Você está na página 1de 2

Filhos da Terra

Vida,

Fonte tenebrosa,

Corre como seiva bruta

Pelo meu corpo,

Meus braços.

Meus galhos,

Nascem dos meus olhos,

Em cada orifício,

Uma nova fonte.

Vida,

Derrama-me seus orvalhos,

Preciso brotar,

Novos filhos,

Pela terra,

Meu corpo banhado,

Raízes em meus pensamentos,

Profundo.

Sinto cada gota

em meu corpo.

Minhas folhas

Dançam com o toque da brisa.


Sinto o suor,

Brotando a vida,

Deito sobre as pedras,

Com os últimos cantos dos pássaros.

O Pôr do Sol

No horizonte

Ilumina novos sonhos

No amanhecer de amanhã.

Parado sobre o orvalho,

Leio minhas últimas palavras,

Sobre a Terra a qual estou plantado,

Fonte tenebrosa.

Você também pode gostar