? (inexistência de barreiras à entrada e à saída) / Os mercados

contestáveis são mercados livres?

66. Qual a melhor forma de resolver a falta de informação no mercado? (intervenção do

Estado/mercado da informação)

67. Diferencial salarial e o capital humano?

68. Ineficiência e perda absoluta de bem-estar?

69. Porque é que a armadilha da pobreza gera ineficiência?

70. Como medir a pobreza de um sujeito? / Como identificar o limiar de pobreza?

71. Justiça fiscal na redistribuição do rendimento? (progressividade)

72. O que é que podemos retirar do Teorema de Coase em termos de intervenção estadual?
(não

basta a existência de externalidades, é preciso verificar que os custos de transacção são

superiores aos de regulação)

73. Um bem público é um bem de mérito?

64
74. A oferta do factor Terra tem limites? Utilidade marginal (é um factor fixo na

globalidade, e a taxa de desconto)

75. Efeitos da inflação (redistribuição de riqueza e eficiência)

76. Salário mínimo e desemprego cíclico

77. Crescimento económico e desenvolvimento económico

78. Poder dos sindicatos e desemprego

79. Um monopólio é necessariamente ineficiente?

80. O que representa a taxa de desemprego (n.º de desempregados/pop. Activa)

81. Distinga PIB de PIL (depreciação de capital)

82. Taxa natural de desemprego (que não acelera a inflação)? A teoria das expectativas
racionais?

(coincidência entre a taxa de inflação efectiva e esperada)

83. O que são políticas de estabilização?

84. Tipos de desemprego? Causas do desemprego?

85. Como se mede o nível geral dos preços? (através de médias ou de índices de preços, do

produtor e do consumidor)

86. Tipos de inflação?

87. Quais as desvantagens resultantes do aumento da massa monetária? Porque é que a


inflação

traduz-se num imposto oculto? Empobrecimento real de todos os membros da comunidade e

detentores de moeda – retira poder de compra aos consumidores (senhoriragem) – perda

absoluta de bem-estar/externalização dos custos

88. Valores reais (valores que não dependem das alterações do valor da moeda) e nominais do

PIB?

89. Distinga estabilização macroeconómica de estabilidade microeconómica?

65
90. Distinga a procura macroeconómica da procura microeconómica?

91. Distinga multiplicador de investimento (rendimento adicional gera despesa adicional que
gera

rendimento adicional) do multiplicador de crédito? O multiplicador pode estar na base de um

aumento ou diminuição de investimento (em períodos de contracção e de expansão)

92. Flutuações de curto prazo e flutuações de longo prazo em macroeconomia?

93. Preferência pela liquidez (procura de moeda – bem mais líquido que se pode possuir)? É

condicionada pelas taxas de juro?

94. Distinga desemprego involuntário de friccional?

95. Política fiscal e efeito de crowding-out?

96. Como traduzir o equilíbrio entre oferta e procura agregada? (taxa de juro)

97. Desconto/Redesconto bancário e taxa de desconto

98. Lei de Say?

99. Distinga equilíbrio de desequilíbrio de preços?

100. Valor de uso de valor de troca?

101. Especulação e estabilização de preços? Princípio de Hotteling (valor dos recursos

naturais são proporcionais à taxa de juro)

102. Mercado livre e mercado negro (reacções resultantes da falta de liberdade do mercado

imposta?

103. Externalidades de rede?

104. Concorrência perfeita e imperfeita? (Atomicidade, fluidez e liberdade)

105. Rendimentos marginais decrescentes e perdas de escala?

106. Concorrência monopolística e concorrência perfeita? Só no curto prazo é que a


concorrência

encontra alguma similitude com o monopólio.

66
107. Monopólio contrariado?

108. Concorrência perfeita e concorrência potencial (mercados contestáveis – jogo de


dissuasão de

entrada)?

109. Monopólio de facto e equilíbrio de Nash? (teoria dos mercados contestáveis)

110. Porque é que o trabalhador a partir de um determinado nível salarial vai exigir menos
horas de

trabalho?

111. Vantagens comparativas, dotações adquiridas (capital e recursos disponíveis) e capital

humano?

112. Convergência e divergência na formação de preços (modelo de teia de aranha)

113. Monopólio e bem-estar económico? (perda de quantidades transaccionadas)

114. Custos médios e marginais?

115. Custos fixos, custos irrecuperáveis/custos implícitos?

116. Restrição orçamental e equimarginalidade?

117. Indiferença e preferência do consumidor?

118. Um exemplo de externalidade e sobre a forma de internalizá-la? (a intervenção do Estado


tem

limites? Teorema de Coase)

119. Maximização da produção? Custos marginais e Rendimentos marginais?

120. Formas de cálculo do PIB? O critério do valor acréscimo: Preço do Bens Finais - Preço dos
Bens

Intermédios (PBF - PBI)

121. PIB e PNB

122. Qual a principal consequência da criação de mais moeda pelo Estado? (senhoriagem)

123. Tipos de inflação? Inconvenientes da inflação na distribuição de riqueza/eficiência

67
124. O que é procura agregada? (soma das parcelas que é possível a cada agente económico

fazer/representa a quantidade procurada de PIB )

125. E oferta agregada? Bens e serviços produzidos a um determinado preço Curto prazo –

crescimento real / Longo prazo – crescimento potencial

126. É possível o equilíbrio entre oferta e procura agregada?

127. Porque é que se diz que quanto maior for o nível de poupança, maior o nível de
investimento e

não vice-versa?

128. Produtividade (capital físico, capital humano, rec. Naturais e sofisticação

tecnológica) e crescimento? Relação de dependência

129. O que é que combate o aumento da despesa pública? O desemprego

130. O que é que combate o aumento da carga fiscal? A inflação

131. Desvantagens das políticas de estabilização?

132. Política fiscal – Multiplicadores resultantes da política fiscal discricionária/deliberada?


Despesa

pública (aumentos directos no PIB real)/ Impostos (multiplicador negativo – diminuição da

despesa induzida) vs. subsídios (multiplicador positivo)

133. Subsídio de desemprego? Aumento da despesa pública em períodos de recessão?

134. Taxa natural de desemprego? (NAIRU)

135. Défice orçamental? / Equilíbrio orçamental? (Receitas Tributárias + Receitas Patrimoniais


=

Despesa Pública)

136. Qual a principal consequência da criação de mais moeda pelo Estado, para resolução do
défice

orçamental? (senhoriagem)

137. Neutralidade da moeda? A moeda é neutra: as mudanças na oferta de moeda afectam

68
unicamente o nível de preços, mas não afectam variáveis reais.

As perguntas, acima apresentadas, foram gentilmente cedidas pelo Dr. Guilherme D´Oliveira
Martins, e

estão igualmente disponíveis em


http://www.fd.ul.pt/docentes/pessoais/g_o_martins/index.htm

1. O que poderá acontecer à curva da procura quando ocorre um aumento de rendimento?

2. Que tipo de bens seriam privilegiados quando há um aumento de rendimento?

3. Qual a reacção da procura dos bens normais e dos bens de luxo, face ao aumento ao
aumento do

rendimento?

4. Que factores poderão determinar a deslocação da curva da procura, no sentido da


retracção?

5. O que é a taxa natural de desemprego?

6. O desemprego friccional existe porque razão? E opõe-se a que tipo de desemprego?

7. Porque é que o José Mourinho ganha mais que eu?

8. Que efeitos resultam da fixação do salário mínimo?

9. No caso da procura e oferta de trabalho, o ponto de equilíbrio dessas curvas corresponde a


que

factores?

10. O que estipula a 1.ª lei de Gossen?

11. A 1.ª lei de Gossen resolve o problema do “paradoxo do valor”. Como?

12. O valor de uso contrapõe-se a que outro valor?

13. O que é o “paradoxo do valor”? Como é que os marginalistas resolveram este “paradoxo”?

14. Onde é que a utilidade total é maior: na água ou no diamante?

15. Para que serve o conceito de utilidade marginal?

16. Para os marginalistas que factor determina o preço?

17. O que é a depreciação ou amortização do capital?

69
18. O que é o capital?

19. Como se chama a remuneração do factor terra? E a remuneração do factor empresa?

20. Explique: “O capital é um factor de produção derivado.”

21. Há vários objectivos na política macroeconómica. Enumere alguns.

22. Há duas técnicas para medir a inflação: o Índice de preços e o Deflator do PIB. Distinga-os.

23. Distinga PIB real de PIB nominal? O PIB nominal pode estar além ou aquém do PIB real?
Como se

relacionam estes dois conceitos?

24. O que é o hiato deflacionista ? E outros tipos de hiatos?

25. Quando é que ocorre uma deslocação da curva da procura? Será que o conceito de
deslocação da

curva da procura está relacionado com o preço?

