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1.º ANO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
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Exame de Frequência
7 de Dezembro de 2007
l. A lei X/2002 proíbe a caça de lobos. Na aldeia serrana Y, desde tempos idos, sempre que os
lobos atacam os rebanhos organiza-se uma caçada àqueles animais. Estas iniciativas de caçar
lobos após ataques a rebanhos têm continuado depois da entrada em vigor da sobredita lei.
Quid juris?
2. António teve uma avaria durante a noite, numa serra, numa estrada com muito pouca
circulação. Bernardo passou por lá e António pediu-lhe auxílio, mas aquele recusou-se a
prestar-lhe auxílio e seguiu o seu caminho. Neste contexto, não há nenhuma regra de direito
positivo que imponha a Bernardo o dever de auxílio, mas António quer responsabilizá-lo por
3. O direito de usufruto, previsto nos arts. 1439.° e segs. do Código Civil, é direito objectivo ou
direito subjectivo?
4. Carlos pegou fogo ao automóvel novo que Duarte tinha ido ontem buscar ao stand. Carlos
foi condenado a indemnizar Duarte nos termos previstos no art. 562.° do Código Civil. É uma
sanção? Em caso afirmativo, de que tipo? Antes da condenação, Carlos e Duarte poderiam
5. Durante uma noite de temporal, o navio Z estava em risco de naufragar pelo que o capitão
Depois de o navio ter atracado no porto de destino, o proprietário dos frigoríficos quer que o
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Faculdade de Direito de Lisboa
4 de Novembro de 2008
Duração: 50 minutos
(8 valores)
II
sua direcção, ofegante. António pergunta-lhe se pode ajudar, ao que Bento responde
Uns Segundos depois, António ouve dois tiros e verifica que os pneus do seu carro tinham sido
atingidos. Logo de seguida, é surpreendido por Caio que caminha na sua direcção, gesticulando
furiosamente. António, assustado com os tiros e receando nova ameaça, esmurra Caio,
deixando-o inconsciente.
Veio a apurar-se que ambos os tiros tinham sido disparados por Caio, com a intenção de deter
António e de reaver os galos de Barcelos furtados da sua loja por Bento um minuto antes.
Provou-se ainda que Caio supões (i) que os galos de Barcelos estavam dentro do carro de
Quid iuris?
(12 valores)
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Faculdade de Direito de Lisboa
3 de Abril de 2006
Duração: 50 minutos
A lei n.º 3/2003, de 10 de Janeiro, determina que (artigo único): “1. As instalações de gás
número anterior devem ser requeridas pelos proprietários dos prédios respectivos”.
inspecções a que se refere o número anterior devem ser requeridas pelos proprietários dos
A Lei n.º6/2006, de 4 de Janeiro, determina que (artigo1.º) “As instalações de gás devem ser
objecto de inspecções semestrais. (art. 2.º): “ A presente lei entra em vigor no dia imediato ao
da sua publicação”.
2005 pela Câmara Municipal respectiva, por incumprimento do DL n.º 5/2005, «uma vez que
decorreu já o prazo de três meses, sem que tenha requerido inspecção às instalações de gás
do
restaurante “Insular”».
António contestou a imputação da Câmara, alegando que o DL n.º 5/2005 fora revogado pela
Lei n.º 6/2006 e que, assim sendo, foi reposta em vigor a Lei n.º 3/2003.
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1. Aprecie a pretensão da Câmara Municipal do Funchal.
II
Distinga fundamentadamente:
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Faculdade de Direito de Lisboa
Avaliação Contínua
15 de Maio de 2006
Duração: 50 minutos
Belcabo SA (B), fornecedora de televisão por cabo e linha telefónica. À data da celebração do
mensalmente, mas nada dispõe sobre o modo de celebração do contrato, pelo que A e B
fornecimento de televisão por cabo e linha telefónica deve ser celebrado por escrito e que (ii)
telefónica que o impediram de telefonar diversas vezes, e deparando com a recusa constante
a) se o facto de o contrato ter sido celebrado verbalmente afecta a sua validade considerando
o que dispõe o DL Y;
II
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Responda, fundamentadamente, às seguintes questões.
lei, referindo se e de que modo as mesmas têm consagração no art. 9.º do CC.
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Introdução ao Estudo do Direito
21/05/07
Amílcar e Bernardo são grandes amigos e trabalham juntos na sociedade “WXZ, S.A.”.
de jardinagem, tendo sido contratado, há seis meses, para se ocupar dos frondosos jardins da
sede da empresa.
concertação social contam-se as introduzidas nos artigos 33.º e 54.º que rezam assim: “Artigo
33.º - São nulos os contratos de trabalho celebrados com menores.” E ainda “Artigo 54.º - É
comunicou-lhe que, com muita pena sua, deveria abandonar imediatamente a empresa,
porque a lei tinha deixado de permitir que os menores desempenhassem funções laborais.
Amílcar aceitou, resignado, a infeliz notícia e foi procurar o seu amigo Bernardo nos jardins da
empresa. Bernardo ficou irritadíssimo com a injustiça, tanto mais que deixaria de gozar da
boleia de Amílcar para o trabalho, e aconselhou-o a voltar a estudar enquanto não fazia 18
anos. Já Amílcar se havia afastado quando Bernardo, acariciando as últimas rosas deste estio
de Maio, acendeu um pensativo cigarro… eis senão quando Carlos aparece e ameaça despedilo
trabalho e que, por isso, deveria apagar imediatamente o seu cigarro. Bernardo responde,
agastado, que todos os trabalhadores vinham ao jardim fumar e que não via razões para que
ele não pudesse fazer o mesmo. Carlos retorquiu lembrando-lhe ser o jardim o seu local de
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trabalho e que, nos termos do artigo 54.º do CT, é expressamente proibido fumar no local de
trabalho. Bernardo replicou dizendo que trabalha na empresa há quatro anos e que quando
II
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I
momento da sua inscrição, foi-lhe exigido o pagamento de cinco euros nos termos do referido
Armindo e este contou-lhe que fora alterado o artigo 7º do Regulamento da Biblioteca e que a
1. Clara, tem esperança que lhe sejam devolvidos os seus cinco euros. O que lhe parece?
2. Se Clara puder exigir a devolução dos seus cinco euros estaremos perante uma situação de
retroactividade?
II
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Faculdade de Direito de Lisboa
06.06.2006
Duração: 3h00
– Autocarros do Sul, Lda. (Z). O contrato destinava-se ao transporte dos alunos do jardim de
entre outras coisas, que (a) os motoristas devem receber formação adequada, (b) o presente
A Lei Y/2006, de 22 de Maio, regulando a mesma matéria, veio determinar que (c) só podem
Ministério dos Transportes e Comunicações, devendo os contratos ser celebrados por escrito,
(d) os motoristas devem receber formação adequada, com a duração mínima anual de 30
horas, (e1) o preço do transporte cobrado pelos estabelecimentos de ensino aos encarregados
de educação não pode exceder €30 por mês, (e2) a regra anterior aplica-se aos transportes
efectuados desde 15 de Setembro de 2005, (f) é interdito aos vigilantes das viaturas de
Desde o início de vigência do DL X/2000 que a sociedade Z forma os seus motoristas em cursos
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Cfr. O art. 219.º do CC.
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O preço actualmente praticado por V por cada criança transportada é de €50 por mês, com
Domingo, Noé (N), o gerente da empresa transportadora, encontrou M num bar de praia,
tendo reparado que bebia algumas cervejas. Por tal facto, N instaurou a M um processo
dados fornecidos:
2. A sociedade Z pretende saber se a regra (d) da Lei Y se aplica aos motoristas afectos ao
regulada pelo DL U/2001, que determina deverem os motoristas ter “formação anual
adequada”. A pretende saber se a formação de 10 horas anuais que actualmente fornece aos
respectivos motoristas é adequada, tendo presente o que se dispõe sobre a matéria na Lei
Y/2006 (3 v.).
II
III
13
«O positivismo jurídico do século XIX teve uma tarefa manifestamente histórica; teve que
recolocar o aspecto existencial do direito, o seu carácter positivo, no campo de visão. Contudo,
após o terrível abuso do direito causado pelo pensamento positivista extremo do nosso século
[XX], é agora nossa missão descobrir algo de “indisponível”, que coloque a arbitrariedade na
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Universidade de Lisboa – Faculdade de Direito
Com o objectivo de promover a reabilitação da zona histórica do Bairro Alto, que há muito se
Artigo 1.º: Os proprietários de imóveis em estado degradado na zona histórica do Bairro Alto
em Lisboa, têm de os restaurar, ainda que com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.
Artigo 2.º: Os contratos de arrendamento que tenham por objecto imóveis degradados
situados na zona histórica do Bairro Alto, são nulos, se esses imóveis não forem previamente
Artigo 3.º: Por motivos de ordem estética, as Escolas de Música de Conservatórios Nacionais
que funcionem em edifícios históricos do Bairro Alto não podem pendurar bandeiras ou
Artigo 4.º: Com o objectivo de evitar uma maior degradação dos imóveis situados na zona
zona.
1. Alda, proprietária de um imóvel degradado na zona histórica do Bairro Alto, que adquiriu no
dia 15 de Abril, pretende saber se esse imóvel terá de ser restaurado ou se as regras do
Regulamento nº 3/2007 se aplicam unicamente aos novos proprietários. Quid iuris? (2,5
valores)
2. Alda pretende ainda saber se o contrato de arrendamento que celebrou com Bento, no dia
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20 de Abril de 2007, é válido, dado que o imóvel de que é proprietária ainda não foi
3. Dado que apenas existe uma Escola de Música do Conservatório Nacional a funcionar num
edifício histórico do Bairro Alto, diga se o Regulamento nº 3/2007 é uma lei formal ou material,
4. Cátia entrou na zona histórica do Bairro Alto com o seu automóvel para ir
buscar a sua mãe Idalina que está gravemente doente e a necessitar de internamento
hospitalar urgente, para esse efeito tendo destruído uma cancela que serve para impedir a
entrada de veículos no Bairro Alto. Cátia considera que agiu licitamente atendendo ao
5. No passado dia 30 de Maio, Dário encontrava-se a circular com a sua nova mota na Rua da
Rosa, situada na zona histórica do Bairro Alto, quando foi confrontado por Eduardo, agente da
pretende autuar Dário e, enquanto este não pagar a coima, pretende apreender a sua mota.
Dário defende-se dizendo que a regra contida no artigo 4.º do Regulamento nº 3/2007 apenas
proíbe a entrada de veículos motorizados na zona histórica do Bairro Alto, mas não proíbe a
5.2. Quais as sanções que Eduardo pretende impor a Dário? (1,5 valores)
II
2. Que critérios lhe parecem mais adequados para distinguir direito e moral? (3 valores)
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PERGUNTAS DE ORAIS
05. Todas as regras que compõem a ordem social são regras de direito?
15. A sociologia do direito teorética analisa o direito através dos factos sociais. Porque é que
esta
teoria é errada?
16. Qual a diferença entre facto jurídico lato sensu e facto jurídico stricto sensu?
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23. Quais os desvalores do acto jurídico?
42. Quais os tipos de sanções que conhece? Explicite cada uma delas.
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48. O que representa a inexistência?
50. De acordo com o artigo 338º CC o que significa a pressuposição errónea da legítima
defesa?
51. Porque é que a acção directa tem carácter residual em relação aos outros tipos de auto-
tutela?
60. Os tribunais, segundo a óptica de divisão de poderes, podem ser fontes de direito?
Porquê?
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70. O costume contra legem afasta a vigência da lei? Como relaciona isso como artigo 7º, nº1
CC?
76. Qual o período de vacatio legis? Esse período pode ser alterado pelo legislador?
84. Em que consiste o princípio da não repristinação? Identifique excepções a esse princípio.
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94. Em que consistem os acórdãos com força obrigatória geral?
104. Quando a lei se aplica no tempo tem de se ter em conta se a lei nova regula factos ou
efeitos.
110. Quando a lei nova regula efeitos continuados abstraindo dos factos como se processa
a aplicação o artigo 12º do CC? E quando não abstrai desses factos eu lhe deram origem?
113. Em que consiste a interpretação abrogante da norma? Qual o tipo de lacuna resultante
deste tipo
de interpretação?
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114. Em que consiste a interpretação enunciativa?
22
TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
23
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
10/12/2007
Duração: 60 minutos
1. Alfredo, futebolista célebre, cedeu ao seu Clube, por contrato, o direito à exploração da sua
imagem, o que o Clube fez cedendo-o por quantias elevadas para campanhas de publicidade
várias. Mais tarde, Alfredo recebeu uma proposta de comercialização directa da sua imagem
em exclusivo para um fabricante de roupa masculina, com uma remuneração muito superior e
aceitou, com efeito imediato, comunicando imediatamente ao seu clube que lhe retirava a
autorização para explorar a sua imagem. O clube não aceitou, e continuou a fazer o que já
fazia.
