Você está na página 1de 14
5, “ Fe JONIORS is seus visi Rio de Janeiro e Niterdi 1+ rants we eee Apresentacao Gracas dedicacdo, @ generosidade e a inteligéncia de um expressive grupo de pesquisadores, trabalhadores, simpatizantes e freqdentadores do campo museal © Observatorio de Museus e Centros Culturais saiu da esfera dos projetos Impossiveis, penetrou no universo das possibilidades e ganhou sensivel corporeidade. Esta é a razao do entusiasmo com a parceria firmada entre 0 Departamento de Museus ¢ Centros Culturais/IPHAN € 0 Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz/FIOCRUZ. Parceria fértil e generosa que desde a sua celebracao esteve aberta e interessada em ampliar o leque de parceiros, o que j@ acontece com a perticipacéo da Escola Nacional de Giéncias Estatisticas (ENCE}, do Museu de Astronomia e Ci8ncias Afins (RU) & da Superintendéncia de Museus de Minas Gerais. Atualmente, © Observatorio conta com a adeséo de diversas instituicdes museais brasileiras o que amplia a possibilidade de conhecimento e de analise do perfil e das opiniées dos seus diversos pUblicos. A publicacao do primeiro Boletim do Observatorio de Museus e Centro Culturais, que apresenta os primeiros resultados da andlise do publica de onze museus localizados no. Este € 0 primeiro numero do Boletim, Estado de Rio de Janeiro, € a materializacdo de um trabalho velculo de comunicagéo periédica do realizado com paciéncia © determinacio. Um trabelho de Observatorio de Museus e Centros fOlego longo e que esta apenas no inicio, mas que ja no Culturais (OMCQ). Visa apresentar, de forma inicio da uma demonstracéo da sua importancia. objetiva, 0s principals resultados obtidas em estudos realzados no amito do OMCC 0s dados aqui apresentados sdo fundamentals para Uma sintese dos resultados da Pesquisa Perf professores, pesquisadores, estudantes, gestores culturais Opinigo, realizada junta a 11 museus do Rio de Que atuam no campo dos museus e da museologia e, Janeiro, ¢ 0 foco desta primeira edicéo le modo mais amplo, para os que trabalham com politieas pUblices de cultura, Este projetopiloto foi da © Observatorio de Museus Centros Culturais maior importéncia, pois permitiu © aprimoramento (OMCC) € um programa de pesquisa e servigos sobre da metodologia aplicada © chou as condicdes os museus ¢instituicées afins. Exe programa prope a necessarias para © trabalho em outros estados e criacéo de um sistema, em rede, de producéo, reuniéo Pesinrasy eect Geert bier eserininvoses compartilhamento de dados e conhecimentos diversos Pesquisa uma abrangncia nacionalefuturamente sobre os museus em sua relac3o com a sociedade. Reune Se eee eee red insttuigées cultures variagas, promavend intercambio enfoques metodolégicos. O Observatério de entre museus de arte, de citncia, © demais classificacdes ‘Museus e Centros Culturais ¢ uma realidade. ‘tematicas do campo cultural Vida longa para ele, € 0 nosso voto. © OMCC conta, em 2006, com a adesio José do Nascimento Jinior © participacao de 27 museus. Subsidiar a elaboracao € a avaliagao de politicas publicas nos campos da cultura e afins; 2. Subsidiar a pratica profissional; 3. Subsidiar a pesquisa; 4. Promover um espaco de diiscussao das Pesquisas ¢ estucos sobre o museu, voltado para o visitante e nao-visitante, ampliando @. ambito do debate sobre a instituicao para toda a sociedade. feet «Cores taeuan * 2 Pesquisa Perfil - Opiniao 2005 A Pesquisa Perfil-Opiniao, pesquisa quantitativa piloto, foi realizada em 11 museus no Rio de Janeiro, durante os meses de junho, julho e agosto de 2005, Seré repetida em outres instituigdes museais de forma eriddice. Visa identificar os process0s © os contextos promotores de acesso aos MUseUS, para os variados segmentos sociais. Desta forma, espera-se que a pesquisa posse contribuir pare a refiexéo sobre o papel atual dos museus na sociedad e para a compreenso. de fatores e situacées determinantes de experiéncias culturalmente inclusivas objetivos 1 —Tracar 0 perfil dos visktantes em cada um dos ‘museus investigados; 2 - Identificar diferentes modalidades de visita, em cada uma das instituigdes e entre elas, Procedimentas metodologicos Foi realizada uma enquete do tipo survey utilizando um questionario com questées fechades ou semi- abertas, preenchido pelo visitante, selecionado a0 caso, a0 final da visita. 0 questionario foi organizado em 4 blocos: circunstancias e antecedentes da visita; opiniao sobre es servicos oferecidas nos museus; Quadro 1 Instituicoes participantes da Pesquisa Perfi habito de visitas museus ¢ instituicdes afins e perfil socioeconémico do visitante. A pesquise interrogou fo visitante com 15 au mais anos de idade, em situacdo de visita a um museu, ndo perticipante de visites organizedas, pagante ou néo-pagante. Nao foram considerados na pesquisa Os grupos escolares com visita agendada, independente da idade e série escolar freqientada Trata da prética real de visita, 20 contrétio das pesquisas domiciiares ou situagées diversas onde a visita ao museu é informada, constituindo pratica declarada. A selecéo. dos informantes foi realizada, de forma alestoria, por meio do uso do procedimento de selecdo sistematica (amostragem sistematica). amostra em cada instituicdo foi dimensionada, de forma independente, para fornecer um efro maximo absoluto no valor de 5% na estimaco de uma roporcéo cle algum etributo de interesse do visitante de cada instituicéo, com grau de confianga de 95%. Mo Quedro 1 apresentada 2 relacio de museus Considerados no estudo, suas principais caracteristicas € 0 quantitative de questionérios/entrevistas realizadas. A construcio do Protocolo de Pesquisa inspirou-se na experiencia do Observatoire Permanent des Publics, do avaliador frances Lucien Mironer. Opiniao 2005 e ninero de entrevistas real izadas. rtm RSS a Historia, INCAER/Comando da owen Reere@red (ul) 1973 ceenica, cfencia —-seronsutica/tO ee Doe Rus a Uae i ‘sal Arte FUNARJ/SEC ‘16h us ane SH Ntersh * ES Rae SD 1930 Historia MING 384 EES a 1922 Histérta, TPHAN 293, Hist6ria Natural (MN) 2818 historia natural uae aa 1965/1879 |_—Histeria Funana/see 37 PAF aca CU Se Ciencia ee = ves | ines rere 8 rou Fonte: Cacertre preeveniea geler museus partcfpantes do Oosarvaterio Becquica Perfiledoinido 2005, ONC eevee Quem visita os museus? 1 — Sexo; Pode variar, segundo o museu © pubblico de visitantes dos museus consideracios no estudo é predominantemente do sexo feminino, conforma indicado no Gratico 1 A distribuico amostral dos visitantes entrevistados nos museus, segundo © sexo, Gratico 2, reflete o comportamento observado para a populacao residente na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, conferme indicam os resultados obtidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domictlis - PNAD/2004. Todavia, alguns museus s30 mais visitados por mulheres, coma o Museu da Vida (75%) 20 Museu Casa de Rui Barbosa (66%), enquanto que-a presenca masculina prevelece dentre os visitantes do Museu Aeroespacial (68%). 2 - Adultos e jovens de cor branca @ maioria entre os visitantes dos museus investigados A populacdo de visitantes dos museus ¢ composta, principalmente, por aduitos, fa faixa entre 30 © 39 anos (26,4%) e 40 4 49 anos (22,37), conforme indicam (5 resultados apresentados no Grético 3. Os jovens, na faixa dos 15 40 29 anos, representam 36,6% dos visitantes cam distribuicao homogenea nas faixas de 15 a 19 (119%); 20 a 24 (12,79) @ 25 a 29 anos (12,9t5). Nota-se a presenca, ainda discreta, de visitantes com idade superior a 50 anos (14,78), considerando a soma dos percentuais observados nas feixas, 50 @ 59 60 anos ou mais, valor inferior ao observado na populacéo resicente na Regiao Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo dacios da PNAD/2004, 57% cla populacéo residente na Regido Metropolitana do Rio de Janeiro deciara-se cle cor branca. Nos museus, a presenca de brancos ¢ ainda maior: 67,4% dos visitantes declararam-ce de cor branca, conforme indlicam os dados apresentados no Grafico 4. 0 Museu do Indio (52,7%), 0 Museu de Astronomia Ciencias Afins (48%) e 0 Museu da Vida (462%) s80 aqueles que recebem maior proporcao de visitantes nao brancos. Quanto aa estada civil ou @ situacao conjugal, cerca'da metade dos visitantes dos Museus participantes da pesquisa (47%) declara-se casado ou vivendo em uniao estavel as venti prceen cs vistas ste BE resetine ] eesiice ST On ONS om Wen mr nme te tis bone cr Cltnin > 3 = Um pUblico altamente es colarizado 0s visitantes dos museus possuem nivel de escolaridade bastante elevade. Conforme Indicam os resultados no Grafico 5, 47,5% deciararam ter concluido 0 ensino superior. Cabe lembrar que o nivel médio de anos de estudo da populacio da Regigo Metropolitana do Rio de Janeiro & de 8,3 anos, correspondendo ao ensino fundamental Nos museus consiceracios no estudo, 0 maior percentual de visitantes com nivel de escolaridade até o ensino fundemental é de 6,6% mo Museu Aeroespacial. Por outro lado, (© maior percentual de visitantes que cursaram © ensino superior se encontra no Museu do Universo-Planetario da Cidade (61,3%I, seguido pelos Museus de Arte: Museu de Arte Contemporanea de Niterdi (57,3%) e Museu Ant6nio Parreiras (54,45) 4 ~ Ocupacao e Renda Media Domiciliary Museus: um programa de baixo custo que atrai os ativos mais abastados. Tres quartos dos visitantes dos museus considerados no estude deciararam exercer atividede remunerada, Dentre estes, 62,4% so empregadios do setor publico ou privado, 13,5% 30 eutonomos ou trabelhadores or conta propria € 10,2% sdo profissionais liberals, conforme indicam os resultados apresentado no Grafico 6. Os bolsistas ou estagiérios remunerados (5,7%), assim como 0s empresarios (5,5%), esto pouco presentes, nos museus consideradlos no estudo, Dentre aquetes que declararam néo exetcer atividade remunerada, mais da metade (53,434) estuda. Os aposentados € pensionistas constituem um pubblico potencial que merece maior atencao (17,9%). [Boretas price ee = nyse DR 27 1282 nda mensal domiciian, Grafico 7, cerca da route yeetisl @= meade dos visitantes (48,896) participantes da pesquisa declarou renda domiciar mensal superior a RS2.000,00. Na egiéo Metropolitana do Rio de Janeiro apenas 7,2% das famlias informaram renda mensal superior 4 R$2.000,00. Por outro lado, 59, 1% da populagéo residente na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro declararam renda familar porecten! atte reais peter mena ane RSAC oo Note-se, entretanto, que arenda deciarada varia segundo 0 museu visitado, O Museu da Vida (20,9%) 20 Museu de Astronomia e Ciencias Afins (15,2%) s0 aqueles {que mais receberam visitantes com renda domiciliar mensal ‘até R$500,00, enquanto que o Museu do Universo Planetario da Cidade e 0 Museu de Arte Contemporanea de Niterdi registraram os percentuais mais elevados de visitantes com renda domiciliar mensal acima see son rete sauna vents Toss Fatt came resie Sota de RS2.000,00, respectivamente [Bhtesss Cjrwe sone - ye 64,8% © 57,58 5 - Local de residéncia A visita de proximidade € parcela importante da bilheteria dos museus 0s visitantes resiciem em sua maior parte no municipio do Rio de Janeiro. O local de residencia deciarado pelo Visitante foi agrupado por Area de Planejamento, conforme resultados apresentados no cartograma 8 seguir, ena Tabela 1, onde s80 apresentadas as trés Areas de Planejamento com maior acorréncia de visitantes ali residentes, [pasa Baws Di sso a Mins ae Na AP2, correspondente as regides administrativas de Botafogo, Copacabana, Lagoa, Vila Isabel, Tjuca e Rocinha reside 38,3% dos visitantes dos museus e 30,4% na AP3 que integra as regides administrativas de Ramos, Penha, nhauma, Meier, Iraj, Madureira, ha do Governador, Anchieta e Pavuna, ewan tonite + 6 Tabela 1: Distribuicao percentual dos visitantes residentes no municipio do Rie de Janeiro, por Area de Planejanento (AP), segundo os museus considerados no estudo* Parana aP2 AP3 apa. AP; te 60.3% 5 1328 20% al. 5 - 79.5% 10.3% 1 - 1.8% 18.65 | 16,58 687s 19.3% | 17.8 - 32.8% 1 ae - - 21.5% 8,28 ee ee eee ee eee Fonte: Pesquisa Parfil-Opinide 2008, CHC E importante sinalizar que os visitantes tendem a freqdentar museus mais préximos de seu local de residéncia. (Os moradores da AP3 sdo encontrados em maior niimero no Museu da Vida (50%), no Museu de Astronomia e Ciencias Afins (41%) e no Museu Aeroespacial. (38%). No caso: deste museu, situado na zona oeste da cidade, observa-se quase a auséncia (2%) de visitantes da AP2 sende a APS (Bangu, Campo Grande, Santa Cruz, Guaratiba e Realengo) o segundo local de procedéncia dos visitantes (31%), 6 — Fontes de informagao: 0 "Boca a Boca" é a principal fonte de informacdo sobre os museus! Com relagdo as fontes de conhecimento sobre o museu, os visitantes podiam citar varias respostas. No geral, as fontes mais citadas (53,3%) foram aquelas referentes a recomendacao de autres pessoas, conforme indicam os resultados apresentados no Grafico 8. Em seguida ficaram as midias de comunicacao de massa, como a TV ou cs jomais e revistas (33,9%%). Foi registrado um percentual de 19% de declaracdes referentes & descoberta do museu ao passar em frente do. masmo (a pé ou de automével. Entre os 11_museus participantes da pescuise, a fonte de informacso mais cada varou: no Pan Museu de Arce Contemporanea, aTV foi a sicariiee presen ia fonte mais citada (43.59%), seguidia das midis impressas (34,3%). No Museu de Astronomia ies in Ciencias Afins (33,3%) eno Museu da Vida . (29,126), a recomendacio de professores foi 2 principal fonte. No Museu Nacional (33%) a recomendacao de familiares prevaleceu, eno Museu Aeroespacial (26 2%) foi a recomendacéo dos amigos. Cabe notar que no Museu do Primeiro Reinado (36,9%) eno Museu Histsrico Nacional (352%) mais de um terco dos visitantes declarou ter descoberto o museu 20 passar em frente da instiuicdo, de carro, ou @ pe. O Museu Aeroespacial apresenta 0 menor percentuel le recomendacées feitas por professores (8%). No Museu do Indio, a recomendacéo de familiares (12,67) e a recomendacéo de professores (9.5%) expressam valores baixos se comparados com os demais e, em especial, com © Museu Nacional de Historia Natural onde a recomendacao familar foi citada por 33% dos visitantes e a recomendacdo de professores por 29,4%. Cabe lembrar que foram aplicados apenas 95 questionérios no Museu do Indio Da eetein 01 amase Pawn 7 - Para a maioria, & a primeira vez, Giouams itis so nates ets primis vez. A maloria dos visitantes (64,4%) declarou ser a sua primeira Visita aquele museu, conforme indicam os resultados apresentados no Gratfico 9 a © percentual de primeira visita varia, entre os museus consiclerados no estudo, conforme indicado no Grafica 10: no Museu Casa de Rui Barbosa, a taxa chega a 84,4% de novos visitantes enquante que no Museu Nacional © resultado se inverte: 64,8% dos visitantes ja 0 haviam Visitado. Pesquisas anteriores, no Brasil e em outros paises, também encontraram a prevaléncia de novos visitantes| nos museus, sugerinco uma relagao motivada pelo prazer oe da novidade, pela “curiosidade", afeita 8s descobertas e & abertura cultural 8 — Ha quanto tempo conhece este museu? A grande maioria dos visitantes entrevistadios nos museus considerados no estudo conhecia o museu ha mais de lum ano (70%), comforme indicam os resultados apresentados na Tabela 2. Dentre os 11 museus participantes do estudo, seis receberam mais de 50% de visitantes com conhecimento prévio do museu superior ha mais de cinco anos. Esta notoriedade antige varia envre 05 museus. Q Museu Nacional é conhecido hé mais de cinco anos por £82,6% dos seus visitantes, seguido pelo Museu do Universo - Planetario da Cidade com 74%. O Museu do Indio (17,686), seguido pelo Museu da Vida (32,3%) e o Museu de Astronomia e Ciencias Afins (33,284) so aqueles com menor percentual de visitantes que declarou conhecer 0 museu ha mais de cinco anos. Tabela 2 - Distribuicto percentual dos visitantes, para tenpo de conhecinento da existéncia do mseu, segundo 0s suseus considerados no estudo. foe Ate um mes Ha mais de 5 anos 2a,1% 32,38 22.9% 33.2% 23,08 17.6% 28,38 221% 12,78 7408 9.7% 82,6: 26.9% 456% a of oa Ca 15.6% 58,88 16.5% 60.8% a a interesse em identificar ha quanto tempo uma instituicao ¢ conhecida pelos seus visitantes se refere & compreenséo da relacao entre notoriedade e prética de visita. Por outro lado, os museus fazem parte da vida das cidades onde se situam e a notoriedade indica o conhecimento dos habitantes sobre © museu antes mesmo de te-0 visitadio, merits nen «Cure Caters * 8 9 - Visitas em fantlia para matar a curiosidade e conhecer (Quando interrogados sobre os ‘motivos para a visita, 73,7% dos Visitantes declararam que visitavam para conhecer 0 museu, conforme indicam os resultados apresentados no Gréfico 11. Alargaros horizontes, conhecer coisas novas (64,924), foi o segundo motivo mais citado, seguido pelo Interesse pelos assuntos expostos (62,125). Cabe ainda sinalizar que para 60,5% dos visitartes a Dwversao contou entre os motivos para a visite fe que 43,3% visitaram tambem para Acompanher outras pessoas, (0s motivos nara a vista também variaram conforme a instituicdo. Por exemplo, a diversao foi mais esperada entre os vistantes do Museu ddo Universo - Planetaro da Cidade (76,625) e menos presente junto Squsles do Museu de Astronomia © Ciencias Afins (50,5%) e do Museu do Primeiro Reinado (51,496). Os visitantes declararam mais de um motivo paraa visita, ndicando que a salda ao museu resulta de interesses diversificados 10 - Os visitantes vam acompanhados Poucos deciararam vietar zozinho (13,59) indicando que a visita a ‘museus é uma pratica de sociebilidade, conforme mostram os resultados apresentados nos Graficos 12 13. ‘Apenas tres museus entre 05 participantes da pesquisa ‘apresentaram mais de 20% de visitas desacompanhadas: 0 Museu do Indio (42,194), © Museu Antonio Parreiras (22/524) € 0 Museu do Primeiro Reinado (21,2%6), seguidos pelo Museu Casa de Rui Barbosa (19,6%). Cabe lembrar que foram apicados apenas 95 questionarios no Museu do Incl. = saci see afoul 11 — Um programa em famttia... Entre aqueles que néo visitaram sozinhos, 43,6% o fizeram exclusivamente com os familiares, conforme indicam os resultados no Grafico 13. Ja 26,6% visitaram apenas na ‘companhia de amigos ou namorados. Um outro {grupo visitou em conjunto com familiares € amigos e ainda 11,4% chegaram aos museus fem grupos organizados. Nota-se, 20 considerar as Visitas exclusivamente em familia e aquelas mesclando familiares e amigos, que 6195 das visitas acontecem em familia. O contexto social da salda ao museu varia entre as nstituigées = ‘© Museu Nacional e 0 Museu do Universo sa0 (05 mais visitados por grupos exclusivamente ‘atribegio prcntat os vsitantes, familiares, enquanto que no Museu da Vide oe Somes ‘grande parte dos visitantes declarou vir em ‘grupo organizado (42,3%). As visitas entre amigos foram mais citadas no Museu do Primeiro Reinado (41,39), a 12 — Avaliacao dos servicos oferecidos me nos museus — breve comentario geral A ayaliacio geral dos museus, segundo os Termin ‘Taille emige,’ Gecte ipa * Gee opine’ vistantes entrevistados, indica que os servicos ed ed Coferecidos sé0, no minimo, considerados bons fem todos os museus participantes do estudo. O indice iqual ou superior atrés (03) foi definido como bom, sendo que dois (02) foi definido ‘como regular e quatro (04) como étimo. No Grafico 14, estdo representadas as notas médias atribuldas aas museus considerados no estudo. 0s servigos avaliados pela pesquisa foram: a sinalizacso (orientacao de entrada, sada, banheiros...} conforto (banheiro disponivel, ‘uarda-volumes, bebedouros, temperature nas salas, etc); conservaco e manutencéo (dos equipamentos, dos abjetos expostes...}; limpeza; iluminacso, seguranca; informacées & ‘explicacées disponiveis (painéis, textos, audio- uias, mes, etc); acolhimento (recepcionista, monitor, quarda, Guia). 13 - Fatores que dificultam a visita: Pouca divulgacdo e violéncia urbana afastam os visitantes dos museus... 0s visitantes participantes da pesquisa foram entaticas ao afirmar que a falta de divulgacéo é um fator que dlificuite a visita aos museus (72,4). O segundo motive mais citado foi a violencia urbane (53,394). Custos da visita - transporte e alimentacdo - (39,9%) e difiuldade de transporte (38,6%) foram mencionados por cerca de 40% dos visitantes, conforme indicado no Gratico 15. (Os motivos apresentados diferem segundo 0 tipo de museu. Os custos de uma visita foram mais citados no ‘Museu da Vida (50,48), no Museu do Indio (47,324) e no Museu de Astronomia e Ciencias Afins (43,95), tanto ‘nos pagantes como naqueles que nSo cobram ingresso. A falta de divulgacao foi mais declarada no Museu do Primeiro Reinado (78,9%), no Museu de Astronomia e Ciencias Afins (76,8%) © no Museu Aeroespacial (749%), fenguanto que, entre os vsitantes do Museu do Universo-Planetario da Cidade (43,5%) e do Museu de Arte Contemporanea (42,4%%), a dificuldade de estacionamento se fez mais presente que nos demais. onraive dota ire ceenss * 10 14 — Tempo de duracao da visita Pode-se dizer que a maioria das visitas (64,47) declaradas durou entre meia hora @ duas horas. No entanto, cabe sinalizar que poucas visitas dureram menos de 30 minutos (15,2%) @ que a maior parte das visitas durou entre 30 © 60 minutos (36,3%). Também foram menos frequentes, as visitas consideradas longas, de mais de 2 horas, tendo sido registrado apenas 204% Estas foram mais freqiientes nos Museus de Ciencia, nos quais 39% dos visitantes deciararam ter pessado mais de 2 horas no museu. Dentre 05 Museus de Ciencia, o Museu da Vida lidera © ranking das visitas muito longas, com 64,75. 15 - Quase todos pensam em retornar para uma préxima visita, nos proxinos 12 meses... A grande maioria dos visitantes, 81,8%, declarou Intenco em retornar 2quele museu nos prox mos doze meses, Voltar ao museu para mostrar a Instituigao a outra pessoa, foi motive parithado or 74,9% dos visitantes, conforme indicacio no Grafico 16. Rever o que mais gostou, assistir a um espetéculo, participar de atividade e complementar ou ‘aprofundr ume visita sd motives considerados por um pouco mais de 60% dos visitantes. Trazer 095 filhos € um bom motive de retorno para 45 3% © uma visita estudiosa, para pesquisar, podera trazer 42% de visitantes de volta ao museu nos proximos doze meses &2 Os museus e seus publicos... 0s achaclos da pesquisa Piloto Perfil-Opiniéo 2005 sugerem que apesar de confirmarem-se algumas tendéncias classicas do perfil das visitantes dos museus, relacionadas a0 nivel de escolaridade e renda deste grupo, encontrou-se diferencas, ainda ue sutis, entre o perfil dos visitantes segundo os diversos museus participantes do estudo © entre alguns dos aspectos da forma de visita e dos motivos, percepcdes e intencdes deciaradas. Semethancas eciferencas no perfil eno comportamento dos vistantes neste estudo diferiram entre (05 mUSEUS por motives distintos, no excludentes, a saber: distanclamento ou proximidade do vsitante com © campo culturaltemético do museu, localizacéo da instituicSo ~ a cidade € socialmente segmentada a localizacéo da instituicéo implica na proximidade fisica a determinado grupo social, projeto museogrstico, Sservigns e estratégias de mediacBo cultural, relagdo do museu com o sistema de ensino formal, estratégias € investimentos na divulgacao. Os resultados aqui apresentados contribuem para a compreenséo da dinamica de acesso aos museus e revelam @ necessidade de pesquisas continues, tanto quantitativas como quelitatives que ajudem a compreender a complexidacle dos processos sociais da apropriacao da cultura, Informacoes e contato: observatoriodemuseus@Tiocruz.br LA ~ sce a ty ane 88 connate eons etree * 12 = v2 ee ‘Museu da Vida, Casa de Oswaldo Cruz (FOCRUZIMS) eee ee Centros Culturais (IRHAN/MINC) ‘Museu da Vida, Casa de Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/MS) Museu de Astronomia e Cigncias Afins (MAST/MCT) en eee ne ees) er ears loool ered ee) Cee ee Ee een ea nearness area t) eee Coe et ty eee een ee ey esti em desenvolvimento eet eos Oe) Preto See ee ed ee ee nag (eee eee Ce eC ney LOE fees ‘Museu de Mineralogia prof. Djalma Guimarges MG Museu de Histéria Natural ¢ Jardim Botanica -MG rere ee ec a ee ee eS ee ee ec Cee eee eee ee reno acl eee dados da pesquisa Piloto Perfi-Opinifo 2005. eee eens eee Sibete Cazeli;José Matias de Lima. ‘Apoio Técnico: Peer pega teed Bacharelado em Estatstica da ENCE) enue eee ee Peet terete tory Carlos Coimbra (pesquiador do ee ene ee Oe Deere eect oc area od ae eens cP TA esd P HAN Eel @ Poier Cont rhriy MUSEU DE ASTRONOMIA,

Você também pode gostar