26. Deslocações na curva da procura vs. Deslocações da curva da procura (explique).

27. Os factores relacionados com o rendimento podem influenciar essa deslocação ao longo da
curva

da procura?

28. O que é o desemprego cíclico?

29. O que é a curva de Laffer?

30. O que é a teoria quantitativa do valor da moeda?

31. O que é o “ custo de oportunidade”?

32. O que é a “Equação de Fisher”?

33. Se houver um aumento de massa monetária , o que é suposto acontecer com os preços?
Porquê?

34. O que é a inflação pelo lado da procura?

35. Qual seria uma politica adequada para resolver o problema acima mencionado?

36. Quem estuda a “aversão ao risco”? E como é que isso condiciona o perfil do investidor?

70
37. Qual o efeito dos impostos sobre o bem-estar? Há perda de bem-estar?

38. O que é que vai acontecer com o excedente do consumidor? E o que é isto?

39. Jogo de soma positiva, jogo de soma negativa e perda relativa de bem-estar: relacionam-se
com

que conceito?

40. Há quem diga que a inflação provoca uma ilusão de perda de poder de compra! Explique.

41. Distinga taxa de juro real e taxa de juro nominal?

42. Quais as características do mercado de concorrência perfeita?

43. Barreiras à saída, o que será isto?

44. O que é a população activa?

45. Os desempregados fazem parte da população activa?

46. “Um bom ano agrícola, é um mau ano agrícola”! O eu quererá isto dizer?

47. O que é um bem público? A TV pública é um bem público? O que quer dizer então “a custo
zero”?

Quais as características do bem público?

48. Qual a diferença entre bem público e bem privado?

49. Como se relaciona o bem público e a externalidade?

50. Utilidade total vs. Utilidade marginal.

51. O que é um monopólio natural?

52. Distinção entre monopólio puro e poder de monopólio.

53. Recurso comuns, o que são?

54. Desemprego: porque é que sindicatos e fixação de salários mínimos podem contribuir para
o

desemprego?

55. Como se caracteriza a elasticidade da procura por parte das empresas?

56. Porque é que a inflação é um “imposto oculto”?

71
57. O que é uma “perda de escala?”

58. O que está em causa na “escala de produção”? O que é mudar a escala de

produção?

59. O que é o desemprego friccional? O que é que o poderá provocar?

60. Que tipo de pessoas se encontram no desemprego friccional?

61. E o que é que faz o Estado para combater este tipo de desemprego?

62. Como se poderão diminuir os custos de busca?

63. O que é o “ efeito de substituição” do lado da procura?

64. E efeito de substituição do lado da oferta? Relacione com o conceito de taxa marginal de

substituição.

72
DIREITO ROMANO

73
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

EXAME DE FREQUÊNCIA DE DIREITO ROMANO

30 DE NOVEMBRO DE 2007

Responda, com o desenvolvimento necessário, as duas das seguintes questões:

Ao longo da História do Direito Romano o poder para fazer leis foi sendo sucessivamente

afunilado na base representativa dos respectivos órgãos competentes.

Da Monarquia ao Dominado a participação do Populus na feitura das leis sofreu alterações

significativas. Quais as principais causas e os efeitos mais expressivos da situação apontada?

II

A jurisprudência é a fonte por excelência de criação e adaptação do ius Romanum. Diga quais

as conexões mais significativas entre a degradação da iurisprudentia romana, como fonte

criadora de ius fundada na auctoritas dos prudentes e a cada vez maior identificação entre ius

e lex.

III

As magistraturas da República são a base institucional que permitiu a criação do ius Romanum

como monumento de justiça intemporal. Dos magistrados romanos foi o pretor aquele que

mais contribuiu para a efectivação dos mores maiorum no ius civile. A perda de importância e

de prestígio do pretor afectou significativamente a possibilidade de um ius separado e rector

da lex. Comente.

IV

A queda do império romano foi resultado de um conjunto de factores que, conjungados em

período de especial debilidade das instituições políticas, determinou o modo das várias

sobrevivências do ius Romanum nas épocas posteriores. Partindo da correspondência entre

fonte de direito e regime político em Roma, refira as fontes de ius Romanum mais salientes no

74
Direito Romano Vulgar e no ius Commune medieval.

Cotação: 9 valores para cada resposta; 2 valores para a apreciação geral.

