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Tiros em Columbine e a triste história americana.

*Roberto Domingos

O direito de ter uma arma é visto como conquista de liberdade individual nos
EUA, está ligado diretamente à fundação do país e garantido na sua Constituição que
dedicou um trecho específico ao tema - a famosa Segunda Emenda, de 1791. O texto
afirma: "Sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia
bem organizada, o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser impedido."

Com esta afirmação como combater a política do terror implementada neste


país desde sua independência?

Como sabemos, o medo é o mais poderoso inimigo da liberdade. Artifício


fortemente experimentado por agentes especializados em tortura física e psicológica
dos regimes militares dos anos sessenta e setenta. É um eficiente instrumento de
manipulação. Se você está diante de uma ameaça à sua vida – mesmo que não seja
real – sua liberdade de escolher, opinar, expressar e pensar, ficam reduzidas. Onde
existe medo a liberdade é ameaçada, se não inteiramente restrita. Como usar uma
arma em defesa da liberdade?

“Tiros em Columbine” nos mostra uma triste e real parte da história americana
que comparada com a queda das torres gêmeas causaram terror e comoção em todos
os cantos do mundo. Mas o que não pode deixar de ser discutido é a forma em que
vive o americano do norte.

Em todos os grandes conflitos mundiais este povo esteve presente, seja como
provocador de guerras ou mesmo como “auxílio” na resolução de conflitos internos de
outros países. O povo estadunidense vive sufocado por uma ânsia de consumo
desenfreado e na busca e defesa de uma oculta liberdade, que a cima de tudo é
considerada como fundamental para sua sobrevivência.

Como foi visto por todos, tudo que é apresentado para o povo americano é
fruto de violência excessiva e força bruta do Estado. As ações de governo para regular
esta violência causa ainda mais violência, e reprime ainda mais o seu povo.

Não podemos apoiar de jeito algum os mais variados massacres nas escolas e
universidades norte-americanas, mas, não podemos simplesmente culpar jovens que
passam grande parte dos seus dias alimentados por essa cultura de medo.

*Estudante do 2º Terno do Curso de Relações Internacionais


IESB-Bauru

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