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DE MEDICAMENTOS
AGOSTO / 2008
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Administração de medicamentos: muito mais
que “um simples serviço de entrega”
Habilidade altamente técnica que exige
conhecimento diversificado, habilidade
analítica, experiência profissional e perícia
clínica
É necessário conhecer: a TERMINOLOGIA dos
medicamentos; as VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
dos agentes; os EFEITOS que os
medicamentos produzem após penetrar no
organismo.
CONHECIMENTO NECESSÁRIO
Para preparar e administrar medicamentos, é preciso considerar “11
saberes” (Figueiredo et al):
Saber quem é o cliente;
Saber quais são suas condições clínicas;
Saber seu diagnóstico;
Saber qual é o medicamento;
Saber as vias;
Saber as doses;
Saber calcular;
Saber as incompatibilidades;
Saber sobre interações medicamentosas, ambientais, pessoais e
alimentares;
Saber sentir para identificar sinais e sintomas de ordem subjetiva;
Saber cuidar.
Para administrar medicamentos,
considerar...
A forma (sólido, líquido, gasoso...)
A via de administração
O momento mais apropriado para a
administração
O armazenamento apropriado
ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS
FÁRMACO
Alterar sintomas DROGA
Substituir substâncias REMÉDIO
Destruir invasores
Administração de medicamentos
Oral
Sublingual
Inalatória
Tópica
Retal
Organismo
Administração de medicamentos
Subcutânea
Intramuscular
Intravenosa
Epidural
Organismo
Processos básicos dos medicamentos
Ação Inicial
Absorção
Distribuição Farmacocinética
Metabolização
Eliminação
Ação Final
Fatores relacionados a concentração da droga
Administração da
Droga Depósitos
teciduais
Compartimento
Plasmático Local de ação
Metabolismo
Excreção
Variações
Variações individuais que afetam as
respostas dos medicamentos
Medicamentos
Peso corporal Patologias
Idade
Fatores Genéticos
Respostas
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
NOMENCLATURA
- Químico – estrutura anatômica e molecular do
medicamento;
- Genérico – versão mais curta e mais simples do
nome químico;
- Comercial (marca registrada ou nome
patenteado) – nome escolhido pela companhia
que vende o medicamento.
PRESCRIÇÃO MÉDICA
Os 5 axiomas
Medicamento certo
Dose certa
Paciente certo
Hora certa
Via de administração certa
MÉTODOS E VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO
Administração tópica
Administração oftálmica, otológica e nasal
Administração respiratória
Administração oral e gástrica
Administração retal e vaginal
Administração intradérmica, subcutânea e
intramuscular
Administração intravenosa
Vias especializadas de administração
ADMINISTRAÇÃO INTRADÉRMICA,
SUBCUTÂNEA E INTRAMUSCULAR
Escolher a seringa e a agulha apropriadas;
considerar a via de administração, tamanho do
paciente e o local mais provável da injeção.
ADMINISTRAÇÃO INTRADÉRMICA
Habitualmente, até 0,5 ml ou menos
Pouca absorção sistêmica
Teste para TB, alérgico, certas vacinas,
anestésico local
Local mais comum: face ventral do antebraço
Ângulo de 10 a 15º.
VIA INTRADÉRMICA
Principalmente: finalidade diagnóstica, testes
para alergias ou tuberculose. Camada da pele
imediatamente abaixo do estrato córneo. Efeitos
locais; pouca absorção sistêmica.
VIA SUBCUTÂNEA
Legenda:
1- Braço direito
2- Braço esquerdo
3- Lado direito do abdômen
4- Lado esquerdo do abdômen
5- Nádega esquerda
6- Nádega direita
7- Região inferior da coxa
direita
8- Região inferior da coxa
esquerda
Disponível em:
http://www.emrede.com.br/ImagesUnbrBrazil/injection_tcm73-
4291.jpg (acessado em 04.05.06)
VIA INTRAMUSCULAR
Suspensões aquosas e soluções oleosas.