Quid júris1?
2. António herdou uma moradia que passou a habitar. Como estava muito degradada, fez nela
central e procedeu à sua pintura geral interior e exterior. Na piscina, retirou o revestimento
interior, cuja cor lhe desagradava e substituiu-o por azulejos antigos muito caros. Embora o
telhado não estivesse em mau estado, substituiu as telhas, por telhas vidradas (mais bonitas).
O testamento veio, porém, a ser anulado e António teve de restituir a casa. Agora pretende ser
compra de Dólares dos E.U.A., na convicção de que a sua cotação já não podia baixar mais e
que iria subir. Com isto, obteria mais fundos para prosseguir o seu fim.
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Quid juris?
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FACULDADE DE DIREITO DE LISBOA
27 de Novembro de 2007
1° SEMESTRE
TURMA A
I Grupo:
2 - Diga o que entende por "dogmática integrada" evidencie a sua importância no processo de
construção do Direito.
absolutas”.
II Grupo:
que apresente:
Hipótese 1:
Anacleto pretendia há já muito tempo adquirir um jogo para a sua Playstation 3. Bento, seu
amigo, sabendo desse seu desejo, colocou na mochila de Anacleto o seguinte bilhete: " Tenho
o PÉS 2008. Vendo-to por 40 euros. Responde-me assim que possas. 20 - 11- 2007. Bento. "
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sexto dia. Apressado, correu para casa de Bento, onde só chegou às 23:00h. Apercebendo-se
do adiantado da hora, optou por deixar na caixa do correio um bilhete onde aceitava o
negócio.
No dia seguinte, Bento faltou às aulas e, durante urna conversa no messenger com César, este
diz-lhe: ”Estou mesmo com vontade de experimentar o PÉS 2008. Já conheces? Dizem que é
genial. Estou mal de finanças, mas ainda assim sempre pagaria até 50 euros por ele…" Bento,
que tinha o dito PES, imediatamente responde: "Vendo-to por 50 euros. Aceitas?”
César responde logo que sim, e diz-lhe que vai já até lá a casa buscar o jogo. Entretanto, toca a
campainha: era Anacleto, que dizia vir buscar o PÉS 2008, estendendo simultaneamente a
Bento um envelope com os 40 euros. Este recusa-se a entregar-lho, dizendo que acabara de o
vender a César. Anacleto insiste que o jogo é dele, pois deixara aceitação na caixa postal de
Bento no dia anterior. Bento dirige-se à caixa postal onde efectivamente encontra um bilhete
de Anacleto. Contudo, nessa noite chovera muito, e só a muito custo se conseguia entender o
Enquanto os amigos discutiam, chega César, entusiasmado, e perguntando pelo seu jogo. Ao
entrar em casa de Bento, César escorrega no soalho de madeira, que pouco antes havia sido
encerado. Cai, parte uma costela, e exige a Bento que lhe pague as despesas do hospital e lhe
Quid iuris?
Hipótese 2:
Antónia necessitava lavar um casaco de pele. Ao passar por uma lavandaria lê o seguinte
" Assim, no dia seguinte Antónia leva o casaco à dita lavandaria, pagando de imediato o preço
devido. Passada uma semana, no dia do levantamento do casaco, Antónia verifica que o
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mesmo se encontrava totalmente manchado. Indignada exige que a lavandaria lhe devolva o
preço pago pelo serviço e a indemnize pelo dano sofrido. Bernardete, dona da lavandaria
levantamento das peças: "Este estabelecimento não se responsabiliza por danos apresentados
Quid iuris?
Cotação:
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FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Turma A
8 de Janeiro de 2008
I Grupo:
da boa-fé.
"responsabilidade civil”.
3) Explicite as razões pelas quais é possível afirmar que os institutos da autonomia privada e da
boa fé não são sempre, na sua aplicação prática, concordantes; apresente exemplos que
II Grupo:
Antónia, professora do 12° ano de escolaridade, que até ao momento sempre tinha andado
destacada a prestar serviço em vários locais do país, teve no presente ano lectivo uma boa
notícia: segundo informação do Ministério da Educação, Antónia passaria a ocupar uma vaga
Encantada com a novidade, assim que soube, Antónia começou a procurar casa. Assim, tendo
passado por uma conhecida imobiliária, Antónia viu afixado na respectiva montra, o seguinte
anúncio: “Vende-se apartamento, 3assoalhadas, 3 frentes, box para dois carros, situado no
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Parque dos Príncipes, por 175 mil euros. ". Conhecedora do preço da propriedade em Lisboa,
Antónia, entusiasmada, entra na imobiliária e declara que pretende adquirir o dito imóvel.
Bento, agente imobiliário, sugere que se faça uma visita ao local, advertindo
porém que a decisão terá de ser rápida, pois trata-se de um imóvel em "saldo". Antónia, certa
de que faria um bom negócio, declara que pretende marcar imediatamente a respectiva
No dia aprazado, Antónia e Bento, deslocam-se ao cartório notarial onde é lavrada a escritura
do referido imóvel pelo preço de 100 mil euros, tal como ambos tinham combinado. Satisfeita
com a aquisição, Antónia desloca-se então ao imóvel adquirido. Lá chegada, é com desagrado
que verifica que o imóvel, ao invés de ter 3 quartos, como esperava, possuía apenas 2 e sala de
estar. Assim, Antónia telefona a Bento declarando que não lhe enviará o cheque dos 75 mil
No dia seguinte, Antónia toma conhecimento de que, afínal, a informação segundo a qual
seu gestor de conta, dando ordem para cancelar o cheque de 100 mil euros que tinha emitido
Bento contacta-o, brilhante jurista formado pela excelsa Faculdade de Direito de Lisboa, para
2° ano - Turma B
30
Teste 8 de Janeiro de 2008
I.
Mário e Maria são casados. Maria engravida de Mário e diz-lhe que se considera muito nova
para a maternidade, que esta gestação prejudicaria a sua carreira profissional e que pretende
abortar nas primeiras 10 semanas da gravidez. Não se verifica qualquer outro dos
que Maria seja impedida de abortar, de modo a prevenir a ofensa ao direito à vida do seu filho
anomalia psíquica revelada, pela vontade de abortar que, segundo alega, põe em risco a
própria vida e integridade psíquica de Maria e dá publicidade à acção nos termos da lei.
