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PUC/SP
SÃO PAULO
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2010
SÃO PAULO
2010
SUMÁRIO
1. Problema .................................................................................................... 04
2. Objetivos .................................................................................................... 04
2.1 Geral ....................................................................................................... 04
2.2 Específicos .................................................................................................... 04
3. Justificativa ................................................................................................... 05
Problema
Objetivo Geral
Objetivos específicos
Justificativa
que pudesse vir a ser trabalhada em conjunto com a grade curricular do curso
superior de Letras. Desta maneira busco desenvolver a podução oral de maneira
efetiva para se comunicar e interagir em inglês de forma autônoma. E
consequentemente tentar, ao se formar professores mais capacitados, gerar
profissionais que ingressariam no mercado de trabalho, em especial o ensino
público, capazes de dominar todas as habilidades linguísticas, de reconhecer as
suas aplicabilidades, estabelecendo sua relevância e não persistiriam e enfatizarem
apenas na habilidade leitora, abrindo assim espaço para a comunicação verbal.
Marco Teórico
Creio que uma interação social efetiva se dá por meio da comunicação verbal.
Bakhtin alega que a verdadeira substância da língua constitui-se pelo fenômeno
social da interação social (BAKHTIN, 1981, p. 123, grifo do autor apud ROLA, 2006
p. 59).
Nós enquanto seres nos socializamos e entendo por socialização o ato de interação
de dois ou mais indivíduos. Apenas um contato físico não é suficiente para que
ocorra uma troca de informações e/ou mensagens, amplamente observado pelas
diversas áreas de conhecimento como a Antropologia, a Linguística Aplicada e a
Psicologia Social. Existe um complexo mecanismo de interação e essa interação se
dá largamente por meio de nossa habilidade oral. Temos um indivíduo falante que
emite um determinado código de sons que é decifrado pelo indivíduo ouvinte, que
por sua vez identifica, interpreta e analisa os sons para também emitir um
determinado grupo de sons em resposta. Criando um ciclo de infinitas possibilidades
de troca de conhecimento e informações.
Desde primórdios, enquanto seres estruturados dentro de uma dada sociedade,
temos necessidade da comunicação oral. Como raça a partir de grunhidos,
evoluímos a um sistema eladorado de sons capazes de transmitir mensagens e
conhecimento. A escrita foi no início privilégio de poucos. Um número reduzido da
população sabia escrever e ler. No entanto, o ato de falar sempre foi um bem
comum a todos. Muito conhecimento é passado de geração em geração pelo ato da
fala até os dias atuais. Nós chegamos na escola com uma série de conhecimentos
transmitidos por aqueles com quem interagimos. Aprendemos um apanhado de
estruturas linguísticas e códigos de comportamento que nos permitem interagir um
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com o outro (Hymes, 1986 apud Silvestre, 2007, p. 3). Salvo aqueles portadores de
alguma deficiência, somos capazes de nos expressar verbalmente. Mesmo que
incapazes de criar sentenças gramaticamente corretas a mensagem na habilidade
oral é em sua grande parte capaz de ser interpretada. A habilidade oral ocorre em
situações que envolvem contexto, sujeitos e linguagem corporal, que contribuem e
muito para a sua interpretação. A fala promove interação social e a interação social
promove a fala. No entanto, no que tange ao ensino de línguas estrangeiras no país
privilegia-se, por uma série de fatores e crenças, o ensino voltado à leitura e a
aplicação exaustiva da gramática normativa.
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs, 2001) para o curso de Letras
estabelecem que o educando deve ter domínio oral da língua materna e da língua
estrangeira na qual pretende lecionar e que as instituições de ensino superior (IES)
devem oferecer os subisídios necessários para que todas as habilidades sejam
desenvolvidas de modo a estes profissionais exercerem suas funções no mercado
de tabalho no ensino de LEs. Os PCNs (2000) juntamente com as Propostas
Curriculares da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE, 1988)
apontam para a importância do desenvolvimento da habilidade oral como
instrumento integrador do educando. Todavia mais recentemente, as Propostas
Curriculares do Estado de São Paulo (2006) e as Orientações Curriculares da
Prefeitura de São Paulo (2008) privilegiam e enforçam a necessidade das
habilidades leitora e de escrita, embasando-se no fato de que a comunicação hoje
em dias ultrapassou o domínio oral e que pelas tecnologias atuais (i.e. internet) a
leitura da LI propicia autonomia na busca de conhecimentos pelos educandos.