Regente: Prof. Eduardo Vera-Cruz Pinto

Faculdade de Direito de Lisboa

Direito Romano

1º Ano

Teste de Subturma

9 de Novembro de 2007

Grupo I

Responda de forma sucinta, relacionando, a posição do Pretor na organização dos processos

antes e depois da lex Aebutia de formulis (a.130 a.C?)

Grupo II

Comente, de forma desenvolvida, o seguinte texto:

“Em Roma, a validade do ius não depende da legitimação política, nem a eficácia da solução da

eficiência dos meios coercivos que o impõem, e a prescritiva objectivação formal de uma

norma jurídica nada significa sem o conteúdo material que a identifica com a noção de justiça

da comunidade e a sua integração no conjunto de soluções aplicadas e aceites, com base na

fundamentação exposta e ma adequação ao caso concreto.

Estudando a integração da jurisprudência na vida quotidiana de Roma e a sua compatibilidade

com os elementos caracterizadores da identidade romana, podemos compreender que o papel

dos jurisprudentes na criação de um direito vigente, como prática jurídica efectivamente

seguida, excede em muito o lugar concebido para a communis opinio doctorum como

mediadora entre a consciência jurídica geral da comunidade e a prática jurídica.”

Professor Doutor Eduardo Vera Cruz Pinto

Recomenda-se: multa paucis

75
Boa Sorte!

FACULDADE DE DIREITO DE LISBOA

EXAME DE DIREITO ROMANO

16 DE JANEIRO DE 2008

Comente três das seguintes frases:

1. Os mores maiorum são a base do desenvolvimento jurisprudencial e pretoriano do ius civile.

2. O processo legislativo em Roma variou consoante os regimes políticos.

3. A queda do império Romano provocou uma ruptura com o passado jurídico da Europa que

nem o direito canónico nem os códigos germânicos conseguiram recuperar, mesmo enquanto

Direito Romano Vulgar.

4. As escolas jurisprudenciais da Idade Média e a Universidade efectivaram o Renascimento do

Direito Romano justinianeu na Europa e o ius Commune.

5. Os requisitos da prestação debitória são essenciais para afirmar a existência de um dever de

prestar ou de um dever de indemnizar.

6. As garantias pessoais são mais efectivas do que as garantias reais.

7. As obrigações naturais em Roma são verdadeiras obrigações jurídicas.

Duração: 90 minutos

Cotação: 3X6 valores - apreciação global: dois valores

Universidade de Lisboa

Faculdade de Direito

DOIS EXERCÍCIOS ESCRITOS DE DIREITO ROMANO

9 de Novembro de 2007

Comente:

1. Em Roma existe apenas uma fonte de direito - a iurisprudentia.

2. “Aos dezanove anos de idade, formei um exército, por decisão particular e a expensas

76
próprias, por meio do qual restituí à liberdade a República, oprimida pelo domínio de um

partido. A esse título, o Senado inscreveu-me no seu grémio, por meios de decretos

honoríficos, no consulado de Gaio Pansa e Aulo Hírtio, dando-me o posto de cônsul para

efeitos de tomar a palavra e outorgou-me o imperium. Mandou-me velar pela salvação da

República como propretor e em conjunto com dois cônsules. O povo, por sua vez, nesse

mesmo ano, tendo ambos os cônsules tombado em combate, elegeu-me cônsul e triúnviro

para organizar a República.”

Res Gestae Dividi Augusti ( Os feitos do divino Augusto)

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Direito Romano

Ano Lectivo 2008/2009

1.º Ano – Subturmas 3, 7, 17 e 18

Teste

Grupo I

Responda, de forma sucinta, apenas a duas, e unicamente duas, das seguintes questões:

1. Mores maiorum;

2. Lex Privata e Lex Publica;

3. Compilação Justinianeia.

Grupo II

Responda, a uma, e só uma, das seguintes alíneas:

a) – Relacione os expedientes do Pretor com a lex aebutia de formulis.

b) – Relacione os expedientes do Pretor com os decreta e os edicta;

Grupo III

Comente a seguinte frase:

«Não nos fornece a história um único caso de uma ordem jurídica prudencial injusta – ao

77
contrário do sucedido com o direito politicamente posto, o direito legislado».

Ruy de Albuquerque, «Direito de Juristas – Direito de Estado», in Revista da Faculdade de

Direito da Universidade de Lisboa, Vol XLII-nº2, Coimbra Editora, 2001.p.798.

Posside sapientiam quia auro melhor est!

História do Direito Português

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

História do Direito Português

1º ANO

10.04.2008

Responda à questão que seguidamente se apresenta:

Caracterize o padrão do bónus pater famílias como elemento aferidor da justiça particular.

II

Comente o seguinte texto, destacando os aspectos relevantes:

“Mais tarde, o direito canónico foi relegado para a posição de direito subsidiário, isto é, apenas

aplicável quando faltasse o direito nacional. Aqui iria, aliás, entrar em concorrência com o

direito romano ou imperial. O critério de ordenação relativa do ordenamento canónico e do

cesáreo seria o critério o critério do pecado.”

Ruy e Martim Albuquerque

História do Direito Português, I, p. 189.

Cotação

I – 8 valores

II – 12 valores

História do Direito

Frequência - Dia

78
Maio de 2008

Diga no máximo de dez linhas para cada resposta o que entende apenas sobre quatro dos

seguintes conceitos:

a) Foral

b) Façanha

c) Sucessão testamentária

d) Beneplácito régio

e) Teoria da mediatividade popular

f) Corpus Juris Canonici

II

Leia com atenção a seguinte lei portuguesa de Afonso II feita em 1211 e responda às duas

questões sobre ela colocadas

Lei XXIII

1. Porque os matrimónios devem ser livres e os que são celebrados sob coacção não têm bom

futuro;

2. Estabelecemos que, nem nós nem os nossos sucessores possamos forçar alguém a celebrar

matrimónio.

a) A lei em causa pode referir-se ao casamento de público fama? Porquê?

b) Em seu entender a lei refere-se aos esponsais ou ao casamento? Porquê?

III

Escolha apenas um dos seguintes temas e desenvolva-o sem limite de linhas:

a) A emergência da lei em Portugal

b) As ordenações portuguesas

*****

79
Classificação:

I grupo - cada alínea: 1,5 valores; II grupo - cada alínea 2 valores; III grupo - cada alínia 8

valores

II - Correcção expositiva e ortográfica: 2 valores

Atenção: serão penalizados erros ortográficos.

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Avaliação escrita de História do Direito Português

12 de Março de 2008

(A)

I. Comente a seguinte afirmação tendo em atenção o período de 1143-1415 (não deverá

exceder 40 linhas)

Ainda que, por vezes, se tenha apresentado na qualidade de aliada, não raros são os

momentos em que a Santa Fé se apresentou como um pólo do poder que Portugal quis e teve

de conhecer.

II. Responda sucintamente às seguintes questões (não excedendo seis linha para cada uma):

a) Direito natural e Direito Positivo;

b) O direito régio e o direito outorgado e pactuado no período do pluralismo jurídico;

c) A justiça objectiva como modelo de rectidão da justiça universal;

d) As leis de leão, Coiança e Oviedo;

Boa Sorte.

Grupo I: 12 valores

Grupo II: 1,5valoresx4

A.G.: 2 valores (correcção expositiva e ortográfica)

PERGUNTAS DE ORAIS

1. Usus modernus pandectarum! O que é?

80
2. Código civil: data, autor, porque o fez? Influências.

3. Em que consiste Direito Positivo?

4. Direito Divino /Direito Natural.

5. Como é aplicado o Direito canónico em Portugal no período pluralista?

6. Critério do pecado. Explique os termos deste conceito.

7. Data do Decreto de Graciano.

8. Justiça Comutativa/Distributiva

9. Justiça objectiva (bonus pater famílias) /universal.

10. Constituição do Código Visigótico. Importância.

11. O que são Cortes? Quando apareceram? Natureza jurídica das Cortes?

12. Esponsais: enquadramento histórico-juríco na Idade Média.

13. Fontes subsidiárias das Ordenações Manuelinas.

14. Humanitarismo jurídico.

15. Decreto/Decretal.

16. Foral/carta de povoação: conceitos e antagonismos.

17. José Anastácio de Figueiredo, foi uma utor que contribui para o conceito de façanha?

18. Costume judicial. Indentifique.

19. Cartas de privilégio: Direito outorgado/ Direito pactuado

20. Cartas de povoação

21. Forais

22. Foros

23. Direito sucessório: Sucessão legitimária/legitima

24. Dever Geral do Conselho das Cortes. Qual o significado?

25. Teorias da origem do poder. Identifique.

26. Princípio do Q.O.T.

81
27. Direito de representação no Direito sucessório português.

28. Formas de auto-tutela: composição no Direito penal medieval.

29. Dialéctica e retórica na construção argumentativa do discurso jurídico.

30. Ordenações. Afonsinas: hierarquia de fontes principais e subsidiárias.

31. Direito de representação como excepção ao princípio da proximidade de grau.

32. Ars Inveniendi.

33. Esponsais.

34. Concórdias/Concordatas

35. Escolas Glosadores, Pós-glosadores e Comentadores. Identifique cronologicamente as


Escolas e

analise as mesmas.

36. Corpus Iuris Civilis: Justiniano quem foi?

37. Iura própria.

38. Até quando estiveram as Ordenações Filipinas vigentes?

39. Evolução do termo “lei”.

40. Crimes públicos.

41. Perda de paz relativa (passos e reforma processual) /absoluta.

42. Sobrejuiz/Juiz de fora.

43. Data do 1º Código Civil.

44. Polémica do novo código.

45. Foral/carta de povoação.

46. Lei do ósculo.

47. Dispensa de lei.

48. Direito Prudencial.

49. Importância da opinião de Bártolo ao nível dos tribunais no período monista.

82
50. Tipos de sucessão no Direito medieval.

51. Regime de bens de casamento na Idade Média.

52. Cúria/Corte.

53. Fonte de Direito Canónico.

54. Humanismo: identifique a corrente e as suas principais características.

55. Formas de casamento medieval.

56. Compiladores das Ordenações Manuelinas.

57. Data das Afonsinas.

58. Estilo da corte.

59. Direito subsidiário das ordenações. Identifique se nas várias ordenações do Reino ocorreu

evolução de entendimento ao nível da matéria do Direito subsidiário.

60. Primitiva: Caracterização.

61. Em que consiste o Direito da troncalidade?

História das Ideias Políticas

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

História das Ideias Políticas

Teste em sub-turma

1º ano

Parte I

Comente o texto que se segue, tendo em consideração os conhecimentos adquiridos sobre a

história do pensamento político no período medieval:

“Afastada a justiça, que são, na verdade, os reinos, serão quadrilhas de malfeitores? Que é que

são, na verdade, as quadrilhas de ladrões, senão pequenos reinos?”

Santo Agostinho, A Cidade de Deus

Parte II

83
Desenvolva um (1) dos seguintes temas:

1. Finalismo e valor da lei na teoria política da idade média.

2. A interpretação das leis na teoria política da idade moderna.

2 Cotações: I - 8 valores ; II - 12 valores Duração: 50 minutos

84
HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS

85
TESTE DE SUBTURMA

Subturmas 1, 6, 10, 14 e 15

17 de Abril de 2008

1. Confronte o modelo platónico do rei filósofo com o modelo medieval do rei cristão.

2. A criação do Estado moderno possibilita a manutenção da ética da governação característica

do período medieval estudado?

3 Duração: 50 minutosCotação: 1 - 10 valores; 2 - 10 valores

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

História das Ideias Políticas

ANO LECTIVO 2007/2008

1º ANO - TURMA A E B - DIA

Frequência/Exame

13 de Maio 2008

Grupo I

Identifique no tempo e diga sucintamente o que entende por 2 (duas) das seguintes questões:

a) Polis

b) Despotismo

c) Razão de Estado

d) Direitos naturais

e) Estado de Direito

Grupo II

Desenvolva 2 (dois) dos seguintes temas:

1. O conceito de cidadania

Em especial, refira o nascimento do conceito de cidadão no pensamento grego e romano e o

86
modo como o pensamento político moderno teorizou a cidadania.

2. O poder real e as cortes na Idade Média.

Em especial, refira a origem e funções das cortes e o modo como as teorias políticas medievais

consideram as relações entre o rei e as cortes.

3. Nascimento e evolução do conceito de Estado soberano.

Em especial, refira os autores que consideramos na origem destes conceitos, as consequências

no período em que foi formulado e a evolução das teorias sobre o Estado e a soberania.

4. O projecto político do liberalismo.

Em especial, considere os seguintes elementos: constituições escritas, separação de poderes,

direitos do homem, independência dos tribunais.

Cotação: Grupo I - três valores cada questão. Grupo II - 7 valores cada questão.