Maria contesta invocando ter direito subjectivo a dispor do seu corpo e da sua gravidez, e à
maternidade responsável, que qualifica como "um novo direito de personalidade", acrescenta
que o embrião não é pessoa, mas antes uma coisa móvel, um fruto natural pendente que lhe
pertence enquanto não for separado. Alega ainda que Mário não tem o direito que se arroga e
O Tribunal entende que o embrião é uma coisa móvel em compropriedade de Mário e Maria,
por resultar do contributo genético dos dois, e que, por aplicação "extensiva ou analógica" do
art. 1408° do Código Civil, só com o acordo de ambos pode ser destruído.
Quid júris?
II.
Diga o que se lhe oferecer sobre duas das três seguintes questões:
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- Qual a diferença entre representação sem poderes e abuso da representação?
do preço?
(4)
1º ano, turma B
Teste
14 de Janeiro de 2008
I.
O semanário Tretas, numa reportagem sobre o mundo da moda, afirmou que a conhecidíssima
modelo Piggy era viciada em tabaco e andava em tratamento nos fumadores anónimos. Nessa
Piggy processou a jornalista social Tricky, autora do texto e directora do semanário. Alegou ser
falso que fosse viciada em tabaco, que aquela fotografia tinha sido tirada no exercício da sua
profissão de modelo para publicidade de uma marca de tabaco e que tal publicação
e dela consequentes, acrescida de €10.000 pelo uso não autorizado da fotografia (o que
constituiria o seu valor de mercado). Alegou ainda ter ficado em depressão em consequência
No número seguinte do semanário, Tricky escreveu que Piggy fumava às escondidas nas casas
de banho e exibiu imagens de Piggy a fumar na casa de banho de um bar, obtidas pelas
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câmaras CCTV de segurança desse bar.
Piggy, acusou então Tricky de violar a sua privacidade e requereu a destruição dos vídeos (que
teriam sido gravados com finalidades de segurança) dizendo que o seu uso constituiria abuso
do direito.
privacidade.
O namorado de Piggy, produtor de televisão, lançou uma nova telenovela, chamada Risky
Business, cuja personagem central é Risky, uma jornalista social muito ambiciosa e gananciosa,
viciada em cocaína, que constrói e destrói reputações a troco de dinheiro. No início e no fim de
cada episódio é exibida uma inscrição “obra de ficção: qualquer semelhança com pessoas ou
acontecimentos reais é pura coincidência”. Não obstante, o público identificou Risky com
Tricky, os leitores deixaram de levar Tricky a sério e o Tretas caiu nas vendas e tiragens
tornando-se irrelevante.
causar danos materiais e morais, e pretende que seja intimado a interromper a emissão da
O produtor responde que Tricky não pode ser atingida na sua reputação nem na dignidade
porque a obra é de ficção, sendo bem publicitado que não se refere a pessoas nem a factos
reais, e que Tricky já não tinha nem reputação nem dignidade, não sendo possível destruir o
que não existe. Invoca ainda o direito de criação artística que faz parte do direito ao livre
desenvolvimento da personalidade.
Aprecie este caso, nas perspectivas dos intervenientes e diga, fundamentando, como deve ser
julgado.
II
Relacione:
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1. Poder potestativo e ónus.
Num jantar da sua subturma, António tira uma fotografia para recordação desse dia. A
Alguns meses depois, António aborrece-se com Berta, sua colega. António, então, que é
dotado para o desenho, resolve estudar a fotografia e elaborar uma caricatura de Berta, que
baptizou de “A Badalhoca” e cedeu a uma das listas concorrentes à Associação de alunos 8sem
esclarecer acerca da origem da caricatura), para que fosse usada como “bombo da festa” da
campanha.
António afirma que Berta não pode coarctar a sua liberdade de expressão e a sua criatividade
Quid iuris?
II
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são titulares:
António adquiriu um terreno que não tem comunicação com a via pública.
Nos termos do art. 1550.º, n.º1, do Código Civil, António declara a Bento proprietário do
prédio rústico vizinho, que pretende passar por certo local do prédio de Bento.
1. Alfredo, futebolista célebre, cedeu ao seu clube, por contrato, o direito à exploração da sua
imagem, o que o Clube fez cedendo-o por quantias elevadas para campanhas de publicidade
várias. Mais tarde, Alfredo recebeu uma proposta de comercialização directa da sua imagem
em exclusivo para um fabricante de roupa masculina, com uma remuneração muito superior e
aceitou, com efeito imediato, comunicando imediatamente ao seu clube que lhe retirava a
autorização para explorar a sua imagem. O clube não aceitou, e continuou a fazer o que já
fazia.
Quid Júris?
2. António herdou uma moradia que passou a habitar. Como estava muito degradada, fez nela
central e procedeu à sua pintura geral interior e exterior. Na piscina, retirou o revestimento
interior, cuja cor lhe desagradava e substituiu-o por azulejos antigos muito caros. Embora o
telhado não estivesse em mau estado, substituiu as telhas, por telhas vidradas (mais bonitas).
O testamento veio, porém, a ser anulado e António deve de restituir a casa. Agora pretende
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Quid Júris?
compra de Dólares dos E.U.A., na convicção de que a sua cotação já não podia baixar mais e
que iria subir. Com isto, obteria mais fundos para prosseguir o seu fim.
Quid Júris?
“Estou a pensar vender o meu Fiat, que conheces, por 10.000 euros. Caso te interesse,
contacta-me”.
No dia 10 de Março, Belmiro remeteu o seguinte fax a Armindo: Compro o carro, mas apenas
Dois dias depois, Armindo deixou uma mensagem no gravador de chamadas de Belmiro,
manifestando a sua concordância. Porém, esta mensagem só foi ouvida em 14 de Março, por
Na semana seguinte, Armindo soube da morte de Belmiro e vendeu, por escrito, o Fiat a
Quid Juris?
36
DIREITO CONSTITUCIONAL
37
Direito Constitucional I
Abel, cidadão português, casou com Beatriz, nascida no Texas e titular de cidadania
ambos em Madrid.
portuguesa?
II
1) Órgão / agente
2) Federação / Confederação
III
38
Época de recurso
Direito Constitucional I
Turma A
2 de Julho de 2008
II
III
IV
VI
Direito Constitucional I
Turma A
7 de Janeiro de 2008
b) Descentralização e desconcentração
39
2 x 4 = 8 valores
II
diferença.