Esta ênfase na necessidade da leitura em LEs esta sendo amplamente apontada por
estudos recentes como as de Santos (2009), Silveira (2007), Rola (2006), Paiva
(2003) - leitura entendida como capacidade de compreender e interpretar um texto -
de seus benefícios, da sua relevância e como estimulá-la em sala de aula (PCNs,
2000). Contudo esquecemos que para estimular o aluno à leitura falarei de sua
necessidade, apontando para o que pode lhe proporcionar, questionarei o seu
entendimento, a sua “leitura” do texto e mundo e o instigarei a verbalizar a sua
opinião. E isto tudo é feito pela comunicação verbal. E apesar da linguagem falada
ser a primeira forma de interação social que conhecemos, é esta mentalidade de
necessidade da compreeensão leitora que foi adotada no ensino da língua
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É interessante notar que apontam para atividades de produção oral para concretizar
o aprendizado, no entanto ao analisar o currículo proposto, um se depara com a
ausência de procedimentos metodológicos que incitem a fala. Todas as atividades
estão voltadas às habilidades leitora e escrita. Não pretendo discordar aqui do
conteúdo sugerido pela proposta mas apenas à falta de atividades voltadas à
habilidade oral, pois mesmo o conteúdo sugerido poderia ser trabalhado dentro de
uma abordagem comunicativa. Isto me leva a deduzir que apesar das mudanças e
das leis citadas irá ainda perdurar um ensino voltado à leitura e ao aprendizado de
gramática normativa no ensino da LI no país. Muita coisa não mudou pois
continuamos sem profissionais capacitados e muito menos sem uma grade curricular
nos cursos superior de Letras que vise o desenvolvimento da habilidade oral. O
ensino das LIs continuam ineficientes fomentando a deslocação para cursos livres
de idiomas perpetuando-se até hoje um ciclo iniciado na década de 60 (Santos,
2009).
Contudo a minha preocupação com o domínio oral da LI dos futuros professores de
inglês me faz questionar quanto a possibilidade de desenvolver a oralidade dentro
da atual grade curricular para o curso de Letras (CNE, 2001). Penso que, apesar da
baixa carga horária destinada a disciplina do inglês nos cursos superiores de Letras
ser um fator contribuinte, não é de todo inadministrável. Acredito que o problema
maior esta na formação dos professores ao privilegiar a leitura e a escrita, enquanto
a produção oral fica negligenciada. Pelo fato de uma grande maioria dos educandos
chegarem ao Ensino Superior incapazes de produzir oralmente em LI, - apesar de
contar com alguns alunos na turma que tenham feito curso particular em inglês e
poderiam até vir a acompanhar as aulas ministradas em inlgês - as aulas retomam
novamente conceitos básicos, aplicação de regras gramaticais com exercícios para
avaliar sua assimilação e leituras de textos, cujo trabalho consiste em definição de
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1
Escrito por Luke Meddings e publicado no jornal britânico online guardian.co.uk em março de 2004.
2
Professor Assistente dos Estudos da Língua Inglesa na New School de Nova York.
3
A palavra “dogme” é em dinamarquês e quer dizer dogma
4
Tradução da autora
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5
título traduzido na íntegra pela autora - por se tratar de publicação recente ainda não foi traduzido para o
português.
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país. Como o fizeram muitos países da Europa que têm a língua inglesa e/ou
francesa como segunda língua. Aqui poderiamos ter tanto o espanhol como o inglês.
Esta noção que talvez soasse absurda pode no futuro vir a ser levada em conta.
A carência na habilidade oral da língua inglesa existe. Há a necessidade de buscar
técnicas que pudessem trazer resultados eficazes. Apontada a necessidade e a
relevância, cientes da defasagem em sua produção oral e da falta de desenvoltura
oral do profissional de ensino na rede pública devido a uma inexistente formação
voltada à produção oral da LE (que por sua vez gera alunos e futuros ingressantes
do Ensino Superior incapazes de interagirem verbalmente na LE), cabe agora
buscar maneiras de minimizar este problema. O ensino-aprendizagem de uma LE
envolve desenvolver as quatros habilidades: entender, falar, ler e escrever. No
momento atual a necessidade para o uso verbal da língua inglesa é grande. Muitas
são as áreas que necessitarão de profissionais que têm domínio oral do inglês,
principalmente nos próximos 4 a 6 anos. Neste trabalho pretendo analisar as
técnicas utilizadas no ensino da habilidade oral do inglês. O que existe, como é
aplicado, qual a eficácia de seus resultados, analisar quais melhor minimizariam a
deficiência verbal de um grupo de alunos ingressantes no curso superior de Letras
de uma universidade privada na cidade de São Paulo. E das técnicas pesquisadas
alguma poderia vir a suprir contéudo suficiente que permitisse aos ingressantes do
Ensino Superior desenvolver a habilidade oral durante seus três a quatro anos no
Curso de Letras de forma contínua e progressiva? Poderia por início caracterizar
uma técnica de introdução à habilidade oral que permitisse que desde as aulas
iniciais do curso o ingressante já fosse exposto ao uso verbal da língua inglesa? E
se tal técnica fosse aplicada quais as condições necessárias para que tal se
concretizasse? Acredito ser agora um momento propicio para tentar buscar soluções
para uma problemática que até o momento têm sido negligenciada. Cabe tentar
desenvolver métodos e recriar situações que auxiliem no desenvolvimento da
habilidade oral. Pois certamente no futuro a capacidade de se comunicar
verbalmente em inglês faria a diferença para um povo de um país em plena
expansão e crescimento como o Brasil.
METODOLOGIA
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Jan./June 2009.
ROLA, Ana Paula Carneiro. O Uso da leitura em aulas de espanhol como Língua
Estrangeira. In: Linguagem e Ensino, v.9,n.2,p.55-77,jul./dez.2006.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS