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ARCADISMO

SÉCULO XVIII
Arcadismo, neoclassicismo
ou setecentismo.
 O Arcadismo é uma escola literária
surgida na Europa no século XVIII, razão
por que também é denominada como
Setecentismo ou neoclassicismo. O
nome "Arcadismo" é uma referência à
Arcádia, região bucólica do Peloponeso,
na Grécia antiga, tida como ideal de
inspiração poética.
ARCADISMO EM
PORTUGAL.
 Em Portugal, o Arcadismo iniciou-se oficialmente em
1756, com a fundação da “Arcádia Lusitana”, entidade
em que se reuniam intelctuais e artistas para
discutirem Arte.
 A “Arcádia Lusitana” tinha por lema a frase latina
"Inutilia truncat" ("acabe-se com as inutilidades"), que
vai caracterizar todo o movimento no país. Visavam
com isto erradicar os exageros, o rebuscamento, e a
extravagância preconizados pelo Barroco, retornando
a uma literatura simples.
ESCOLA MINEIRA

Denominação dada ao Arcadismo


brasileiro, uma vez que seus poetas têm
ligação direta com Minas Gerais, sua
geografia, sua política e sua história.
MOMENTO HISTÓRICO
 Burguesia domina economicamente o estado, através
de um vasto comércio ultramarino.
 Multiplicação dos estabelecimentos bancário.
 Publicação da obra de montesquieu (O livro das leis)
que propõe a divisão do governo.
 Publicação do livro de Jean Jacques Rousseau (O
contrato Social) teoria do “bom selvagem”.
 Independência dos Estados Unidos.
 Revolução francesa.
 Iluminismo.
 Inconfidência mineira.
CARACTERISTICAS
 Inutilia truncat
 Modelo Greco-latinos.
 Retomada da mitologia pagã.
 Fugere Urbem.
 Natureza (busca de uma vida simples).
 Fingimento poético (estado de espirito).
 Exaltação da simplicidade.
 Carpe diem.
Manuel Maria de Barbosa
l'Hedois du Bocage.
 Nascido 1765 em Lisboa e
faleceu em 1805.
 Foi um poeta português e,
possivelmente, o maior
representante do arcadismo
lusitano.
 Embora ícone deste
movimento literário, é uma
figura inserida num período
de transição do estilo clássico
para o estilo romântico.
 Foi preso pela inquisição,
e na cadeia traduziu poetas
franceses e latinos.
Manuel Maria de Barbosa
l'Hedois du Bocage.
 A Morte de D. Ignez
 A Pavorosa Illusão
 A Virtude Laureada
 Elegia
 Improvisos de Bocage
 Mágoas Amorosas de
Elmano
 Queixumes do Pastor
Elmano Contra a Falsidade
da Pastora Urselina
Frei José de Santa Rita
Durão.
 Foi um religioso  Caramuru é um poema épico do frei
agostiniano brasileiro do Santa Rita Durão, escrito em 1781.
Conta a história de Diogo Álvares
período colonial, orador e Correia, o Caramuru, náufrago
poeta. É também considerado português que viveu entre os
um dos precursores do índios. O livro alude também a sua
indianismo no Brasil. Seu esposa, Catarina Paraguaçu, como
visionária capaz de prever as
poema épico Caramuru é a
futuras guerras contra os
primeira obra a ter como tema neerlandeses. Os escritos seguem a
o habitante nativo do Brasil; inspiração de Luís Vaz de
foi escrita ao estilo de Luís Camões, utilizando-se de mitologia
de Camões, imitando um grega, sonhos e previsões, mas
ainda assim tem grande valor
poeta clássico assim como por incluir informações sobre os
faziam os outros neoclássicos povos indígenas brasileiros.
(árcades).
Cláudio Manuel da Costa
 Foi um jurista e poeta
brasileiro da época colonial.
 Destacou-se pela sua obra
poética e pelo seu envolvimento na
Inconfidência Mineira.
 Foi também advogado de
prestígio, fazendeiro abastado,
cidadão ilustre, pensador de
mente aberta.
 Estudou cânones em Coimbra.
Outra dúvida que persiste é se foi
ou não membro dos Illuminati,
sociedade secreta de cunho
iluminista que surgiu na Baviera e
influenciou inúmeras
revoluções.
Glauceste Satúrnio
 Culto Métrico, 1749.
 Munúsculo Métrico,1751.
 Epicédio, 1753.
 Obras (sonetos, epicédios, romances, éclogas,
epístolas, liras), 1768.
 O Parnaso Obsequioso, 1768
 Vila Rica, 1773.
 Poesias Manuscritas.
José Basílio da Gama
 Poeta
 Nasceu no então arraial
de São José do Rio das
Mortes, depois São José
d'El Rei, hoje cidade de
Tiradentes, em Minas Gerais.
 Os seus pai foram Manuel da
Costa Vila-Boas,
capitão-mor do Novo
Descobrimento, e uma neta
do oficial militar Leonel da
Gama Belles.
José Basílio da Gama

 Epitalâmio às núpcias da Sra. 
O Uraguai é um poema épico de 1769.
conta de forma romanceada a história da disputa
D. Maria Amália (1769) entre jesuítas,
jesuítas, índios (liderados por Sepé Tiaraju)
e europeus nos Sete Povos das Missões, no Rio
 O Uraguai (1769) Grande do Sul.
 O poema épico trata da expedição mista de
 A declamação trágica (1772), portugueses e espanhóis contra as missões
jesuíticas do Rio Grande, para executar as
poema dedicado às belas cláusulas do Tratado de Madrid, em 1756. Tinha
artes também o intuito de descrever o conflito entre
ordenamento racional da Europa e o primitivismo
 Os Campos Elíseos (1776) do índio.
 Esse poema é também um marco na literatura
 Relação abreviada da brasileira representando uma quebra com o
modelo clássico do poema épico.
República e Lenitivo da  O Uraguai é composto por apenas cinco cantos
(ao invés dos dez cantos de Os Lusíadas) e
saudade (1788) apresenta 1377 versos brancos (sem rima) e
nenhuma estrofação. Outra característica que
 Quitúbia (1791) diferencia O Uraguai dos outros poemas épicos é
o fato de narrar um episódio histórico muito
 A declamação trágica (1820) recente.
Tomás Antônio Gonzaga
 Foi um jurista, poeta e
ativista político luso-brasileiro.
Considerado o mais
proeminente dos poetas
árcades, é ainda hoje
estudado em escolas e
universidades por seu
"Marília de Dirceu" (versos
notadamente árcades feitos
para sua amada).
Dirceu
 A poesia de Tomás Antonio Gonzaga apresenta as típicas
características árcades e neoclássicas: o pastoril, o bucólico, a
Natureza amena, o equilíbrio etc. Paralelamente, possui
características pré-românticas (principalmente na segunda parte
de Marília de Dirceu, escrita na prisão): confissões de sentimento
pessoal, ênfase emotiva estranha aos padrões do
neoclassicismo, descrição de paisagens brasileiras, etc.
 O convívio com o Iluminismo põe em seu estilo a preocupação
em atenuar as tensões e racionalizar os conflitos.
 Tomás Antonio Gonzaga escreveu versos marcados por
expressão própria, pela harmonização dos elementos racionais e
afetivos e por um leve toque de sensualidade.
Dirceu
 Lira I
 Eu vi o meu semblante numa
 Eu, Marília, não sou algum fonte,
vaqueiro, Dos anos inda não está cortado:
Que viva de guardar alheio gado; Os pastores, que habitam este
De tosco trato, d’expressões monte,
grosseiro, Respeitam o poder do meu
Dos frios gelos, e dos sóis cajado:
queimado. Com tal destreza toco a
Tenho próprio casal, e nele sanfoninha,
assisto; Que inveja até me tem o próprio
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Alceste:
Das brancas ovelhinhas tiro o leite, Ao som dela concerto a voz
celeste;
E mais as finas lãs, de que me Nem canto letra, que não seja
visto. minha,
Graças, Marília bela, Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela! Graças à minha Estrela!
Inácio José de Alvarenga
Peixoto

 Foi um advogado e  A Dona Bárbara Heliodora,


poesia
poeta brasileiro.  A Maria Ifigênia, poesia
 Foi detido e julgado  Canto Genetlíaco, poesia,
por participar da 1793
 Estela e Nize, poesia
Inconfidência  Eu Não Lastimo o Próximo
Mineira, tendo sido Perigo, poesia
condenado ao  Eu Vi a Linda Jônia, poesia
degredo perpétuo na  Sonho Poético, poesia
África.

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