4 valores
III
ficaram assim distribuídos: partido A – 100 Deputados; Partido B – 60; Partido C – 50; Partido D
partidos B e D.
rejeição, a qual obteve 105 votos a favor, 70 votos contra e 35 abstenções. Em face desse
resultado, o partido A exigiu a demissão do Governo, mas o Primeiro –ministro, com o aval do
declarou que, pelo contrário, o Governo poderia exercer, doravante, em plenitude, as suas
funções.
como Presidente da República, Z, cuja candidatura havia sido apoiada pelo partido A.
40
Pergunta-se:
2. E em 13 de Março?
8 valores
Direito Constitucional I
Turma A
Prova de frequência
4 x 3 valores – 12 valores
II
8 valores
Recomendações:
41
2. Escreva um português correcto.
Direito Constitucional I
1. Em que medida a designada “Questão dos Índios das Américas” é ainda hoje uma temática
com a actualidade?
3. Será que existe uma dicotomia rígida entre funções jurídicas e funções não jurídicas do
Estado?
do Direito Constitucional?
II
5. Locke / Rousseau
III
42
Comente uma das seguintes afirmações:
7 de Janeiro de 2008
Direito Constitucional I
Turma B Dia
Teste
20 de Novembro de 2007
(20 minutos)
Em cada um dos seguintes 10 grupos de questões, há apenas uma resposta certa, que deve
assinalar.
hegeliano;
b) A interrogação “o que é o Homem?” surgiu, pela primeira vez, com o filósofo Immanuel
Kant;
a) Não há uma diferença de maior entre a raiz das liberdades fundamentais na experiência
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c) Platão não foi o precursor da ideia de Estado de Direito;
b) Marsílio de Pádua recebeu influências tanto de Aristóteles como de Cícero, vindo, por seu
c) Não se pode dizer que Kant ou Locke tenham tido um precursor em Marsílio de Pádua;
b) Para Maquiavel, o príncipe devia fazer-se odiar, uma vez que os fins justificam sempre os
meios;
de Maquiavel.
d) Para John Locke, o fim único do Estado reside na protecção dos direitos da pessoa humana,
44
6. Idem: Kant e Hengel:
a) Kant evita estabelecer qualquer ligação entre a propriedade privada e a paz, ainda que
d) Para Hegel, o homem não vale por ser homem, nem como ser humano concreto.
a) Edmund Burke, tal como Joseph de Maistre, manifesta um marcado desprezo pelas
de Kant;
a) No âmbito dos direitos humanos universais recorta-se, com exclusão de qualquer outra, a
45
dos direitos dos seres humanos que se encontram em situação mais débil;
intervenção do Estado;
alcançado;
fundamentais da pessoa.
Teste
Direito Constitucional I
27 de Outubro de 2008
No máximo de dez linhas, responda a três das seguintes questões (4 valores por questão)
1) Quais as marcas da especificidade britânica no que respeita aos direitos da pessoa humana
Pádua?
II
46
B) A cláusula constitucional do bem-estar social: surgimento, concretização e crise
Constitucional II
Turma A
(seis valores)
II
(quatorze valores)
Hipótese
Através desse decreto, o Governo revogava a anterior lei aprovada pela Assembleia da
Todavia, esse decreto viria a ser vetado pelo Presidente da República a 1 de Junho, com os
seguintes argumentos:
c) No entender do Presidente, o Governo não poderia ter legislado sobre a matéria, uma vez
47
que o prazo previsto na autorização tinha o seu termo no dia 31 de Março.
Face ao veto presidencial, o Governo apresentou o mesmo diploma como proposta de lei à
normas através das quais restringia especialmente a liberdade de manifestação e reunião dos
militares.
A proposta de lei viria a ser aprovada na Assembleia da República, também sem qualquer
para promulgação.
Direito Constitucional II
I (10 vals.)
Nos termos de uma lei de bases de 1956, a plataforma continental tem como limite externo a
legislativa que, durante dois anos, lhe permitia desenvolver os direitos do Estado português
sobre os fundos marinhos contíguos até às 200 milhas marítimas da linha da costa.
proposta de lei que regulava os poderes do Estado sobre a sua plataforma continental,
incluindo a revogação do seu limite externo baseado no critério da profundidade das águas.
Em 13.03.2008, apresentada essa proposta de lei, a AR aprovou-a com 30 votos a favor, dez
Enviado o decreto para promulgação, o Presidente da República (PR), invocando que setratava
48
Em 16.04.2008, antes de qualquer decisão do TC, o PR resolveu vetar politicamente o diploma,
anexando à sua mensagem um articulado alternativo para o diploma e uma exortação para
Quid Juris?
II (5 vals.)
III (5 vals.)
autónomas?
Direito Constitucional II
I (10 vals.)
Uma lei de bases de 1945 conferia ao Ministro da Educação o poder de julgar quaisquer
legislativa que, durante dois anos, lhe permitia fixar as bases de um novo código penal
regulador das relações entre alunos e professores universitários, conferindo aos reitores o
49
poder de julgar tais crimes.
proposta de lei contendo um novo código regulador dos crimes envolvendo professores e
alunos, confiando aos tribunais, todavia, o poder de julgar esses crimes, após parecer
vinculativo do reitor.
Em 4.04.2008, apresentada essa proposta de lei, a AR aprovou-a com 30 votos a favor, dez
diploma e uma enxortação para que os deputados apresentassem uma noção de censura ao
Governo.
Quid Juris?
II (5 Vals.)
2- Pode o Supremo Tribuna de Justiça conhecer hoje conhecer hoje da validade constitucional
III (5 vals.)
50
PERGUNTAS DE ORAIS
7. Quid Iuris se o P.R. não promulga nem veta após o prazo de 20 dias?
10. O que sucede se, ao 21º dia após ter recebido um decreto da Assembleia da República, o
P.R.
15. Qual o desvalor resultante da violação de uma lei de valor reforçado por outra lei?
16. Por que razões o estatuto de uma R.A. é uma lei de valor reforçado?
17. Poderá uma autorização legislativa ser pedida por um Governo demitido?
51
18. O Governo é obrigado a utilizar a autorização legislativa, emitindo o decreto-lei
autorizado?
19. Qual o desvalor de um decreto-lei autorizado que não respeite os parâmetros indicados na
lei
de autorização?
23. Mencione diferenças entre uma lei de autorização legislativa e uma lei de bases?
24. Poderá a A.R. desenvolver leis de bases ou competirá essa função ao Governo?
37. Quais as fases do procedimento legislativo parlamentar segundo Prof. Jorge Miranda?
52
39. Em que situação o Governo ou a Assembleia Legislativa da Região Autónoma poderão
41. O que acontece caso P.R. vete imediatamente um diploma invocando razões jurídicas?
42. Pode a A.R. confirmar decreto vetado juridicamente pelo P.R? Se sim, qual a maioria para
confirmação?
43. Qual a maioria para confirmação de decretos por parte da Assembleia da República, em
caso
de veto politico?
48. Após um veto politico do P.R. a um decreto do Governo, quais as diferenças em relação às
opções da A.R?
49. Terá o Governo interesse em não aprovar um decreto-lei, mas em iniciar outra espécie de
procedimento?
50. Poderá o P.R. vetar diplomas sobre a organização do Governo? Quais as particularidades
53
54. Qual o desvalor resultante da violação de uma lei de valor reforçado por outra lei?
58. Poderá a A.R. autorizar o Conselho de Ministros a legislar sobre a matéria do nº1 do artº
165?
59. Poderá uma lei de autorização legislativa conter disposições exequíveis por si
mesmas?
60. Poderá o Governo legislar em matérias previstas em alíneas dos artigos 164º e 165º, nº 1, a
63. 66.Como proceder à contagem do inicio do prazo de duração fixado nas autorizações
legislativas?
69. Qual o órgão com competência para desenvolver uma lei de bases?
70. Mencione as diferenças entre uma lei de autorização legislativa e uma lei de bases.
73. Será a competência para desenvolver leis de bases na área concorrencial reservada ao
governo?
54
74. Poderá o governo revogar uma lei de bases aprovada pela A.R?
75. Poderá a A.R. desenvolver a lei de bases, na área concorrencial, por si aprovada?
80. As leis de valor reforçado inculcam a existência de relações de hierarquia entre os actos
legislativos?
autorização legislativa?
85. Com pare o papel do Chefe de Estado nos sistemas de governo norte-americano e francês.
55
ECONOMIA POLÍTICA
56
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Economia Política I
Grupo I
Responda, de forma directa e sucinta (sem exceder o número de linhas referido para cada
2- Joana, estudante, confidenciou hoje a uma amiga que o livro que ontem lera (o 3.º em 3
dias) foi bem menos proveitoso que o 1.º e que por isso estava arrependida de não ter
coordenar os seus empregados a culpa dos seus rendimentos apenas terem crescido 40%
apesar de ele ter aumentado a dimensão da sua empresa para o dobro. Desenvolvendo-os
diga que conceitos económicos sustentam este descontentamento de José? 7 linhas; 2 valores.
4- Adalberto, produtor de batatas, lamentou-se ontem sobre a sua colheita prevista para o
próximo ano. Devido à falta de chuva no Outono os produtores vão apenas colher 30% do
volume que colheram em 2007. Terá Adalberto razões para se preocupar? 7 linhas; 3 valores
5- Quando o preço dos leitores de DVD aumenta, diminui a procura de bilhetes de cinema mas,
económico está aqui presente e use-o para classificar os bens em causa. 8 linhas; 4 valores
Grupo II
6- “o propósito interventor [do Estado] é muitas vezes o da rectificação dos resultados quando
57
estes sejam tidos por injustos ou por ineficientes, mas (…) essa rectificação e os meios que
conduzem a ela são frequentemente iníquos e ineficientes também eles.” Fernando Araújo,
máximo.
Economia I
1. Economicamente falando, há interesse numa exploração privada dos Bens Públicos? (10
valores)
Grupo I
Sem exceder 7 linhas por resposta, identifique os conceitos presentes nos seguintes excertos
(de Fernando Araújo, Introdução à Economia, 3ª edição) definindo-os, usando para tal
1- “É que ao contrário do que acontece nos «jogos de soma zero» […] nas trocas económicas
os interesses que se contrapõem […] têm valores desiguais para as partes envolvidas” (p.49).
58
3- “O preço máximo eficaz é, pois, uma barreira a que o preço suba até ao equilíbrio ajustador
5- “O problema […] foi pela primeira vez colocado por George Akerlof numa análise ao
mercado dos carros usados, concluindo-se que o mercado entraria em colapso […] se
porventura não fosse dado ao comprador […] perceber quais os caros bons e quais os carros
desaparecimento do lucro, ela deve ser entendida com subtileza” (p. 325).
estratégia de preços […] mas na diferenciação dos serviços que prestam e na publicitação
Grupo II
8- Sem exceder uma página no total da sua resposta, identifique e concretize os conceitos
a) - Aníbal, após ter descoberto que, em regra, a elasticidade preço da procura de morangos é
de 0.5, quer o seu conselho sobre como deverá organizar a venda da sua produção.
b) – Com o aparecimento sazonal das cerejas produzidas por José, Aníbal, após ter detectado
que alguns dos seus clientes habituais lhe haviam deixado de comprar morangos, resolve
reduzir o preço praticado em 20%, tendo com esta medida recuperado esmagadora maioria
c) – Aníbal que rentabilizar melhor as novas maquinas usadas no cultivo do morango, que
59
exploração. Aníbal prevê que para fazê-lo necessita de 1 ano (período de tempo necessário
para adquirir o terreno e para prepará-lo para este tipo de cultura). O que procura Aníbal ao
PERGUNTAS DE ORAIS
limite em que já não é possível uma soma positiva, mas uma soma zero)
naturais/especialização)
5. Juro (é o montante que faz o sujeito preferir o futuro ao presente, é o montante que faz o
11. Exemplo: Empresa no litoral e Empresa no Interior (a Empresa no litoral poupa 10.000
euros
em transporte)
60
14. Os monopsonistas captam que tipo de excedente?
15. Renda económica no mercado de bens (tudo o que a empresa recebe acima do custo de
produtor despende num factor de produção e o mínimo necessário para a obtenção desse
factor)
22. Se a oferta é infinitamente elástica existe renda económica no mercado de factores? Renda
é
zero
variação de preços)
28. O que entende por especulação? (expectativa de evolução futura de preços – de que é que
economias de escala)?