Agentes aquosos: até 5 ml em alguns locais.
-Desvantagens: pode precipitar no músculo
(reduzindo sua absorção); pode não haver
absorção adequada em pacientes hipotensos ou
com suprimento sangüíneo precário. Injeção
acidental na corrente sangüínea.
-Pode causar dor e irritação os tecidos locais,
lesionar ossos, puncionar vasos sangüíneos,
lesionar nervos ou fragmentar o tecido
muscular...
ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR
3 a 5 ml
Crianças, idosos e pessoas muito
magras: toleram menos de 2ml
Técnica em Z: deslocar os tecidos antes
de introduzir a agulha
Não massagear após
ADM. INTRAMUSCULAR - LOCAIS
Deltóide
Porção dorsal do glúteo
Porção ventral do glúteo
Vasto lateral
LOCAIS PARA INJEÇÃO IM
Líquidos:
1 mililitro (ml) = 1 centímetro cúbico (cc)
1 decilitro (dl) = 100 mililitros
1.000 mililitros = 1 litro (l)
1 litro (l) = 1/4 volume
1 mililitro (ml) = 1/1000 litro
Sólidos:
1.000 microgramas (mcg) = 1 miligrama (mg)
1.000 miligramas (mg) = 1 grama (g)
1 mg = 1/1000 grama (g)
1.000 gramas = 1 kilograma (kg)
Regras gerais no cálculo de dosagens
V=volume em ml
T= tempo em horas
OU
240 ml – 24 h
X ml - 1 h
X= 240 /24
X= 10 ml / hora
EXERCÍCIOS
1) Calcule o número de gotas/min das seguintes prescrições médicas:
a) 1.000 ml de SG 5% EV em 24 h.
Resolução:
No.gotas/min = V/T x 3
1.000/24 x 3 = 13,8
Aproximadamente 14 gotas/min.
b) 500 ml de SG 5% EV de 6/6 h
Resolução:
No.gotas/min = V/T x 3
500/6 x 3 = 27,7
Aproximadamente 28 gotas/min.
c) SG 5%.......300 ml
SF 0,9%.......100 ml
EV de 12/12 h
Resolução:
No.de gotas/min = V/T x 3
300 + 100/12 x 3 = 11,1
Aproximadamente 11 gotas/min.
2) Calcule o numero de microgotas/minuto, das seguintes prescrições médicas:
a) SG 10% 250 ml EV em 24 h:
Resolução:
Há duas formas. A primeira é pela fórmula:
No. microgotas/min = V/T
250/24 = 10,4
Aproximadamente 10 microgotas/min.
Resolução:
A fórmula para cálculo do número de gotas/min utilizando tempo em minutos é esta:
no.gotas/min= V x 20/no. de min
SG 5%.........400 ml
NaCl 30%......20 ml
KCl 19,1%.....10 ml
Vit.C 10%.....5 ml
Complexo B....2 ml
Resolução:
Utilizando uma das fórmulas já conhecidas anteriormente:
no.gotas/min= V/T x 3
Devemos obter o volume total da solução, somando as quantidades em ml. Substituindo na fórmula:
no.gotas/min = 400+20+10+5+2/ 6 x 3 = 437/18= 24,2
Aproximadamente 24 gotas/min
5) Calcule o número de microgotas/min da seguinte prescrição médica: Penicilina
cristalina 5.000.000 UI EV em 100 ml de SF 0,9%, para correr em 45 minutos [1].
Resolução:
Usando a fórmula:
no.gotas/min= V x 20/no.min
100 x 20/45= 2000/45= 44,4
Aproximadamente 44 gotas/min
20 ml.......6 g
X ml........4,5 g
X = 15 ml
Resolução:
O que temos:
2 g........100 ml
X g........500 ml
X = 10 g
O que temos:
Bicarbonato em pó (1 saquinho = 1 g)
1 saquinho....1 g
X saquinhos..15 g
X = 15 saquinhos
Resolução:
O que temos:
SG5% - 250 ml
5 g.......100 ml
X g.......250 ml X = 12,5 g
O que precisamos:
SG10% - 250 ml
10 g......100 ml
X g.......250 ml
X = 25 g
Tenho 12,5 g, então vou precisar incluir mais 12,5 g para completar 25 g que é o que
eu preciso. Usando ampolas de glicose:
Resolução:
10 g.......20 ml
12,5 g.....X ml
X = 25 ml
a) Tienam (imipenem) 250 mg EV 6/6h. Temos fr/amp 500 mg. Diluir em 20 ml.
Resolução:
Precisaremos diluir o medicamento, pois há somente o soluto (pó liofilizado).
Fazendo uma regra de três obtemos os valores. Temos no frasco/ampola:
500 mg.........20 ml
250 mg.........X
X = 250 mg . 20 ml / 500 mg
X = 10 ml
Devemos administrar 10 ml da solução de Tienam (imipenem).
b) Calciferol ¼ de amp IM. Temos ampolas de 1 ml(15 mg/ml). Rediluir em 1 ml(volume total = 2 ml)
Resolução:
¼ de ampola equivale a 0,25 % da ampola, o que seria:
0,25 x 15 = 3,75 mg. Logo:
c) Arovit (palmitato de retinol) ¼ de amp IM. Temos ampolas de 1 ml (300.000 UI / ml). Rediluir em 1
ml (volume total = 2 ml)
Resolução:
¼ de ampola equivale a 0,25 da ampola. Então:
0,25 x 300.000 = 75.000 UI
Temos:
Resolução:
Temos:
50 mg.......5 ml (1 ml da ampola + 4 ml da rediluição = 5 ml)
11 mg.......X ml
X = 1,1 ml Administrar 1,1 ml da rediluição de Hidantal (hidantoína).
e) Digoxina - 30 microgramas (30 µg) EV de 8/8h. Temos ampolas de 0,5 mg/2 ml. Rediluir em 3 ml (volume
total = 5 ml)
Resolução:
Temos de transformar 30 microgramas em miligramas:
1 mg........1000 µg
X mg........30 µg X = 0,030 mg
Então:
0,5 mg.........5 ml(2 ml da ampola + 3 ml da rediluição = 5 ml)
0,030 mg.......X ml
X = 0,3 ml Devemos administrar 0,3 ml da solução de Digoxina.
f) Devemos administrar 250 mg de Novamin (amicacina) IM de 12/12 horas. Temos
na clínica ampolas de 2 ml com 500 mg. Quantos ml devemos administrar [1]?
Resolução:
Resolução:
Iremos utilizar apenas uma parte da ampola. Como o volume total da ampola é de
1 ml, dividindo-na por 4, cada parte corresponderá a 0,25 ml. Acrescentaremos 1
ml de AD, resultando em um volume total de 2 ml. Dividindo-o por 4, cada parte
será de 0,5 ml.
33,3 x 3 = 99 microgotas/min
Resolução:
O frasco-ampola tem 1 g (ou 1000 mg). Fazendo a regra de três:
1000 mg.........10 ml
120 mg..........X ml
X = 1,2 ml
Devemos administrar 0,5 ml da solução de Mefoxin (cefoxitina) em uma bureta com 3 ml de SG5%.
c) Novamin (amicacina)- 9 mg e SG5%- 5 ml, EV de 12/12h. Temos ampolas de 100
mg/2 ml. Rediluir em 8 ml AD.
Resolução:
A quantidade prescrita é muito pequena, o que dificulta sua administração. Por isso, para
garantir a administração da quantidade correta, devemos rediluir, ou seja, aspirar a ampola
inteira e acrescentar mais água destilada, para aumentar o volume e facilitar o cálculo.
Para evitar arredondar e administrar uma dose exata, procure utilizar números que não
resultem em dízimas na regra de três.
Portanto X = 1 ml
Observação: Se for administrar esta solução via EV, pode-se colocar uma
quantidade maior de diluente, mas há restrições se a via for IM ou SC.
NÃO PARE NO TEMPO...