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

História das Ideias Políticas

Teste em sub-turma

1º ano - Turno de Dia

Parte I

Comente o texto que se segue, tendo em consideração os conhecimentos adquiridos sobre a

história do pensamento político no período medieval:

1. O Estado não é um mero mecanismo de limitação de danos tornados necessários pela queda

do homem. Mesmo que os seres humanos fossem livres de pecado, a sociabilidade seria

necessária para dirigi-los e orientá-los na sua procura do bem comum, que só ela torna

possível. As instituições políticas ,mantêm a paz, asseguram a oferta e a distribuição

adequadas das necessidades materiais da vida boa e promovem a “boa acção” e as boas

acções são aquelas que se conformam aos requisitos particulares da lei natural, que sustentam

a vida de uma comunidade política.

87
Parte II

Desenvolva um (1) dos seguintes temas:

1. O governo por uma só pessoa, o governo por poucos, o governo por muitos: do mundo

antigo ao final da era moderna.

2. As cortes na estruturação do pensamento politico medieval.

4 Cotação: I - 8 valores; II - 12 valores Duração: 50 minutos

HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS

1º ANO

TURNO DA NOITE

I- Defina sucintamente (6/7 linhas) três das seguintes questões:

1- Ideias Políticas

2- Grécia e Roma: liberdade versus esclavagismo;

3- O pecado original e a Queda;

4- Soberania e poderes do Estado no liberalismo;

II – Desenvolva uma das seguintes questões:

1- As teses do poder político na Europa e em Portugal: evolução do Medioevo ao Liberalismo.

2- A questão da liberdade religiosa como fundamento das ideias políticas ao longo da história.

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

História das Ideias Políticas

16 de Abril de 2008 - 1.º ANO - DIA

Teste de subturma

Grupo I

(Antiguidade Clássica)

Tendo em consideração a teoria dos regimes na sociedade antiga, enuncie e caracterize, de

88
forma sumária, as formas de regime, as formas corruptas e as formas mistas.

Grupo II

(Idade Média)

Comente um, e apenas um, dos seguintes textos:

Texto nº 1

«A justiça é um hábito pelo qual com vontade constante e perpétua atribuímos a cada um o

que lhe pertence. Definição quase idêntica à do Filosófo, quando diz: A justiça é um hábito que

nos faz agir escolhendo o que é justo.»

S. Tomás de Aquino, Summa Theologiae, IIª. q . 58 a. 1

Texto nº 2

«Submeta-se cada qual às autoridades constituídas. Pois não há autoridade que não tenha sido

constituída por Deus e as que existem foram estabelecidas por Ele. »

S. Paulo, Epístola aos Romanos, 13 , 1.

Texto nº 3

«Na Virtuosa Benfeitoria o estatuto dos conselheiros régios é descrito de dois modos: de um

lado, o dever do conhecimento das coisas, de tal modo que possam sair triunfantes do

confronto com as circunstâncias da ventura e do caso; de outro, o dever de verdade, ainda

mais necessário em relação aos conselheiros cujo serviço é, escreve-se, «usar da verdade, a

qual no coração livre tem a sua morada»»

Barbas Homem, A lei da liberdade, Introdução Histórica ao Pensamento Jurídico, Épocas

medieval e moderna, edições Principia, 1ª edição, 2001, p. 67.

Grupo III

(Idade Moderna)

Disserte, de forma tão desenvolvida quanto possível, sobre o conceito de Razão de Estado na

época moderna.

89
Cotação: Grupo I - quatro valores. Grupo II - seis valores. Grupo III - oito valores. Dois valores

para a apreciação global, apresentação, sistematização e domínio correcto da língua pátria.

Caro aluno: Recorde-se das recomendações que lhe foram feitas, quer nas aulas teóricas,

quer nas aulas de orientação.

BOA SORTE!

90
FILOSOFIA DO DIREITO

91
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Filosofia do Direito

Teste em sub-turma

1º Ano – Turno de Dia

Parte I

Comente o texto que se segue, tendo em consideração os conhecimentos adquiridos sobre a

história da Filosofia do Direito no período medieval:

1. As duas posições fundamentais para compreender a natureza do direito, de acordo com a

filosofia medieval, são o voluntarismo e o racionalismo.

Parte II

Desenvolva um (1) dos seguintes temas:

1. O pensamento filosófico-jurídico da escola peninsular do direito natural

2. A laicização e autonomização do direito e do Estado: do Humanismo ao final da Era

Moderna

Cotações: I – 8 valores; II – 12 valores

Duração: 50 minutos

92

Você também pode gostar