61
30. Os monopolistas podem criar barreiras à entrada para além do monopólio natural?
(monopólio
capacidade produtiva)
32. O que são falhas de intervenção do Estado? 1) informação limitada, na medida em que o
alcance dos programas públicos torna-se nebuloso; (2) limitação no controlo das respostas
dadas pelo mercado; (3) falta de controlo sobre a proliferação da burocracia e (4) limitações
impostas pelos processos políticos, já que, por vezes, há decisões favoráveis apenas a
negociáveis)
42. Quais os factores que determinam uma alteração da oferta? Preços, custo dos factores,
produtor, expectativas
43. Quais os factores que determinam uma alteração da procura? Preços, rendimento
disponível,
62
existência de bens sucedâneos e complementares, gostos, publicidade, expectativas
de um bem em função da variação percentual dos preços de outro bem/ é positiva no caso dos
bens sucedâneos, negativa no caso dos bens complementares e nula no caso dos bens que não
internacional
transferência do risco [Distribuir a actividade económica por várias áreas vs. transferência dos
riscos]
57. Relacione a elasticidade com o poder de mercado? / Existem limites à actuação dos
63
58. Distinga eficiência de justiça?
monopolística?
61. De que é que depende a escolha da quantidade de trabalho a oferecer? (do preço – da
62. De que é que depende a escolha do nível de poupança? (Do rendimento? Do juro?)
Estado/mercado da informação)
72. O que é que podemos retirar do Teorema de Coase em termos de intervenção estadual?
(não
64
74. A oferta do factor Terra tem limites? Utilidade marginal (é um factor fixo na
82. Taxa natural de desemprego (que não acelera a inflação)? A teoria das expectativas
racionais?
85. Como se mede o nível geral dos preços? (através de médias ou de índices de preços, do
produtor e do consumidor)
88. Valores reais (valores que não dependem das alterações do valor da moeda) e nominais do
PIB?
65
90. Distinga a procura macroeconómica da procura microeconómica?
91. Distinga multiplicador de investimento (rendimento adicional gera despesa adicional que
gera
93. Preferência pela liquidez (procura de moeda – bem mais líquido que se pode possuir)? É
96. Como traduzir o equilíbrio entre oferta e procura agregada? (taxa de juro)
102. Mercado livre e mercado negro (reacções resultantes da falta de liberdade do mercado
imposta?
66
107. Monopólio contrariado?
entrada)?
110. Porque é que o trabalhador a partir de um determinado nível salarial vai exigir menos
horas de
trabalho?
humano?
120. Formas de cálculo do PIB? O critério do valor acréscimo: Preço do Bens Finais - Preço dos
Bens
122. Qual a principal consequência da criação de mais moeda pelo Estado? (senhoriagem)
67
124. O que é procura agregada? (soma das parcelas que é possível a cada agente económico
125. E oferta agregada? Bens e serviços produzidos a um determinado preço Curto prazo –
127. Porque é que se diz que quanto maior for o nível de poupança, maior o nível de
investimento e
não vice-versa?
Despesa Pública)
136. Qual a principal consequência da criação de mais moeda pelo Estado, para resolução do
défice
orçamental? (senhoriagem)
68
unicamente o nível de preços, mas não afectam variáveis reais.
As perguntas, acima apresentadas, foram gentilmente cedidas pelo Dr. Guilherme D´Oliveira
Martins, e
3. Qual a reacção da procura dos bens normais e dos bens de luxo, face ao aumento ao
aumento do
rendimento?
factores?
13. O que é o “paradoxo do valor”? Como é que os marginalistas resolveram este “paradoxo”?
69
18. O que é o capital?
22. Há duas técnicas para medir a inflação: o Índice de preços e o Deflator do PIB. Distinga-os.
23. Distinga PIB real de PIB nominal? O PIB nominal pode estar além ou aquém do PIB real?
Como se
25. Quando é que ocorre uma deslocação da curva da procura? Será que o conceito de
deslocação da
27. Os factores relacionados com o rendimento podem influenciar essa deslocação ao longo da
curva
da procura?
33. Se houver um aumento de massa monetária , o que é suposto acontecer com os preços?
Porquê?
35. Qual seria uma politica adequada para resolver o problema acima mencionado?
36. Quem estuda a “aversão ao risco”? E como é que isso condiciona o perfil do investidor?
70
37. Qual o efeito dos impostos sobre o bem-estar? Há perda de bem-estar?
38. O que é que vai acontecer com o excedente do consumidor? E o que é isto?
39. Jogo de soma positiva, jogo de soma negativa e perda relativa de bem-estar: relacionam-se
com
que conceito?
40. Há quem diga que a inflação provoca uma ilusão de perda de poder de compra! Explique.
46. “Um bom ano agrícola, é um mau ano agrícola”! O eu quererá isto dizer?
47. O que é um bem público? A TV pública é um bem público? O que quer dizer então “a custo
zero”?
54. Desemprego: porque é que sindicatos e fixação de salários mínimos podem contribuir para
o
desemprego?
71
57. O que é uma “perda de escala?”
produção?
61. E o que é que faz o Estado para combater este tipo de desemprego?
64. E efeito de substituição do lado da oferta? Relacione com o conceito de taxa marginal de
substituição.
72
DIREITO ROMANO
73
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
30 DE NOVEMBRO DE 2007
Ao longo da História do Direito Romano o poder para fazer leis foi sendo sucessivamente
II
A jurisprudência é a fonte por excelência de criação e adaptação do ius Romanum. Diga quais
criadora de ius fundada na auctoritas dos prudentes e a cada vez maior identificação entre ius
e lex.
III
As magistraturas da República são a base institucional que permitiu a criação do ius Romanum
como monumento de justiça intemporal. Dos magistrados romanos foi o pretor aquele que
mais contribuiu para a efectivação dos mores maiorum no ius civile. A perda de importância e
da lex. Comente.
IV
período de especial debilidade das instituições políticas, determinou o modo das várias
fonte de direito e regime político em Roma, refira as fontes de ius Romanum mais salientes no
74
Direito Romano Vulgar e no ius Commune medieval.
Direito Romano
1º Ano
Teste de Subturma
9 de Novembro de 2007
Grupo I
Grupo II
“Em Roma, a validade do ius não depende da legitimação política, nem a eficácia da solução da
eficiência dos meios coercivos que o impõem, e a prescritiva objectivação formal de uma
norma jurídica nada significa sem o conteúdo material que a identifica com a noção de justiça
seguida, excede em muito o lugar concebido para a communis opinio doctorum como
75
Boa Sorte!
16 DE JANEIRO DE 2008
3. A queda do império Romano provocou uma ruptura com o passado jurídico da Europa que
nem o direito canónico nem os códigos germânicos conseguiram recuperar, mesmo enquanto
Duração: 90 minutos
Universidade de Lisboa
Faculdade de Direito
9 de Novembro de 2007
Comente:
2. “Aos dezanove anos de idade, formei um exército, por decisão particular e a expensas
76
próprias, por meio do qual restituí à liberdade a República, oprimida pelo domínio de um
partido. A esse título, o Senado inscreveu-me no seu grémio, por meios de decretos
honoríficos, no consulado de Gaio Pansa e Aulo Hírtio, dando-me o posto de cônsul para
República como propretor e em conjunto com dois cônsules. O povo, por sua vez, nesse
mesmo ano, tendo ambos os cônsules tombado em combate, elegeu-me cônsul e triúnviro
Direito Romano
Teste
Grupo I
Responda, de forma sucinta, apenas a duas, e unicamente duas, das seguintes questões:
1. Mores maiorum;
3. Compilação Justinianeia.
Grupo II
Grupo III
«Não nos fornece a história um único caso de uma ordem jurídica prudencial injusta – ao
77
contrário do sucedido com o direito politicamente posto, o direito legislado».
1º ANO
10.04.2008
Caracterize o padrão do bónus pater famílias como elemento aferidor da justiça particular.
II
“Mais tarde, o direito canónico foi relegado para a posição de direito subsidiário, isto é, apenas
aplicável quando faltasse o direito nacional. Aqui iria, aliás, entrar em concorrência com o
Cotação
I – 8 valores
II – 12 valores
História do Direito
Frequência - Dia
78
Maio de 2008
Diga no máximo de dez linhas para cada resposta o que entende apenas sobre quatro dos
seguintes conceitos:
a) Foral
b) Façanha
c) Sucessão testamentária
d) Beneplácito régio
II
Leia com atenção a seguinte lei portuguesa de Afonso II feita em 1211 e responda às duas
Lei XXIII
1. Porque os matrimónios devem ser livres e os que são celebrados sob coacção não têm bom
futuro;
2. Estabelecemos que, nem nós nem os nossos sucessores possamos forçar alguém a celebrar
matrimónio.
III
b) As ordenações portuguesas
*****
79
Classificação:
I grupo - cada alínea: 1,5 valores; II grupo - cada alínea 2 valores; III grupo - cada alínia 8
valores
12 de Março de 2008
(A)
exceder 40 linhas)
Ainda que, por vezes, se tenha apresentado na qualidade de aliada, não raros são os
momentos em que a Santa Fé se apresentou como um pólo do poder que Portugal quis e teve
de conhecer.
II. Responda sucintamente às seguintes questões (não excedendo seis linha para cada uma):
Boa Sorte.
Grupo I: 12 valores
PERGUNTAS DE ORAIS
80
2. Código civil: data, autor, porque o fez? Influências.
8. Justiça Comutativa/Distributiva
11. O que são Cortes? Quando apareceram? Natureza jurídica das Cortes?
15. Decreto/Decretal.
17. José Anastácio de Figueiredo, foi uma utor que contribui para o conceito de façanha?
21. Forais
22. Foros
81
27. Direito de representação no Direito sucessório português.
33. Esponsais.
34. Concórdias/Concordatas
analise as mesmas.
82
50. Tipos de sucessão no Direito medieval.
52. Cúria/Corte.
59. Direito subsidiário das ordenações. Identifique se nas várias ordenações do Reino ocorreu
Teste em sub-turma
1º ano
Parte I
“Afastada a justiça, que são, na verdade, os reinos, serão quadrilhas de malfeitores? Que é que
Parte II
83
Desenvolva um (1) dos seguintes temas:
84
HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS
85
TESTE DE SUBTURMA
Subturmas 1, 6, 10, 14 e 15
17 de Abril de 2008
1. Confronte o modelo platónico do rei filósofo com o modelo medieval do rei cristão.
Frequência/Exame
13 de Maio 2008
Grupo I
Identifique no tempo e diga sucintamente o que entende por 2 (duas) das seguintes questões:
a) Polis
b) Despotismo
c) Razão de Estado
d) Direitos naturais
e) Estado de Direito
Grupo II
1. O conceito de cidadania
86
modo como o pensamento político moderno teorizou a cidadania.
Em especial, refira a origem e funções das cortes e o modo como as teorias políticas medievais
no período em que foi formulado e a evolução das teorias sobre o Estado e a soberania.
Cotação: Grupo I - três valores cada questão. Grupo II - 7 valores cada questão.
Teste em sub-turma
Parte I
1. O Estado não é um mero mecanismo de limitação de danos tornados necessários pela queda
do homem. Mesmo que os seres humanos fossem livres de pecado, a sociabilidade seria
necessária para dirigi-los e orientá-los na sua procura do bem comum, que só ela torna
adequadas das necessidades materiais da vida boa e promovem a “boa acção” e as boas
acções são aquelas que se conformam aos requisitos particulares da lei natural, que sustentam
87
Parte II
1. O governo por uma só pessoa, o governo por poucos, o governo por muitos: do mundo
1º ANO
TURNO DA NOITE
1- Ideias Políticas
2- A questão da liberdade religiosa como fundamento das ideias políticas ao longo da história.
Teste de subturma
Grupo I
(Antiguidade Clássica)
88
forma sumária, as formas de regime, as formas corruptas e as formas mistas.
Grupo II
(Idade Média)
Texto nº 1
«A justiça é um hábito pelo qual com vontade constante e perpétua atribuímos a cada um o
que lhe pertence. Definição quase idêntica à do Filosófo, quando diz: A justiça é um hábito que
Texto nº 2
«Submeta-se cada qual às autoridades constituídas. Pois não há autoridade que não tenha sido
Texto nº 3
«Na Virtuosa Benfeitoria o estatuto dos conselheiros régios é descrito de dois modos: de um
lado, o dever do conhecimento das coisas, de tal modo que possam sair triunfantes do
mais necessário em relação aos conselheiros cujo serviço é, escreve-se, «usar da verdade, a
Grupo III
(Idade Moderna)
Disserte, de forma tão desenvolvida quanto possível, sobre o conceito de Razão de Estado na
época moderna.
89
Cotação: Grupo I - quatro valores. Grupo II - seis valores. Grupo III - oito valores. Dois valores
Caro aluno: Recorde-se das recomendações que lhe foram feitas, quer nas aulas teóricas,
BOA SORTE!
90
FILOSOFIA DO DIREITO
91
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Filosofia do Direito
Teste em sub-turma
Parte I
Parte II
Moderna
Duração: 50 minutos
92